Linha de separação


1 de fevereiro de 2012

Um desastre anunciado

Há muito que publicamente afirmámos que com esta política e o dito acordo da Troika, Portugal em 2013 não terá condições de ir aos mercados financiar-se a juros aceitáveis. Dissemos também que mais tarde ou mais cedo o destino era a renegociação da dívida.

Na altura estivemos sós. Depois veio o Bloco, e agora até os neo-liberais encartados começam a ver as evidências!!

Ontem foi o João Duque que na Rádio Renascença disse que "Portugal aparenta todas as condições para necessitar de um plano de reestruturação".
Reparem no rendilhado da formula! " Portugal aparenta... "
Acrescentou depois que era bom que esse plano "não fosse feito já", "mas numa situação mais optimista para a economia nacional!".
Não aprendeu nada!
Então daqui por uns tempos estaremos em melhores condições? Não querem dar a mão à palmatória e querem aproveitar o biombo da Troika para liquidar direitos e conquistas dos trabalhadores...

Também ontem no "Negócios" o Director-adjunto, J. Cândido da Silva, conhecido neo-liberal de serviço veio candidamente dizer-nos que: "Mais tempo, mais dinheiro e um perdão negociado e ordeiro de uma parte da dívida pública. É este o cenário que está a ganhar cada vez mais adeptos, entre quem observa o percurso de Portugal e a forma como os mercados têm reagido desde a assinatura do acordo com a Troika".

Outro que acordou agora!

Mas mais à frente lá vem a lenga-lenga do costume: "O remédio está em que neste momento não há outro remédio. Portugal tem de cumprir o acordo com os seus financiadores porque é preciso corrigir os erros que colocaram o país à beira da insolvência".

 É preciso cumprir um acordo com juros agiotas que nos levam ao desastre diz este "cordeiro" do grande capital. Não há outra solução diz e repete, como fazia a "Tatcher".

Há. Há outra solução mas essa dói aos banqueiros e aos grandes senhores do dinheiro que financiam e pagam aos seus "cães de guarda".  E esta é que é a questão.






Sem comentários: