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31 de agosto de 2019

Uma carta e uma noticia abafada

Um alto quadro do banco HSBC demitiu se em fins de julho e explicou porquê numa carta publica dirigida à humanidade.Esta noticia foi abafada e censurada internamente nas principais agências de informação.
Publicamos a sua opinião:https://mrmondialisation.org/un-cadre-dhsbc-demissionne-publiquement-avec-une-lettre-ouverte-a-lhumanite/?fbclid=IwAR1NiWuhwYzloA6ZIWm2mWCeEcIDe-4AkFPh4JHlIoygQHJg5v1SULYkeP8

« Je prends en ce jour la décision de démissionner publiquement à travers cette lettre ouverte ! »Jérémy Désir est un « quant », un mot utilisé dans le milieu de la finance pour désigner un analyste quantitatif. Toujours pas clair ? Les quants, ce sont des ingénieurs spécialisés dans l’application de méthodes mathématiques et statistiques de haut vol à des problèmes de gestion financière. Vulgairement : maîtriser les chiffres pour maximiser les profits. Hier encore, l’homme travaillait au siège de la banque HSBC au département des risques, une position prestigieuse dans le milieu de la finance.
Mais voilà, le décalage entre la réalité de la crise écologique et les objectifs de l’entreprise et du milieu financier en général était devenu trop lourd que pour être humainement supportable. Dans sa lettre, il dénonce la passivité grossièrement déguisée de son employeur, HSBC. Il accuse de l’intérieur les manœuvres des puissances financières pour « maintenir cet obscurantisme capitaliste meurtrier ».
Mais il ne s’arrête pas là. L’expert livre surtout un rapport de 50 pages décrivant l’inadéquation criante de la réponse des banques à la crise climatique et ce pourquoi on ne sauvera plus l’humanité en préservant le statut quo.

26 de agosto de 2019

Hong Kong - o que eles não dizem.

Os protestos cada vez mais anti-China de Hong Kong seguem o padrão das “revoluções coloridas” levando países ao caos. A rede por trás das manifestações foi cultivada com a ajuda de milhões de dólares do governo dos EUA, e gente local ligada a Washington.

Mesmo depois que a lei de extradição - que se justificava - ter sido retirada as demonstrações degeneraram em cenas de provocação e exigências impossíveis de satisfazer por qualquer Estado. Centenas de desordeiros mascarados ocuparam o aeroporto de Hong Kong, assediaram viajantes e agrediam violentamente jornalistas e policiais. Nada disto é relatado nos media da oligarquia.
Vejamos alguns dos protagonistas, seduzidos pela “american way of life” de Hollywood e pelo poder dos oligarcas.
- Joshua Wong, 22 anos alardeado nos media ocidentais como "defensor da liberdade", promovido através de seu documentário na Netflix e recompensado com o apoio dos EUA. Por trás de porta-vozes televisivos como Wong estão elementos mais extremistas, como o Partido Nacional de Hong Kong, cujos membros participaram nos protestos agitando a bandeira dos EUA. Este partido banido oficialmente apela à independência de Hong Kong, objetivo dos radicais de Washington.
- Jimmy Lai, "chefe dos media de oposição", descrito como o Rupert Murdoch da Ásia, mistura de jornalismo de estilo tabloide obsceno, fofocas de celebridades e uma forte dose anti-China. Lai investiu milhões de dólares nas manifestações de 2014. Lai esteve recentemente em Washington, coordenando ações com membros equipe de Trump, incluindo John Bolton.
E-mails revelaram que Lai entregou mais de US $ 1,2 milhão para partidos políticos anti-China. Milhões de dólares foram entregues para projetos de mudança de regime pelo National Endowment for Democracy (NED) para organizações políticas anti-China.
Lai é o fundador e acionista maioritário da Next Digital, a maior empresa de media de Hong Kong, usada para proclamar “o fim da ditadura" chinesa”.
- Edward Leung. 28 anos, dirigente do partido pró-independência brandiu bandeiras coloniais britânicas e assediou turistas chineses da parte continental. Em 2016, foi visto com autoridades diplomáticas dos EUA num restaurante local.
- Andy Chan, ativista pró-independência do Partido Nacional de Hong Kong, proibido, combina o ressentimento contra os chineses com pedidos para que os EUA intervenham. Embora não tenha ampla base de apoio, atraiu uma atenção internacional desproporcional. Chan pediu que Trump intensifique a guerra comercial e acusou a China colonizar e realizar uma "limpeza nacional" contra Hong Kong.
- Joey Gibson, fundador da Patriot Prayer, apareceu recentemente num protesto anti-extradição em Hong Kong, transmitindo o evento para dezenas de milhares de seguidores. “Precisamos saber que a América nos apoia. Ao apoiar-nos, os Estados Unidos também estão semeando a sua autoridade moral, porque somos o único lugar na China, que compartilha seus valores, que é a mesma guerra que têm com a China ”.
- Martin Lee, um dos aliados de Lai, teve uma audiência com Pompeo, outros líderes dos EUA, incluindo Nancy Pelosi e o ex-vice-presidente Joseph Biden.
Wong, Martin Lee, e Benny Tai Lee, professor de Direito da Universidade de Hong Kong, foram homenageados pela Freedom House, uma organização de direita financiada pela NED.
A visita de Wong proporcionou a ocasião para dois dos neoconservadores mais agressivos do Senado, Marco Rubio e Tom Cotton, apresentarem a "Lei dos Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong".
 

