Linha de separação


30 de julho de 2014

Em nome dos direitos do homem

O outro dizia: quando ouço falar de cultura puxo logo da pistola !
Quando ouço americanos , britânicos , franceses ...  muito indignados com a violação dos direitos humanos em tal ou tal país, não puxo da pistola como dizia o fascista , mas interrogo-me logo sobre que interesses estão em jogo - petróleo e outros- nesse país.
Em nome dos direitos humanos e da democracia o Iraque e a Líbia- para falar em casos recentes- foram invadidos, sofreram mortos e destruições sem conta e estão hoje num autentico caos , numa situação muito mais grave no plano  social , económico , de segurança e dos " direitos humanos ".
Mas que interessa . O petróleo ficou nestes dois países directa ou indirectamente sob o comando dos americanos...
Grandes democratas !!!

23 de julho de 2014

Cavaco ,as privatizações e o PSD


A alienação da nossa soberania ao serviço da oligarquia

Com as privatizações Cavaco, com a anuência do PS granjeou prestígio e poder. Foi o herói da grande burguesia nacional que financiou e apoiou generosamente as suas campanhas eleitorais.

Com Cavaco nasceu o BPN, o BPP onde os grandes empresários e figuras de proa do PSD encheram os bolsos.

Hoje os resultados das privatizações são cada vez mais visíveis.

O Patriarca do “Pingo-Doce” que dizia que no sector privado não havia corrupção, nem má gestão como no Estado diz agora a propósito da falência do Grupo Espírito Santo que arrasta centenas de empresas com milhares de trabalhadores: o efeito é “brutal, brutal, brutal...”.

Os resultados das privatizações estão à vista : a EDP, a REN e a Fidelidade são chinesas, a ANA é francesa, o BPI  é hispano-angolano, a Cimpor é brasileira, a GALP é metade angolana...

Vamos ficar sem uma única seguradora nacional.

São cada vez mais os milhões que saem em lucros e dividendos para o estrangeiro .

O país sem política cambial, monetária e praticamente sem política orçamental, vendeu a sua soberania à oligarquia financeira e tem um “Conselheiro Acácio” na Presidência da República.



20 de julho de 2014

A eleição de Junkers, o BES e os “consensos”

“Assim como uma mão lava a outra e ambas lavam o cu, temos de nos apoiar uma ao outro”. Assim dizia o administrador para o velho em “O velho que lia romances de amor” de Luís Sepúlveda.
Eis o que nos veio à memória perante o cenário da eleição de J-C Junkers, apoiado pela direita e pela social-democracia/socialismo reformista, pelo “radical” (!) Syriza e pelo Marinho Pinto. Mas a frase aplica-se também ao caso BES exemplo mais recente de como o sistema financeiro se tornou uma verdadeira cloaca de corrupção, fraude, arrogância gangsterística protegido pelos governos neoliberais e pelas instituições financeiras internacionais representadas entre nós pela troika.
A pseudo regulação existente a nível nacional e internacional tem o exclusivo objetivo de garantir a especulação, a agiotagem, a fuga pra paraísos fiscais do que é extorquido à força de trabalho. Se assim não fosse, outros teriam sido os relatórios do FMI, da troika, os avaliações da solidez financeira dos bancos, a “regulação do B de P.
Garantem que não há problemas, que está tudo bem, e periodicamente há escândalos e os Estados são chamados a intervir para proteger a fortuna de gente que procede como reles vigaristas, mas em dimensão incomensuravelmente maior. São instituições geridas por gente com ordenados milionários e arrogância de sobra no que diz respeito à austeridade, aos salários e aos direitos laborais. Põem e depõem governos, escolhem governantes, decidem políticas.
Sim, uma mão lava a outra: bastou J-C Junkers dizer umas baboseiras sobre “crescimento e emprego”, periodicamente repetidas e que contradizem tudo o que sempre defendeu para direita e social-democracia/socialismo reformista se prostrar a seus pés e os profissionais da deturpação na comunicação social aplaudirem.
O papel de toda esta gente ao serviço do neoliberalismo é “limpar o cu” à finança. Ouvir o PS a interpelar o governador do B de P sobre o GES/BES é “mutatis mutandis” ouvir o PSD a interpelar Vítor Constâncio acerca do BPN. Que credibilidade merece o sr. Seguro com as suas declarações após a conversa com o governador do B de P. Portou-se como um idiota chapado ou quiz fazer dos outros idiotas.
Depois temos “fora de portas e à porta fechada”, como consta de um fado, os acordos sobre o euro, o tratado orçamental, o tratado de comércio livre EUA-UE – o prego que falta, segundo eles, para liquidar o estado democrático e tornar o país uma colónia gerida pelas transnacionais, e sobre o qual da parte do PS só temos ouvido eleogios.
Depois das eleições, finda a ridícula querela no PS, PS e PSD, preparam novos “consensos” e coligações mais o CDS. E eis como a frase de Luís Sepúlveda tem toda a aplicação nos tempos que correm.
Para os fazer recuar só a luta popular e que se traduza em votos expressos..

