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30 de março de 2023

 Os fatos mais importantes que determinam os desenvolvimentos militares, geopolíticos, políticos e sociais são ignorados pelo público, é uma verdadeira pedra no sapato da democracia.

A dívida é a sublimação das contradições e limites do sistema capitalista. É a dívida que impedirá que o sistema escape de sua historicidade.

A dívida é a encarnação da dialética, ela prolonga o sistema ao mesmo tempo em que garante sua destruição.


Demorou 215 anos para os Estados Unidos atingirem uma dívida de 7 trilhões de dólares

Então, levou apenas 27 meses (março de 2020 a junho de 2022) para adicionar outros US$ 7 trilhões.

A dívida não é um bug no nosso sistema monetário baseado em crédito.

É uma característica.

Ainda o Mondego e os Kennedy

 Das redes sociais! Cap. Vasco Lourenço

Caros Associados

Junto reflexão pessoal sobre o caso do Navio-Patrulha "Mondego", tendo presente a minha experiência enquanto GML.

Cordiais Saudações de Abril

Vasco Lourenço

O sucedido com a atitude de 13 militares da Armada, ao recusarem embarcar no navio-patrulha “Mondego”, lembra-me o caso dos “29 Capitães, do Curso de Actualização e Aperfeiçoamento para Capitães (CAAC)” passado na Escola Prática de Infantaria (EPI) em Mafra, em Outubro/Novembro de 1977.

Não vou comentar a diferença de tratamento público dado aos dois casos: enquanto em 1977 nada saiu nos jornais, neste caso do “Mondego” o tratamento nos órgãos da comunicação social é totalmente diferente.

Sabemos que os tempos são diferentes, vivemos numa luta desenfreada, dirigida por populistas, com recursos financeiros pelos vistos inexpugnáveis, onde a mentira, o escândalo e a especulação são o “pão nosso de cada dia”.

Como resultado disso, até assistimos a um idiota cobardolas (será mesmo anónimo ou não passará de uma invenção de quem publicou essa notícia?) vir explanar a ideia de que é o dedo do PCP que, através da Associação Nacional de Sargentos, está por de trás da atitude dos marinheiros.

Pois se o navio a controlar até era um navio russo!

Que melhor justificação queriam, para levar os marinheiros a um “acto de insubordinação intolerável”, como o General Alfredo Cruz, ex. Comandante Operacional dos Açores e do Centro de Operações  conjunto da Nato classificou a actuação desses 13 marinheiros?

Como “comunistas empedernidos”, ou no mínimo ingénuos instrumentalizados, podiam lá permitir que um navio do “país dos comunas” pudesse ser controlado, ao passar ao largo da costa portuguesa!

Se o ridículo matasse teríamos assistido a mais uns quantos assassinatos, mas convenhamos que a asneira  deveria ter limites. Mas, como podemos constatar, não! Esses limites não existem…

Basta olhar para o título de uma noticia publicada num diário (CM): “Marinha deixa navio russo passar a 30 Km da Madeira”.

Um leitor desprevenido concluirá que a Marinha tinha por missão impedir a passagem do navio russo, mas que ao não cumprir a missão, terá permitido a passagem do mesmo.

29 de março de 2023

E a reforma foi à vida

 Respigando das redes sociais.

 1A reforma não passou. quando se luta...



2 Do facebook do Maj General Raul Lino

"A propósito da recentemente declarada intenção expressa pelo sr. Putin de colocar armas nucleares tácticas na Bielorussia, veja-se o que faz o Ocidente. 
Este utiliza as bombas B61 que são lançadas a partir de meios aéreos nomeadamente os F-16 e F-35. As variantes táticas das B61 estão distribuídas por aliados da OTAN na Europa como parte do Programa de Compartilhamento de Armas Nucleares da OTAN. Cerca de 150 bombas estão armazenadas em seis bases: Kleine Brogel na Bélgica, Base Aérea de Büchel na Alemanha, Aviano e Base Aérea de Ghedi na Itália, Base Aérea de Volkel na Holanda e Incirlik na Turquia."

