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29 de maio de 2013

Ao serviço da Oligarquia


O BANIF

O Estado entrou no BANIF com 1 100 milhões. É dono do BANIF, mas não manda nada!
O Estado garantiu que os accionistas do BANIF entrariam com 450 milhões até Junho. Seria o aumento de capital dos privados para equilibrar o Banco.

Às portas de Junho, o BANIF já pôs  a correr na comunicação social, que vai adiar o processo de capitalização... com o pseudo-argumento do atraso nas negociações com Bruxelas sobre o plano de reestruturação!
O governo até agora nada disse sobre isto mas como se trata de um banco e de um banco que tem na sua administração pessoas ligadas ao PSD e até um ex- ministro de Sócrates o mais certo é aceitar e calar

A telenovela do BANIF ainda agora começou... mas os 1 100 milhões de euros do Estado já lá estão e a ser pagos pelos contribuintes.

Aqui está mais um exemplo, este sim ,de gordura do Estado !

A diluição dos responsáveis


As omissões que nivelam tudo e branqueiam os responsáveis


O Director do jornal “Negócios”, publicou um interessante editorial no dia 27.
Interessante pelo conteúdo e interessante porque é revelador de como se diluem responsabilidades.
A certa altura escreve: “A operação furacão”, um grupo de bancos vendia serviços de “optimização fiscal” as empresas que terão lesado o Estado em milhões de euros em impostos. Centenas de arguidos ´, dezenas de notáveis, as maiores em presas do país.
O que há-de pensar um país de um Parlamento quando foi esta instituição que, alterando o Código do Processo Penal permitiu a escapatória ao furacão.”.

Repare-se que ao afirmar que foi o Parlamento que alterou o Código do processo Penal para safar os grandes senhores do dinheiro implicados na operação “Furacão” está a meter todos os partidos no mesmo saco. Com mais uma linha o editorialista podia e devia ser mais claro e preciso na atribuição de responsabilidades. Mas como teria de dizer que o PCP não só votou contra, como interveio sobre o assunto denunciando o que estava em causa.o director do Negócios optou pela genertalizacão

Mais à frente o nosso editorialista acrescenta: « o que há-de pensar um país do Banco de Portugal quando há um BPP e dos partidos políticos quando há um BPN»... «O que há-de pensar um país de um governo que vende por 7,5% amnistias aos seus homens mais ricos, para que legalizem o dinheiro que irregularmente tinham fora de Portugal».

Temos aqui o mesmo sofisma. «O que há-de pensar um país dos partidos políticos quando há um caso BPN!»...
Mas o sr. Director do “Negócios” sabe muito bem que houve um partido, o PCP, que na Assembleia da República votou contra a nacionalização do BPN e que denunciou esse escândalo e que inclusivamente disse na altura que a operação BNN iria custar largos milhares aos contribuintes portugueses.
Foi aliás o único partido a votar contra. Também no caso BPP que é citado pelo editorialista o PCP se insurgiu e votou contra a autorização de concessão do aval a este banco gestor de grandes fortunas. O mesmo quanto ao perdão dos 7,5%. O PCP votou contra.
A ambiguidade, a generalização e o preconceito anticomunista serve às mil maravilhas aos responsáveis por esta situação: CDS, PSD,PS.
Até quando?
Aqui é que está o chamado despesismo, o Estado gordo ao serviço da Banca e dos oligarcas . É a política ao serviço do desendividamento da banca (dos banqueiros e dos grandes accionistas).
É o sistema capitalista no seu melhor!

28 de maio de 2013

PORTUGAL: UM CASO DE SUCESSO…PARA A ALEMANHA

… UM PESADELO PARA OS PORTUGUESES (até Paul Crugman reconhece)
O ministro das finanças V. Gaspar, ficará na História como o mais incompetente de todos no período democrático, mas não só. Tão incompetente como ele – e creio que ao mesmo nível democrático – só Salazar. O “mago das finanças”, para os monopolistas e latifundiários, à custa de selvática repressão da policia política, que colocou o país na miséria, emigração em massa, tuberculose endémica, analfabetismo, destruindo o pouco que de bom a 1ª república tinha feito pelas classes populares, como a escola pública de 6 anos – passando-a para 3, generalizando o trabalho infantil, a fome, a habitação em barracas.
Testemunhei como ainda nos anos 60, estrangeiros visitavam o nosso país e com um sorriso nos lábios, diziam que valia a pena, pelo Sol, pela hospitalidade e como exemplo típico dos povos atrasados. Eis o que está agora em marcha, não com tropa a partir de Braga, mas com a cobertura estratégica a partir de Belém.
Como Salazar teve Carmona e A. Tomás como espantalhos políticos, Gaspar tem Coelho e Cavaco, que não se atrevem a contraria-lo.
Mas na Alemanha está satisfeito o ministro Schoebel – o verdadeiro chanceler, Merkel e o presidente, são os seus espantalhos políticos. Pode de facto estar feliz: “o efeito de financializar a economia é muito semelhante ao levantamento de um tributo a seguir a uma conquista militar” (Michel Hudson).
Além disto, os países do Norte estão a receber licenciados e doutorados a custo zero para as suas economias. O odiado “Estado (social) gordo” permitiu-lhes mesmo antes de nascerem, acesso a cuidados de saúde, assistência médica, educação, facilidades para jovens. Hoje Portugal, exporta a matéria-prima mais preciosa que tem: inteligência.
Olhe-se o curriculum de V. Gaspar – ou o de A. Santos Pereira: teses, doutoramentos, extensa lista de artigos publicados, porém nenhum deles passou um dia numa empresa da economia real. O falhanço da “ciência económica contemporânea” vê-se nestes dois eminentes corifeus do neoliberalismo, incapazes de acertar numa previsão, falhando todos os “desafios”.
Confessam que é muito difícil fazer previsões neste contexto. Falso. A realidade foi desde sempre desvendada com a devida antecedência para os que a analisaram a partir do materialismo dialético, não da metafísica neoliberal.
V. Gaspar, faz parte de uma longa lista de incompetências que ocuparam o ministério das finanças, destacando-se Braga de Macedo (o défice da BC não interessava, apenas os movimentos de capitais…) a Teixeira dos Santos (disse que decidia – mal – com as informações que tinha na altura, pelos vistos nada era capaz de prever corretamente), passando por Catroga (apoiou e colaborou em tudo que depois classificou, nos outros, como errado).
Valia a pena fazer uma resenha dos disparates, trocadilhos, contradições que esta gente a disse, para defender sempre os mesmos – os que também Salazar defendia.
Fica para V. Gaspar o registo – que Salazar poderia também ter dito em 1928 – “não fui eleito coisíssima nenhuma”, esquecendo que faz parte de um governo submetido a uma Constituição democrática (que odeiam) que pode (e deve!) ser demitido democraticamente quanto antes…para fim do pesadelo. E que se lixe o Schoebel!

