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31 de maio de 2018

Evolução política na UE e contradições

Itália
O líder da Liga, Matteo Salvini, escreveu esta quinta-feira, na sua página de Facebook, que "estas são as últimas horas de trabalho [que faltam] para formar o Governo e estamos a fazer tudo o que é possível para concretizá-lo". A declaração de optimismo surgiu após o presidente italiano, Sergio Mattarella, ter dado uma nova oportunidade a um Governo de coligação entre o 5 Estrelas e a Liga. Uma hora depois, ambos os partidos divulgaram um comunicado a dizer que chegaram a acordo.

Esta nova ronda de negociações deveu-se à marcha-atrás do presidente de Itália após a turbulência que se sentiu nos mercados, o que levou os juros da dívida de curto prazo a darem o maior salto em 26 anos e ao facto de as sondagens darem um novo crescimento da liga A perspectiva de que haverá a formação de um Governo e, por isso, o evitar de novas eleições, tem ajudado os mercados a acalmarem-se. Principalmente porque os investidores temem que um novo período eleitoral tenha como tema principal a saída de Itália do euro. 
Orçamento da UE
É tão complicado como a quadratura do circulo diz Merkell. É complicado porque a Alemanha quer continuar a ganhar em todos os carrinhos sem aumentar significativamente a sua contribuição para o Orçamento comunitário ! 
No entender da chanceler da Alemanha é inevitável que se verifiquem cortes nos fundos atribuídos às políticas de coesão e à política agrícola comum (PAC) no âmbito do próximo quadro financeiro plurianual (2021-2027) da União Europeia. Para António Costa é um grave erro sacrificar o financiamento dessas políticas porque não contribuem apenas para fortalecer os mais fracos mas para robustecer a Europa no seu conjunto. Pois , pois...
Trump
Confirmaram-se os piores receios da União Europeia. A Casa Branca decidiu não atribuir qualquer tipo de isenção permanente às importações de aço e alumínio vindas do espaço europeu e a partir desta sexta-feira, 1 de Junho, as exportações destes metais para os Estados Unidos vão pagar taxas alfandegárias de 25% e 10%, respectivamente.A UE diz que vai retaliar ... Sim sim...
Espanha
A crise segue dentro de momentos...
El PNV confirma su apoyo a Sánchez. Rajoy no ha acudido esta tarde al debate en el Congreso.
Mariano Rajoy té les hores comptades com a president del Govern central. El PNB ha confirmat que votarà 'sí' a la moció de censura del socialista Pedro Sánchez, amb els arguments principals que era necessari després de la sentència del cas 'Gürtel' i que la seva decisió con contribueix a augmentar la inestabilitat en la política catalana. A la vegada, ha aprofitat per defensar el seu 'sí' als pressupostos de Rajoy fa només una setmana 

30 de maio de 2018

«Soberania» de Bruxelas, não de Washington? Manlio Dinucci


Steve Bannon – o antigo estratéga de Donald Trump, teórico do nacional-populismo – exprimiu o seu apoio entusiástico à aliança Lega-Movimento 5 Stelle para «o governo da mudança». Numa entrevista (Sky TG24, 26 maggio) declarou:«Durante Março, a questão fundamental, em Itália foi a questão da soberania. O resultado das eleições foi ver estes italianos que queriam recuperar a soberania, controlar o seu país. Basta de regras que chegam de Bruxelas».
No entanto, não diz «basta de ordens que chegam de Washington».
Não é apenas a União Europeia que exerce pressão sobre a Itália para orientar as suas escolhas políticas, dominada pelos poderosos círculos económicos e financeiros, especialmente os alemães e os franceses, que temem uma rotura das “normas”, úteis aos seus interesses.

29 de maio de 2018

UE- Sem vergonha

O que dizem os devotos do europeísmo à desfaçatez da senhora Mogherini
Date: 2018-05-29 14:54 GMT+01:00
Subject: Fwd: Desfazendo mentiras sobre a Venezuela
To: 

Subject: Desfazendo mentiras sobre a Venezuela
 Para: Federica Mogherini - Alta Representante de la Unión Europea para Asuntos Exteriores y Política de Seguridad/Vicepresidente de la Comisión
 
Extracto: “Grandes obstáculos a la participación de los partidos políticos de oposición y sus líderes, una composición desequilibrada del Consejo Nacional Electoral, condiciones electorales sesgadas, numerosas irregularidades reportadas durante el Día de la Elección, incluida la compra de votos, obstaculizaron unas elecciones justas y equitativas”.
 
Estimada, Sra. Mogherini,
 
Yo formé parte del casi centenar de Observadores de las Elecciones Venezolanas del 20 de mayo. Nos reunimos con representantes de alto rango de todos los candidatos y les hicimos planteamientos directamente. Nos reunimos con el presidente y dos vicepresidentes del Tribunal Supremos de Justicia. Examinamos el sistema electoral en detalle y, el día de las elecciones, observamos los procedimientos de votación en todo el país. Notamos, en particular, no solo la sofisticación del sistema de votación que, en nuestra opinión colectiva, es a prueba de fraude, sino también que cada etapa, desde la votación misma hasta la compilación de declaraciones, su verificación y presentación electrónica se realizó en la presencia de representantes de las partes contendientes. En cuanto a "informar irregularidades", estaríamos interesados en escuchar ejemplos, ya que el sistema de informes es excepcionalmente riguroso y libre de falsificaciones. Dudamos de que tenga alguna evidencia que respalde el reclamo de la UE de “numerosas irregularidades reportadas”.
 
Fuimos unánimes al concluir que las elecciones se llevaron a cabo de manera justa, que las condiciones electorales no fueron sesgadas, que las genuinas irregularidades fueron excepcionalmente pocas y de naturaleza muy leve. No hubo compra de votos porque no hay forma de que se pueda comprar un voto. El procedimiento en sí mismo excluye cualquier posibilidad de que alguien sepa cómo un votante emitió su voto; y es imposible, como lo verificamos, que una persona vote más de una vez o que alguien vote en nombre de otra persona.
 