16 de julho de 2014

Chamam-lhe políticas de austeridade !

Políticas de concentração e centralização de capitais disfarçadas de austeridade para todos...
Temos tido a alienação da nossa soberania em beneficio da oligarquia financeira.
Á medida que o tempo passa começa a ser cada vez mais evidente que o grosso das medidas de ditas de austeridade têm estado ao serviço da capitalização e desendividamento da Banca , melhor ao serviço dos banqueiros e grandes accionistas . E como começa a ser mais evidente também são cada vez mais os comentadores encartados a descobrirem o óbvio !
 Tudo isto a propósito da notícia do Público de hoje :



Um quarto da riqueza de Portugal está nas mãos de 1% da população

Estudo de economista do BCE mostra que o peso da fortuna dos mais ricos ainda é maior do que se julgava






"Entre os nove países da zona euro analisados, Portugal é o terceiro país com uma maior concentração da riqueza, apenas atrás das Áustria e da Alemanha.
O debate em torno das questões da distribuição do rendimento e da riqueza passou a ocupar lugar de destaque a nível internacional nos últimos meses, especialmente após a publicação nos Estados Unidos, do livro “Capital no Século XXI” de Thomas Piketty. Nessa obra, o economista francês defende, com base em dados retirados das administrações fiscais de vários países do Mundo, que se tem vindo a registar desde o início dos anos 80 um agravamento acentuado na desigualdade da distribuição dos rendimentos e da riqueza. A tendência é particularmente forte nos EUA, mas também se verifica na Europa. Piketty diz que este é um fenómeno que resulta do facto de a rentabilidade obtida pelo factor capital crescer a um ritmo superior à economia e que tende a prolongar-se caso não sejam tomadas medidas correctivas, como o agravamento dos impostos sobre os mais ricos."