3 Do facebook de Carlos Esperança.

O padre e o André Ventura

A confirmarem-se as suspeitas de pedofilia do padre Mário Rui Pedras, pároco da igreja de São Nicolau, Baixa de Lisboa, confessor e diretor espiritual de André Ventura, não se vê razão para deixar em abstinência sacramental o penitente antes do julgamento.

28 de março de 2023

 

COLAPSO DA BALANÇA COMERCIAL FRANCESA: AUTÓPSIA DE UM DESASTRE

Com um montante de 164 bilhões de euros, o déficit comercial da França em 2022 bateu o recorde de 2021 (85 bilhões). Se é, em parte, fruto de circunstâncias excepcionais, resulta, em muito maior parte, de uma política macroeconómica de consequências catastróficas, que o actual governo, longe de a questionar, perpetua com obstinação.

Autópsia de um desastre

594 bilhões de exportações, 758 bilhões de importações: se a França continua sendo um dos maiores exportadores do planeta, se o valor dos produtos franceses vendidos no exterior aumentou 18,5% no ano passado, é preciso notar, porém, que as importações cresceram muito taxa mais elevada (+29%) e que o défice de 2022 corresponde a um colapso real da nossa balança comercial. Com um déficit equivalente a 7% do PIB, a França entra para o grupo de países com os maiores déficits do planeta, ao lado do Reino Unido e dos Estados Unidos, que fazem parte dele há muito tempo.

Se raciocinarmos por área geográfica, a França está em déficit com o mundo inteiro. Com os outros estados da UE em primeiro lugar, no valor de 63 bilhões de euros: uma ilustração entre outras do custo muito concreto que a adesão a uma União Europeia representa para a França, que deveria aumentar seu poder... O déficit também é muito alto com a Ásia (71 bilhões), cujos estados industriais, grandes vencedores da globalização, aproveitaram habilmente a ingenuidade do livre comércio ocidental.

( Gória a Zelensky)

A guerra na Ucrânia..., no contexto da qual os 27, todos na sua ambição de punir com sanções duramente a Rússia, se sancionaram a si mesmos ao prescindir do gás natural russo o que os obrigou a comprar grandes quantidades de gás natural liquefeito muito mais caro, principalmente nos Estados Unidos, mas também no Catar ...

No total, o aumento da conta de energia é responsável por 85% da deterioração do déficit comercial da França. No entanto, é provável que suas causas façam sentir seus efeitos por muitos anos ainda: o aumento da potência da EDF e o renascimento do setor eletronuclear (ou o estabelecimento de alternativas sérias) levará tempo. Eles também estão ligados à reforma do mercado europeu de energia, cujo resultado, sem dúvida, não corresponderá ao que Paris espera dela, enquanto Berlim se opõe abertamente a qualquer reforma importante.

No plano geopolítico, além do fato de que a guerra na Ucrânia está   para continuar, os líderes europeus estão presos no seu maniqueísmo: mesmo que o conflito termine em poucos meses, como eles poderiam restabelecer rapidamente relações comerciais com A Rússia, para comprar grandes quantidades de gás e petróleo novamente sem se retratar moralmente?

https://elucid.media/economie/effondrement-de-la-balance-commerciale-francaise-autopsie-d-un-desastre/?mc_ts=crises


Foi você que pediu um tribunal

Ou foi a Senhora Úrsula e o inteligente Borrel ? 

Mais um tribunal à medida

"Os Estados Unidos são contra a criação de um tribunal internacional para crimes de guerra russos na Ucrânia. Isso foi explicado pelo Gabinete do Presidente.

Em vez disso, o Departamento de Estado apoia a criação de um “tribunal ad hoc híbrido” dentro do judiciário ucraniano, “mas com a participação de especialistas internacionais. »

Foi em uma conferência em Washington, disse a Embaixadora do Departamento de Estado para Justiça Criminal Global, Beth van Skaak, relata a "Voice of America".

Segundo ela, a criação desse tribunal não exigirá uma resolução especial da Assembleia Geral das Nações Unidas. "Teme-se que não seja possível reunir os votos necessários na Assembleia Geral para estabelecer tal instituição", disse o funcionário.

