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31 de dezembro de 2016

O BCE decide à La Carte e dá uma prenda de Natal ao Deutsch Bank

A Alemanha é a Alemanha !
O BCE para mostrar aos alemães que o seu fechar de olhos ao financiamento pelo Estado Italiano do Monte dei Pashi - contrariando as regras europeias em vigor (bail,in) , foi uma exepção decidiu agora  mostrar firmeza e , contrariamente a todas as estimativas avançadas , decidiu que este banco precisava de ser capitalizado entre 5 a 8,8 milhares de milhão de euros.
O ministro da economia italiano reagiu negativamente . Disse que recebeu do BCE uma carta com cinco linhas e três números e quer explicações sobre como se chegou àqueles valores .
Esta decisão é ainda mais incompreensível em Itália quando se soube que esta semana o BCE resolveu mostrar se particularmente generoso com o Deutsch Bank baixando a exigência de 10.76 do rácio CET-tier 1 até agora em vigor  , para 9,5% .
Esta diminuição , vai permitir ao banco alemão , que conheceu um ano  turbulento e sobre o qual há justificadamente as maiores desconfianças quanto à sua solidez , distribuir generosos dividendos e bónus aos seus dirigentes ! Tais prebendas seriam impossíveis sem a decisão do BCE de baixar a exigência do Rácio . Uma vergonha . 
Os beatos do Europeísmo não têm comentários a fazer ?
Na Itália compreende-se mal esta generosidade do BCE , face à dureza mostrada em relação ao Monte di Paschi , tanto mais que neste banco os créditos de cobrança duvidosa resultam de empréstimos à economia real em dificuldades enquanto os créditos duvidosos e as dificuldades do Deutsh Bank resultam sobretudo das atividades especulativas,
 Dois pesos e duas medidas. 
A Alemanha é a Alemanha !

26 de dezembro de 2016

Alepo e a decadência moral dos media

A França e a Alemanha que choram os seus mortos em ataques terroristas, viram os seus media e governantes derramarem lágrimas – de raiva? – pela derrota na Síria das seitas que assassinaram os seus cidadãos.
Os media falsearam informações da ONU para promoverem calúnias. Veicularam informações como sendo da ONU, a afirmar que civis, incluindo mulheres e crianças, tinam sido mortas pelas forças sírias ao entrarem em casas do leste de Alepo. Ora, o departamento de Direitos Humanos da ONU apenas referiu que “fontes” e “relatórios” o tinham a firmado – sem indicar nem as fontes nem os alegados relatórios. http://www.informationclearinghouse.info/46028.htm
No entanto, desde o inicio da guerra que havia relatos de entidades independentes dos grandes media e potências envolvidas, que testemunhavam terríveis assassinatos e terror cometidos por jihadistas que inclusivamente matavam médicos e destruíam hospitais.  (http://dissidentvoice.org/2013/05/fact-finding-mission-concludes-proxy)
Estes relatos foram escamoteados pelos media. Porém sabia-se em 2012: “Após um ano de propaganda contra a Síria e mentiras, fragmentos da verdade começam a ser revelados O país está a lutar contra um pesadelo de limpeza étnica, religiosa e massacres. http://www.legrandsoir.info/l-avenir-de-la-syrie-liberee-nettoyage-ethnique-religieux-et-genocide-countercurrents.html
Mentiram vergonhosamente sobre a evacuação de Alepo suspensa (tal como já tinha acontecido em agosto) pela recusa dos jihadistas. Tal como de se servirem da população como escudo humano. Outra vergonha foi ignorarem uma conferência da missão da ONU na Síria, com a participação da jornalista independente Eva Bartlett, que prestou os seguintes esclarecimentos: não havia nenhuma organização internacional no terreno em Alepo. As notícias eram veiculadas a partir de Londres pelo “Observatório dos Direitos Humanos na Síria”, gerida por um antigo militar britânico (foi dito o nome) financiado pelos EUA. Mentem quando dizem que o governo ataca civis, quando os civis que saem de Alepo dizem o contrário. http://www.informationclearinghouse.info/46018.htm
E perante isto indignava-se o Sr. Daniel Oliveira (a tal “esquerda” de que os media gostam) (Eixo do Mal 17/12) por a Síria ser “entregue a dois criminosos” (el-Assad e Putin). Note-se que a Rússia só se envolveu no conflito ao fim de quatro anos, enquanto os governos ocidentais alimentavam desde o início os grupos extremistas armados. E fê-lo a pedido das autoridades legítimas do país apenas quando surgiu uma ameaça real da Síria ter o mesmo destino do Iraque ou da Líbia, reforçando decisivamente o Estado Islâmico.
Pelos vistos a lista dos democratas do sr. DO inclui os que prosseguem a agenda de Kissinger, assim definida : "temos de nos livrar de Allende, ou perderemos a nossa credibilidade no resto do mundo”. Desde 1945, 69 países sofreram invasões, governos foram derrubados, movimentos populares suprimidos, populações bombardeadas, economias destruídas” (John Pilger). O destino de el-Assad seria o mesmo de Kadhafi, S. Hussein, dirigentes progressistas do Afeganistão, etc., de Lmumba a Allende.
Assad, não poderia aguentar-se não tivesse o apoio da maioria do seu povo. Após a tomada de Alepo disse (parafraseando De Gaulle na libertação da Paris): “Alepo ultrajada, Alepo atormentada, mas Alepo libertada! Libertada pelo seu povo, porque é a Síria que luta. A Síria eterna”. https://www.legrandsoir.info/malgre-le-terrorisme-et-ses-allies-alep-martyrisee-alep-outragee-mais-alep-liberee.html