En resumen, las afirmaciones en su comunicado de prensa son invenciones del tipo más vergonzoso, basadas en rumores y no en evidencias e indignas de la UE. No ha pasado inadvertido que la UE fue invitada a enviar observadores a las elecciones y se negó a hacerlo. Ninguna de las críticas en su comunicado de prensa de la UE, se basa, por lo tanto, en la observación directa de la UE en el terreno. Estaría encantado de discutir esto más a fondo con usted y ponerle a usted o a sus colegas en contacto con otros observadores, entre los que se encontraban políticos de alto rango, académicos, funcionarios electorales, periodistas y funcionarios públicos de diferentes naciones, incluyendo: España, Reino Unido, Irlanda del Norte, Alemania, Brasil, Argentina, Uruguay, Paraguay, Chile, Honduras, Italia, varios países del Caribe, Sudáfrica, Túnez, China, Rusia y los Estados Unidos.
 
Atentamente,
 
Jeremy Fox
Escritor/ Periodista- RU

José Mujica


Por Juan Carlos Díaz Guerrero

Montevideo, 26 may (PL) El expresidente uruguayo José Mujica calificó de ''ejemplo inconmensurable'' la solidaridad brindada por Cuba en las misiones internacionalistas de la salud en los últimos 55 años, en 164 países de todos los continentes.

Para la mayor de las Antillas ha sido 'un esfuerzo solidario de proporciones increíbles', manifestó en entrevista con Prensa Latina el actual senador del Frente Amplio (FA), quien participó la víespera en un acto conmemorativo en recordación a la primera brigada médica que partió a Argelia en 1963.

Un país pequeño, y que su economía haya hecho un esfuerzo de esa naturaleza, fue solo 'porque hubo una voluntad política solidaria', subrayó.

El político uruguayo valoró que ese gesto solidario para el resto del mundo y muchos países fue una buenaventura, 'pero el mundo es muy egoísta, demasiado egoísta y por eso tenemos tantos problemas'.

Itália e desestabilização financeira

Soros aposta numa crise financeira
Numa altura em que a instabilidade política em Itália – e, se bem que em menor medida, em Espanha – tem atirado ao chão os mercados de todo o mundo, com maior ruído na Europa, Soros está a apostar fortemente na queda das acções de empresas do Velho Continente, desde Estocolmo até Londres, sublinha a Bloomberg.

De acordo com os dados recolhidos pela agência noticiosa Bloomberg, Soros tem 256 milhões de dólares investidos na queda de empresas europeias .
A arrogancia de Constâncio
O ainda vice-governador do Banco Central Europeu deixou hoje um recado aos italianos sobre a possibilidade de o banco central intervir numa eventual crise de liquidez do país, lembrando que os italianos conhecem as regras.

Em entrevista à revista alemã Spiegel, Vítor Constâncio lembrou que qualquer intervenção do BCE para fazer face a um problema de liquidez de Itália, tem de cumprir um "conjunto de condições" no âmbito do mandato do BCE.

Se Itália quiser contornar as regras orçamentais da Europa, não poderá contar com a ajuda do BCE? A esta pergunta do Spiegel Constâncio respondeu: "Diria apenas que Itália conhece as regras. Talvez devam voltar a olhar para elas com atenção".

Governo "técnico" quer ganhar tempo

O presidente do Conselho designado, Carlo Cottarelli, encontrou-se com o presidente da República, Sergio Mattarrella, no Palácio Quirinale.
Em Itália, a formação de um novo Executivo poderia demorar pelo menos mais alguns diasAo contrário do que se esperava, Cottarelli não apresentou a lista com os ministros que deverão formar novo Governo.
Os dois debateram as pressões que chegam das várias forças políticas no sentido de serem realizadas eleições antecipadas antes do verão.
Carlo Cottarelli terá mesmo pedido ao presidente mais tempo para melhor refletir sobre a questão da lista de ministros. 
"Não muito tempo," disse aos jornalistas o primeiro-ministro designado, depois do encontro com o presidente Sergio Matarella.
As legislativas italianas tiveram lugar no início de março. Nenhuma das três principais alianças conseguiu maioria no parlamento
Agora, crescem as referências, na imprensa italiana, a umas possíveis eleições antecipadas realizadas já no mês de julho, com o presidente Mattarella cada vez mais isolado, depois de ter rejeitado a formação proposta pelo Movimento 5 Estrelas e pela Liga Norte

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Le Coup d’Etat du Président Mattarella, par Jacques Sapir

Ce qui s’est passé dans la soirée du dimanche 27 mai peut être considéré comme un coup d’Etat légal en Italie. Le Président Mattarella a bloqué le processus démocratique et contraint le Premier-ministre désigné à la démission, à la suite du véto qu’il avait mis sur le nom de Paolo Savona comme Ministre des finances. Ce véto avait été provoqué par les positions eurosceptiques et anti-euro de Paolo Savona, par ailleurs ancien ministre de l’industrie et ancien président de la Cofindustria, le MEDEF italien. Ce véto correspondait donc aux options idéologiques de Mattarella, et l’on peut penser qu’il a été émis tout autant du Quirinal que des bâtiment de l’Union européenne à Bruxelles.
C’est donc un événement d’une extrême gravité. Le M5S, qui était un des deux partis de la coalition qui soutenait le Premier-ministre a d’ailleurs décidé dans la nuit une mise en accusation du Président de la République pour abus de pouvoir. Au-delà, cela signifie de nouvelles élections en Italie, des élections qui auront sans doute lieu en octobre prochain.
Un abus de pouvoir

28 de maio de 2018

Combustíveis e a demagogia de Cristas e Rui Rio


https://www.youtube.com/watch?time_continue=18&v=ajpquHFFsLI
No debate parlamentar realizado hoje sobre políticas fiscais e de preços para os combustíveis, Bruno Dias afirmou que "a actual situação do preço dos combustíveis, em Portugal, é inseparável da politica que manteve em níveis elevados a dependência e o défice energético do país, que privatizou empresas estratégicas como a GALP, EDP ou a REN, que liberalizou os preços e submeteu as politicas energéticas e de transportes aos interesses dos monopólios e agravou a carga fiscal".