 

20 de agosto de 2019

Um escândalo sem sobressaltos

Um grupo de 11 influentes personalidades no mundo do trabalho , sindicalistas , membros de Comissões de trabalhadores , trabalhadores de empresas estratégicas, dirigentes de Uniões Sindicais, a "Tertulia "nasceram com Sócrates e já levam 10 anos de reuniões com tudo quanto é poder.
No arranque da "Geringonça " Costa passou a mensagem para os sossegar
Cavaco e Marcelo Chegaram a levar " A Tertulia " para Belém.
" A Tertulia " reune se sob sigilo."!
Desde 2009 mobilizaram para os seus jantares debate ( sempre no restaurante Vela Latina , em Lisboa, junto ao Tejo) , presidentes da Republica , primeiros ministros , ministros das Finanças , da Economia e Negócios Estrangeiros , autarcas....
Esta noticia publicada num semanário de grande tiragem há 15 dias não provocou nenhum sobressalto democrático. As mais altas figuras do Estado reunem se com um grupo secreto . prestam contas  à margem da Assembleia da Republica , do escrutino público é noticiado com grande destaque e, passados 15 dias, nenhum comentador sentiu a necessidade de perguntar :o que é isto?  Que democracia é esta ? 
Com que sentido democrático um Presidente da Republica vai prestar contas a um grupo secreto ...
Isto só significa que a fusão do Estado com os interesses do mundo do trabalho  é tão evidente e de tal ordem, que se considera perfeitamente normal tais reuniões , encontros e prestações de contas.
 E assim, uma notícia destas, mesmo em termos garrafais passou por uma não noticia  que muitos leram apressadamente ou já esqueceram.
 Se o noticiado fosse como o relatamos, não tenham dúvidas que já tinha caído o Carmo e aTrindade ,comentadores , televisões , debates tinham ocupado com o tema o espaço mediático durante estes dias. As declarações de espanto , de indignação ,de exigência de esclarecimentos e de reunião urgente da A.Republica suceder-se iam...
Mas caro leitor a notícia contem um pequeno lapso e uma omissão.
Onde está "11 influentes personalidades do mundo do trabalho", leia se 11 influentes personalidades do mundo económico , dos negócios e do pensamento "liberal" politicamente situados no "Bloco Central ", das negociatas, acrescento meu. 
A omissão : o jornal de grande tiragem é o Expresso , página 10,  de 10 de Agosto ! Carlos Carvalhas

