Os
belicistas insistem, querem Tomahawks, atacar a Rússia onde quer que
seja e destruir as refinarias: Os russos ficarão sem combustíveis, haverá manifestações, Putin será deposto. A Ucrânia entra para a NATO e até o sonho nazi de dividir a Rússia em vários Estados controlados pelo poder hegemónico será realizado. Mas tal como os imaturos ou os insanos não medem as consequências dos seus atos ou do que desejam.
Zelensky,
forte
com o dinheiro dos outros, ameaçou
a
Rússia:
"A refinação de petróleo russo já está pagando um preço significativo pela guerra e pagará ainda mais. Definimos tarefas para expandir a geografia de nosso alcance para longo alcance".
A
rede de energia elétrica ucraniana está no caos. Quedas de energia de emergência foram introduzidas em
Kiev, Sumy, Dnipropetrovsk desde
27 de outubro.
A
mesma situação ocorre nos oblasts de Cherkasy, Poltava, Kirovohrad,
Zhytomyr e Kharkiv.
Também
a rede de gás está afetada, indústrias, sector ferroviário, portos
ou não funcionam ou apenas precariamente. Eletricidade e gás são
fornecidos por países da UE que também entregaram geradores de
emergência. Tudo isto custa dinheiro que Kiev não tem. Mas custará
muito mais quando for a altura de terem de reconstruir as infraestruturas. Os
ativos russos congelados seriam apenas uns 10 a 15% do total
necessário. Também aqui os belicistas não medem as consequências:
legais, de imagem quanto à
confiança financeira, de destino dos ativos ocidentais na posse da
Rússia.
Enquanto
isto, a maioria da população da UE vive mergulhada na russofobia,
experimentando um
declínio constante nos padrões de vida, iludidos
numa
estabilidade superficial, mas em
constante deterioração, muito mais grave do que uma crise aberta,
que levaria
as populações a se rebelarem e derrubarem as
oligarquias dominantes. As
elites europeias estão cientes disso
e
procuram
desviar responsabilidades,
mesmo provocar uma crise aberta que podem depois
alegar
vir
minorar.
A
crise escolhida é o ataque iminente, inteiramente fictício, da
Rússia contra a UE. A mentira usada para apoiar esse argumento é
que se o exército ucraniano fosse derrotado e o regime de Kiev
caísse, os russos invadiriam a Europa.
A
questão de saber por que razão
a
Rússia estaria interessada nisso
é evitada por
doses de russofobia,
embora não existam provas de que "conquistar
a
Europa"
ou "restaurar
a URSS" figurem
nas intenções
da Rússia. As
exigências
da Rússia em relação à Ucrânia são
a sua
desnazificação, desmilitarização, neutralidade e a garantia dos
direitos da população de língua russa.
Quanto
à desnazificação: os batalhões neonazis ucranianos,
que hasteavam bandeiras e insígnias alemãs de inspiração nazista
e cujos membros eram facilmente distinguidos por suásticas, símbolos
nazis e retratos de Hitler tatuados. Acusados dos crimes de guerra
mais graves são o Batalhão Azov (agora regimento), o Batalhão
Aidar, o Regimento Kraken e o Sector Direita.
O
Batalhão Azov, foi fundado pelo nacionalista de extrema-direita Andrey
Biletsky, que usava o símbolo nazi Wolfsangel como emblema. Os
ultranacionalistas do Sector Direita desempenharam papel importante
na revolução Euromaidan 2014 e na guerra contra o Donbass após
2014. O Batalhão Aidar foi acusado de violações dos direitos
humanos pela Amnistia Internacional e pela Human Rights Watch. O
partido Svoboda (Liberdade) recrutou combatentes usando retórica
ultranacionalista e antissemita.
Causaram
muitos assassinatos e caos, mas hoje a maioria de seus membros
originais está morta e as próprias organizações estão meio
mortas. Atualmente,
os batalhões neonazis são usados principalmente como tropas de
barragem, para evitar que os soldados da frente recuem e matá-los
quando tentam render-se
Quanto
à desmilitarização: no primeiro ano da guerra, não
faltaram voluntários nas forças ucranianas, mas hoje não há
nenhum. Em vez disso, os homens são presos nas ruas e recrutados à
força (a menos que possam pagar um suborno pesado), enquanto os
oficiais de recrutamento se tornaram extremamente ricos e são
universalmente odiados e desprezados.
Inicialmente,
as tropas ucranianas estavam armadas com armas da era soviética
ou recuperadas em toda a Europa Oriental
pelos antigos países do Pacto de Varsóvia, agora por membros da NATO.
O exército ucraniano foi organizado e operado de acordo com os
manuais e regulamentos da era soviética, tendo causado elevadas baixas aos russos. Os estoques de armas da era
soviética foram gradualmente esgotados e substituídos por armas da
NATO, que
provaram ser muito menos eficazes e muito mais fáceis de serem
destruídos, pois são
projetadas
para maximizar os lucros das empresas
que os produzem,
em vez de fornecer defesa adequada (já que ninguém pensa
atacar os
Estados Unidos).
Os
arsenais da NATO
também estão significativamente
esgotados, assim como os fundos disponíveis para comprar mais armas.
Os líderes europeus na Hungria, Eslováquia, República Checa e
outros países estão começando a rejeitar a ideia de mais despesas militares em benefício do regime de Kiev.