Sob o pretexto de combater o tráfico de drogas Trump quer atacar a Venezuela. A Venezuela, não é conhecida pelo tráfico de drogas. Não possui “instalações de cocaína”. Mas possui as maiores reservas de petróleo do mundo. Isso sempre a tornou alvo de operações de mudança de regime pelos EUA. O Senador Paul Rand critica as alegações de drogas de Trump: não há “nenhum fentanil vindo da Venezuela” e os barcos que foram bombardeados estavam a 3200 km dos EUA, não conseguiam chegar aos EUA. Todas essas suposições e todas as coisas que estão nos dizendo, não são verdadeiras.”
As ações dos EUA foram criticadas pela ONU, que acusou o Governo norte-americano de “violar o direito internacional” com os seus ataques a embarcações no mar, afirmando que as pessoas a bordo foram vítimas de “execuções extrajudiciais”. “Estes ataques, e o seu crescente custo humano, são inaceitáveis. Os Estados Unidos devem pôr-lhes termo”, referiu o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk. (Lusa)
Questionado sobre as notícias dos jornais Miami Herald e The Wall Street Journal, que citavam fontes próximas da administração norte-americana, Trump limitou-se a dizer que as informações publicadas não eram verdadeiras. (Lusa)
O Wall Street Journal, afirmou que os EUA já estão prontos para atacar em terra: "O governo Trump identificou alvos na Venezuela que incluem instalações militares usadas para contrabando de drogas. Se o presidente Trump decidir avançar com ataques aéreos, enviariam uma mensagem clara ao líder venezuelano Nicolás Maduro de que é hora de renunciar."
Embora o presidente ainda não tenha tomado uma decisão final sobre a ordem de ataques terrestres, uma possível campanha aérea se concentraria em alvos que da ligação entre os gangues de traficantes e o regime de Maduro. (…) Os alvos potenciais incluem portos e aeroportos, supostamente usados para o tráfico de drogas, incluindo instalações navais e aeroportos.
O Miami Herald afirmou que a decisão de atacar a Venezuela já foi tomada e que os ataques são iminentes: "Os ataques planeados, procurarão destruir instalações militares usadas pela organização de tráfico de drogas, liderada pelo homem forte da Venezuela, Nicolás Maduro, e dirigida por membros importantes de seu regime. Os ataques aéreos também visam decapitar a hierarquia do cartel."
Entretanto o porta-aviões Gerald R. Ford desloca-se do Mediterrâneo para a Venezuela devendo chegar dentro de dias.
A Venezuela é um país enorme, com o dobro do tamanho do Iraque, com um interior montanhoso e muitas vezes densamente arborizado. As forças armadas dos EUA são incapazes de invadi-lo, ocupá-lo e controlá-lo. O que os EUA podem querer tentar é uma variante do plano israelita para o Irão: um ataque de decapitação matando o presidente e a liderança militar, acompanhado por bombardeamentos para eliminar as defesas aéreas e as principais unidades de defesa. Enquanto isso, a CIA e as forças especiais trabalhariam em Caracas para organizar bandos locais para um ataque aos principais locais do governo e edifícios de rádio/TV.
A primeira parte da campanha de supressão das defesas aéreas inimigas terá como alvo instalações produtoras de cocaína (?!) mísseis de defesa aérea S-300 contrabandeados com fentanil e os elementos de comando e controle do “cartel” que dirigem as defesas do exército venezuelano. Isso será feito principalmente com mísseis Tomahawk."
Depois de ter desativado ou destruído as defesas aéreas, a próxima parte da campanha tentará “decapitar a hierarquia” do governo e criar uma rebelião militar. Já no primeiro mandato de Trump tentaram provocar uma rebelião militar embora os militares tenham apoiado Maduro e não houve relatos de protestos na Venezuela.
Mesmo
que os militares venezuelanos se
revoltem contra Maduro, o que é altamente improvável, não está
claro como isso poderia levar à instalação da escolhida pelos EUA
Corina Machado,
Prêmio Nobel da Paz,
e o seu
gangue,
com
o plano
"pacífico"
de
bombas para a Venezuela,
os
militares não prefeririam manter o poder por conta própria?
Se
os ataques aéreos não tirarem Maduro do poder, eles poderão
pressionar seu círculo íntimo a se voltar contra ele. Esta
estratégia acarreta riscos enormes e
pode
sair pela culatra se as tropas se unirem em torno da bandeira e
decidirem lutar. O
exército da Venezuela, até onde se sabe, não se opõe ao governo
do presidente Maduro. É improvável que faça o que querem aqueles
que tentam bombardeá-lo até destruí-lo.
O espaço aéreo da Venezuela é protegido por uma rede em camadas de S-300 russos, Buks móveis e mais de 5.000 mísseis portáteis. O que os EUA fariam se os militares decidissem ripostar? A Venezuela possui cerca de 20 caças multifuncionais Su-30MK2V com mísseis antinavio russos Kh-31. Também possui embarcações de ataque rápido Peykaap-III construídas pelo Irão equipadas com mísseis antinavio CM-90 fornecidos pelo Irão. É bastante provável que a Marinha venezuelana consiga atingir alguns navios americanos. Qual será o próximo passo de Trump se isso acontecer?
Fonte além das incluídas - moonofalabama.u-s-ready-to-bomb-venezuela-under-absurdly-false-pretext
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