24 de dezembro de 2016

Monte de Paschi Siena- MPS - e o BANIF

O Movimento 5 estrelas é o movimento 5 estrelas , a Liga Norte è a Liga Norte e a Itália é a Itália , como diria o Presidente da Comissão Europeia , Claude Juncker .
O Monte de Paschi não arranjou os 5mil milhões de euros e o governo Italiano teve de intervir tornando-se o maior accionista do Banco . Mais uma nacionalização dos prejuízos para amanhã se privatizar os lucros. Mais uma vez os contribuintes a pagarem os prejuízos e as vigarices .
Toda a lenga lenda do Bail in , de que com a União Bancária os contribuintes não seriam mais chamados a apagar os fogos foi por água abaixo . Mas não só . O  governo Italiano decidiu  que os pequenos  investidores e depositantes , a maioria da Toscana região de Renzi, seriam garantidos a 100%. 
O Banco Central Europeu e a Comissão europeia não levantaram entraves ao contrário do que aconteceu com o Banif . 
Calados que nem ratos
Nem o colérico ministro das fianças alemão se ouve ... curioso !
É preciso barrar o caminho ás forças que podem pôr em causa o sacrossanto euro . A Itália é a Itália !
O problema é que não é só o banco MPS , mas também  o Popular de Veneza , o Veneto Banca e tantos outros ,
Especialistas consideram que serão necessários 52 mil milhões euros para estabilizar o sistema bancário Italiano . O Parlamento Italiano aprovou uma verba de 20 mil milhões .  Não vai chegar. Aguardamos os capítulos seguintes .
Para já a intervenção do Governo Italiano revelou:

1)Que afinal foi possível  ultrapassar as regras da União Bancária

2)Que os dois pesos e duas medidas continuam a presidir ao BCE e à Comissão Europeia .

3)Que mais uma vez são os contribuintes- os tais que viviam acima das suas possibilidades - que vão pagar a factura .

E quanto à contabilização desta intervenção - défice e /ou dívida , ficamos a aguardar o que dirá Bruxelas a esta florentina fórmula : "intervenção por precaução" . Uns artistas ...
Será que os beatos do europeísmo e os teólogos do neoliberalismo não têm nenhum comentário a fazer?



23 de dezembro de 2016

Desapareceu, enfim a PAZ !

A batalha de Mossul desapareceu dos noticiários . Só bombas boas e sem efeitos colaterais . Nem uma lágrima , nem um comentário  dos nossos ciaticos e sionistas comentadores de serviço.
Informação isenta.

That is not journalism. That is what George Orwell called ‘Newspeak’.

Desinformação

The Aleppo Social Media Disinformation Hype: Seven Year Old Bana Al-Abed’s Last Tweet
Global Research, December 22, 2016
In-depth Report: SYRIA: NATO'S NEXT WAR?