14 de julho de 2014

NO PE O SYRIZA APELA AO VOTO EM JUNKERS

Era de esperar. A propaganda orquestrada a nível europeu apresentava o Syriza de “extrema-esquerda” e “antieuropeísta”. A opinião pública foi agitada antes das eleições para o PE com as alterações que a vitória do Syriza na Grécia podia ocasionar nas políticas europeias.
Era apenas uma manobra – diríamos a do costume – para tirar votos à esquerda consequente e canalizar votos para um partido cuja prática – nem é preciso falar de teoria porque não a tinha – não era nem “antieuropeia” e muito menos de “extrema-esquerda”, o que quer que isto queira dizer.
Agora Tsipras, chefe do Syriza, apelou a que no PE se votasse em Jean-Claude Junkers candidato da direita para a Comissão Europeia. (1) Razões: a direita tinha obtido a maioria nas eleições! Não, isto ultrapassa o “cretinismo parlamentar” de que falava Marx, é simplesmente traição a tudo o que fingiu que defendia. Nem sequer o facto da maioria dos eleitores de se ter abstido incomoda esta falsa social-democracia de “esquerda”. Afinal, para alguma coisa devem ter servido as conversas com a D. Merkel…
O Siryza está pois a descoberto: não passa de um PASOK (o PS grego) recauchutado, para semear ilusões de que vai convencer a oligarquia a ser “boazinha”. Eis o que acontece a quem mete o marxismo na gaveta (do leninismo nem se fala).
O Syriza ganhou de facto as eleições na Grécia, embora perdendo votos. O PCG apesar da modesta votação subiu em percentagem e votantes.
E são estas casos que nos fazem pensar nas guerras de alecrim e manjerona no PS. J. Seguro e companhia vão disfarçando o incontido desejo de se aliarem ao PSD e entretanto vão dizendo o que for preciso para não ficar atrás da propaganda do adversário.
A. Costa fala em alterar os tratados de UE, mudar a arquitetura do euro, etc. Está a plagiar o PCP, mal, mas adiante. A questão é o “como”. Fala em aplicar de forma inteligente o absurdo, iníquo e classificado como estúpido, tratado orçamental que só interessa à Alemanha e mais dois ou três países. Isto sim, é uma verdadeira “quadratura do círculo”, de facto só há uma forma inteligente de o aplicar: é não o aplicar.
Nada indica que a Alemanha esteja disposta a alterar algo além de cosmética, mas até agora nem isso. Muito pelo contrário, quer o reforço destas políticas e um “ministro das finanças da UE” ao serviço dos seus exclusivos interesses. Portanto a questão que se põe ao sr. Costa é: qual o plano B? Ou o seu plano B é fazer como o chefe do Syriza?
Quanto ao BE, saem mais uns, dá a ideia que querem apanhar boleia na carrinha do A. Costa. É normal. Esta esquerda libertária pensa que é possível mudar a sociedade sem ideologia, sem organização e sem disciplina. Depois é o que se vê, e tudo em nome da unidade, por agora…

 

12 de julho de 2014

Os aldrabões encartados

O 1º Ministro tem repetido que o governo não vai entrar com dinheiro publico no BES .
Por sua vez o irrevogável ministro dos submarinos confessa pela primeira vez que os portugueses já pagaram de mais por "erros ! " do sistema financeiro procurando com esta afirmação dar a ideia que não mais acontecerá .
Ora o sistema financeiro ainda há pouco recebeu deste governo mais uma prebenda a dos créditos fiscais contabilizado no Orçamento engrossando o défice e a dívida e será uma prebenda de alguns milhões paga pelos contribuintes.
Continuam a ser concedidos suculentos benefícios fiscais à custa do Orçamento e a Caixa tem entrado em operações de financiamento aumentando a sua exposição a créditos duvidosos ...
Dos contribuintes tem  também vindo o dinheiro para pagar os lautos juros que a banca recebe ao investir em dívida pública ; os custos do dinheiro da troika ,os 78 mil milhões que custam milhões em juros ; os milhões para pagar os Swaps e os milhões para pagar as trafulhices no BCP, no BPN , BPP, no BANIF ... Os tais " erros ! "  que fala pudicamente o irrevogável P. Portas.

11 de julho de 2014

Comércio Externo

A fragilidade do comércio externo português e um aparelho produtivo incapaz de dar resposta a um aumento da procura interna !