Já não se fala !

Já não se fala de Novitchoc , já não interessa.  A provocação está desmascarada
Mais uma noticia :
Selon la presse allemande, le Bundesnachrichtendienst (services de Renseignement allemands — BND) s’est procuré un échantillon de Novitchok durant les années 80 auprès d’un transfuge ex-soviétique.
Ce produit aurait été partagé avec les États-Unis et le Royaume-Uni afin de développer des protections et des anti-poisons.
Cette révélatSion contredit la théorie du gouvernement de Theresa May selon qui seule la Russie disposerait de Novichok.

Itália - fuga para a frente

Os mercados estão em baixa face à instabilidade em Itália. A perspectiva de que os partidos eurocéticos podem reforçar a sua posição nas próximas eleições está a deixar o grande capital  em pânico
Juros italianos em máximos de quase três anos e arrastam os juros dos países da periferia
Apesar de estar para já afastado o cenário de um governo dito anti-euro, a subida dos juros italianos reflecte o receio do capital financeiro e dos europeistas ao seu serviço de que o Movimento 5 estrelas e a Liga obtenham votações ainda mais fortes nas eleições que vão decorrer no Outono ou início do próximo ano .
O euro volta a perder terreno face ao dólar, renovando mínimos de Novembro do ano passado o que é uma boa noticia para o país O euro desvaloriza 0,19% para os 1,1629 dólares esta segunda-feira. A divisa europeia continua assim o seu maior ciclo de perdas semanais desde Janeiro de 2015. 
 Boa notícia é também o facto de o Brent desvalorizar pela 3.ª sessão consecutiva 

Depois de várias sessões a subir sem parar, o Brent, negociado em Londres, está há três sessões em queda. Esta segunda-feira o barril está a desvalorizar 1,6% para os 75,22 dólares. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, renova quedas há cinco sessões consecutivas. Esta segunda-feira está a desvalorizar 2,11% para os 66,45 dólares.

À Rome, le pari très risqué du président Mattarella

Symbole pour symbole, Carlo Cottarelli le nouveau premier ministre italien est celui de l’austérité budgétaire. Surnommé « Monsieur Ciseaux », cet ancien du FMI s’est illustré pour son rôle dans la réduction des dépenses publiques en 2013-2014, sous des gouvernements de centre gauche, et a pour fonction de calmer les marchés. Mais, comme Mario Monti, il ne disposera pas de majorité parlementaire. Il sera à la tête d’un gouvernement technique, chargé de préparer de nouvelles élections.
Quel est donc le calcul du président de la République ? En pleine ascension dans les sondages, la Ligue est désormais créditée de 25% des intentions de vote après avoir remporté 17% aux dernières élections. Avec les 13% de Forza Italia et les 4% de Fratelli d’Italia, elle dépasserait le seuil de 40% donnant la majorité parlementaire et le tour serait joué. Le Mouvement des 5 étoiles serait exclu de la partie.

27 de maio de 2018

Conte Demite.se


São meses de um impasse político em itália, e agora, para deixar tudo ainda menos resolvido, Giuseppe Conte, encarregado pelo presidente italiano de formar governo, desistiu da tarefa.
A decisão do jurista foi tomada depois de Sergio Mattarella, chefe de estado, ter recusado a proposta de governo apresentada por Conte. A razão: Paolo Savona, o ministro da economia apresentado por Conte.

Itália e a UE


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Os partidos chamados a formar governo em Itália estão a aumentar a pressão sobre o Presidente Sergio Mattarella para que aceite Paolo Savona como ministro da Economia do futuro executivo.
Savona é um economista de 81 anos, conhecido por ser contra o euro e a União Europeia. O Presidente não quer ninguém com estas posições no executivo, mas os partidos da coligação insistem. 
O líder da Liga do Norte, Matteo Salvini, diz que "Se alguém atrasasse este processo de mudança e destruísse um trabalho de 15 dias de empenho e sacrificio, seguramente ficaria de novo zangado". 
Bem mais contundente foi o Presidente do Movimento 5 estrelas, Luigi Di Maio, sobre estes atrasos na nomeação do novo Governo.
"Quanto mais somos atacados, mais motivado fico para prosseguir com este Governo. Porque os que nos atacam só nos dão a certeza de que estamos no caminho certo, no caminho de mandar para casa aqueles chulos que vivem há 20 anos à custa dos nossos impostos
O primeiro-ministro encarregado Giuseppe Conte tinha prometido definir seu gabinete na sexta-feira (25), mas a mediação entre a Liga e o Movimento 5 Estrelas (M5S), de um lado, e a Presidência da República, de outro, ainda não avançou.   
Conte teve uma longa reunião com o presidente Sergio Mattarella, mas evitou indicar quando retornará ao Palácio do Quirinale com sua lista de ministros. Segundo informações de bastidores, o chefe de Estado resiste em dar o comando da economia da Itália a alguém que já comparou a Alemanha  com o nazismo.