Hashtag #lasttweet began to appear in Twitter frequently after government troops engaged the final phase of Aleppo’s liberation in recent weeks.
Bana al-Abed, an alleged seven-year old resident of the largest city in Syria, was the first who created an Internet hysterical fit designed to discredit the process of recapturing Aleppo.
Her Twitter account was registered in September, 2016, amid intensified fighting in Aleppo. There are many details of the horrors of war on her page. And the girl blames not the terrorists but the Syrian government and its allies.
Tweets are actively retweeted and not only by the Syrian opposition, but also by the mainstream Western media. For example, The Washington Post called Bana the Syrian Anne Frank(who wrote a diary in Nazi-occupied Netherlands).
At the same time, no one draws attention to the strange nuances. First, tweets appear very often. It seems that the little girl posts the information about the situation in the city 24/7. Aleppo is a city of constant fighting, with no constant energy source and water supply, and there is often lack of food and medicine. The more so, no one can easily access the Internet and cellular network due to damaged infrastructure.

Second, her account looks perfect in terms of English language. Third, celebs, Western journalists and popular opposition bloggers contribute to the viral dissemination of Bana’s posts. It took just three hours to collect more than 3,700 likes and more than 5,000 retweets after the publication of one of the first tweets of Bana. According to Social Rank website, the request “Who was your first follower?” shows the first subscriber of Bana was an Al-Jazeera journalist Abdul Aziz Ahmed.

O sicómoro

José goulão

O sicómoro é uma figueira-brava abundante desde sempre no Médio Oriente, de tal modo que tem ressonâncias bíblicas. Isso terá inspirado os assessores do presidente Barack Obama quando se tratou de baptizar a operação secreta através da qual a Casa Branca e o Pentágono, recorrendo ao poço sem fundo de petrodólares da Arábia Saudita ao prestimoso aparelho de guerra da NATO, decidiram desestabilizar a Síria até ao estado em que se encontra.

Corria o ano de 2012. Depois de montado o mito de que existia um início de “primavera árabe” na Síria, começou a canalização em massa de bandos de terroristas e toneladas de armas e munições para o interior do país, através das fronteiras da Jordânia e da Turquia. Ao mesmo tempo, aviões de carga das ditaduras do Golfo despejavam armas para os mercenários já no terreno; e os comboios humanitários da ONU foram transformados em autêntico cash and carry de material de guerra para os infiltrados, por inspiração do secretário-geral adjunto da ONU, Jeffrey Feltman. Para os que nunca dele ouviram falar, é o comissário político norte-americano na organização, ex-alto funcionário do Departamento de Estado, encarregado da estrutura operacional do golpe de Estado fascizante na Ucrânia, quando já em funções nas Nações Unidas.

Estava no terreno a operação “Madeira de Sicómoro”. Saibam os que reagem a este tipo de informações sobre operações secretas acusando liminarmente os mensageiros de serem agentes das teorias da conspiração que, neste caso, também os repórteres do New York Times o são. Foram eles que descreveram em pormenor a trama clandestina, ainda não há dois meses.

Em traços largos, a operação decidida por Barack Obama, numa primeira fase dedicada à desestabilização política e, a partir de 2013, à “assistência letal” aos terroristas sem excepção, foi passada à prática pela CIA e financiada, “em vários milhares de milhões de dólares”, pela ditadura whaabita da Arábia Saudita, a doutrina fundamentalista islâmica que inspira os mais sanguinários grupos terroristas, entre eles a al-Qaida e o Estado Islâmico e os seus heterónimos regionais. Também o Qatar, os Emirados Árabes Unidos e a inevitável Turquia do fascista Erdogan se juntaram à operação.

Houve uma altura, ao que consta, que a Casa Branca pareceu recuar, pretendendo abrir excepções no auxílio à al-Qaida e ao Estado Islâmico. Contra isso se levantaram países árabes europeus na conferência dos “Amigos da Síria” realizada em 12 de Dezembro de 2012, em Marraquexe, Marrocos. O porta-voz dessa frutífera indignação contra o rebate de Washington foi o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, que só há pouco, e por doença, abandonou o cargo. Foram dele estas palavras históricas e lapidares: os membros da al-Nusra (heterónimo da al-Qaida na Síria) “estão a fazer um bom trabalho no terreno”.