24 de maio de 2013

Um desastre anunciado


Execução Orçamental Jan-Abril de 2013
1.     Com a execução orçamental referente ao mês de Abril hoje divulgada pela Direcção Geral do Orçamento, 1/3 da execução orçamental anual está concluída.
2.     Os dados agora divulgados confirmam que a profunda recessão em que o nosso país está mergulhado, bem maior do que o previsto pelo Governo, não podemos esquecer que no 1º trimestre o PIB caíu 3,9%, desde já põe em causa o volume de receitas e despesas aprovadas com o Orçamento de Estado para 2013 e consequentemente as metas do défice que definiu (-5,5% em 2013). Para além de que este Governo se prepara para apresentar um Orçamento Rectificativo que ainda vai introduzir mais cortes no rendimento das famílias, em especial dos funcionários públicos e dos pensionistas e reformados.
3.     A queda da procura interna resultante da queda do consumo privado, do consumo público e do investimento tem um impacto negativo na receita fiscal e contributiva, bem superior ao impacto resultante do agravamento da carga fiscal sobre os rendimentos do trabalho, o que faz com que apesar de uma maior carga fiscal sobre os trabalhadores e as suas famílias, a receita fiscal fique bem aquém do previsto. Ao mesmo tempo do lado das despesas do Estado uma maior contracção da actividade económica do que o previsto tem necessariamente impacto no volume de prestações sociais, mesmo que o governo dificulte o acesso a estas.
4.     Vale a pena referir-se que o Orçamento de Estado para 2013 foi construído com base num PIB nominal de 166,8 mil milhões de euros e no início do corrente ano, confrontado com a queda do PIB no final de 2012 e no início de 2013, o Governo já efectuou uma revisão em baixa e a actual previsão aponta para um PIB nominal de 164,3 mil milhões de euros. Num ápice as previsões do governo subtraíram 2,5 mil milhões de euros ao PIB.     
5.     Fazendo a leitura da Síntese da Execução Orçamental dos quatro 1ºs meses do ano afinal qual é a conclusão que se poderá fazer dela?
a.     A leitura do quadro 2 – Conta Consolidada da Administração Central e da Segurança Social (pag. 5 da Síntese) é um bom auxiliar para a análise deste 1º trimestre do ano. Neste quadro para além de podermos analisar a evolução da principais rubricas da receita e da despesa, podemos também comparar essa evolução com a variação implícita no Orçamento de Estado para 2013 e dessa forma verificar se a evolução registada se aproxima daquela que está implícita no OE para 2013. Ora o que nós verificamos é o seguinte:

21 de maio de 2013

O Conselho De Estado discute o sexo dos anjos e reza…à UE


Em Constantinopla, prestes a cair na mão dos otomanos, consta que os teólogos se ocupavam a discutir o sexo dos anjos. Em Belém, os conselheiros de Estado não fizeram outra coisa relativamente aos problemas do país.
Nem algo diferente era de esperar deste PR, que está em competição com o fascista Américo Tomás em reacionarismo e dislates.
O comunicado final traduz a decadência que a pseudo elite (anti Constituição, diga-se) deste país atingiu: uma invocação à UE, para ter “piedade de nós”. Uma espécie de “miserere”, a que (com Nossa Senhora de Fátima ou sem Ela) a troika responde com um “dies irie”.
Um Conselho de Estado, funcionalmente antidemocrático, onde não existe ninguém à esquerda do PS, (mas onde tinha assento quem esteve implicado nas vigarices do BPN) onde não se sabe o que se discutiu, onde não pode ser comunicada a posição de cada conselheiro.
Entretanto, o indizível ministro das finanças vai a Berlim ao beija-mão de Wolfgang Schaüble, homólogo alemão, em ato de contrição fazendo promessas de esmifrar o povo português o mais que poder “ad gloriam” da finança europeia, a começar pela alemã.
Agora os acólitos da teologia neoliberal, anunciam – alguns com visível satisfação – que no “pós-troika” a austeridade é para continuar, “pensavam que o regabofe ia voltar”, dizia um sr. que já foi ministro do PS com Mário Soares – como se alguma vez o regabofe tivesse cessado para a camada oligárquica.
O Conselho de Estado mostra a deliquescência do clã neoliberal, de que o PS não se demarca. Discutir os problemas do país seria em primeiro lugar discutir as causas dos problemas e interrogar-se se seria possível o desenvolvimento económico e social com:
- uma moeda como o euro demasiado sobrevalorizada para a nossa economia
- livre transferência de capitais e rendimentos para paraísos fiscais, traduzido nas diferenças entre PIB e RN
- concorrência fiscal entre países da UE
- os Estados obrigados a irem financiarem-se aos especuladores
- sem aumento da procura interna
- com escandalosos benefícios fiscais para o grande capital e finança e escapes na lei favorecendo os oligarcas
- privatizações e "consessões" de serviços públicos criando monopólios privados,
- etc, etc.
A terminar um recente trecho de Mike Whitney:
“A Europa persistirá na austeridade até as elites da UE alcançarem o seu objetico, que é dizimar o modelo social que propicia cuidados de saúde, pensões e proteções laborais. É disto que se trata. Quando os trabalhadores da UE estiverem reduzidos à pobreza do terceiro mundo, então os fazedores da política voltarão às estratégias de crescimento, mas não antes”. ( http://www.counterpunch.org/2013/04/26/back-to-recession )
Será que nenhuma daquelas almas que saia de Belém com ar acabrunhado, pensou nisto? Será que pensaram primeiro nos interesses dos oligarcas ou nos dos trabalhadores?

16 de maio de 2013

Um importante debate



DESIGUALDADES, Coimbra, 07MAI13, AL.docx

Publicamos hoje a intervenção de Agostinho Lopes




DEBATE/COIMBRA/07MAI13

“AS DESIGUALDADES NA SOCIEDADE E NO TERRITÓRIO – dimensões do desenvolvimento capitalista”

0.Saudações e Agradecimentos

1.INTRODUÇÃO - Afirmar uma política alternativa
A Campanha nacional “Por uma política alternativa, patriótica e de esquerda” que o PCP lançou neste 1º Semestre, tem 5 objectivos muito simples. A divulgação da ideia de que não só é necessária, como é possível, uma alternativa à política de direita em curso. De que essa política existe, que o país não está condenado ao desastre, mesmo sendo muito difíceis e apertados os caminho da saída! De que a sua concretização está na sua mão, e que a sua viabilização reclama a convergência e unidade das forças, sectores e personalidades democráticas e de todos os patriotas empenhados em romper com a política de direita. De que essa possibilidade estará tanto mais perto quanto maior for a luta dos trabalhadores e do povo e a influência política, social e eleitoral do PCP. De que há uma matriz institucional e política para a sua elaboração e desenvolvimento: a Constituição da República Portuguesa.
Na concepção da Campanha, em conjunto com muitas outras e diversificadas iniciativas políticas, consideramos a realização de 4 Debates, no qual no qual se integra o presente Debate “As desigualdades na sociedade e no território –dimensões do desenvolvimento capitalista”. Realizamos um debate sobre o Euro e a dívida, abordando as causas da crise que o país enfrenta e outro sobre o tema, Produzir mais para dever menos, na consideração de respondermos ao problema central do endividamento do país. O que hoje queremos debater são algumas das consequências mais graves da actual política de direita, o agravamento das desigualdades em Portugal. E fecharemos o ciclo, a 28 de Maio, precisamente, querendo mostrar, que a origem governativa dos nossos problemas, resulta da continuada violação material da Constituição, e que a política alternativa que propomos está inscrita nos princípios constitucionais.        
2.ÁSPERA BATALHA IDEOLÓGICA
Sem qualquer pretensão a antecipar-me às intervenções, dos nossos convidados especiais, a quem mais uma vez agradeço a disponibilidade, três ideias para um registo de algumas questões que estarão no centro do nosso debate.
A “igualdade” versus “desigualdade” é certamente um tema no centro de uma áspera batalha ideológica, na história milenar da humanidade. A igualdade dos seres humanos para lá do clã, da tribo, da cor da pele, do sexo, das religiões, da classe, foi a base, ponto de partida, para inúmeras utopias e religiões. Ganhou uma imensa centralidade, quando os agrupamentos humanos se transformam em sociedades hierarquizadas, de classes, possidentes/proprietários/dominantes/exploradores e possuídos/produtores/dominados/explorados. Conhecemos o trama desse percurso histórico cheio de violência, dor, opressão, escravatura, morte, que chegou, está ainda presente, nas nossas sociedades hoje. Que na história feita da luta de classes, o sentido do caminho tem sido o da igualdade, mesmo se longas e largas reversões e regressões tem acontecido. Sabemos dos saltos civilizacionais, quando a reclamação da igualdade, desceu dos céus, onde a tinham colocado algumas religiões, para a terra. Sabemos do salto imenso, quando já bem perto de nós, a revolução Francesa, inscreveu na sua bandeira a igualdade dos cidadãos, a par da liberdade e da fraternidade. Depois a história acelerou, veio a Comuna de Paris, veio Outubro e os sovietes, os que queriam assaltar os céus! Vieram os construtores políticos das sociedades socialistas tendo o ideal mais longínquo do comunismo. Vieram as guerras da independência nacional e o princípio do fim do colonialismo. Sabemos também, por dolorosa experiência, bem visível nos dias que atravessamos, no País, na Europa, no Mundo, dos golpes fundos no projecto da igualdade, que os acontecimentos no Leste da Europa, da última década do século XX, causaram! Mas a história e a luta de classes continuam, e de bandeira na mão, continuamos a batalha pela igualdade de direitos, de facto, real, dos cidadãos e cidadãs. Por uma democracia avançada, tendo como farol o socialismo e o comunismo.
A Revolução de Abril, de que acabamos de comemorar 39 anos, foi um passo gigantesco em direcção à igualdade política e social dos portugueses. A CRP de 1976, é um marco fundamental nesse caminho. Mas cedo os exploradores procuram reverter o processo de progresso e desenvolvimento. Cedo procuraram desmantelar a Constituição de Abril e socavar o seu Artº 13º “Principio da igualdade”, através da subversão da organização económica e incumbências prioritários do Estado, consignadas na Parte II do texto constitucional.
Foi o trabalho sujo dos Governos do PS, PSD e CDS desde 1976, ao serviço dos interesses do grande capital, do latifúndio, do imperialismo. Chamou apropriadamente o PCP, a esse “trabalho” “recuperação capitalista”, nas suas dimensões de recuperação monopolista, latifundista e imperialista.
Esta “recuperação capitalista” foi acompanhada de uma intensa campanha ideológica, onde quase passou a ser um crime, afirmar na vida politica, (ou mesmo afirmar em estudos universitários) a igualdade e a justiça social, como objectivos políticos, não só necessários como a essência de qualquer política! Colocando no centro das políticas, o mercado, isto é os interesses do capital, passaram a ser a “competitividade” e a “concorrência” os critérios, os objectivos, os desígnios das políticas e da sociedade.  
A febre, a obsessão, pela avaliação, pelo ranking, pela medição quantitativa de todas as relações humanas e sociais! A concorrência entre escolas, entre unidades de saúde, entre trabalhadores, entre regiões. A competição dos alunos, dos trabalhadores, das profissões! Substituindo a cooperação e a solidariedade humanas. A desigualdade seria fonte de competição, logo um bem a preservar! Um nº para medir o desempenho, profissional, politico, cívico, um nº, de preferência com muitos cifrões, para classificar o cidadão, e o seu sucesso na vida!
A igualdade de direitos, princípio constitucional, 1º artigo da Declaração dos Direitos do Homem, foi substituída por uma ambígua e indefinida “equidade”, na melhor das hipóteses, por uma limitada e redutora “igualdade de oportunidades”! Em nome de um pretenso combate ao “igualitarismo” de facto visava-se a liquidação da igualdade de direitos, inscrita na CRP.
Alguma desta gente, que promoveu e teorizou sobre esta filosofia de vida na “sociedade de mercado”, são alguns dos mesmos que depois aparecem a perorar, lacrimosos e hipócritas, sobre a perda de “valores” dos jovens e dos portugueses nos dias lastimosos de hoje!
Este debate ideológico e político, esteve bem recentemente espelhado, em muitas congeminações e comentários, a propósito do chumbo pelo Tribunal Constitucional de normas orçamentais, que segundo o Acórdão violavam princípios de igualdade. Houve quem dissesse, contestando a decisão, que não sabia o que era a igualdade…