Brexit

Les partisans du maintien dans l’UE prétendent que Brexit sera une apocalypse économique. Mais il donne aussi l’occasion d’une rupture radicale avec le néolibéralisme.
Remainers claim that Brexit will be an economic apocalypse. But it provides the opportunity for a radical break with neoliberalism.
https://jacobinmag.com/2018/04/brexit-labour-party-socialist-left-corbyn
Tradução em francês :

Pourquoi la gauche devrait se rallier au Brexit

Rien ne reflète mieux la confusion mentale de la gauche européenne dominante que sa position sur le Brexit. Chaque semaine on voit apparaître un nouveau chapitre de l’effrayante histoire du Brexit : le retrait de l’UE sera une catastrophe économique pour le Royaume-Uni ; des dizaines de milliers d’emplois seront perdus ; les droits de l’homme seront massacrés ; les principes de protection du justiciable, de liberté d’expression et de droit du travail seront tous menacés. En résumé, le Brexit transformera la Grande-Bretagne en une dystopie, un État en déliquescence – ou pire, un paria international – coupé du monde civilisé. Dans ce contexte, on comprend aisément pourquoi le leader du Parti travailliste Jeremy Corbyn est souvent critiqué pour sa réticence à adopter un programme pro-maintien dans l’UE.
L’hystérie anti-Brexit de la gauche, cependant, repose sur un mélange de mauvaise économie, de mauvaise compréhension de l’Union européenne et de manque d’imagination politique. Non seulement il n’y a aucune raison de penser que le Brexit serait une apocalypse économique, mais, plus important encore, l’abandon de l’UE offre à la gauche britannique – et plus généralement à la gauche européenne – une occasion unique de montrer qu’une rupture radicale est possible avec le néolibéralisme et avec les institutions qui le soutiennent.
Modéliser la dystopie
Pour comprendre pourquoi la position anti-Brexit de la plupart des progressistes européens est infondée, et même nuisible, il faut commencer par examiner le mythe le plus répandu lié au Brexit : l’idée qu’il conduira à un apocalypse économique. Pour de nombreux critiques, il s’agit d’une affaire entendue, prouvée tout simplement en citant un rapport très médiatisé qui a fuité du Département pour la sortie de l’Union européenne (DExEU) du gouvernement britannique. Le document conclut que, quelle que soit la forme prise par le Brexit, qu’il s’agisse de rester dans le marché unique, d’un accord de libre-échange ou de l’absence d’accord, il y aurait un coût pour le Royaume-Uni en termes de PIB. Les estimations pour les quinze prochaines années vont d’une baisse de 2 % du PIB et 700 000 emplois à une baisse de 8 % du PIB et 2,8 millions d’emplois.
Cette argumentation figure dans un article récent du commentateur anti-Brexit Will Denayer, pour qui le fait que le rapport ait été produit par un « gouvernement pro-Brexit » est une preuve de sa fiabilité. Toutefois, il ne reconnaît pas que ces prévisions souffrent d’un biais néolibéral qui est intégré dans les modèles de prévision eux-mêmes. Les modèles mathématiques utilisés par le gouvernement britannique sont très complexes et abstraits, et leurs résultats sont sensibles au calibrage numérique des relations dans les modèles et aux hypothèses faites sur, par exemple, les effets des progrès technologiques. Les modèles sont notoirement peu fiables et facilement manipulables pour atteindre n’importe quel résultat désiré. Le gouvernement britannique a refusé de publier les aspects techniques de leur modélisation, ce qui suggère qu’ils ne veulent pas que des analystes indépendants examinent les hypothèses de leur « boîte noire ».
Les préjugés néolibéraux intégrés à ces modèles comprennent l’affirmation selon laquelle les marchés se régulent automatiquement et que leur efficience est optimale quand ils ne sont pas entravés par l’intervention publique ; que le « libre-échange » est sans ambiguïté positif ; que la capacité de financement public est restreinte ; que les facteurs liés à l’offre sont beaucoup plus importants que ceux liés à la demande ; et que les individus fondent leurs décisions sur des « attentes rationnelles » au vu des variables économiques, entre autres. Bon nombre des hypothèses clés utilisées pour construire ces simulations n’ont aucun rapport avec la réalité. En termes simples, les modèles de prévision – à l’instar de la macroéconomie en général – reposent sur une série de mythes interdépendants. Paul Romer, qui a obtenu son doctorat en économie dans les années 1980 à l’Université de Chicago, le temple de l’économie néolibérale, a récemment lancé une attaque cinglante contre sa propre profession dans un article intitulé The Trouble With Macroeconomics, [Le problème avec la macroéconomie]. Romer décrit les approches de modélisation standard utilisées par les économistes traditionnels – qu’il appelle « post-réelles » – comme le point final d’une régression intellectuelle de trois décennies.

