Linha de separação


25 de agosto de 2012

"Arco governamental" ou arco da corrupção

O Dr Portas referiu-se recentemente arrogantemente aos partidos do " arco governamental ", procurando dar a ideia  de que só o PS, o PSD ou o CDS têm acesso ao governo , que os outros não contam e que por isso podem ter  propostas irresponsáveis.
Eles sim ,eles têm propostas responsáveis porque têm o monopólio do poder.
A situação do país e os factos falam por si sobre os partidos do dito arco governamental.
O Dr Portas da Moderna .... dos submarinos... seria muito mais preciso e certeiro se designasse o dito arco , de " arco da corrupção", de " arco do afundamento do país", de " arco dos servidores dos banqueiros", de "arco das negociatas à custa do povo e do país"


O ENIGMA EUROPEU DO SR. SOARES

Dizia John K. Galbraith que quando a realidade desmente os preconceitos, inventa-se um mito.

Podemos dizer que a “Europa Connosco” foi um desses mitos, como se a política internacional não fosse comandadada por interesses, neste caso de financeiros corruptos e usuráriaos, mascarados com “solidariedade europeia” e “direitos humanos”.

É caso para perguntar onde estão a solidadriedade e os direritos humanos dos pactos da troika, justamente de agressão, para as massas trabalhadoras agora na insegurança do desemprego e da precariedade.

Ora, o que acontece quando os mitos não funcionam, mas é preciso que no essencial tudo continue na mesma? É fácil, cria-se um enigma...Temos agora o “enigma europeu” do sr. Mário Soares (Visão – 09.agosto.2012).

Onde está afinal a “Europa Connosco” dos “amis”e dos “freunde”?Diz-nos que “O problema grego podia ter sido resolvido facilmente se houvesse solidariedade europeia. Mas não houve.” Grande descoberta! O que nós perguntamos é se alguma vez houve solidaridade europeia no desmantelar das nossas indústrias, no abate da frota pesqueira, na degradação da agricultura, nas privatizações ao desbarato, na livre circulação de capitais, na concorrência fiscal – assumida sabotagem contra os orçamentos de Estado dos países fragilizados economicamente - em que tão ativamente colaboraram os ministros e deputados do PS e PSD.

Vem agora o sr. Soares falar em enigmas, dizer que a austeridade não leva a lugar nenhum, depois de apoiar o pacto da troika – sim, de agressão à soberania e às liberdades constitucionais dos portugueses. Um pacto que configura um autêntico manual de submissão e destruição de um país para quem o quiser ler. Será algum enigma sermos transformados em protetorado submetido à finança especuladora de que o BCE é o principal e obediente mentor?

Face a tudo isto o que se quer é que as pessoas se curvem – não aos mistérios teológicos – mas ao “enigma europeu”. Como se fosse um enigma esta Europa em que o BCE é posto ao serviço dos ditos“mercados” da usura, para que Alemanha tenha juros inferiores a 1% e países como Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, Itália, tenham juros entre 5 e 10% conforme os prazos.

Enigma é haver quem acredite que com os tratados da UE, com os preços da energia elétrica e combustíveis entregues a monopólios, alguma vez o desemprego deixará de ser um problema e o país se vai desenvolver.

No entanto, parece que a questão do tal enigma está “na falta de coragem para tomar decisões” - quais não diz...Mas mais uma vez erra. A decisão está tomada:o importante na UE não é “lutar contra a recessão e o flagelo do desemprego” é salvar a especulação.

É curiosa a comiseração pelo “flagelo” do desemprego quando se apoiaram (por ex. UGT na “consertação social”) medidas que favoreceram despedimentos e redução de direitos laborais – a neoliberal “flexibilidade” que o PS adoptou. Lamentam-se os flagelos, mas pretende-se que os desempregados esperem submissos que o Baal da finança tenha piedade de nós...