15 de maio de 2013

Nem com a inspiração da Nossa Senhora de Fátima versão P. R.


Recessão aprofunda-se no 1º trimestre de 2013
A recessão aprofundou-se no 1º trimestre do ano, de acordo com a 1ª estimativa de evolução do Produto Interno Bruto (PIB), hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O PIB não só está em queda em termos homólogos há 9 trimestres seguidos, situação nunca antes verificada, como com esta queda de 3,9% atinge o seu valor mais baixo em termos reais desde o 1º trimestre de 1999.
Para esta evolução, de acordo com o INE, contribuiu fundamentalmente a queda da procura interna (consumo público, privado e investimento), em especial a queda acentuada do investimento.
Diz ainda o INE que a queda só não foi maior porque melhorou a procura externa líquida, fruto de uma redução mais acentuada das importações. Ora até mesmo esta evolução espelha o agravamento da situação económica do país, porque a melhoria da procura externa líquida não se deve a um melhor comportamento das exportações, antes pelo contrário, estas estão em queda desde Agosto, mas a uma redução acentuada das importações, a qual está naturalmente associada à forte diminuição da procura interna.
Depois de há uma semana os portugueses terem tomado conhecimento da desastrosa evolução do emprego e do desemprego - só entre os 1ºs trimestres de 2012 e 2013, foram destruídos cerca de 230 mil postos de trabalho e estima-se que o desemprego tenha disparado podendo hoje atingir em termos reais o milhão e meio de desempregados - os dados da evolução do PIB vêm reflectir essa mesma evolução. A enorme queda do PIB entre o 1º trimestre de 2012 e 2013 espelha a destruição de centenas de milhares de empregos e a queda do consumo e do investimento das famílias, das empresas e do Estado.
É cada vez mais urgente travar-se esta caminho de desastre económico e social a que nos está a levar o Governo PSD/CDS e o pacto de agressão assinado com a troika, faz depois de amanhã 2 anos pelo então governo PS, com o apoio da direita agora no poder.   
A demissão deste Governo e o fim das políticas que a coberto do Pacto de Agressão têm vindo a ser prosseguidas são cada vez mais um imperativo nacional, numa altura em o país se encontra já numa profunda depressão economia e social, com centenas de milhares de portugueses a serem forçados a emigrar, com mais de 2 milhões de portugueses na pobreza e em que o risco de pobreza, com o aumento do desemprego e com a redução e corte nas prestações sociais, sobe de dia para dia para centenas de milhares de portugueses.
CAE, 15 de Maio de 2013