Nota sobre o comércio externo de mercadorias nos primeiros  cinco meses de 2014
1. Os dados do comércio externo de mercadorias entre Janeiro e Maio do corrente ano são marcados, comparativamente com o mesmo período de 2013, pela queda das exportações em -0,9% (menos 187 milhões de euros), pela subida das importações em +2,3% (mais 541 milhões de euros) e consequentemente pelo agravamento em 728 milhões de euros do saldo negativo da nossa balança de mercadorias.
2. A nossa balança comercial de mercadorias apresentava nos 1os cinco meses de 2013 um saldo negativo de -3 368 milhões de euro para passar a apresentar em igual período de 2014 um saldo negativo de -4 096 milhões de euros. Um agravamento de 21,6% neste saldo negativo da balança comercial de mercadorias. Uma análise das exportações e importações por 17 grandes grupos de produtos disponibilizada pelo INE permite-nos de forma mais pormenorizada analisar essa evolução:
2.1. As exportações de combustíveis minerais que correspondem às exportações de refinados de petróleo, depois de terem mais do que duplicado as vendas nos últimos 4 anos, fruto da entrada ao serviço de uma nova unidade de refinação de petróleo da GALP em Sines, caíram nos últimos 5 meses 38%, uma queda no volume de vendas neste período de 808,8 milhões de euros. Esta foi uma queda determinante para evolução negativa das exportações e foi o resultado da paragem para manutenção durante cerca de 45 dias da unidade de refinação. Ela espalha bem o nosso elevado nível de dependência das exportações de pouco mais de meia dúzia de grandes empresas (Petrogal, Volkswagen Autoeuropa, PortucelSoporcel, Repsol, Continental Mabor, Bosch, Somincor ).
2.2. As exportações de pastas celulósicas e papel caíram também 3,8%, uma queda que se reflectiu na venda de menos 37,5 milhões de euros;

10 de julho de 2014

Podemos estar descansados !

O Secretário Geral do PS esteve no banco de Portugal e à saída disse que vinha muito mais confortado com a situação da banca.... Se Seguro o diz , podemos estar descansados...
Aliás o que se passou hoje na Bolsa é disso testemunho.
Sobre a Banca, as suas falcatruas , especulações , não financiamento da economia... o PS não diz nada...
Ao longo de todo este tempo as únicas palavras do PS sobre a banca são sobre a condenação entre a política e os negócios...em relação aos escolhidos para gerirem o BES.
Quando se tratou do caso BCP com as nomeações de Vara & Cia não houve mistura de política e negócios...não senhora !

8 de julho de 2014

BES- A questão Central

A questão central no BES não está na escolha deste ou daquele "gestor" ou de os mesmos que incensavam Ricardo Salgado terem passado agora a incensar Bento e seus acompanhantes !
Pode-se na verdade, contestar que um Secretário de Estado ligado às finanças e à dívida pública seja chamado para o BES sem reticências do B.P. e do governo ! Mas só poderiam esperar reticências os que pensam que o poder económico está subordinado ao político e não o contrário...
 Pode se ter ciúmes de não se ter nenhum Vara na administração do BES, como o PS que tem apenas um representante nos Açores !
Mas a questão central não é desse teor.
A questão central é a de se saber se um banco comercial que cria moeda -bem público-, tal como os outros e ainda por cima metido em vários escândalos financeiros deve continuar na órbita privada com os lucros e não só a irem para os bolsos privados de meia dúzia e os prejuízos , a capitalização e o desendividamento a serem pagos directa e indirectamente pelos contribuintes .
Claro que os partidos da Banca - PSD,PS,CDS dirão que não. Que a  questão central é salvar um banco sistémico ... e nós acrescentamos - salvar as fortunas , dividendos ,reformas e mordomias dos grandes accionistas com os dinheiros públicos..
A factura seguirá dentro de momentos...no IRS ...nas pensões e reformas...nos salários

7 de julho de 2014

O BANCO Reestrutua Portugal não !

E quando R. Salgado dizia que" reestruturar  "era uma palavra feia !