19 de agosto de 2019

A Guerra no Iémen pode ser dada como terminada

Após meses de bombardeamentos, sofrimentos inenarráveis contra o povo iemenita, a guerra está perdida para o Estado terrorista da Arábia Saudita - patrocinador da Al-Qaeda e afins - ao qual os países da NATO tudo permitem, pois além de outras “qualidades” de agente do imperialismo no Médio Oriente, gasta milhares de milhões de dólares na compra de armamento aos mesmos.
Sim estrategicamente a Arábia Saudita perdeu a guerra no Iêmen. Não tem defesa contra novas armas que os Houtis no Iémen adquiriram, ameaçando os centros económicos sauditas. Drones lançados pelos houtis do Iémen atacaram um enorme campo de petróleo e gás na Arábia Saudita no sábado, causando o que foi descrito como um "fogo limitado", num segundo ataque recente a essa indústria.
Recordemos que recentemente as tropas dos Emiratos Árabes Unidos se retiraram do Iémen senão totalmente, quase. Tal foi noticiado, mas houve o cuidado da “informação” nada dizer sobre as razões.
Este último ataque foi a Shaybah a cerca de 1 200 quilómetros do território controlado pelos Houthi. O drone UAV-X dos Houtis, tem um alcance de 1.500 quilómetros ameaçando nomeadamente os campos de petróleo da Arábia Saudita e uma central nuclear em construção nos Emiratos.
Esta ameaça aos interesses económicos sauditas vem numa altura em que segundo o FMI a Arábia Saudita tem um défice orçamental de 7%.
Os drones e mísseis que os Houti usam são cópias de projetos iranianos com a ajuda de especialistas do Hezbollah do Líbano.
Os drones estão programados para atingir uma latitude e longitude específicas e não podem ser controlados uma vez fora do alcance do rádio. sendo difíceis de rastrear por radar, podendo atacar baterias de mísseis Patriot sauditas, assim como tropas inimigas.
Os sauditas terão de concordar comnegociações de paz e fazer frente ao pedido do Iémen quanto a indemnizações.
Quanto ao Irão tem não apenas mísseis balísticos para atacar bases sauditas, mas também drones contra os quais os sistemas de defesa dos EUA são mais ou menos inúteis. 
 
Ver - Moon Of Alabama, Long Range Attack On Saudi Oil Field Ends War On Yemen

 

15 de agosto de 2019

Coisas que eles (não) dizem - 16

Penso que as preocupações que cada pessoa tem definem não só a sua maneira de ser, mas a sua condição. A pobreza a fome as guerras deveriam ser preocupações fundamentais no campo social. Porém todas estas questões são tratadas - quando são - da forma mais inócua possível, sendo de imediato superadas pela agenda imperialista, precisamente causa daquelas questões.
Em 2018 o número de pessoas com fome no mundo aumentou para 821,6 milhões, 11% da população mundial. Juntamente com as pessoas com insegurança alimentar moderada, a FAO estima que o número chegue a 2 mil milhões de pessoas no mundo, 26,4% da população mundial.
Segundo a OIT o desemprego reduziu-se no seguimento da ligeira recuperação da crise, porém as condições de trabalho não melhoraram. Mais de 700 milhões de pessoas vivem na extrema ou moderada pobreza apesar de terem emprego”,
Meio milhão de pessoas morrerão se a guerra no Iémen se estender até 2022. Uma em cada quatro crianças iemenitas está desnutrida.
Jean Ziegler, em 2006 Relator das Nações Unidas para o Direito à Alimentação, declarou que “todas a crianças que atualmente morrem de fome morrem assassinadas”. Em cada cinco segundos, morre de fome uma criança com menos de 10 anos (mais de 6 milhões - um holocausto por ano, perante a indiferença dos mediáticos “bem falantes”).
Mesmo com o mundo produzindo alimento suficiente para toda a população do planeta, em cada 4 segundos uma pessoa morre de fome (7,8 milhões). A UNICEF lançou um alerta: 1,4 milhão de crianças correm o risco de morrer de fome em quatro países: Iémen, Nigéria, Somália e Sudão do Sul. Todos países ricos em matérias primas e sob agressão imperialista.
Mais alguns números: 149 milhões de crianças com menos de 5 anos (21,9%) têm atraso no crescimento; 49,5 milhões (7,3%) têm insuficiências de peso.
Contudo, segundo a Forbes Magazine o número de ultraricos triplicou de 793 em 2006, para 2 000 em 2018, bem como a sua riqueza de 2,6 milhões de milhões para 9,1 milhões de milhões.
Os EUA gastam 1 milhão de milhões de dólares por ano, desde há 20 anos, para fins militares; . Centenas de milhares de seres humanos foram raptadas ou iludidas e levadas para a escravatura (incluindo a sexual) que atinge atualmente 46 milhões de seres humanos; 15 750 000 de pessoas foram forçadas a deslocarem-se pela guerra, perseguições ou fome.
Eis, enfim, algumas das facetas do "admirável mundo novo" capitalista.
Notas
https://news.un.org/pt/story/2019/07/1680101
https://nacoesunidas.org/oit-desemprego-cai-no-mundo-mas-condicoes-de-trabalho-nao-melhoram/
https://nacoesunidas.org/oit-desemprego-cai-no-mundo-mas-condicoes-de-trabalho-nao-melhoram/
https://news.un.org/pt/story/2019/06/1676641
ttps://www.unric.org/pt/questoes-humanitarias-novedades/7084
https://observatorio3setor.org.br/noticias/cada-4-segundos-uma-pessoa-morre-de-fome-no-mundo/
https://fr.wfp.org/communiques-de-presse/rapport-de-lonu-la-faim-dans-le-monde-persiste-alors-que-lobesite-continue-de
http://www.informationclearinghouse.info/50873.htm