A Santíssima Banca



A crise do capitalismo soma e segue.
Abrandamento, recessão, estagnação, depressão, aumento brutal do desemprego e centralização  e concentração de capitais.
Os evangelistas das chamadas medidas de austeridade vão empurrando os países para o precipício.
Segundo as últimas estimativas o Sistema bancário Europeu terá necessidade de ser capitalizado entre 500 milhares de milhão a 1 000 milhares de milhão de euros! 
Quantos anos serão necessários para  desendividar a banca e recapitalizá-la à custa dos povos? 



SACRIFÍCIOS PARA TODOS…


As lágrimas de crocodilo das hostes governamentais acerca dos “sacrifícios dos portugueses” são semelhantes aos daqueles generais fascistas (mas não só…) que enviavam os soldados para o matadouro de guerras perdidas elogiando os seus sacrifícios (e ai dos que não estivessem dispostos a tal…) a bem das promoções e condecorações, com que contavam à custa dos que faziam os tais sacrifícios. Uma imagem disto é o sr. Vítor Gaspar literalmente a babar-se com os elogios que recebe lá fora, como bom mandarete desses interesses. O Coelho e Portas, vão pelo mesmo...
Aqui pela nossa parte não há dúvida que temos de assistir compungidos aos sacrifícios dos “pobrezinhos” que certa esquerda – os que se afirma como tal – injustamente parece esquecer ou ignorar.
Por exemplo, o sr. Jorge Coelho em 2012 auferiu menos 5,7% que em 2011, apenas 598.260 €; o sr. Manuel Ferreira Oliveira da Galp menos 4,7%,, apenas 1.566.200€ (coitadinho…assim não aguenta!) e o sr. Zeinal Bava, menos 5,2%, somente a misera quantia de 1.284.967 €, já o sr. Rodrigo Costa da ZON não teve aumento, um escândalo, apenas 965.002 €. Sim, um escândalo e uma injustiça quando há outros que se calhar até se esforçam menos e ganham mais: o sr. António Mexia da EDP ganhou em relação a 2011 mais 97,4%, uns 3.103.180 €. Merece, concordemos. Conseguir as tarifas que a EDP pratica tem mérito.
Já o sr. Pedro Soares dos Santos (filho do seu pai…é evidente) ganhou apenas uns 1.211.662 €, mais 21,7% que em 2011. Outro “pobrezinho” que os portugueses ricos (os que ganham mais de 1000 €mensais ilíquidos têm de subsidiar) é o sr. Henrique Granadeiro que deixou funções executivas na PT e recebeu 615 800 de remuneração, mais 652 000 € de prémio pelo mandato entre 2009 e 2011.
Claro que quando se chega a certas camadas sociais, a igualdade democrática e republicana sofre certas distorções como as linhas espaço-tempo do sr. Einstein face a descontinuidades gravíticas...
Somando os “salários” – passe o termo – dos presidentes e das comissões executivas destas empresas, verificamos que de 2001 para 2012 houve um aumento global de 34,67%. (dados da Visão de 11.abril.2012)
Estes sim, nem precisam ir a Fátima para terem todas as graças de Deus que está no céu, mas garantidamente também dos que estão cá na terra, na OCDE, no FMI ou no BCE…e, por que não, no Vaticano.
O que aqueles “patriotas”, regra geral servilmente escutados na comunicação social, fazem a este dinheiro é fácil adivinhar: deve estar a bom recato em qualquer paraíso fiscal, que isto da arraia miúda portuguesa tem é que ser tosquiada (sim, tosquiar a “carneirada” à velha e “boa” maneira fascista) por que anda a consumir acima das “nossas” posses – ou como diz o sr. Medina Carreira, vivem á conta do Estado. Aqules não...
Aqueles oligarcas vivem à conta dos portugueses, entretanto distraídos destes assuntos pelos comentadores do costume.

 

13 de maio de 2013

Exportar ...dividendos !


O escândalo dos dividendos

As maiores empresas da Bolsa portuguesa, segundo o jornal “Negócios”  (13 de Maio), vão entregar mais de 1,7 mil milhões de euros em dividendos aos accionistas. Deste total, mais de 1/3 vai para o estrangeiro.
Isto é a consequência das privatizações e do crescente domínio da economia portuguesa pelo estrangeiro!

As reformas
O Paulinho das feiras, o Paulinho dito dos reformados a querer ficar bem na fotografia. Para fora, contesta,lá dentro aceita embora faça constar, pelas fugas das fontes anónimas, que o Conselho de Ministros foi muito tenso!!! Em relação ao corte de 10% nada diz, está de acordo, em relação à subida da idade de reforma, nada diz,está de acordo, em relação à TSU para os reformados faz um número de circo!!!
Estão todos bons uns para os outros! 
Só à vassourada!

