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A China adverte os Estados Unidos sobre suas ações contra a Venezuela. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês declarou que Pequim se opõe a qualquer interferência estrangeira nos assuntos internos da Venezuela, sob qualquer pretexto .A China mantém uma posição firme e consistente de apoio ao governo de Nicolás Maduro, insistindo no princípio da não interferência nos assuntos internos da Venezuela, particularmente diante das crescentes tensões com os Estados Unidos sob a administração Trump.
Pequim considera a Venezuela um parceiro estratégico fundamental na América Latina, com investimentos maciços em energia, infraestrutura e comércio (empréstimos de mais de 60 bilhões de dólares desde 2007 e um acordo comercial sem tarifas anunciado em novembro de 2025).

Essas posições fazem parte de uma escalada de tensões: os Estados Unidos reforçaram sua presença naval, fecharam o espaço aéreo venezuelano e ameaçaram intervir contra o "narcoterrorismo", enquanto a Rússia começa a evacuar seus cidadãos da Venezuela.(...)
Em resumo, a China está posicionando a Venezuela como uma aliada estratégica contra a "hegemonia" ocidental, com ênfase na soberania e na cooperação econômica, e não demonstra qualquer intenção de recuar, apesar dos riscos.
Declarações recentes do final de novembro marcam uma intensificação diplomática para contrabalançar a pressão americana.
História da escalada
Maio de 2025: Encontro entre Xi Jinping e Maduro em Moscovo – Apoio à soberania e ao desenvolvimento mútuo.
Durante uma reunião à margem das comemorações do 80º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial em Moscou (9 de maio de 2025), o presidente Xi Jinping reafirmou que a China e a Venezuela são "parceiras de confiança mútua e desenvolvimento comum".
Xi prometeu apoio "firme" à Venezuela para "salvaguardar sua soberania, dignidade nacional e estabilidade social". Ele enfatizou a elevação das relações bilaterais ao nível de uma "parceria estratégica abrangente de todos os tempos" até 2023, com crescimento contínuo no comércio bilateral e nos intercâmbios interpessoais.
Maduro, por sua vez, expressou o desejo de fortalecer a coordenação com a China para defender o multilateralismo e os interesses comuns da comunidade internacional.
2. Junho-Julho de 2025: Fortalecimento econômico e energético
Em junho, uma delegação chinesa liderada por Wu Hansheng (membro do Comitê Central do Partido Comunista da China) reuniu-se com autoridades venezuelanas, incluindo Diosdado Cabello, para desenvolver a cooperação entre os partidos governantes e capacitar ativistas. Isso faz parte de uma iniciativa mais ampla que envolve mais de 500 projetos assinados por meio da Comissão Mista Sino-Venezuelana.
Em julho, na "Grande Exposição China-Venezuela" em Caracas (10 de julho), a China anunciou seu interesse em modernizar a rede elétrica da Venezuela, com o fornecimento de equipamentos pesados e investimentos em hidrocarbonetos, agricultura e serviços públicos. Mais de 600 acordos bilaterais estão previstos para 2025, com foco em ciência, tecnologia e investimento, marcando uma mudança de foco de empréstimos para parcerias produtivas.
3 de novembro de 2025: Resposta às tensões com os Estados Unidos – Avisos contra interferências
4 de novembro: A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mao Ning, defendeu a crescente cooperação com a Venezuela como "cooperação normal entre Estados soberanos, não dirigida contra terceiros". Isso ocorreu em resposta a uma reportagem do Washington Post sobre os pedidos de ajuda militar da Venezuela à Rússia, China e Irã. Pequim se opõe a qualquer "ameaça ou uso da força" e apoia o combate ao crime transnacional sem interferência.
22 a 25 de novembro: Por ocasião do aniversário de Maduro (23 de novembro), Xi Jinping enviou uma carta de felicitações reafirmando a "rejeição categórica de qualquer interferência externa nos assuntos internos da Venezuela, sob qualquer pretexto". Ele descreveu a China e a Venezuela como "amigos próximos, irmãos queridos e bons parceiros" e prometeu apoio contínuo à "soberania, segurança nacional, dignidade e estabilidade social". Xi criticou explicitamente as ações dos EUA, como o envio de navios de guerra para o Caribe (operação antinarcóticos).
26 de novembro: O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela publica a carta de Xi, destacando o consenso alcançado na reunião de maio em Moscou para aprofundar os laços bilaterais.
Final de novembro: A China advertiu explicitamente os Estados Unidos contra qualquer ação militar na Venezuela, afirmando que Washington "não deveria ameaçar uma nação onde a China tem grandes interesses de investimento". Isso ecoou publicações no X indicando um claro aviso de Pequim contra "movimentos militares" dos EUA.
Essas posições fazem parte de uma tensão crescente: os Estados Unidos reforçaram sua presença naval, fecharam o espaço aéreo venezuelano e ameaçaram intervir contra o "narcoterrorismo", enquanto a Rússia iniciou a evacuação de seus cidadãos da Venezuela. A China, diferentemente de Moscou, mantém um firme compromisso, considerando o país um pivô para sua influência na América Latina (acesso ao petróleo pesado, que representa de 5% a 8% de suas importações). Pequim insiste no não-intervencionismo, mas seus investimentos (infraestrutura, petróleo via Sinopec) a tornam vulnerável à desestabilização. Em suma, a China posiciona a Venezuela como uma aliada estratégica contra a "hegemonia" ocidental, enfatizando a soberania e a cooperação econômica, sem demonstrar qualquer intenção de recuar, apesar dos riscos. Essas declarações recentes (novembro de 2025) marcam uma intensificação diplomátic ns a para contrabalançar a pressão americana.
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