/7/2014 GES avança com reestruturação de dívida | Económico
FILIPE ALVES filipe.alves@economico.pt 07/07/14 00:05
Espírito Santo Financial Group deixou de poder recorrer à linha de recapitalização da banca.
O Grupo Espírito Santo (GES) deverá anunciar nos próximos dias o seu plano de recuperação, que deverá passar pela venda de activos, pela conversão de dívida em capital e por uma reestruturação ordenada da dívida da Espírito Santo International (ESI), a ‘holding' de topo do grupo, que está em falência técnica. Esta reestruturação deverá penalizar o Espírito
Santo Financial Group (ESFG) e o BES, que detêm centenas de milhões de euros em dívida do grupo.
A admissão foi feita pelo banco suíço do GES, num comunicado citado pelo "Expresso". "O Banque Privée Espírito Santo informa que está a tomar todas as medidas que estão ao seu alcance, para salvaguardar os interesses dos seus clientes com exposição à Espírito Santo International", admitiu o banco num comunicado, depois de alguns clientes terem exigido o reembolso de papel comercial da ESI, no final da semana passada. O banco suíço da família Espírito Santo acrescentou, no mesmo comunicado, que o GES "desenvolveu um plano de reorganização que inclui a reestruturação da dívida da ESI, que se deverá iniciar brevemente".
A confirmar-se, a reestruturação da dívida da ESI deverá afectar todos os credores da holding, a começar pelos investidores que subscreveram dívida do grupo. Mas o BES e as subsidiárias
http://e c onomic o.sa po.pt/notic ia s/npr int/197051
1/3
7/7/2014 GES avança com reestruturação de dívida | Económico
Rioforte e Espírito Santo Financial Group (ESFG) também serão afectadas, directa ou indirectamente, pela reestruturação da dívida do grupo. A ESFG é a maior accionista do BES, com 25%, mas desde sábado passado deixou de estar sob a alçada do Banco de Portugal (BdP), dado que a separação entre o banco e a família
ficou completa com a nomeação de Vítor Bento para o lugar até agora ocupado por Ricardo Salgado. Isto significa que o ESFG deixa de poder recorrer à linha pública de capitalização da banca, que doravante estará disponível apenas para o BES, se necessário.
O ESFG detém 25% do BES, sendo, por sua vez, controlada em 49% pela Rioforte. Já esta sociedade é detida a 100% pela ESI, a ‘holding' da família descendente do fundador do grupo. Na semana passada, o ESFG revelou que a exposição a dívida do GES ronda os 2,35 mil milhões de euros, mais 71% que no final do ano passado. Já o BES emprestou 980 milhões de euros à Rioforte e ao ESFG, que estão na sua maior parte garantidos por activos do grupo. Mas a exposição do BES a empresas do GES inclui ainda 651 milhões de euros em papel comercial da Rioforte e da ESI
subscrito por clientes de retalho do banco.
O reembolso da dívida da ESI está assegurado por uma provisão especial de 700 milhões de euros constituída no final de Março pelo ESFG, por pressão do BdP. Porém, se o ESFG não conseguir reembolsar os investidores, o BES terá de assumir essa responsabilidade. O grupo tem conseguido reembolsar os clientes, com os 651 milhões de euros em dívida a representarem menos de um terço dos 2,1 mil milhões registados no final de 2013. Já no segmento dos clientes institucionais, a exposição a dívida do grupo aumentou de 1,5 mil milhões para 1,9 milhões. Estes investidores não estão abrangidos pela referida provisão especial.
O grupo conseguiu um balão de oxigénio com uma aplicação, pela PT, de 900 milhões de euros em dívida de curto prazo, que vence no dia 15 de Julho. Mas a renegociação deste financiamento está nas mãos da brasileira Oi.
http://e c onomic o.sa po.pt/notic ia s/npr int/197051
2/3
7/7/2014 GES avança com reestruturação de dívida | Económico
O plano de recuperação do grupo deverá incluir a venda de activos em áreas como turismo e a conversão de dívida em capital. A Petróleos de Venezuela é credora do GES em várias centenas de milhões de euros e poderá passar a ser accionista do grupo.
http://e c onomic o.sa po.pt/notic ia s/npr int/197051