26 de maio de 2018

Os F-35 israelitas já intervêm na guerra

Manlio Dinucci
“Estamos voar com o F-35 em todo o Médio Oriente e já atacamos duas vezes em duas frentes distintas”: anunciou ontem, o General Amikam Norkin, Comandante da Força Aérea de Israel, na conferência sobre “superioridade aérea” em Herzliya, (um subúrbio de Tel Aviv) com a participação dos mais altos representantes da aeronáutica de 20 países, incluindo a Itália.
O General não especificou onde foram usados os F-35 e deixou perceber que um dos ataques foi realizado na Síria. Também mostrou imagens dos F-35s israelitas a voar sobre Beirute, no Líbano, mas é quase certo, que também já foram usados para missões de não-ataque no Irão.
Israel, um dos 12 “parceiros globais” do programa F-35, liderado pela empresa americana Lockheed Martin, foi o primeiro a comprar o novo caça da quinta geração, que ele tornou a baptizar de "Adir" (Poderoso). Até agora, recebeu nove dos 50 F-35 encomendados, todos do modelo A de decolagem e pouso convencionais e é provável, que adquira 75 aparelhos. Objectivo realizável, visto que Israel recebe dos Estados Unidos, uma ajuda militar de cerca de 4 biliões de dólares por ano.
Em Julho de 2016, na base Luke dos U.S. Air Force, no Arizona, iniciou-se o treino dos primeiros pilotos israelitas do F-35. Depois de terem participado num curso com mais de três meses de duração, nos EUA, para conseguir a qualificação operacional, eles têm de levar a cabo alguns meses de treino de “vôo real” em Israel. Até agora formaram-se cerca de 30 pilotos. Em 6 de Dezembro de 2017, a Força Aérea de Israel declarou operacional, a sua primeira equipa dos F-35.
Israel também participa no programa F-35 com sua própria indústria militar. A empresa Israel Aerospace Industries produz as asas dos caças; a Elbit Systems-Cyclone fabrica componentes da fuselagem; A Elbit Systems Ltd está a desenvolver um display para o capacete da terceira geração, com o qual serão equipados todos os pilotos dos F-35. O anúncio do General Norkin de que o F-35 está finalmente “combat proven” (provado em combate) tem, portanto, um efeito prático fundamental: o de impulsionar o programa F-35, que tem enfrentado inúmeros problemas técnicos e necessita de actualizações contínuas com custos adicionais, que aumentam ainda mais o custo desmesurado do programa. O complexo software do caça foi modificado mais de 30 vezes e requer mais melhorias. O anúncio do General Norkin foi particularmente apreciado pela Presidente Directora Executiva da Lockheed Martin, Marillyn Hewson, oradora da conferência sobre a “superioridade aérea”.
O anúncio de que Israel já usou o F-35 numa acção de guerra serve, ao mesmo tempo, de aviso ao Irão. Os F-35A, adquiridos por Israel, são projectados principalmente para o uso de armas nucleares, em particular para a nova bomba B61-12 com direcção de precisão, na fase final de fabrico, que os Estados Unidos além de a instalarem em Itália e noutros países europeus, certamente também irão fornecê-la a Israel, a única potência nuclear do Médio Oriente, possuidora de um arsenal estimado de 100 a 400 armas nucleares.
As forças nucleares israelitas estão integradas no sistema electrónico NATO, no âmbito do "Programa de Cooperação Individual" com Israel, país que, embora não seja membro da Aliança, tem uma missão permanente na sede da NATO, em Bruxelas. Nesse contexto, a Itália, a Alemanha, a França, a Grécia e a Polónia participaram com os EUA no Blue Flag 2017, o maior exercício de guerra aérea internacional da História de Israel, no qual também foram realizados testes de ataque nuclear.
Tradução 
Maria Luísa de Vasconcellos R.V.

Desporto e multinacionais




Desporto e multinacionais, “paixão” desastrosa
Jorge Cordeiro

A torrente de notícias, com rara informação e uma imensidade especulativa, que submergiu o País a propósito de casos diversos que envolvem clubes e dirigentes, e que atingem algumas modalidades onde sobressai o futebol, anatematizam todo o desporto. O volume é tanto que só com elevado grau de resistência crítica e distanciamento de leitura se lhe resiste. 

Frustrando expectativas que já adivinham uma incursão pelos terrenos do “sangue e exacerbação” nos parágrafos que se seguem, a opção não é essa. Desculpe-se a falta de ousadia, este desprendimento face à captação de audiências mas para ir por aí já basta o que encharca o País. Invocando palavras de Montesquieu, ausentes na superficialidade do comentário jornalístico dominante, «não se trata de ler mas de fazer pensar». Haveria tudo a ganhar seguindo-as. Também aqui não encontrará o leitor, contrariando pré-concebidos prognósticos, a verberação do desporto de Alta Competição, incluindo o futebol, o olímpico, federado ou profissional. O desporto é um factor do processo de desenvolvimento que compete ao Estado promover, quer quanto à democratização da sua prática quer quanto aos valores que o devem rodear. Uma actividade que, se praticada de forma justa e não discriminatória, integra o processo de responsabilização e integração na sociedade. A observação do que tem rodeado o ambiente desportivo exige reflexão mais profunda, rejeição da espuma mediática, busca aprofundada noutras paragens do que aquelas em que a aparência do óbvio tolda a razão. 

Comecemos pela mercantilização do desporto, tornado “desporto-espectáculo”. Olhar para o que se passa, iludindo-a, só dá tropeço na análise. A súbita “paixão” das multinacionais pelo desporto, que se confunde com a paixão por tudo que lhes assegure lucros fabulosos, induziu alterações ao nível dos conceitos, do impacto na “indústria” e na publicidade, das formas como os Estados e o capital privado intervêm e suportam a actividade económica em torno do desporto e em particular do futebol. 

Não se confinem os problemas a desvios comportamentais ou actos de gestão danosa. O domínio não é apenas o de juízos morais, mas sim o que, no plano político, ideológico e legislativo e de auto-regulação das diversas modalidades, animou práticas condenáveis. A criação das Sociedades Anónimas Desportivas, com o que transporta de espaço de voragem financeira, de investimentos duvidosos e especulação bolsista em torno de clubes e modalidades abriu caminho a situações de que, em geral só emerge a ponta do icebergue. Clubes desportivos transformados em placas giratórias da especulação de direitos de jogadores, janelas de oportunidade para lavagem de dinheiro, promíscuas movimentações entre capital financeiro, imobiliário e clubes, disputas nebulosas  do negócio de direitos televisivos, articulados com “patrocinadores” e o Marketing, fomentam a côrte de ambiciosos “empresários”  que se fundem com corpos directivos, tudo sob os holofotes de uma comunicação social sedenta  de audiências. A que se adiciona os problemas induzidos pelo mercado de apostas desportivas e as práticas a ele associadas. Conter e limitar a “indústria e mercados” do desporto não significa o fim do profissionalismo desportivo. Mas há todo um campo para intervir limitando investidores institucionais, regulando patrocínios publicitários, ou questionando a propriedade ou co-propriedade dos clubes sobre”media”, como canais televisivos. 