De forma redundante e gongórica confundem, mostrando-se confundidos, mas apoioaram e ainda defendem os governos que estabeleceram os superlucros das PPP, consideraram intocáveis as oligarquias alojadas nos oligopólios com rendimentos de milhões de euros que vão –sem pagar impostos – para paraísos fiscais. A “solidariedade europeia” é isto – a das oligarquias – não há nenhum enigma europeu...

Que medidas se propõem? Nada que altere ou belisque a posição da oligarquia dominante que leva a Europa de desastre em desastre. Apenas guerras de alecrim e mangerona para disfarçar o consenso (e conluio) neoliberal entre PS e PSD.

Parafraseando Engels bem podemos dizer que para o PS e para o PSD (o CDS é o atrelado reacionário e populista) os especuladores são especuladores no interesses da classe trabalhadora...


23 de agosto de 2012

O Zé do telhado e o milagre

O barão ter se à safado graças ao milagre de nossa
Senhora


Da Exposição em Tavira, "Corpos e Almas : Ex-votos Pictóricos"

19 de agosto de 2012

Recessão e Desemprego aprofundaram-se com a assinatura do Pacto de Agressão

Os dados divulgados esta semana pelo INE, sobre a evolução do PIB e do desemprego no 2º trimestre confirmam o aprofundamento da recessão e do desemprego, com o PIB a cair em cadeia à sete trimestres seguidos e em termos homólogos à seis trimestres e o desemprego a não parar de subir de trimestre para trimestre. A análise da evolução do PIB trimestral divulgada pelo Banco de Portugal desde 1977 mostra que nunca a nossa economia registou um tão longo período de queda trimestral do PIB.
Só nos últimos doze meses, período que decorreu entre o 2º trimestre de 2011 e o 2º trimestre de 2012 e que ocorreu após a assinatura do Pacto Agressão entre o PS/PSD/CDS e a Troika FMI/CE/BCE em 17 de Maio de 2011, o PIB caíu 2,7%, foram destruídos 204 800 empregos e como resultado disso pelo menos mais 151 900 trabalhadores foram para o desemprego. Se acrescentarmos a estes desempregados os inactivos que pretendem trabalhar, então a subida no último ano foi de 227 700 desempregados.
Não há memória de no período de um ano, alguma vez se ter registado queda tão grande do emprego e subida tão acentuada do desemprego em termos absolutos. A destruição de empregos foi tal neste período que só na indústria transformadora perderam-se 50 800 empregos, no sector da construção 80 800 e no sector dos serviços 70 600.
Neste mesmo período o nº de desempregados em sentido restrito atingiu os 826 900 (15% de taxa de desemprego), enquanto o desemprego real ultrapassa já um milhão e 252 mil desempregados (21,8% de taxa de desemprego real), incluindo os inactivos disponíveis e o subemprego visível.
Enquanto a taxa de desemprego total aumentou nos últimos doze meses 2,9 pontos percentuais, essa mesma taxa aumentou para os jovens trabalhadores 8,5 pontos percentuais passando de 27,0% para 35,5%.
Se à um ano atrás eram 115 500 os jovens que eram considerados desempregados, um ano depois são já 149 700 os jovens desempregados. Este foi o maior aumento registado no desemprego por faixas etárias no último ano (+29,6%).
Se ser jovem significa com grande probabilidade estar desempregado, ser jovem e mulher aumenta ainda mais essa probabilidade já que a subida do desemprego jovem feminino foi neste período ainda maior (+32,7%).
A análise do desemprego por nível de escolaridade mostra-nos que se por um lado o desemprego é tanto maior quanto menor é o nível de escolaridade dos trabalhadores – 63,1% dos trabalhadores desempregados têm apenas a escolaridade básica, 23,9% têm o ensino secundário e 13% são licenciados – por outro lado, no últimos doze meses o desemprego subiu menos para os trabalhadores com o ensino básico (+12,7%), do que para os trabalhadores licenciados (+33,5%) e para os trabalhadores com o ensino secundário (+50,3%).  Pela sua relevância vale a pena referir que o nº de desempregados licenciados era no final do 2º trimestre, 107 600, mais 27 mil do que em igual período do ano anterior, enquanto com o ensino secundário os desempregados eram 197 700, mais 66 200 do que há um ano atrás.
