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11 de dezembro de 2016

Alterações climáticas

Uma série dinamarquesa da RTP-2, “A fraude”, mostra como as energias renováveis servem para grandes negociatas, corrupção e vigarice, tudo à custa do dinheiro público, energia mais cara, mas elevados lucros para as elites capitalistas, á conta de deter as alterações climáticas.
A nível científico o assunto não é claro. Estudos e propaganda pagos pelos interessados no negócio – estes defensores do ambiente não prescindem de altas taxas de lucro – não faltam. Curiosamente, como em tudo o que possa prejudicar negócios, o contraditório está proscrito.
Um documentário Odisseia sobre um cruzeiro à Groenlândia mostrou algo sobre o tema. A guia em determinado momento junto a um lago, exclama admirada: “O lago está gelado, estamos em junho e nunca o vi assim nesta altura”. Pouco depois visita-se um glaciar e é referido que em 1850 estava a 15 km do mar, estando naquela altura do ano a 35km. Houve portanto um degelo. Contudo, mais adiante o comandante – experiente naquelas paragens - informa que seria impossível o navio fazer a rota prevista pois o fiorde estava obstruído com gelo mais adiante.
Parece podermos concluir que o gelo diminuiu nuns locais mas aumentou noutros. Note-se que os viquingues no século X chamaram aquele território de “Terra verde”, O clima devia ser temperado e não glacial ártico. A colonização – foi dito – teria atingido cerca de 200 000 pessoas, porém no século XV já tinham abandonado os locais. Refira-se que se tivessem encontrado o mar com tantos icebergs e gelo como o navio do documentário, não teriam lá chegado.
A questão do nível dos mares é também referida como causada pelas alterações climáticas. No entanto, no tempo dos romanos o Tejo penetrava muito mais pela sua Olissipo. As ruínas de Milreu (Olhão) estão a 10 km do mar, porém são visíveis argolas para amarração de barcos de grande porte da época. Há representações que mostram os Jerónimos junto às águas do Tejo e a Torre de Belém dentro do rio.
Aliás não deixa de ser suspeito que indivíduos tão preocupados com o ambiente não refiram as emissões de carbono causadas pela globalização em que alimentos e outros bens são transportados de avião - como se ufanava o dono do Pingo Doce contrapondo-os aos produtos nacionais.
Por essa Europa circulam milhares de camiões TIR em nome do “comércio livre”, com bens que podiam ser produzidos localmente. Não satisfeitos – sem se importarem com as emissões de carbono – querem mais “comércio livre”, a ditadura das transnacionais, entre continentes.  Como dizia a Máxime Vivas: “quanto mais comércio livre mais fome”.
É suspeito que estrénuos defensores do combate às emissões de carbono se calem perante a degradação do ambiente que as transnacionais produzem:
- Destruição das florestas - que são o mais eficaz meio de reduzir carbono na atmosfera -  provocado pela agricultura e pecuária industrializadas e intensivas.
- Pegada ecológica que certas fontes de produção de energia dita limpa representam. etc.
E sobretudo por que não se critica e ataca a sociedade de consumo que o “way of life” dos EUA representa: 5% da população mundial, 25% da poluição ambiental e consumo de recursos. Também neste campo Cuba é um exemplo de índice de desenvolvimento humano e ambiental.

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