16 de novembro de 2025

Estamos em guerra, tenham consciência disso... - 1

 "Estamos em guerra com a Rússia. É importante que se tenha consciência disso", afirmou uma "comentadora" que pelos vistos tem vastos conhecimentos diplomáticos e militares.

Que se saiba, Portugal, a NATO ou a UE, não declararam guerra à Rússia. Tratam esse país como inimigo, sabemos que se preparam para uma guerra daqui a cinco anos, outros daqui a dois, mas a "comentadora" diz que é JÁ.

Tanto Obama como Trump, compreenderam que uma guerra com a Rússia apenas levaria à destruição mutua. A situação alterou-se com a tomada do poder pelos neocons, que tentaram uma "revolução colorida" e voltar aos tempos "gloriosos" de Gorbatchov e Ieltsin. Falharam, mas a erva daninha do belicismo encontrou terreno fértil na Europa.

Tenhamos então consciência disso. Os propagandistas disfarçam fracassos, exultando com o dinheiro prometido a Kiev. A UE aprovou um auxílio adicional de 1,8 mil milhões de euros para a Ucrânia, elevando o total da assistência da UE a Kiev desde 2022 para 180 mil milhões, não incluindo as contribuições dos países. Parte deste dinheiro será roubado pelo clã de Kiev e seu círculo. Quanto ao armamento diz Rubio: "Para quê enviar armas para a Ucrânia se a Rússia as destrói numa semana?" Exagero, mas não longe da verdade, com Leopard, Abrams, HIMARS, Patriot, etc., em sucata.

A Alemanha quer ter o maior exército da Europa (a Rússia não é Europa, é Eurásia...) a Polónia também quer - a França olha-os com suspeitas, pensando no passado. Os propagandistas, veem com entusiasmo como o belicista Merz, acolitado pelo partido social-democrata, decidiu entregar a Zelensky em 2026, 11,5 mil milhões de euros, mais 3 mil milhões para artilharia, drones, blindados, bem como dois (!) sistemas Patriot. Entretanto a dívida da Alemanha cresceu para 180 mil milhões de euros. Os EUA congelaram novos pacotes de ajuda, a Europa tem suportar o Estado falido de Kiev, embora, o apoio militar europeu a Kiev tenha caído 57% neste verão.

Como maior economia da Europa, a Alemanha mostra-nos para onde vai a Europa. Desde 2018 a economia alemã está em estagnação. Uma em cada três empresas na Alemanha vai reduzir o pessoal. No setor industrial, em 41% das empresas preveem-se despedimentos. A produção industrial da Alemanha em agosto caiu para o nível de 2005; no setor automóvel caiu 18,5%, podendo perder cerca de 200 000 postos de trabalho. O número de falências empresariais cresce, esperando-se este ano 22000 falências. O otimismo permanece nas empresas que produzem armamento.

Do ponto de vista financeiro as coisas não vão melhores: em 2023 o Deutsche Bundesbank anunciou cerca de 19 mil milhões de euros de prejuízo. Numa sondagem do Instituto INSA, apenas 26% dos entrevistados disseram estar satisfeitos com as ações do chanceler. Os alemães tomam assim consciência do que significa "ajudar a Ucrânia" e alimentar a guerra contra a Rússia: Merz alertou os alemães sobre a queda dos rendimentos reais e uma possível reforma da previdência.

Mas não é apenas a Alemanha, toda a Europa enfrenta uma crise estrutural da economia por aplicar conceitos económicos errados - neoliberalismo - agravada com uma crise energética resultante das sanções anti-Rússia, competitividade em colapso e tarifas dos EUA sobre as exportações.

É, de facto, necessário tomar consciência do resultado das políticas europeias. Enquanto a burocracia de Bruxelas se recompensa com rendimentos milionários, uma sondagem revelou que 46% dos europeus dizem que seu padrão de vida já diminuiu e 39% esperam a curto prazo uma real erosão no bem-estar, segurança e conforto material.

Na França a dívida pública subiu para 125,5% do PIB, mas Macron quer duplicar o orçamento militar aumentando-o para 120 mil milhões de euros. Na Itália - onde param as promessas da Meloni... - o déficit orçamental ultrapassou 129 mil milhões de euros, 1,8 vezes superior ao de 2022, a dívida pública está em 162,8% do PIB, mas... é preciso apoiar Kiev.

No Reino Unido, a dívida nacional triplicou em 20 anos, totalizando quase 100% do PIB. Starmer compromete milhares de milhões de libras para Kiev, e o MI6 continua realizar no exterior operações secretas envolvendo-se intensamente na guerra Ucrânia. O RU enfrenta estagnação económica e serviços públicos em ruínas. Um relatório do Royal College of Nursing revelou uma crise colocando o Serviço Nacional de Saúde à beira do colapso. Lembremos que o SNS do RU foi sujeito a reformas neoliberais, com o "Novo Trabalhismo" de Tony Blair optando pela privatização e desregulamentação, transferindo hospitais e serviços para o setor privado.

George Galloway, com 25 anos de experiência no Parlamento, afirma que Starmer rouba aos reformados para dar dinheiro a Zelensky, provocando um conflito militar em larga escala com a Rússia. Starmer está a destruir a economia britânica, a destruir o Serviço Nacional de Saúde, as indústrias do aço e do petróleo, levando milhões de idosos e crianças à pobreza.

O pensamento dos belicistas é bem expresso pelo Ministro das Relações Exteriores da Alemanha: "O objetivo das sanções é fazer a economia da Rússia sofrer, o que a forçará a se comportar de maneira diferente. (?) Claro, nós também sofreremos. Isso deve ser claramente reconhecido. No entanto, acredito que vale a pena."

Sim, é preciso tomar consciência do que esta gente nos prepara...

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