 

12 de agosto de 2019

Se fosse Davos o Publico ,Expresso&CIA ...

NÃO ACONTECEU…Agostinho Lopes
De 25 a 28 de Julho realizou-se em Caracas o XXV Encontro do Fórum de São Paulo (FSP), sob o lema «Pela Paz, Soberania e a Prosperidade dos Povos. Unidade, Luta, Batalha e Vitória!». Participaram mais de 1200 delegados e convidados nacionais e internacionais de 150 organizações e 70 países. Uma clara expressão de unidade anti-imperialista e de solidariedade com os povos latino-americanos e caribenhos que enfrentam a ingerência e ataques à sua soberania pelo imperialismo norte-americano e o conluio das oligarquias nacionais.
Em várias sessões temáticas e plenárias do Fórum reuniram-se partidos e forças democráticas, progressistas e revolucionárias de toda a América Latina e Caraíbas e convidados de outros continentes. Denunciaram a agenda neoliberal e a incessante campanha de deslegitimação dos processos progressistas na região. Expressaram a solidariedade, em particular ao povo venezuelano, que acolheu o Fórum.
Para os principais órgãos da Comunicação Social portuguesa, inclusive os ditos de «referência», tal Encontro não existiu. Apesar das toneladas de notícias despejadas durante meses sobre a Venezuela, nem o facto de se realizar em Caracas e de ter constituído uma visível manifestação de solidariedade com a Revolução Bolivariana os comoveu.  
Uma excepção, e notável, no Expresso de 3 de Agosto, sob o título «Esquerda volta costas a Maduro», do seu correspondente em Buenos Aires. Não se pode dizer que é uma notícia falsa, uma das nomeadas «fake news». É de facto mais uma peça jornalística fabricada, da campanha imperialista comandada pelos EUA contra a Venezuela. Mais uma peça que os media dominantes vão reproduzindo, sem qualquer objectividade ou critério deontológico. A presença e a expressão viva de 150 partidos e forças democráticas e revolucionárias, de esquerda, entre os quais partidos da social-democracia e da Internacional Socialista, de toda a América Latina e Caribe é a evidência – não carece de demonstração – da contradição absoluta com o título e o conteúdo da notícia. Aliás bastaria atentar na «ignorância» (???) do correspondente quando assim descreve, entre outras falsidades, o Fórum de S. Paulo: «Trata-se de uma Plataforma da esquerda para manifestar apoio internacional a Maduro». Ou a informação de que se reúne anualmente. Ou indiciar de que é, ou tem sido, um Encontro de Presidentes da República e Chefes de Estado da região!    
O Fórum de S. Paulo é uma criação de Lula, então Presidente do PT, e de Fidel de Castro, em 1990. Um grande espaço de debate das forças progressistas latino-americanas para aprofundar a reflexão e a procura de respostas, de acção, em consenso e unidade, na luta popular e anti-imperialista.
Se tivessem estado em Caracas, os jornalistas portugueses teriam ouvido nas diversas iniciativas do Fórum, na grande manifestação de muitas dezenas de milhares de venezuelanos no sábado, 27 de Julho, entoar a milhares de vozes: «El derecho de vivir em paz»! A palavra de Victor Jara, assassinado em 1973, por Pinochet e o imperialismo norte-americano, ressoava do fundo da tragédia da história da América Latina e Caribe, das «veias abertas» dos seus povos. E em coerência, gritavam: «Tirem as patas da Venezuela».      