Transportemos para outro plano que, se não convocado, faltará ao que se impõe aduzir em benefício da compreensão. A instrumentalização ideológica do espectáculo desportivo, assim como sua utilização para promoção pessoal, social e política não é de hoje. O que se tem assistido, da patenteada violência ao infindável rol de suspeitas de corrupção, com as dinâmicas específicas que os envolvem, não são também separáveis das expressões anti-democráticas disseminadas na sociedade. A exacerbação clubista tem-se assumido como factor de diversão e desvio dos reais problemas nacionais. A promoção da conflitualidade gratuita entre clubes, não raras vezes baseada no enfunar do populismo ou no incentivo ao ódio, são parte de um caldo onde se alimentam projectos que corporizam concepções fascizantes e que estão muito para lá de protagonismos individuais. 

A paixão pelo espectáculo desportivo não é necessariamente factor de alienação assim como o desporto de alta competição não é necessariamente contraditório com a prática generalizada do desporto pela população. O desporto é, ou deveria ser, essencialmente uma actividade cultural. No universo das suas expressões. Sem ostracização de modalidades. O futebol profissional não é todo o futebol e ainda bem menos todo o desporto. Do muito que há a fazer, comece-se pela responsabilidade do Estado, desde logo no que lhe caberia promover no plano do desporto escolar e da Escola Pública na formação de valores e comportamentos éticos, e no fomento do associativismo democrático, a que os órgãos de comunicação social sob tutela pública por maioria de razão se deveriam associar. 


24 de maio de 2018

A Venezuela em tempo de Guerra

https://vimeo.com/2701524 
Para visionar o filme clica em  :   https://vimeo.com/27015242424. Um bom documentário
Fonte:»» https://www.zintv.org/Venezuela-en-temps-de-guerre

Mentalidade fascista , digo mentalidade à " Estado Novo"

Referindo-se ao Conselho Português para a Paz e a Cooperação (CPPC ) João Miguel Tavares diz hoje no Público : "não é preciso riscá-lo do mapa das associações nacionais" Dito de outra forma , não é preciso ilegalizá-lo - se tivesse força para isso era o que faria.
E  acrescenta , mas convém reconhecê-lo por aquilo que é : Conselho de pura propaganda Comunista . Isto é basta reduzir uma organização unitária onde estão católicos , socialistas , gente sem partido , comunistas , a uma organização comunista e jogar com o preconceito anti comunista ...
Com a lógica de João Miguel Tavares não é preciso riscá-lo do mapa dos comentadores de serviço , mas reconhecê-lo por aquilo que efectivamente é  : um reaccionário de mentalidade fascista 
Se entendem que é ofensivo digo então: um reaccionário de mentalidade à  "Estado Novo "

23 de maio de 2018

Venezuela - uma entrevista a ler

https://ahtribune.com/world/americas/2264-maria-paez-victor.html

Dr. María Páez Víctor: “The USA Has Opposed, Destabilized, Overthrown or Assassinated Every Progressive Reformer That Has Appeared On the Political Scene in the Region For More Than a Century”

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Em francês

Dr. María Páez Víctor : « Les États-Unis se sont opposés, ont déstabilisé, renversé ou assassiné chaque réformateur progressiste apparu sur la scène politique dans la région depuis plus d’un siècle »https://mohsenabdelmoumen.wordpress.com/2018/05/20/dr-maria-paez-victor-les-etats-unis-se-sont-opposes-ont-destabilise-renverse-ou-assassine-chaque-reformateur-progressiste-apparu-sur-la-scene-politique-dans-la-region-depuis-plus-dun/

A comunicação social do dinheiro e os seus seventuários

                                                            Agostinho Lopes
CARNICEIRO .
Ou, mais uma vez, a comunicação social que temos.
Na Faixa de Gaza são assassinadas dezenas de pessoas, há milhares de feridos, há mais de mil crianças atingidas e ninguém chama carniceiro a Benjamin Netanyahu!
Segundo a Rádio Pública Antena 1, o massacre resultou de uma «intervenção musculada» de Israel. Segundo outros «Israel tem o direito a proteger as suas fronteiras» e então bala em cima de uma marcha de gente «armada» de pedras e paus, fundas e fisgas. Os mais hipócritas (como o Governo português) pedem «uma resposta proporcional». Nunca explicando o que isso é…Ou a não menor hipocrisia do Secretário-Geral da ONU: «As forças de segurança de Israel têm de aplicar a máxima restrição no uso de munições reais»! (Não será Gaza também «O inferno na Terra» Senhor Secretário-Geral?) E o que fazem os cúmplices hipócritas da UE? Votos de piedosas intenções, sempre com a medida da proporcionalidade…
Escreve-se esta coisa inominável. «Perante sinais pessimistas, palestinianos arriscam tudo para manter a sua causa nos media» (subtítulo da reportagem de Mª João Guimarães, Público 14MAI18! Que no mesmo texto insiste na enormidade: «A Marcha de Retorno pôs a questão palestiniana de novo nos media internacionais»! Isto é: não é a luta pelos seus direitos históricos e legítimos à face do direito internacional violados por Israel, com a descarada cumplicidade da dita Civilização Ocidental, há décadas! É para aparecer nas televisões e jornais! Não é o direito dos palestinianos, descendentes dos mais dos 800 mil expulsos, que ainda hoje esperam pela aplicação da Resolução 194, aprovada pela Assembleia Geral da ONU em 11 de Dezembro de 1948, que estabelece o seu «direito ao regresso» às suas casas ou a receber uma indemnização. Não é seu direito lutarem com todas as suas forças e coragem contra a agressão concretizada por Trump e o Estado de Israel, ao instalar a embaixada dos EUA em Jerusalém, querendo impô-la à margem de todos os acordos e decisões internacionais como capital do Estado de Israel. Não! Queriam aparecer nas televisões e jornais! Considera mesmo a jornalista que: «O Hamas fomentou a ideia de que os jovens devem tentar passar a barreira, e eles estão cheios de energia e querem agir. Se voltar atrás o movimento islamista arrisca-se a ver os protestos pelas terríveis condições em Gaza virarem-se contra si». Não é mais uma vez a justa luta pelos seus direitos, o único caminho que resta aquele povo, que os faz avançar. Não! São as forças da resistência palestiniana que os empurram, para que os protestos dirigidos a Israel, não se voltem contra si! Porque as «terríveis condições em Gaza», são da sua responsabilidade e não de Israel!
Pior, só mesmo a comentadora, que quando lhe levantam o problema dos palestinianos assassinados por Israel afirma que os mandam «para ali para serem mortos para depois vir agitar o martírio.» (Clara Ferreira Alves, Eixo do Mal/SIC, 19MAI18).         
E o que é que se diz na comunicação social portuguesa sobre o comunicado de 16 de Maio da UNICEF onde se escreve: «muitos dos ferimentos (infligidos às crianças) são graves e podem mudar as suas vidas para sempre, alguns dos quais resultam em amputações» - desde 30 de Março mais de mil crianças foram feridas na faixa de Gaza? Zero. E da reunião de 17 e 18 de Maio do Fórum das Nações Unidas sobre a Questão Palestiniana, sob o tema «70 anos após 1948 – Lições sobre como alcançar uma paz sustentável»? Zero. E da Resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, em 18 de Maio, de criação uma «Comissão de Inquérito, internacional e independente» sobre o massacre de Gaza? Zero! E como foi pronta e diligente a reportar notícias do funcionamento dos órgãos da ONU quando se tratou das encenações dos EUA e da UE sobre a Síria….
Registe-se esta outra pérola. «Israel vive, portanto, num paradoxo. É um país que é, politicamente, a única democracia digna desse nome numa vasta região que vai muito além do Médio Oriente. E é, ao mesmo tempo, um país que administra na prática um espaço físico com o dobro do seu tamanho onde promove todos os dias o apartheid e a repressão» (Expresso Curto, 14MAI18, José Cardoso). Oh Cardoso: um paradoxo?! Oh Cardoso, os 300 mil palestinianos de Jerusalém Oriental votam? Dessa não sabia o Dr Salazar! Que a sua «democracia orgânica» que também casava democracia com «eleições», e tudo com repressão, colonialismo e apartheid, era um paradoxo! (Aconselhava a leitura da entrevista do historiador israelita Ilan Pappé «Israel não é uma democracia, isso é um mito», (Et cetera/O Jornal Económico, Ana Pina, 18MAI18).    

