28 de outubro de 2025

Israel o 51º Estado dos EUA

Como qualquer outro Estado é financiado pelo governo federal, o que se designa por lóbi israelita são simplesmente representantes dos interesses de Israel no Congresso, Senado, negócios e media - como qualquer outro Estado.

Os EUA expandiram-se anexando terras do México e ocupando as que pertenciam aos ditos índios sobre os quais cometeu genocídio. Israel não é diferente: ocupa terras dos países vizinhos e as que pertenciam aos palestinos que expulsou à força para campos de refugiados (as reservas) e sobre os quais comete genocídio.

O problema para os EUA é que Israel nada lhe rende e custa caro, agora que a divida federal atingiu 38 milhões de milhões de dólares (!!), 120,6% de um PIB inflacionado com a especulação bancária e imobiliária. Mais grave é a dívida ter aumentado em média 2,2 milhões de milhões nos últimos 5 anos, com o dólar atingindo novos mínimos em relação ao ouro, desvalorizando-se. Compreende-se, que os EUA tenham necessidade que Israel faça a paz no Médio Oriente.

Desde o início da guerra em Gaza, o PIB está em queda, caindo 3,5% no último trimestre em 2025, o consumo privado caiu 4,1%, após 26,9% em 2024, com os investimentos em capital fixo em queda acentuada e crise no imobiliário. O turismo, outro pilar da economia, cessou completamente.

Em meados de 2024 as reservas cambiais de Israel já tinham diminuído 5,6 mil milhões de dólares com o Banco Central vendendo 8,5 mil milhões de dólares desde outubro de 2023. A guerra nas várias frentes obrigou a mobilizar cerca de 350 000 israelitas enfrentando a economia uma pressão ainda maior.

As estimativas dos custos das guerras de Israel apontavam para mais de 67 mil mil milhões de dólares até 2025 e gastos militares de 9% do PIB e um défice orçamental cerca de 7% do PIB em 2025, com os EUA a cobrirem um terço destes custosEm compensação os fabricantes de armas de Israel ostentam lucros recordes.

Israel tem mais um problema que não consegue resolver nem com a ajuda de porta-aviões dos EUA. Os Houthis não só bloquearam o tráfego naval para Israel como atacam portos e aeroportos com mísseis. Haifa, o único porto de águas profundas totalmente operacional de Israel tem sido bombardeado. O porto de Ashdod está limitado pela sua proximidade com Gaza e o porto de Eilat parou devido ao bloqueio. O acesso marítimo de Israel aproxima-se do isolamento

A própria marinha dos EUA não está preparada para uma guerra de desgaste contra os Houthis. Por cada drone de 5000 dólares que os Houthis lançam, navios dos EUA têm de gastar um míssil de defesa aérea de 2 milhões de dólares. A Marinha dos EUA não conseguiu adaptar-se à revolução tecnológica militar dos últimos anos e enfrentaria sérias dificuldades numa luta contra a Rússia, a China ou o Irão.

Acresce que, segundo o WSJ, Israel está com uma quantidade crítica de mísseis Arrow principal defesa contra ameaças balísticas do Irão, mas a sua produção é cara e demorada levando a que o Pentágono se esforce por implantar sistemas adicionais de defesa.

Na realidade, os estoques das principais armas das FDI esgotaram-se. Em outubro de 2023, estavam preparadas para um conflito de no máximo 1 a 1,5 mês, limitado a Gaza e Líbano. Valeu-lhes as entregas pelos EUA em mais de 900 aviões cargueiros e 150 navios. Mesmo isso foi insuficiente, pois muitas armas e plataformas produzidas internamente estavam em falta. Com o Irão, Israel forçado a gastar 10 vezes mais que o Irão e intercetar mísseis iranianos que de 400 mil dólares com mísseis Arrow 3 de 3 milhões e que levam meses a serem produzidos. Além de Gaza e Líbano, há a influência crescente da Turquia na Síria. "Estamos enfrentando uma mudança fundamental. Os fundos adicionais que recebemos estão longe de ser suficientes", alertaram comandantes no relatório do Ynet. Os EUA terão de prever fundos adicionais...

Um relatório da Bloomberg indica que o Departamento de Defesa dos EUA planeia gastar mais de 3,5 mil milhões de dólares em "fundos de emergência” para substituir mísseis usados para defender do Irão, tendo já sidos gastos mais de 3 mil milhões.

Reservistas evitam cada vez mais o serviço militar devido à fadiga da guerra, de acordo com relatos dos media de Israel. Os números de alistamento caíram. Muitos recusam-se a serem mobilizados para uma nova ronda de combates. O recurso dos reservistas não é ilimitado, e é muito difícil para as pessoas estarem tão ausentes da sua vida e profissões. Muitos dos reservistas perderam seus negócios e rendimentos.

Durante a guerra de 12 dias com o Irão as infraestruturas de Israel, foram seriamente afetadas prejudicando capacidades militares, económicas e tecnológicas: bases militares incluindo aéreas, o Quartel-General de Inteligência Cibernética; a sede doa Mossad; produção de armamento; refinarias, centrais elétricas; centros de investigação; porto de Haifa e aeroporto Ben Gurion, importantes canais para importação/exportação e trânsito aéreo. No total terão causado mais de 3 mil milhões de dólares de danos.

Um documento das FDI revela a falha em esmagar o Hamas  a Operação para esmagar o Hamas e tomar o controle de Gaza, não conseguiu atingir seus objetivos, Em resumo, o Hamas não foi derrotado militarmente - nem o Hezbolah; os reféns de Israel só foram devolvidos através de cedências; as FDI estão exaustas sofrendo com a guerra de atrito e enfrentando escassez de pessoal e equipamentos; o apoio internacional a Israel reduz-se.

Resta o fascista Netaniahu querendo arrastar os EUA - e o resto do mundo - para uma guerra generalizada.




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