Depois de todas as cedências ao “Ocidente” – leia-se NATO –
a Rússia está mais ameaçada do que nunca esteve desde o fim da II Guerra
Mundial. Aqueles que diziam que a UE tinha trazido mais de 60 anos de paz à
Europa, escamoteavam que isso só tinha existido por haver uma RDA e o contra
poder do Pacto de Varsóvia que equilibrava – apesar das provocações – a NATO.
Com a “anschluss” (anexação) da RDA, liquidada a URSS, extinto o Pacto de Varsóvia, a
guerra na Europa voltou de imediato na ex-Jugoslávia, começando a concretizar
os desejos expansionistas da Alemanha e da NATO.
O grande capital avançou também para a sua guerra social
contra os direitos dos trabalhadores e a soberania dos Estados, vergados aos
seus interesses. Os socialistas europeus como de tradição desde o assassinato
de Jean Jaurés em 1914, estiveram sempre do lado do militarismo e do grande
capital.
As grandes crises capitalistas conduzem à guerra como forma
do capital resolver as contradições mais profundas e ter argumentos para a
exploração acrescida. Infelizmente as teses marxistas
verificam-se. E infelizmente, pois o mundo seria mais feliz, se o Capital fosse
um livro histórico, como a Republica de Platão ou o Tratado Político de
Espinosa, continuando como estes a dar
ensinamentos e proporcionar reflexões. Era sinal que o capitalismo já não dirigia
o mundo, já não sacrificava mais os povos.
A propaganda de guerra, assalta a comunicação social, a
mentira, a deturpação dos factos, o branqueamento do neofascismo, atinge o
nível do repulsivo. Quando dizem que a Rússia está a violar Tratados
internacionais, esquecem-se que tinah sido acordado com o fim da URSS a
dissolução dos dois blocos militares: a NATO e o Pacto de Varsóvia. Até um comboio humanitário de camiões russos foi qualificado como violação da soberania da Ucrânia, pelos que bombardearam a Jugoeslávia, a Líbia, o Afeganistão, o Iraque, intervêm em África, etc.
De facto o imperialismo – qualquer que ele seja - não paga a
traidores: só reconhece os seus interesses, por isso se chama: imperialismo.
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