12 de maio de 2013

ANESTESIA POR HIPNOSE…


No Hospital Santa Maria, já se realizaram 3 operações com anestesia por hipnose. Nada de espantoso, a dita comunicação social não faz outra coisa com os seus habituais propagandistas – comentadores, melhor dizendo os anestesistas da operação troika – tirar “coiro e cabelo” ao povo e ao país.
Para desviar atenções do público, dizia um destes malabaristas da política que para haver investimento eram necessárias medidas fiscais. Sabemos em que consiste o ilusionismo da prática neoliberal: baixar o IRC de que se aproveitam as grandes empresas e os escalões mais altos do IRS.
Com este tão "ingénuo” esquema (quem não quer menos impostos?) nos EUA o 1% mais rico aumentou o seu rendimento em mais de 90%, mas os outros 99% perderam mais de 10%. O salário mínimo (referencial para o nível geral de salários) atingiu um mínimo histórico. Se ligado á produtividade desde o final dos anos 60 seria triplo! (The Great Wealth Robbery By Richard Eskow
February 16, 2013 - 
http://www.informationclearinghouse.info/article33973.htm ).
Em Portugal em 3 anos (2010-2012) os “custos unitários de trabalho” reduziram-se 7,8% (B de P – Boletim Estatístico). Mas não chega, querem 25 ou 30%!
Avisa então o sr. Ricardo Salgado que haverá mais quedas de salários, quanto às pensões a recessão é tão violenta que os direitos adquiridos estão em causa – menos para a oligarquia monopolista e financeira.
Lá como cá, nada parece afetar a oligarquia monopolista: em 2012 os presidentes e comissões executivas da EDP, GALP, PT e Jerónimo Martins auferiram a módica quantia de 39.585.275 €, mais 58,3% que em 2011. Só o sr. Mexia à conta dele levou 3.103.180 €. O sr. Granadeiro que deixou funções executivas na PT recebeu 615 800€ de remuneração mais 652 000 € de prémio (!) pelo mandato entre 2009 e 2011. (Visão 11.abril 2013) Compare-se com as “excessivas” indeminizações por despedimento de trabalhadores, ou os rendimentos de funcionários públicos e pensionistas tratados como parasitas sociais que "vivem à custa do Estado" pelo sr. Medina Carreira, como se nada fizessem nem tivessem descontado.
Enfim, os ricos, os que ganham acima de 600 € ilíquidos (!), que paguem a crise… é verdade que ganham pouco – até no entender dos oligarcas e seus propagandistas…mas são muitos.
Quanto aos ilusionistas e funâmbulos da política mascarados de “cientistas” que andam a vender zurrapa económica como receitas milagrosas para “investimento”, tal como os antigos curandeiros de feira armados em médicos, seria bom lembrar que há dinheiro - de sobra, para a especulação garantida pelo BCE a 5,65% e há dinheiro de sobra para sair do  país basicamente para paraísos fiscais: em 2011, 21,9% do PIB (o RNL representou apenas 78,1% do PIB!), mas não para a “economia”. É este o “ajustamento estrutural” em curso e os “estabilizadores automáticos” que o sr. Gaspar pretende!
A CGD tem liquidez, mas não empresta porque – segundo consta não há pedidos. A razão é simples: só se investe quando há a procura solvente, isto é, quem possa pagar e só se vende o que os salários podem comprar…


11 de maio de 2013

Euro um erro


A Traduzir

EURO: un changement significatif

5 mai 2013
Par 

Oskar LafontaineLa déclaration d’Oskar Lafontaine du 30 avril dernier constitue un moment historique1. C’est la première fois qu’un ancien acteur de premier plan dans la mise en place de l’Euro admet que ce dernier a constitué une erreur. Cette déclaration marque un tournant dans la position de l’élite européenne dont Oskar Lafontaine fait partie. Elle annonce d’autres déclarations du même ordre qui vont désormais se multiplier dans les mois à venir.

Les raisons d’un changement

Cette déclaration est particulièrement intéressante quant aux motifs de sa conversion à une sortie de l’Euro. Rappelons qu’Oskar Lafontaine, en tant que président du SPD, avait été un des fervents partisans de la monnaie unique dans les années 1990. Il dit d’ailleurs explicitement qu’il a cru en un mécanisme d’unification des salaires à l’échelle européenne, mais que ce mécanisme fut vidé de son contenu par l’action des divers gouvernements. La position d’Oskar Lafontaine n’est donc pas une position de refus de la monnaie unique par principe. Mais, il constate que dans la configuration actuelle du rapport des forces en Allemagne, il n’y a aucune chance que s’inverse la politique actuelle de dumping salarial. De ce point de vue, il convient de citer précisément le texte :
« La situation économique se dégrade de mois en mois, et le chômage a atteint un niveau qui sape de plus en plus les structures démocratiques.
Les Allemands n’ont pas encore pris conscience que les Européens du sud, y compris la France, seront du fait de la paupérisation économique, forcés de riposter, tôt ou tard, à l’hégémonie allemande. Ils sont plus particulièrement soumis à la pression du dumping salarial pratiqué par l’Allemagne en violation des traités européens depuis le début de l’union monétaire. Merkel se réveillera de son sommeil du juste quand les pays qui souffrent du dumping salarial allemand se mettront d’accord pour imposer un changement de politique de gestion de la crise aux dépens des exportations allemandes»
Ce passage est particulièrement instructif car il montre comment la politique actuelle, dont l’origine se trouve dans ce que Lafontaine appelle « l’hégémonie allemande » va aboutir à scinder l’Europe en deux et va unifier contre l’Allemagne les pays de l’Europe du Sud et la France. La préoccupation de Lafontaine est donc d’éviter un tel conflit qui ruinerait effectivement la construction européenne. C’est donc pour sauver l’Europe qu’il envisage la fin de l’euro, une position que j’avais défendue dans un document de travail datant de juillet 2012, document qui avait été transmis au Président de la République2. Dans ce document aussi étaient envisagées la possibilité de fortes hausses salariales en Allemagne ainsi qu’une forte bouffée inflationniste dans ce pays. On y montrait pourquoi ces mécanismes n’avaient aucune chance de se produire et l’on en déduisait la nécessité d’une forte dévaluation.
La conversion d’Oskar Lafontaine à une dissolution de la monnaie unique n’est donc pas si surprenante que cela. Oskar Lafontaine croit en l’Europe mais, lui, ne vit pas dans le monde enchanté des bisounours où se complaisent tant les socialistes de toutes tendances qu’une partie du Front de Gauche, organisation qui est pourtant l’équivalent français de Die Linke, le parti à la gauche du SPD dont Lafontaine fut l’un des fondateurs. C’est par réalisme que Lafontaine arrive donc à la solution d’une dissolution de la zone Euro.