    

11 de agosto de 2019

Quem viola os tratados ? Um lapso revelador

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A Gafe nuclear da NATO
Que os EUA mantém bombas nucleares em cinco países da NATO - Itália, Alemanha, Bélgica, Holanda e Turquia - está há muito comprovado (em especial pela Federação dos Cientistas Americanos) [1]. No entanto, a NATO nunca o admitiu oficialmente. No entanto, algo aconteceu por lapso. No documento “A new era for nuclear deterrence? Modernisation, arms control and Allied nuclear forces”, publicado pelo Senador canadiano, Joseph Day em nome da Comissão de Defesa e Segurança, da Assembleia de Defesa da NATO, o “segredo”veio a público. Através da função “copiar/colar”, o Senador informou, inadvertidamente, nesse documento o seguinte parágrafo (numerado 5), extraído de um relatório confidencial da NATO:
No contexto da NATO, os Estados Unidos instalaram em posições avançadas, na Europa, cerca de 150 armas nucleares, especificamente bombas gravitacionais B61. Estas bombas estão armazenadas em seis bases dos EUA e Europa: Kleine Brogel, na Bélgica, Buchel, na Alemanha, Aviano e Ghedi-Torre na Itália, Voikel na Holanda, Incirlik na Turquia. No cenário hipotético de serem necessárias, as bombas B61 podem ser transportadas por aviões de dupla capacidade, dos EUA ou da Europa”.
Ao acusar a Rússia de manter muitas armas nucleares tácticas no seu arsenal, o documento afirma que as armas nucleares instaladas pelos EUA em posições avançadas na Europa e na Anatólia (ou seja, perto do território russo) servem para “garantir o amplo envolvimento dos Aliados na missão nuclear da NATO e como confirmação concreta do compromisso nuclear USA com a segurança dos aliados europeus da NATO”.

Coisas que eles (não) dizem - 15

Uma investigação feita pela Agencia France Press evidenciou que uma série de imagens e vídeos destinados a mostrar a repressão realizada pelas tropas chinesas em Hong Kong eram falsas. Essas imagens foram divulgadas amplamente nas redes sociais, algumas delas sendo vistas mais de um milhão de vezes, muitas eram falsas ou antigas.
As imagens eram da polícia de choque na Coreia do Sul em 2012. Apareceram pela primeira vez na imprensa estrangeira em 2014 quando o jornal britânico Daily Express publicou um vídeo com a legenda: “Korean police show France how to stop a riot with ancient military masterclass”
Outros videos alegadamente mostravam "as tropas do Partido Comunista a entraram em Hong Kong", em julho de 2019. No entanto, as imagens eram de um vídeo do youtube de uma substituição de tropas de rotina em 2012.
A Venezuela também tem sido alvo de imagens falsas. A AFP realizou outra investigação para verificação de factos em março, provando que imagens amplamente difundidas que mostravam uma "crise" nos hospitais venezuelanos eram falsas, incluindo algumas imagens de hospitais na República Dominicana. (1)
 
Quanto a Hong Kong a China emitiu uma forte advertência aos manifestantes, dizendo que suas tentativas de "brincar com fogo vão sair pela culatra". Um porta-voz do governo central em Hong Kong disse aos manifestantes para não "subestimarem a firme determinação do governo central", alertando os manifestantes a não "confundirem contenção com fraqueza".
Disse ainda que forças "radicais e violentas" estavam na linha de frente dos protestos. (2)


 

