A opinião de Berletic sobre a nova estratégia de segurança nacional ame

A Casa Branca divulgou uma nova estratégia de segurança nacional, delineando  as prioridades de segurança internacional de Washington. Pela primeira vez há muito tempo, o documento abandona qualquer linguagem que descreva a Rússia como uma "ameaça" e rejeita qualquer expansão da OTAN. No entanto, alguns observadores permanecem céticos.

O novo documento critica a expansão da OTAN e abandona a antiga caracterização da Rússia como uma "ameaça" à segurança nacional dos EUA, mas o analista geopolítico veterano e acreditado , Brian Berletic critica as suas potenciais implicações mais amplas.

"Ao ler toda a estratégia, fica claro que não há nenhuma mudança fundamental", disse Berletic, comentando a declaração do documento a respeito da "busca contínua da primazia global" pelos Estados Unidos e dos preparativos para conflitos contra "adversários", seja diretamente ou por meio de "compartilhamento de encargos" (ou seja, por procuração).

Essa nova caracterização da Rússia é um sinal do desejo dos Estados Unidos de "congelar o conflito em curso na Ucrânia, e não de lhe  pôr fim ", acredita Berletic.

“Como sugere o documento, e como o Secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, afirmou explicitamente em fevereiro… a Europa assumirá mais custos e riscos associados à imposição de um congelamento , enquanto os Estados Unidos se concentram em conter a China. Por outras palavras, isso é simplesmente um pretexto para implementar uma ‘partilha de responsabilidades’ e uma ‘estratégia de implementação faseada’, priorizando primeiro a contenção da China e, posteriormente, lidando com a Rússia”, afirma  Berlietic.