Comment procéder à une dissolution de la zone Euro

Il part dès lors du constat que les dévaluations internes (les politiques de déflation comme on aurait dit dans les anné

9 de maio de 2013

De êxito em êxito até ao desastre final



Nota sobre o inquérito ao Emprego do 1ºtrimestre de 2013


1.     Os dados hoje divulgados pelo INE referentes ao Inquérito ao Emprego do 1º trimestre de 2013, confirmam o aprofundamento do desemprego - que só não é maior porque dezenas de milhares de trabalhadores desempregados estão a emigrar - e a destruição do emprego nos últimos anos e, em especial após a assinatura do Pacto de Agressão no final do 2º trimestre de 2011.
2.     Nos últimos 21 meses, entre o 2º trimestre de 2011 e o 1º trimestre de 2013 foram destruídos em Portugal 459 800 postos de trabalho, mais 277 200 trabalhadores foram para o desemprego e a taxa de desemprego em sentido restrito agravou-se 46,3%, passando de 12,1% no 2º trimestre de 2011 para 17,7% no 1º trimestre de 2013.
3.     No 1º trimestre de 2013 o desemprego em sentido restrito atingiu os 952 200 trabalhadores, o que corresponde a uma taxa de desemprego de 17,7% e em sentido lato 1 471 200 trabalhadores, uma taxa de desemprego de 26,1%. São mais 132 900 os desempregados em relação ao 1º trimestre do ano passado e mais 29 mil do que no último trimestre de 2012.
4.     Por regiões verifica-se que o desemprego atingiu no Algarve 20,5%, na Madeira 20%, na região de Lisboa 19,7%, na região Norte 18,6% e no Alentejo 18,5%. Só as regiões dos Açores com 17,0% e a região Centro com 13,3% têm taxas de desemprego inferiores à média nacional.
5.     Outros dados impressivos destes resultados agora divulgados são sem dúvida: o facto de a taxa de desemprego dos jovens, apesar da sua taxa de actividade ser bem inferior à dos outros grupos etários, ter atingido no 1º trimestre de 2013 os 42,1% - ultrapassando o anterior record de 40% registado no trimestre anterior -, o facto de 58,9% dos desempregados (560 500) estarem no desemprego há mais de um ano e de 148 100 desempregados serem licenciados (mais 27.9%) do que no 1º trimestre de 2012.
6.      A destruição de emprego nos últimos 12 meses foi impressionante. Perderam-se entre 0 1º trimestre de 2012 e o 1º trimestre do corrente ano 229 300 empregos. Por sectores essa destruição foi a seguinte, 43 200 postos de trabalho na Agricultura, 61 600 na Industria Transformadora, 74 600 no sector da Construção e 41 300 postos de trabalho no sector dos Serviços.
7.     Dada a destruição de emprego nos últimos 12 meses (-229 300 empregos), a subida do desemprego só não foi de igual montante, porque a população activa se reduziu em 96 300 indivíduos. Ora dado que a população inactiva apenas subiu neste mesmo período em 11 000 indivíduos, estima-se que cerca de 85 300 trabalhadores que perderam o seu emprego tenham sido forçados a emigrar. Caso estes trabalhadores estivessem no país a engrossar o desemprego a taxa de desemprego seria no 1º trimestre em sentido restrito de 19,0%.
8.     Os dados agora divulgados provam que este Governo é sem dúvida uma verdadeira máquina de destruição de empregos, de criação de desemprego e de condução de milhares e milhares de trabalhadores e das suas famílias à miséria, à pobreza e à emigração.
9.     A demissão de Governo e o fim das políticas que a coberto do Pacto de Agressão têm vindo a ser prosseguidas são cada vez mais um imperativo nacional, sob pena de o nosso país poder entrar a curto prazo numa profunda depressão económica e social, com impacto extremamente negativos na vida dos trabalhadores e do povo.
CAE, 09 de Maio de 2013 (José Alberto Lourenço)  

8 de maio de 2013

Uma opinião sobre o êxito !


“Acesso ao OMT não é solução para Portugal”

Cirian O'Hagan explica que Portugal tem vindo a beneficiar de uma baixa das taxas de juro no mercado secundário e que o sucesso do leilão de ontem se deve também aos novos cortes anunciados pelo governo. O analista da Société Générale  acredita que o país já é ilegível para o programa de compra de dívida do BCE, mas frisa que essa não é a solução.