P.S. 
O governador do Banco de Portugal é apresentado como  o grande artífice da sucessão do BES...Mas a verdade é que só depois da zanga dos primos é que descobriu as pequenas trapalhadas para não lhe chamar outra coisa em que o banco e o grupo estavam metidos....O que já se sabia, o BP fazia de contas que ignorava. Agora dá o aval a uma solução em que os negócios privados ficam com toda a informação  da dívida da Republica e não  só ...
3/3

Veja as diferenças

No final de 2007 em plena crise do BCP, a CGD viu-se de uma assentada sem o Presidente do Conselho de Administração, Carlos Santos Ferreira e mais 2 Administradores, Armando Vara e Victor Fernandes, todos do Partido Socialista, que se mudaram de armas e bagagens da CGD para o BCP. O PS no Governo tomou conta do BCP.
No início deste verão em plena crise do BES , o presidente da SIBS Vitor Bento, o presidente do IGCP João Moreira  Rato e  Mota Pinto todos do PSD, mudam-se de armas e bagagens para o BES. O PSD no Governo tomou conta do BES.
A única diferença é que o PS estava antes no Governo e agora está o PSD.

4 de julho de 2014

Não se Demite ?

Os famosos Stress testes !!!


De: O OBSERVADOR
Segundo o BANCO DE PORTUGAL,

“A situação de solvabilidade do BES é sólida, tendo sido significativamente reforçada com o recente aumento de capital. O Banco de Portugal tem vindo a adotar um conjunto de ações de supervisão, traduzidas em determinações específicas dirigidas à ESFG e ao BES, para evitar riscos de contágio ao banco resultantes do ramo não-financeiro do GES”, diz o Banco de Portugal em respostas a pedidos de esclarecimento da comunicação social.
A instituição liderada por Carlos Costa sublinha que só tem responsabilidade de supervisionar a parte financeira do grupo – o EFSG e o BES -, mas que as restantes “não se encontram sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, dado que não integram o perímetro prudêncial do grupo bancário sujeito à supervisão do Banco de Portugal (ao nível da ESFG) e na medida em que não são consideradas empresas-mãe ou filiais de instituição de crédito, nos termos do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras”.
No entanto, garante o banco central, as operações realizadas entre o banco e as outras entidades do grupo “estão sujeitas ao cumprimento de limites máximos de concentração de riscos”, o que quer dizer que o Banco de Portugal está a acompanhar “o cumprimento desses limites e os impactos das operações na situação patrimonial e prudêncial das instituições de crédito ou do grupo bancário”.
Perguntas ingénuas ao "ingénuo " Governador do B.P :
1-No ultimo " stress teste" feito ao BES e  ainda antes "das determinações específicas… para evitar riscos de contagio ao banco resultantes do ramo não financeiro "não foi reiterado pelo BP e seu governador que não havia problemas neste banco? Que credibilidade têm os stress Testes e as garantias dadas também agora pelo B. P. ?
2- Que determinações são essas para evitar o contágio do ramo não financeiro ao BES ? Não nos querem explicar que medidas foram tomadas e qual o seu alcance ? Será que são medidas do tipo do insolvente que para não perder o património se divorcia e passa os bens  mais valiosos para mulher sobrinhos afilhados ou para qualquer primo taxista na suíça ? Isto é são medidas que safam o BES e tramam os credores do ramo não financeiro como a Caixa Geral de Depósitos e mais tarde os contribuintes….E em relação à Caixa como se justifica tal volume de crédito a empresas de banco concorrente ? A Caixa e em particular o crédito não estão nas mãos do CDS e do PSD ?
3- Diz o "ingénuo" Governador que só tem responsabilidades de supervisão em relação á parte financeira do grupo ! …acrescentando um "no entanto" :"as operações realizadas entre o banco e as outras entidades do grupo “estão sujeitas ao cumprimento de limites máximos de concentração de riscos "  Mas depois do que há muito se sabe em relação às negociatas  do BES e EFSG como se justifica uma concepção tão restritiva do perímetro prudencial ?
4- Quando Salgado se esqueceu de declarar no IRS  pela terceira vez pequeninas somas que tinha no estrangeiro , o Governador chamou-o para opinião pública ver , mas continuou a considerá-lo idóneo para continuar como banqueiro…e  quando foi descoberto o também pequenino prejuízo , a tal "enfermidade" do contabilista ,  como lhe chamou Salgado , o governador continuou a considerar este senhor  como idóneo para ser banqueiro. Fantástico . Como prémio merece ir para o BCE tal como o Vítor Constâncio!…
5- Ultimas perguntas: o Governador do Banco de Portugal tem a função de regulador ou de Presidente da Associação portuguesa de bancos ? Não se demite ? Ninguém o demite ? 