22 de maio de 2018


A História Russa do Dia-V (ou a História da Segunda Guerra Mundial poucas vezes Ouvida no Ocidente)
Michael Jabara Carley


Professor de História contemporânea na Universidade de Montreal, Michael Jabara Carley conta aqui o papel da União Soviética contra o nazismo. Depois ele analisa a maneira como esta história tem sido propositadamente deformada pelos Anglo-Saxónicos e é deturpadamente ensinada no mundo Ocidental.





A cada 9 de Maio, a Federação Russa celebra o seu mais importante feriado nacional, o Dia da Vitória, "den´pobedy". Nesse dia, em 1945, o Marechal Georgy Konstantinovich Zhukov, Comandante da 1ª Frente Bielorrussa, que atacara Berlim, recebeu a rendição Alemã incondicional. A Grande Guerra Patriótica durara 1418 dias de inimaginável violência, brutalidade e destruição. Desde Stalingrado, do norte do Cáucaso e da periferia noroeste de Moscovo até às fronteiras ocidentais da União Soviética, a Sebastopol no sul, Leningrado e as fronteira com a Finlândia, no norte, o país fora devastado. Uns estimados 17 milhões de civis, homens, mulheres e crianças haviam morrido, embora ninguém jamais saiba os números exactos. Aldeias e cidades foram destruídas; as famílias foram dizimadas sem restar ninguém para lembrá-las ou chorar a sua morte.

Para o novo Governo de Itália, o mesmo «aliado privilegiado»

O «Contrato para o Governo da Mudança», estipulato por Luigi Di Maio e Matteo Salvini, em nome do MoVimento 5 Stelle e da Lega Nord, por um lado «confirma a adesão à Aliança Atlântica, considerando os Estados Unidos da América como um «aliado privilegiado», por outro lado, promete «uma abertura à Rússia para ser percebida não como uma ameaça, mas como parceira económica e comercial (pelo que é apropriado retirar as sanções) e reabilitar-se como interlocutora estratégica no fim da resolução da crise regional» e até mesmo como uma «parceira potencial para a NATO».
A fórmula não é nova: em Junho de 2016, o Primeiro Ministro Renzi assegurava ao Presidente Putin que a «Guerra Fria está fora da História» e que a «Europa e a Rússia devem ser excelentes vizinhos». Um mês depois, na Cimeira de Varsóvia, Renzi assinava o Pacto Estratégico União Europeia/NATO, contra a Rússia.
Como fará o novo Governo para «perceber» a Rússia não como uma ameaça e agir em consequência, enquanto permance na NATO, a qual sob o comando do «aliado privilegiado», está cada vez mais empenhada militarmente, contra a «ameaça russa»?
Será que o novo Governo, que pretende «reavaliar a nossa presença nas missões internacionais em termos da sua verdadeira importância para os interesses nacionais», irá retirar as tropas italianas colocadas na Letónia e os caça-bombardeiros italianos na Estónia, perto do território russo, de acordo com o motivo inventado pela NATO, de enfrentar a «agressão russa»?
Será que esse mesmo Governo irá impedir que os comandos e as bases USA/NATO em Itália, de Vicenza até Aviano, de Napoles até Sigonella, sejam usados em operações militares contra a Rússia?
Será que o novo Governo, irá, sobretudo, recusar as novas bombas nucleares B61-12, que os USA se preparam para instalar em Itália contra a Rússia, expondo o nosso país a perigos acrescidos, na qualidade de base avançada da estratégia nuclear dos Estados Unidos?
Será que vai recusar fornecer ao Pentágono, no âmbito da NATO, pilotos e aviões para o ataque nuclear?
Será que vai exigir aos USA, com base no Tratado de Não-Proliferação até agora transgredido, que retire todas e quaisquer armas nucleares do nosso território e será que vai aderir ao Tratado ONU sobre a Proibição das Armas Nucleares (como se comprometeu Luigi di Maio, ao assinar o ICAN Parliamentary Pledge)?