Por regiões verifica-se que a maior taxa de desemprego se regista na região de Lisboa, com 17,6%, seguida da região do Algarve com 17,4%, da região da Madeira com 16,8%, da região dos Açores com 15,6%, da região Norte com 15,2%, da região do Alentejo com 15,0% e da região Centro com 11,2% de taxa de desemprego. Nos últimos doze meses a maior subida regional da taxa de desemprego verificou-se na região dos Açores que aumentou 5,9 pontos percentuais, seguida da região de Lisboa com mais 4,1 pontos percentuais, da região da Madeira com mais 3,3 pontos percentuais. Duas regiões, a região Norte e a região de Lisboa registaram nos últimos 5 trimestres subidas contínuas das suas taxas de desemprego, enquanto nas outras regiões, por razões sazonais isso não aconteceu. De qualquer forma em todas as regiões a taxa de desemprego é hoje bem superior há um ano atrás.
Vale a pena ainda referir que a queda registada no emprego nos últimos doze meses (-204 800), entre o 2º trimestre de 2011 e o 2º trimestre de 2012, se deveu à redução do nº de trabalhadores por conta de outrem (- 194 000) e à redução do nº trabalhadores por conta própria como empregadores (-15 700), o que resultou naturalmente da falência de milhares e milhares de empresas, a que vimos assistindo nos últimos tempos.   
Por fim embora a subida do desemprego efecte sempre em maior grau os trabalhadores precários, quer eles se encontrem com contrato individual a termo ou a recibo verde e por isso mesmo a queda do emprego para estes trabalhadores foi nos últimos doze meses de 12,8%, enquanto para os trabalhadores efectivos foi de 2,7%, mesmo assim no final do 2º trimestre de 2012 cerca de 27,3% dos trabalhadores por conta de outrem, aproximadamente 1 milhão e 100 mil trabalhadores, eram trabalhadores precários.
Perante estes dados que provam inequivocamente que a política económica e social seguida nos vai conduzir a mais recessão, mais desemprego, maior desiquilibrio na distribuição do rendimento, mais miséria e pobreza,  e perante a inflexibilidade do Governo de direita, fica claro que nada do que está a acontecer é para eles surprendente. 
Por mais incrivel que possa parecer a verdade é que este é o resultado esperado e o acordo assinado com a Troika foi o chapéu de que necessitavam para implementar estas políticas e se poderem permanentemente desculpar.
A direita e aqueles que com as suas políticas a servem sempre foram cobardes e nunca assumiram frontalmente as políticas económicas e sociais que defendem, foi assim a seguir ao 25 de Abril quando colocaram nos seus programas a defesa do socialismo, quando o que pretendiam era travá-lo, foi assim quando defenderam as nacionalizações quando desde o início o que defendiam eram as privatizações, foi assim desde o início quando defenderam o salário mínimo, o subsídio de férias e de natal e muitas outras conquistas sociais, quando desde sempre sonharam com o dia em que todas estas conquistas pudessem ser postas em causa. 
Se alguém tem duvidas pensemos um pouco nos resultados das políticas que têm vindo a ser seguidas e a quem servem. 
Os trabalhadores, os pensionistas e reformados têm visto os seus salários cortados ou congelados, têm sofrido cortes nos apoios sociais, cortes no subsídio de desemprego e dificuldades no seu acesso, cortes nas indemnizações por despedimento, cortes nos dias de férias e feríados, cortes no valor das horas extraordinárias, aumento das horas de trabalho, redução das condições de protecção no emprego, em fim todas as medidas de política económica e social hoje aprovadas são um retrocesso em relação às conquistas socias obtidas após o 25 de Abril.  Ora a quem interessam estas políticas senão á direita e aos seus interesses, ávidos de aumentarem os seus lucros à custa de um mão de obra barata, desprotegida e servil?     