3 de julho de 2014

Que desemprego ?


 dados do desemprego divulgados pelo Eurostat – taxa de desemprego em Maio de 2014

1.    Nos primeiros dias de cada mês o Eurostat divulga as suas estimativas mensais sobre o desemprego e as taxas de desemprego referentes ao mês n-2 em cada um dos países da União Europeia. Ontem 1º dia do mês de Julho divulgou as suas estimativas referentes a Maio passado próximo.
2.    Embora a Comunicação Social faça sistematicamente um grande alarido em torno destes dados como se eles fossem algo de novo e com credibilidade acrescida, com origem em informação recolhida e tratada pelo próprio Eurostat, a verdade é que estas estimativas mensais têm sempre por base os resultados do último Inquérito Trimestral ao Emprego combinados com os dados dos desempregados inscritos nos Centros de Emprego através de um modelo de previsão (modelo de CHOW LIN). Diga-se aliás que actualmente, apenas no caso português, se calcula esta estimativa da taxa de desemprego recorrendo para além dos resultados do último Inquérito Trimestral ao Emprego aos dados mensais dos desempregados inscritos nos Centros de Emprego. É o próprio Eurostat nos seus últimos documentos metodológicos sobre o cálculo destas estimativas que manifesta o seu desejo de que haja uma uniformização entre todos os países no cálculo destas estimativas mensais da taxa de desemprego. Não por acaso o próprio Instituto Nacional de Estatística no seu plano de actividades para este ano prometeu: “.. o início da disponibilização de estimativas mensais nacionais para a taxa de desemprego, em articulação com o Eurostat, com base numa metodologia mais adequada, pretendendo-se, assim, dar resposta a uma necessidade há muito sentida pelos utilizadores e que permitirá um acompanhamento da evolução do mercado de trabalho com base em informação mais frequente e estável”. De uma forma muito delicada percebe-se a desconfiança do INE em relação à qualidade dos dados divulgados mensalmente pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) referentes ao nº de desempregados inscritos nos Centros de Emprego. Esperamos pois que ainda este ano o INE procede à divulgação das estimativas mensais sobre a taxa de desemprego e a partir daí passemos a ter como uma única fonte informativa para o cálculo da taxa de desemprego mensal a entidade estatística nacional, deixando o Governo através da manipulação do número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego de influenciar o seu cálculo.
3.    Posto isto e tendo em conta que hoje, quase de certeza, no debate da Nação, o PM e os partidos do Governo se vão vangloriar dos resultados do desemprego ontem divulgados pelo Eurostat. Teremos que lhes responder da seguinte forma:
3.1. De acordo com os dados mensais do Eurostat ontem divulgados estavam desempregados em Maio do ano passado 881 mil portugueses, o que correspondia a uma taxa de desemprego de 16,9% e estavam em Maio deste ano 736 mil desempregados, o que corresponde a uma taxa de desemprego de 14,3%. Entre Maio do ano passado e Maio deste ano desapareceram dos dados do desemprego do Eurostat 145 mil portugueses, mas o emprego criado neste período é praticamente nulo.
3.2. Entretanto dados divulgados no passado dia 16 de Junho referentes à população residente no nosso país dizem-nos que nos últimos 3 anos saíram do país 350 504 portugueses, um dos maiores êxodos de sempre, e que em termos anuais assistimos no ano passado ao maior volume de emigração, saíram 128 108 portugueses.
3.3. Entretanto dados divulgados pelo IEFP referentes ao passado mês de Maio dizem-nos que neste mês estavam colocados em programas de emprego e formação profissional 174 031 trabalhadores, o mais elevado nº de sempre de colocados nestes programas e, mais 67 048 do que em Maio do ano passado.
3.4. Somando aqueles que foram forçados a emigrar neste período com o acréscimo do nº daqueles que foram enviados para os programas de emprego e formação profissional, facilmente se percebe como se fez este milagre da taxa de desemprego baixar. Mais grave ainda o somatório destes nºs prova-nos que ao contrário daquilo que este Governo (PSD/CDS) e os partidos que o suportam afirmam a taxa de desemprego real é hoje mais elevada do que há um ano atrás.
3.5. No limite se a sangria de trabalhadores portugueses para o estrangeiro se mantiver e se aqueles que caírem no desemprego continuarem a ser enviados para programas de emprego e formação profissional, o nosso País passará a ser um caso de estudo mundial. Portugal será um exemplo concreto de como é possível fazer baixar a taxa de desemprego, sem que o emprego suba. Um verdadeiro milagre da multiplicação dos pães, que não dá de comer aos trabalhadores desempregados mas enche a barriga aos patrões.  