O que é mais necessário para ser ilegível para o programa do BCE?

“Acho que Portugal já é ilegível. A grande questão é se a compra da dívida oficial é do interesse de Portugal. Eu acho que não, impede a normalização do mercado e arrisca afastar os investidores privados. As taxas  até podiam cair, porque os investidores iriam vender os seus títulos portugueses e o BCE iria comprá-los todos no mercado secundário. Quando o BCE parasse de comprar, os juros subiam outra vez. A única solução viável para Portugal requer que se continue a atrair investidores privados, tal como tem sido feito.

De êxito em êxito até ao desastre final



Mais uma para o desastre!

Pagar cerca de 5,7% para se financiar em 3 mil milhões a 10 anos significa aceitar que o  país fique a pagar 220 milhões de euros anuais só de juros durante 10 anos!  E isto quando a taxa directora do BCE é de 0,5%.
Grande êxito, grita o governo como não são eles que  pagam. Este empréstimo deve figurar no stock da dívida ilegítima. Ainda se gabam de a procura ter sido 4 vezes superior à oferta! Pudera, a 5,6% e com a garantia da UE é um bodo aos ricos!
Tudo isto para levar o BCE a integrar Portugal nos países que no futuro beneficiarão do apoio deste banco nas operações obrigacionistas.
É o preparar o pós troika. A continuação das medidas da troika sem troika, à espanhola!
Já estamos a ouvir o Portas, o Coelho e o Gaspar a dizerem: vejam, recuperámos a nossa soberania!!!
O que se está a montar é a saída da troika e estabelecer um novo plano que se chamará cândidamente “Plano de Precaução” com vigilância reforçada, isto é, com o BCE a tutelar em vez da troika!
Aquilo que alguns consideram  o preço que o país está a pagar para «poder comprar o bilhete que dará acesso a um lugar cativo nos mercados financeiros, com o conforto de Frankfurt». Preço que o país paga para continuar a sofrer as medidas da troika sem troika! Fantástico.
 Os comentadores de serviço embora digam que esta operação só foi possível pela «tutela assumida pelo BCE sobre o bom destino do euro logo acrescentam que também se deve à persistência do Gaspar!! Persistência com o dinheiro do País!
Mudar o nome de "Resgate" para "Plano de Prevenção". para que no essencial as medidas ditas de austeridade, mas de facto de concentração da riqueza, continuem.
Qualquer operação de empréstimo é sempre um êxito, foi assim com Sócrates, é assim com Coelho!
Há anos era com os fundos. Não havia ministro vindo da CEE que não chegasse ao aeroporto da Portela de Sacavém como então se dizia, e não dissessem que a negociação tinha sido um êxito!
De êxito em êxito até ao desastre final. 
Pagar uma taxa de 5,669, quatro pontos percentuais acima das taxas do mercado do euro e um ponto percentual acima à média ponderada que os privados têm obtido é um grande êxito npara quem ficou com o empréstimo !
Pagar milhões para que o BCE qualifique o país para o “Outright Monetary Transations” (OMT)! 
Uma vergonha de uma União que se diz solidária!
Pagar milhões para beneficiar o sistema bancário português, como diz Yves Mersh, membro do BCE!
Até quando?
PS: O inefável “Padrinho”, conhecido como Ricardo Salgado diz claramente:«parabéns ao País e ao esforço que os portugueses fizeram. Resultado da emissão foi espectacular»
(in  de Negócios de 8 de Maio de 2013)



7 de maio de 2013

Razões da dita Austeridade


DN- 07 de Maio de 2013

Canas denunciado por Duarte Lima

O negócio de Francisco Canas na loja “Montenegro e Chaves” corria de vento em popa até ao dia em que Duarte Lima decidiu contar ao procurador Rosário Teixeira como funcionava o esquema. Além de conseguir trocar a prisão preventiva na cadeia anexa à Judiciária com a obrigação de permanência na habitação, Duarte Lima acabou por dar ao MP um filão: investigar um esquema de fraude fiscal em massa, o qual, contas feitas, terá subtraído aos cofres das Finanças 100 milhões de euros. Porém, a investigação a este caso não se ficou por aqui. Escutas telefónicas levaram ainda o MP ao processo de privatização da EDP. O banqueiro José Maria Ricciardi foi constituído arguido

Salários muito baixos não !



DN -7 de Maio de 2013 


Poiares Maduro: «só conseguimos aumentar a riqueza se cumprirmos em primeiro lugar os nossos compromissos europeus e internacionais». 
Outro na mesma linha mas com  mais sorrisos e voz doce … 
                                                ***
Américo Amorim: «baixos sim, muito baixos não...». 
"Não sou apoiante de salários muito baixos (…) É sempre possível aumentar o salário mínimo "
                                                ***

A Banca Manda 
"Trata o lixo"
 Esta empresa que. faz a recolha e tratamento do lixo dos concelhos de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra é uma das mais endividadas empresas municipais do país e
foi em 2005 “obrigada” pela banca nacional a fazer “Swaps” até 2024!
  
                                               ***

Público – sábado, 27 de Abril 

Até o Pacheco Pereira reconhece os partidos da banca – PSD, PS e CDS 

«Coelho co-governa o país com uma parte da banca a começar pelo BES e a acabar nos “credores”... 

"Não é de agora. A questão das PPP's e dos swaps mostra como as decisões político-económicas se tinham de há muito tornado reféns da banca, mas o grau de co-governação nunca tinha ido tão longe . .."