8 de agosto de 2019

As contradições do sistema acentuam se

Un gouverneur de la BCE met les pieds dans le plat

En fin de mandat, Ewald Nowotny, membre sortant du Conseil des gouverneurs de la BCE, a retrouvé sa liberté de parole et nous en fait profiter. « Je suis sceptique quant à savoir si de nouvelles mesures expansionnistes auraient vraiment un impact positif sur l’économie réelle » affirme-t-il, avant d’en tirer la conclusion : « Je ne pense pas qu’il soit nécessaire de reprendre ce programme. Nous devons nous préparer à une longue phase de croissance atone, de faible inflation et d’endettement élevé. »
Dans un océan de paroles contraintes et de non-dits, des éclairs de vérité jaillissent de temps en temps. Simultanément, la publication de l’enquête mensuelle d’IHS Markit auprès des directeurs d’achat – qui fait autorité – ne donne pas spécialement tort au gouverneur, en tout cas dans un proche avenir. La croissance de la zone euro a encore ralenti en juillet, et la contraction qui s’aggrave dans le secteur manufacturier commence à avoir un impact sur le secteur des services qui sauvait jusqu’ici l’ensemble. Partout, la décroissance est en vue. De l’inflation n’en parlons même pas ! La « japonisation » de l’Europe est devenue un danger reconnu, évoquant le piège à liquidités dans lequel le Japon est tombé et qui l’attendrait, la Bank of Japan (BoJ) multipliant les mesures non-conventionnelles sans rien y changer.
La BCE tente de freiner le mouvement en favorisant la relance, n’espérant plus que les États s’y engagent après leur avoir si souvent demandé. Au risque des plus probables que ses injections financières alimentent à nouveau la spéculation au lieu de dynamiser l’économie réelle. Pour qui en douterait encore, une étude de Funcas, un think tank espagnol, qui porte sur les quatre années d’assouplissement quantitatif (QE) de 2015 à 2018 de la BCE, fait apparaître une augmentation des investissements en actifs financiers étrangers par les sociétés non financières de la zone euro. Pour environ 200 milliards d’euros par an. Quoi que le QE ait pu faire d’autre pour stimuler le crédit, il a pour le moins encouragé et facilité ces investissements financiers hors zone euro, ce qui n’était pas vraiment dans les intentions de la BCE.

6 de agosto de 2019

CO2 o inimigo público nº1

As alterações climáticas são uma realidade, porém no mundo das “inevitabilidades” e do “não há alternativa”, a degradação ambiental é praticamente ignorada sendo instituído o dogma de que o dióxido de carbono, CO2 seria o inimigo principal do ambiente, tornando-se uma nova religião a ser aceite sob pena de excomunhão.

O grande capital deu esta bandeira aos “ecologistas reformistas” e absorveu-o nos seus esquemas, de tal forma que se propõe agora que os partidos da direita e extrema-direita assumam também este objetivo como seu.
Não há comprovação científica de que as alterações climáticas sejam causadas pelo CO2. Há dados empíricos interpretados de determinada forma, pondo de lado todo um complexo conjunto de contextos e causas possíveis e detetáveis. Isto mesmo tem sido repetidamente dito - e silenciado - por importante parte da comunidade científica.
Ora os gases de efeito de estufa relevantes são o CO2, o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O). Com a agravante do CO2 ser essencial para a existência de vida na Terra, enquanto os demais são tóxicos, poluentes e agressivos. Do ponto de vista do efeito de estufa o metano tem um potencial 60 vezes superior ao do dióxido de carbono e o óxido nitroso quase 300 vezes superior.
A agricultura industrial é responsável por 25% das emissões de CO2, 60% de metano e 70 a 80% do óxido nitroso, além disto a questão do CO2 foi centrada nos automóveis ligeiros. Trata.se de uma farsa, ignorando, por exemplo, os mais de 13 milhões de veículos pesados que circulam pelas estradas da Europa, graças ao sacrossanto comércio livre.
Os grandes porta-contentores queimam cada um 10 000 toneladas de combustível para uma viagem e regresso entre a Ásia e a Europa. A frota de cargueiros, petroleiros e outros navios atinge cerca de 100 000, percorrendo os mares. A que se somam a frota de pesca e recreio. (Carros elétricos assunto de reflexão, https://groups.google.com/forum/#!topic/tertulia-das-tercas/R7q1fiPYj-M )
Um estudo da ONU vem dizer - conforme noticiado esta semana - que é necessário mudar de forma de alimentação: comer mais vegetais e menos carne. Esta falsa ingenuidade mascara a incapacidade de chamar nomes às coisas e apontar os responsáveis pela degradação do que dizem defender. Assim, optam por “aconselhar” as transnacionais a procurarem ganhar dinheiro de outra forma. Comovente, porém deixemos os sermões entregues aos religiosos de ofício.
Vejamos: os EUA com pouco mais que 4% da população mundial consomem anualmente 25% dos recursos mundiais - e geram resíduos na mesma proporção. Seria o último modelo de sociedade que um ambientalista promoveria, mas os ecologistas do CO2 nada de concreto dizem sobre isto. Pelo contrário, apoiam os “mecanismos do mercado” e o liberalismo económico, como se não fossem altamente agressivos para o ambiente, a par com medidas avulsas que o sistema tolera e até apoia, visto tornarem-se fonte de lucro privado.
Para aferir a seriedade dos ambientalistas do sistema é ver qual a posição que tomam perante a globalização neoliberal, a agricultura industrializada e correspondente desflorestação. Também o belicismo imperialista com as suas imensas esquadras navais, aviões, misseis e guerras fica à margem das indignações destes ambientalistas.
A opinião pública vai ouvindo os sermões, e continua a ver fazer e a fazer como sempre nesta sociedade dita de consumo, porque para isso é conduzida a todos os instantes.