Além disso, de acordo com o representante do Departamento de Estado, tal tribunal também poderia estar localizado na Europa, o que “reforçará no futuro a orientação europeia da Ucrânia, e a legitimidade internacional de tal instituição. »

Anteriormente, o chefe do gabinete presidencial, Andrey Yermak, se manifestou contra a criação de um "tribunal híbrido" porque não garantia  o levantamento da imunidade de Putin e membros do governo russo."( Tradução directa )

Por que é que temos guerras?


 

UE: A gaiola das loucas

 A gaiola das loucas é uma peça teatral de Jean Poiret. Deu origem a filmes, musicais, incluindo um de Filipe la Féria. A ação passa-se num cabaré de travestis. Um travesti é um indivíduo que se exibe como de outro sexo, mas incapaz de desempenhar as funções específicas desse sexo. É o que se passa na UE.

Eles podem mascarar-se de ministros, primeiros-ministros, presidentes da república, não desempenham essas funções nem o que prometeram quando eleitos e ao ser investidos, são apenas factótuns, ocupando-se de proteger os interesses e tarefas de outros, seja do imperialismo, seja da oligarquia financeira e oligopolista.

Consta que Macron (como se não tivesse nada que fazer em casa) e a van der Leyen vão a Pequim (foram mandados…). Que vão lá fazer? Ameaças de sanções se… com a Rússia ou Taiwan? Ridículos. Vão ser recebidos por XI – se forem – como travestis que são. A Ursula Leyen andou há uns meses por países asiáticos a conspirar contra a China, tal como o travesti Stolenberg. Na UE/NATO dizem que os interesses e segurança da “Europa” vão até ao mar da China. Como é que isto se concilia com os interesses dos outros povos não importa. Tanto como os dos próprios povos europeus.

Outro travesti de mau gosto é Christine Lagarde. A sua atuação revela insanidade: insiste nas mesmas medidas esperando que deem resultados diferentes, enquanto vai dizendo, face à revolta popular da Alemanha (sim, das greves do funcionalismo público na Alemanha) até Portugal, que os governos se devem abster de subsídios às empresas e famílias: primeiro os credores. Mas ninguém lhe liga, nem pergunta pelos famosos (famigerados!) critérios de Maastricht, enquanto ela se dedica a destruir o que resta da economia da UE...

Em O anunciado fim da hegemonia ocidental Djamel Labidi expõe diversos aspetos da realidade para onde a “democracia liberal” nos arrastou: Em poucos meses, desde o início da guerra na Ucrânia, o mundo mudou. É certo que as mudanças se acumularam lentamente, antes de aparecerem de uma só vez, sob os golpes dados pela Rússia à velha ordem mundial e à hegemonia ocidental. Aconteça o que acontecer, quer concordemos ou discordemos da ação da Rússia na Ucrânia, o mundo nunca mais será o mesmo. Todos os lados concordam em reconhecer isso, tanto no ocidente, bem como no resto do mundo.

Graças à guerra na Ucrânia, os povos do mundo descobrem que o Ocidente está, militarmente, nu. Ele não tem armas suficientes para dar ao regime ucraniano. Não tem estoques de munições para se opor a uma Rússia com uma poderosa indústria de guerra e que produz maciçamente essas munições, bem como uma ampla variedade de armamentos.

O declínio da hegemonia económica. Economicamente, a China compete com os Estados Unidos pelo primeiro lugar na economia mundial. Se estimarmos seu PIB em dólares nominais, a China ainda é a segunda, mas se a avaliarmos em paridade de poder de compra (PPC), já está muito à frente dos Estados Unidos.

Um sinal óbvio do declínio da hegemonia ocidental é a degradação da ética da informação em muitos meios de comunicação ocidentais. A evolução havia começado em décadas anteriores, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos afirmavam sua dominação indivisa sobre o mundo. Com o conflito ucraniano, piorou terrivelmente. Informação nada mais é do que propaganda. E propaganda brutal, grosseira, caricatural, sem nuances e, acima de tudo, terrivelmente agressiva.

Os piores horrores são ditos sobre a Rússia, sem freios. Os jornalistas falarão impavidamente de 200 000 a 700 000 crianças ucranianas deportadas para a Rússia, de crianças de "quatro anos" estupradas. (1) A única coisa que não foi dita (ainda?) é que os russos são... canibais.