Nota sobre a estimativa rápida do PIB – 1º trimestre de 2018


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Na passada terça-feira dia 15 de Maio, o INE divulgou a sua estimativa rápida do Produto Interno Bruto (PIB) no 1º trimestre de 2018. Nesta estimativa rápida, tendo por base a informação já disponível do 1º trimestre do ano, apenas é divulgada informação sobre a evolução do PIB em termos reais, em relação ao trimestre anterior, variação em cadeia e, em relação ao 1º trimestre de 2017, variação homóloga.

A variação em cadeia do PIB foi de 0,4%, enquanto a variação homóloga foi de 2,1%.

De acordo com o INE este ligeiro abrandamento em cadeia e homólogo do PIB no 1º trimestre do ano - note-se que no 4º trimestre de 2017, a economia em cadeia estava a crescer 0,7% e em termos homólogos 2,4% - contribuiu em especial o comportamento negativo da Procura Externa Líquida, com as Exportações a registarem uma desaceleração acentuada e as importações a crescerem a um ritmo elevado. Os dados conhecidos em valor, das Exportações e das Importações de mercadorias, referem que no 1º trimestre do ano em termos homólogo as Exportações cresceram 2,7% enquanto as importações cresceram 6,3%.

De acordo com a informação desagregada conhecida sobre as exportações de mercadorias no 1º trimestre do ano, o abrandamento verificado no crescimento das exportações de mercadorias deve-se em especial às quedas homólogas das exportações de combustíveis (-110 milhões de euros e -10,2%), de produtos farmacêuticos (-110,7 milhões de euros e -34,8%), de tabaco (-40,6 milhões de euros -24,8%) e de pasta de madeira (-31,9 milhões de euros -18,9%). No caso dos combustíveis segundo informação da comunicação social a queda registada resultou da paragem cíclica do hydrocracker – equipamento chave na produção de gasóleo da refinaria da GALP -, para trabalhos de manutenção durante todo o mês de Janeiro.

Enquanto as exportações de mercadorias abrandaram consideravelmente, pelas razões acima expostas, já o investimento ao que parece evoluiu bem enquanto o consumo privado abrandou ligeiramente por razões que se prendem com um problema informático do fisco ligado à emissão de matrículas de veículos automóveis, o que atrasou estas vendas

Com estes dados disponíveis sobre a evolução do PIB é possível desde já concluir que entre o final de 2017 e o 1º trimestre de 2018, o crescimento do PIB anualizado baixou de 2,7% para 2,5%.

De acordo com projecções que efectuei para a evolução do PIB em 2018, projecções estas em que levei em conta o crescimento em cadeia do PIB nos vários trimestres dos últimos anos, é possível prever-se que se nada de muito anómalo se verificar nos restantes três trimestres de 2018, o PIB com grande probabilidade em 2018 situar-se-á entre os 2,2% e os 2,3%.

Por fim se acrescentarmos a estes dados a evolução da inflação, que até ao passado mês de Abril em termos anualizados se situava nos 1,1%, concluímos que de acordo com a famigerada Lei nº53-B/2006, que procede à actualização das pensões e outras prestações sociais do sistema de segurança social, as pensões até 1,5 IAS (cerca de 643 euros) serão actualizadas em 2019 1,6%, entre 643 euros e 2 573 euros 1,1% e superiores a 2 573 euros 0,9%. Dado que quase de certeza o PIB crescerá em 2018 acima de 2%, as pensões mais baixas (até 1,5 IAS) terão assegurado um crescimento, de acordo com a lei, da inflação acrescida de 0,5p.p., as pensões entre 1,5 IAS e 6 IAS serão actualizadas ao nível da inflação e as pensões acima destes montantes terão uma actualização que resultará do valor da inflação em 2018 menos 0,25 p.p.

20 de maio de 2018

A ingerência Imperial




En una conferencia en Miami la semana pasada, Juan Cruz, el director de asuntos del hemisferio occidental del Consejo de Seguridad Nacional de Estados Unidos, encaró al régimen venezolano de Nicolás Maduro.
Cruz citó un fragmento de la Constitución de Venezuela, reescrita durante el mandato de Hugo Chávez, el predecesor de Maduro, en el que dice que el pueblo, “fiel a su tradición republicana, a su lucha por la independencia, la paz y la libertad, desconocerá cualquier régimen, legislación o autoridad que contraríe los valores, principios y garantías democráticos o menoscabe los derechos humanos”. Cruz se estaba dirigiendo al Ejército venezolano, pidiendo a sus miembros honrar su compromiso con la Constitución.
Del mismo modo que cuando Rex Tillerson, entonces secretario de Estado, hizo declaraciones similares en febrero, los críticos de Cruz han dicho que no es prudente que Washington aliente un golpe de Estado en Venezuela.
Pero Cruz solo está refiriéndose a los hechos. Maduro ha podido mantenerse en el poder debido a la violación sistemática de los derechos humanos y del orden constitucional, lo que ha provocado tanto el colapso económico y social del país como una crisis de refugiados que está afectando a todo el continente. Un régimen saturado de corrupción y vínculos con el narcotráfico, cuya represión violenta a las protestas a favor de la democracia en 2014 y 2017 dejaron doscientas personas asesinadas y cientos más heridas, nunca cederá el poder de manera voluntaria.
Más que temer un golpe de Estado, la comunidad internacional debería animar a los venezolanos —incluidos los miembros de las fuerzas armadas— a restaurar la democracia