 

 

O modelo USA de governo

Itália
Embora a oposição ataque sempre o governo e existam divergências no seio do próprio governo, em todo o arco parlamentar não se ergueu uma única voz, quando o Primeiro Ministro Conte expôs as linhas de orientação da política externa, na Conferência dos Embaixadores (em 26 de Julho), o que prova o amplo consenso multipartidário.
Conte definiu, antes de tudo, qual é o fundamento da posição da Itália no mundo: “O nosso relacionamento com os Estados Unidos continua qualitativamente diferente do que temos com outras Potências, porque é baseado em valores, em princípios partilhados, que são o próprio fundamento da República e parte integrante da nossa Constituição: a soberania democrática, a liberdade e a igualdade dos cidadãos, a salvaguarda dos direitos humanos fundamentais”.
O Primeiro Ministro Conte não só reitera que os EUA são o nosso “aliado privilegiado”, como também afirma um princípio orientador: a Itália considera os Estados Unidos como um modelo de sociedade democrática. Uma mistificação histórica colossal.
- No que diz respeito à “liberdade e à igualdade dos cidadãos”, basta lembrar que os cidadãos americanos ainda hoje são oficialmente registados com base na “raça” - brancos (distintos entre não hispânicos e hispânicos), negros, índios americanos, asiáticos, nativos havaianos - e que as condições de vida médias dos negros e dos hispânicos (latino-americanos pertencentes a todas “raças”) são, de longe, as piores.
- No que diz respeito à “salvaguarda dos direitos humanos fundamentais”, basta lembrar que nos Estados Unidos mais de 43 milhões de cidadãos (14%) vivem na pobreza e cerca de 30 milhões não possuem plano de saúde, enquanto muitos outros possuem seguro de saúde insuficiente (por exemplo, para pagar uma longa quimioterapia contra um tumor).
- E no que diz respeito à “salvaguarda dos direitos humanos”, basta recordar os milhares de negros desarmados, assassinados impunemente, por polícias brancos.
- No que diz respeito à “soberania democrática”, basta recordar a série de guerras e golpes de Estado, efectuados pelos Estados Unidos, desde 1945 até hoje, em mais de 30 países asiáticos, africanos, europeus e latino-americanos, causando 20-30 milhões de mortes e centenas de milhões de feridos (ver o estudo de J. Lucas apresentado pelo Prof Chossudovsky em Global Research [1]).
Estes são os “valores partilhados” sobre os quais a Itália baseia a sua relação “qualitativamente diferente” com os Estados Unidos. E, para demonstrar como ela é profícua, Conte assegura: “Encontrei sempre no Presidente Trump, um interlocutor atento aos legítimos interesses italianos".
Interesses que Washington considera “legítimos” enquanto a Itália ➢ Permanecer associada à NATO, dominada pelos EUA ➢ Seguir os EUA, de guerra em guerra, ➢ Aumentar a sua despesa militar, a seu pedido, ➢ Colocar o seu território à disponísição das forças e bases USA, incluindo as nucleares.
Conte procura fazer crer que o seu governo, habitualmente designado como “soberanista”, tem um amplo espaço autónomo de “diálogo com a Rússia com base de aproximação NATO de duplo binário” (diplomático e militar), uma abordagem que, na realidade, segue o binário único de um confronto militar cada vez mais perigoso.
A este respeito - refere ‘La Stampa’ [2] - o Embaixador dos EUA, Eisenberg, telefonou ao Vice Presidente Di Maio (considerado por Washington o mais “confiável”), pedindo esclarecimentos sobre as relações com Moscovo, em particular do Vice Presidente Salvini (cuja visita a Washington, apesar dos seus esforços, teve um “resultado decepcionante”).
Não se sabe se o governo Conte vai passar no exame. Sabe-se, no entanto, que prossegue a tradição, segundo a qual, em Itália, o governo deve ter sempre a aprovação de Washington, confirmando qual é a nossa “soberania democrática”.

