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3 de junho de 2020

Acumulam se as contradições na UE

Muitos anúncios com números simpáticos , mas o tempo passa e o essencial continua no papel.
Elisa Ferreira no Expresso diz nos que o que convenceu a Comissão a avançar foi que " percebemos que íamos rebentar com o mercado interno e provavelmente com a moeda ùnica se não tomássemos uma posição muito forte " A posição é assim tão forte perante a gravidade da situação ? Compare se com os EUA, Reino Unido , Japão ...
Depois resta saber  ainda se  , nos ditos países frugais , com a Alemanha por trás uma boa parte da opinião pública e dos grandes interesses não acham que ser -lhes ia mais útil ter um euro marco para os seus países (os países do Norte ) e um euro -franco para os países do Sul...
As contradições  acumulam- se e a resposta à crise tarda. As verbas a Fundo Perdido do  Fundo de Recuperação  são manifestamente insuficientes para a dimensão da crise e , mesmo assim ainda não estão garantidas.
Portugal do Fundo de Recuperação receberá apenas em subvenções 15,5 mil milhões no total., o que corresponde a cerca de três anos de juros da dívida publica...Os 29 a 30  mil milhões corresponde ao clássico Quadro Financeiro Plurianual. No total se tudo for aprovado e correr bem o país receberá 45000 milhões brutos em subvenções . Muito menos do que era avançado e estimado mesmo por baixo... Depois resta saber quais são as reformas de que a UE fala e que investimentos e em que áreas se projectam Quanto destas verbas de forma directa ou indirecta vão para as multinacionais e bancos estrangeiros?
A retoma é lenta , já se começa de novo a ouvir falar na UE da necessidade de Bad Banks ,o que só por si é mau sinal.  Na Itália a coligação no governo perde terreno e os ditos populistas procuram tirar proveito da crise e da ausência de medidas para lhe dar resposta no plano do social e da economia...
uma crise política italiana pode não estar longe
Os que pensam que tudo pode continuar como dantes,  podem acordar uma manhã com surpresas desagradáveis

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