18 de agosto de 2012

Uma opinião e uma solução lucida

A resposta à crise já não vai com mezinhas. A necessidade de uma reestruturação da dívida em larga escala envolvendo vários países é uma proposta para enfrentar as dívidas públicas e privadas.
Naturalmente esta proposta não tem a simpatia do grande capital do Directório das grandes potências na U.E.
Publicamos uma opinião a traduzir:

16 AOÛT 2012 par FRANÇOIS LECLERC | Print L’actualité de la crise : STATUE DU COMMANDEUR À DÉBOULONNER, par François Leclerc
Billet invité.
La conjugaison des tensions politiques internes allemandes, de la tentative du gouvernement grec d’obtenir un délai de grâce de deux ans pour son plan de sauvetage et de la poursuite qui va vers sa fin du dérapage espagnol, rend en cette rentrée l’équation du sauvetage européen encore plus problématique. L’intervention de la BCE afin qu’elle concrétise ses intentions et joue les sauveurs est d’autant attendue, le risque étant qu’elle mette de l’eau dans son vin.
Les tentatives d’entraîner un gouvernement allemand qui freine des quatre fers ont fait long feu. Celui-ci est pris dans une contradiction et se refuse à sauter le pas, ne pouvant espérer tirer seul son épingle du jeu mais ne voulant pas se résoudre à risquer davantage. Les compromis européens successifs passés a minima dans l’urgence au fil des crises qui se succèdent ne règlent rien. Moins d’ailleurs parce qu’ils ne mobilisent que des moyens financiers limités que parce qu’ils continuent à nier la nature même de la crise qui se poursuit et qu’ils ne parviennent pas à endiguer.
Elle se résume à une simple constatation : les États et le système financier sont conjointement insolvables et ont perdu la maîtrise de la gestion de leurs dettes. La dette publique étant connue et scrutée sous toutes ses coutures, une étude de PriceWaterhouse vient d’apporter un éclairage sur celle des banques européennes. Selon elle, celles-ci avaient enregistré dans leurs comptes mille milliards d’euros de crédits non performants fin 2011, soit le double de fin 2008. Une augmentation ayant principalement son origine en Grèce, en Espagne et en Italie.
L’appel à une intervention massive et magique de la BCE, qui seule a les moyens de faire face, ne vaut-il pas reconnaissance implicite d’un problème qui ne peut pas être avoué, car il a comme solution une restructuration à grande échelle de la dette ?
Tous les montages financiers alambiqués qui se succèdent procèdent d’une autre logique et tendent à refinancer la dette grâce à de nouvelles dettes et à diminuer leur risque en les garantissant grâce à une mutualisation qui repose sur un noyau dur qui se restreint. Le débat porte sur la séquence et le calendrier des réformes qui permettraient de conforter ce processus, ce dont il a bien besoin. Mais, en imposant des préalables qui repoussent les échéances, la position allemande se révèle irréaliste au regard de la dynamique de la crise.
En cherchant à imposer un modèle de vertu budgétaire et de croissance économique reposant sur l’exportation, le gouvernement allemand défend une stratégie collectivement injouable. Dans le premier cas, il précipite la zone euro dans la récession, faisant obstacle à son désendettement, dans le second il se condamne à enregistrer le rétrécissement de ses marchés et de son activité économique.
Les deux versions de la stratégie de désendettement qui sont en discussion ne diffèrent que par le rôle plus ou moins grand accordé à la BCE et ont en commun leur irréalisme.
Il est symptomatique que la BCE n’envisage une nouvelle intervention qu’en donnant des gages aumarché; sous la forme d’un abandon de sa priorité de remboursement (seniorité) en tant que créancière. A l’opposé des restructurations de la dette publique et les dépréciations qui s’imposent au sein du système bancaire.
Autre expression de cette même logique d’enfermement, le gouvernement Rajoy tente actuellement de trouver une solution pour dédommager tous les petits investisseurs ruinés après avoir été incités à acheter des produits financiers destinés à renflouer les banques espagnoles, mais des investisseurs avisésmenacent de s’engouffrer dans cette porte au nom de l’égalité de traitement
Cette statue doit être déboulonnée.

11 de agosto de 2012

EUROPA CONNOSCO – diziam eles…- OU PINÓQUIO REVISITADO

Europa com quem? Afinal o “connosco” referia-se a banqueiros fraudulentos, a políticos corruptos, a monopolistas gananciosos para os quais as “rendas excessivas” são sempre curtas e os impostos sempre exagerados desde que não se apliquem ao consumo ou aos trabalhadores.
A “Europa Connosco” não era afinal a Europa dos que trabalham – ou desejariam poder fazê-lo – é a Europa dos especuladores que recebem empréstimos a 0,75 ou 1% e pelos quais os trabalhadores têm de pagar 6, 7 ou mais por cento.
“Europa Connosco”, foi com este lema que se iludiu o povo para o afastar da construção de uma sociedade socialista, sem desemprego, sem insegurança social, uma sociedade de direitos sociais e democracia participativa. A este “horror”, pois pressupunha conforme os princípios do 25 de ABRIL, uma estratégia antimonopolista, antilatifundiária e antiimperialista, foi contraposto o mito da “Europa Connosco” para dar cobertura às políticas que destroem o pais.
A história do Pinóquio é conhecida pelo nariz que cresce com as mentiras, mas não é só este o facto relevante. Há outro que merece ser recordado. Uns cavalheiros bem falantes, convenceram as crianças com bolos e divertimentos a seguirem-nos. Iriam para um sítio onde não haveria nem obrigações nem deveres, o reino da liberdade onde havia guloseimas à discrição, cada um se divertia como quisesse e fazia o queria sem que ninguém o incomodasse. Nada de obedecer aos pais nem aos mestres.
Tudo isto se parece com a publicidade ao consumo pelo crédito – com juros usurários: “quanto mais gastar mais descontos ganha” ou “compre agora pague depois”. O salário e direitos laborais seriam irrelevantes e os sindicatos burocracias: as pessoas eram induzidas a viverem do crédito, era fácil, era barato e dava milhões – como o totobola de outros tempos. No socialismo não haveria nada disto…
Tal como na história do Pinóquio em que as crianças em vez do prometido se encontraram transformadas em animais de trabalho e de circo, na “Europa Connosco” o que os trabalhadores encontraram foi austeridade e um pacto dito de ajuda, na realidade de agressão aos seus direitos e à soberania do país.
A treta da “Europa Connosco” foi isto. A Europa do desemprego, da precariedade e da pobreza, apenas para que especuladores e monopolistas acumulem milhares de milhões.
O sr. Medina Carreira classifica o que está a acontecer porque os portugueses foram ou são “indisciplinados” e – sadicamente ou inquisitorialmente, diga-se – têm de pagar por isso.
Curiosamente, “indisciplinados” - e apagar por isso – não foram nem são os banqueiros corruptos e fraudulentos, nem os monopolistas gananciosos que levam milhões da riqueza aqui criada – pelos “indisciplinados” – para paraísos fiscais na “Europa Connosco”. Indisciplinados, não foram os políticos que negociaram contratos de PPP e concessões sempre em prejuízo do Estado, para encher a bolsa de uma opulenta camarilha. Não, quem paga por estes “indisciplinados” são os portugueses que trabalharam e descontaram toda a vida para serem despedidos quase sem indemnização e quase, sem direito a subsídio, porque noutros locais ou noutras aplicações dá mais lucro. Claro que o socialismo real se opunha e opõe a estas situações, por isso era preciso a história do Pinóquio para arregimentar mão de obra barata e sem direitos a bem da tal “Europa Connosco”.
“Europa Connosco” é afinal a Europa do desemprego, da exploração e opressão de quem trabalha ou trabalhou conforme vertido no novo código laboral. É a Europa da crise, da estagnação, da destruição da indústria, agricultura, das pescas, da emigração em massa – como no fascismo.
“Europa Connosco” é afinal a Europa do pacto da troika de agressão aos portugueses e de destruição do país.
A “Europa Connosco” do sr. Mário Soares afinal é a dos políticos que são eleitos mentindo e para os quais a democracia consiste em pensar nos eleitores de 4 em 4 anos, mas nos especuladores e monopolistas todos os dias.
Porém, há alternativa que terá de ser, e será, concretizada por forças consequentemente patrióticas e progressistas, com os ideais de ABRIL.