A caminho da deflagração

A crise espreita e as medidas dos bancos centrais só o confirmam.Em 2007 também rebentou em Agosto. As bolsas estão nervosas.Vitor Constâncio  parece descobrir agora o que querem os ditos mercados...

" Há  uma verdadeira vaga de corte nos juros pelos bancos centrais. Desde 1 de julho, 15 autoridades monetárias, nas economias desenvolvidas e emergentes, desceram as taxas diretoras.
O corte mais importante, com repercussões mundiais, foi decidido na quarta-feira pela Reserva Federal norte-americana (Fed), o mais importante banco central do mundo, que baixou o custo do dinheiro em um quarto de ponto percentual.
A Fed tinha-se abstido de cortar taxas desde dezembro de 2008 e havia iniciado até um ciclo de encarecimento do dinheiro entre dezembro de 2015 e dezembro de 2018. Nesses três anos subiu, pela mão de Janet Yellen e depois de Jerome Powell, as taxas de perto de 0% para 2,5%. Subitamente, no início de 2019, começou a mudar de agulha. Passou a uma atitude de paciência e de pausa e, depois, a um temor crescente sobre o impacto dos riscos globais (leia-se a estratégia geopolítica de Donald Trump).
A mais recente descida anunciada por um banco central registou-se em Hong Kong na quinta-feira, onde a autoridade monetária também cortou a taxa em 25 pontos-base (0,25 pontos percentuais), seguindo as pisadas da Fed. Entre os bancos centrais que cortaram as taxas desde 1 de julho contam-se o da Austrália, do Brasil, da Rússia e da Turquia.
AINDA NÃO FOI UM TSUNAMI DE CORTES
Os analistas esperavam um verdadeiro tsunami com a decisão da Fed, mas acabou por saber a “poucochinho” a redução de apenas 25 pontos-base. Jerome Powell, o presidente do banco central dos EUA, avisou, depois de muito pressionado pelas perguntas dos jornalistas, que o corte tomado não significava necessariamente o começo de um ciclo prolongado de descida das taxas, o que frustrou os mercados, com as bolsas em Nova Iorque a caírem 1% na quarta-feira.
Vítor Constâncio, o ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), comentou, na ocasião, no Twitter, que “os mercados nunca estão satisfeitos, queriam mais uma corrida açucarada”. Por outro lado, a prudência de Powell irritou uma vez mais o Presidente Trump, que havia publicamente pressionado para um corte significativo.
DRAGHI, CARNEY E KURODA ADIAM DECISÕES
No entanto, a onda gigante de corte nas taxas de juro ainda não varreu todo o planeta. Três importantes bancos das economias desenvolvidas, o BCE, o Banco do Japão e o Banco de Inglaterra, por razões diferentes, não seguiram a tendência.
O BCE adiou para a reunião de 12 de setembro a discussão de um pacote de estímulos monetários, apesar do seu presidente, Mario Draghi, ter prometido no Fórum de Sintra em meados de junho que as medidas estariam para “as próximas semanas”, o que levou muitos investidores a julgar que seriam tomadas já na reunião de 25 de julho".Expresso