1 de julho de 2014

O destino de Portugal poderia ser outro. A UE isola Portugal do mundo

A propósito da reunião do G-77 + China
Ao contrário do propalado a UE não constituiu uma “abertura de Portugal ao mundo”, mas o encerramento num espaço ainda por cima decadente. O comércio internacional com a UE representa 70% do total (exportações mais importações), mas se retirarmos os combustíveis chegamos a cerca de 90%, com uma acentuada taxa de cobertura deficitária.
Vem isto a propósito da reunião de 133 países em 14 e 15 de junho na Bolívia, tendo 119 adotado uma declaração comum intitulada “declaração de Santa Cruz. Por uma nova ordem mundial “viver bem”, Justamente aquilo que Portugal necessitava. 
Com 242 pontos a declaração fixa como objetivo a erradicação da pobreza até 2030, a instauração de uma nova ordem financeira internacional reduzindo o poder do FMI, etc. Foi também proposta a criação de uma aliança científica, tecnológica e cultural.
O documento reafirma igualmente a primazia da soberania nacional sobre os recursos naturais. A Rússia foi oficialmente convidada a juntar-se ao grupo que representa atualmente 77% da população mundial e 43% da economia do planeta.
"Um outro mundo é possível" declarou o presidente do Uruguai, "não é possível mais caucionar esta civilização de desperdício que afeta a própria vida do planeta.” “Nós, somos o futuro do mundo” – disse Evo Morales.
A censura fascizante que vigora na UE e nos EUA ignoraram totalmente a reunião. Compreende-se: um outro mundo constrói-se eles ficam à margem na decadência, no militarismo, na provocação fascista, semeando guerras e confrontos entre as nações, para a oligarquia sobreviver.
Tudo isto leva-nos a pensar como Portugal podia ser diferente: em vez de destruirmos as nossas empresas metalomecânicas, metalúrgicas, construção naval, elétricas, etc., podíamos ter uma cooperação mutuamente vantajosa com países com necessidades tecnológicas e de desenvolvimento muito mais próximas das nossas, assim o país isola-se num espaço decadente em que o silenciado e secreto Tratado de Comércio Livre entre a UE e os EUA vai ser a machadada final se não arrepiarmos caminho.
E ainda há gente que diz que sair do euro e renegociar tratados da UE seria um desastre. E ficar?