9 de agosto de 2012

Há 5 anos rebentou a crise dita do SUBPRIME

Quando rebentou a crise , em Agosto de 2007, a maioria dos doutos economistas cá do sitio não só a subestimou como vaticinaram que esta seria de curta duração !
Foi também a posição do governo Sócrates , mas também do PSD.
Mas houve logo na altura quem tivesse dito publicamente e escrito que a crise estava para lavar e durar ,  que muitos se iriam espantar quando dessem conta da actuação tipo D. Branca do sistema financeiro e  que iríamos pagar bem caro se o governo continuasse a subestimar a crise.
Quem tinha então razão?

1 de agosto de 2012

O QUE ELES GANHAM COM AS "AJUDAS"

 Le gouvernement grec l’est davantage, ses caisses étant vides. 11,5 milliards d’euros d’économies doivent être trouvés pour débloquer le règlement d’une tranche de 31,5 milliards de prêt, dont une partie servirait à rembourser la BCE le 20 août prochain de titres arrivant à échéance pour une valeur de 3,2 milliards d’euros, sur lesquels elle doit encaisser un bénéfice de 900 millions d’euros, le différentiel entre le prix auquel elle les a acheté et le nominal que ils vont être remboursés. L.C.
***
Em 20 de Agosto o benemérito BCE vai encaixar 900  milhões de euros de lucro pagos pelos gregos resultante do diferencial entre o preço pelo qual o BCE comprou os os 3,2 milhares de milhão de euros que emprestou e o valor nominal que os gregos vão pagar. Grandes ajudas...
 *******
Como eles encaram a crise : ( a traduzir)



Espérer pouvoir attendre la fin de l’été est ambitieux. Une analyse publiée par Der Spiegel résume assez bien une position allemande freinant les ardeurs de la BCE. Partant de la constatation fondée que ses achats sur le second marché n’ont été à chaque fois qu’un feu de bois sans lendemain, elle en tire comme conclusion que la banque centrale traite les symptômes et non pas la pathologie, ce qui n’est pas faux. Les choses se gâtent quand on en vient au diagnostic : une fois de plus, il n’est question que des réformes à accomplir, sans autres considérations.
Hans-Werner Sinn, un économiste des plus influents en Allemagne, est plus radical dans une longue tribune publiée par Le Monde. Voyant dans la « déflation interne » (l’austérité salariale et la réduction du budget de l’État) le danger « de fortes instabilités politiques » et même de guerre civile, il préconise une « sortie temporaire » pour la Grèce de la zone euro qui permettra de dévaloriser la drachme afin d’améliorer ainsi la compétitivité de l’économie grecque, qu’il présente comme « une sorte de cure de réhabilitation », car « éviter à tout prix l’insolvabilité est dangereux ». Sans se préoccuper dans ce cas de figure des conséquences politiques qui pourraient en résulter.
Pas un mot sur l’Espagne et l’Italie dans cet article intitulé « Pourquoi Paris et Berlin s’opposent », comme si la Grèce était le seul problème à régler. À l’exception de la mention que si l’Irlande, la Grèce, le Portugal, l’Espagne et l’Italie faisaient défaut, cela représenterait une perte de 771 milliards d’euros pour l’Allemagne (30 % de son actuel PIB) et de 579 milliards d’euros pour la France (29 % du PIB). Mais comment l’éviter ? On ne le saura pas.