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21 de janeiro de 2013

Notinhas !


Perguntas e afirmações




1ª. Se perguntar não ofende: quanto custa ao Estado manter a banca comercial privada, que viveu e tem vivido acima das suas possibilidades? Portugal pode dar-se ao luxo de ter uma banca privada comercial que cria moeda e vive á custa dos contribuintes , dos pequenos e médios empresários , das negociatas e da especulação?

2ª. O deflator da taxa de inflação no PIB já está negativo , confirmando o que afirmámos há mais de 6 meses.
O risco de entrarmos em deflação é real o que colocaria Portugal numa situação extremamente perigosa.
Aos que encolhem os ombros, é lembrar o caso do Japão!

3ª. Alguns dos que enterraram o país e respectivos comentadores de serviço andam a afirmar que os juros que estamos a pagar pelo empréstimo da troika são aceitáveis, que não são juros agiotas, procurando assim demonstrar ser desnecessário a
renegociação da dívida.

As melhorias já conseguidas na taxa do empréstimo em consequência do caso da Grécia, ainda nos coloca numa situação inaceitável e insustentável.
As taxas de juro têm que ser comparadas com  as que se praticam na actualidade. Ora a taxa directora do BCE já baixou de 1% para 0,75%. O empréstimo da troika tem uma taxa média superior a 3 % . A banca financia-se no BCE a 0,75 % !....

4 ͣ Conversa do Gaspar :Vejam como estamos a ir bem. Vamos antecipar a ida aos mercados!
Mas é verdade ou não que só conseguiremos ir aos mercados para nos financiarmos a juros aceitáveis com o apoio e a intervenção do BCE?

É ou não verdade que se o BCE há muito tivesse tido esta intervenção, como sempre afirmámos e defendemos, o perfil da nossa dívida seria hoje muito mais favorável?

É ou não verdade que o financiamento futuro não está assegurado e que estamos com a economia no charco?

É ou não verdade que se o BCE financiasse os estados directamente como faz à banca privada estaríamos hoje com taxas de 0,75% a três anos e com taxas muito mais baixas do que as que temos a mais longo prazo?

5 ͣ . Afirmam alguns, que a renegociação da dívida está dependente dos outros, da “sua boa vontade”, dando a ideia de que nós não contamos. Contamos e muito. A UE não está em condições de deixar um país cair em default (banca rota), seria o fim do euro.
Por isso, nós também temos força de negociação.

Se Portugal, sem arrogância, sem fazer bluf, nem chantagem, mas com firmeza na defesa dos interesses nacionais, colocasse a questão de diminuição das taxas de juro e o alongamento dos prazos, como vital que é para o País, relançar a actividade económica e amortizar a dívida – indo até às últimas consequências – a UE estaria em condições de não ceder?

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