Para pôr em Marcha a operação “Madeira de Sicómoro”, Barack Obama limitou-se a retomar uma velha prática de Washington ao recorrer à Arábia Saudita para financiar guerras e golpes de Estado. “Eles sabem o que obtêm de nós e nós sabemos o que obtemos deles”, é a versão da prosaica sentença “uma mão lava a outra” recitada ao New York Times por Mike Rodgers, um antigo representante republicano do Michigan. Se catarmos um pouco na História iremos encontrar esta simbiose entre Washington e Riade, entre os maiores pregadores da democracia e os seus mais descarados inimigos, por exemplo no apoio aos bandos armados na guerra civil angolana; na conspiração dos “contras” na Nicarágua; na institucionalização do banditismo no Afeganistão através dos “mujahidines” e da fundação da al-Qaida por Bin Laden; no esmagamento em sangue da “primavera árabe” no Bahrein; na destruição da Líbia, entregue operacionalmente à NATO.

É certo que a intervenção russa, fazendo em poucos meses os estragos nas hostes terroristas que a aviação norte-americana prometeu durante dois anos e nunca cumpriu, alterou as relações de forças na Síria. Moscovo e Washington definiram um cessar-fogo e Jeffrey Feltman foi afastado do dossier sírio. Consta que os comboios humanitários da ONU já não transportam armas para os terroristas. A paz, contudo, é uma miragem num país que em 2011 quase não tinha dívida externa e que agora chora 250 mil mortos, onde um em cada três sobreviventes é refugiado interno ou externo. Pelo que, também por isso, Barack Obama e os dirigentes da União Europeia e da NATO que o acolitam têm as mãos sujas, muito sujas mesmo, do sangue de seres humanos inocentes.

Com a devida vénia tirado do Blog de José Goulão o Mundo Cão

22 de dezembro de 2016

Um grande humanista !

No Público de 21 deste mês natalício F. louçã escreveu sobre Alepo "contra qualquer calculismo de alinhamento" num humanismo abstrato em que as lágrimas vão para a população civil.
Quem não estará de acordo com tão isento humanismo ?
Depois de ter lido o " Independent " aconselha-nos prudência , pois "nenhum jornalista independente conseguiu ter acesso a Alepo " "A Síria não é o que parece " .
Palavras sensatas e depois o rosário dos maus : Putine , Al Assade , Le Pen , Fillon Trump ...mas curiosamente esquece o nome de Obama , de H. Klinton , de Hollande e seu ex ministro das finanças Laurent Fabius -https://www.youtube.com/watch?v=g9FiUF7N-PA- El Nosra fait du bon travail - e da CIA.
Conclui com um beato e "neutro " salvem-se as vitimas de Alepo , agora é o que importa". Qualquer cónego ou arcebispo não diria melhor ! Comovente .
 Os terroristas são para este comentador " milícias rebeldes " tal como os designa a Cia e a embaixada americana ,  e são uma "cornucópia de grupos políticos " , procurando dar a ideia de que o Daesh é um entre muitos e acrescenta que as ditas milícias rebeldes estão a perder a batalha de Alepo porque não têm mísseis antiaéreos -Só faltou dizer infelizmente ...
Mas com estas falinhas mansas não sabe que os E.U forneceram mísseis antiaéreos aos ditos
rebeldes?
Nunca ouviu falar na " a operação “Madeira de Sicómoro”. , acredita no mito da Primavera árabe na Síria de gestação espontânea.?
Louçã sabe , mas quer sarfar na onda da comunicação social dominante com uma posição de pretensa independência e superioridade moral  . Fica bem e não chamusca . Um bom calculismo.


19 de dezembro de 2016

Alepo - a hipocrisia na UE não tem limites? (2)

No cúmulo da hipocrisia o Conselho Europeu condenava vigorosamente “a ofensiva contra Alepo por parte do regime sírio e dos seus aliados, incluindo os ataques em que são deliberadamente visados a população civil e os hospitais”. “Os responsáveis pelas violações do direito internacional, algumas das quais poderão constituir crimes de guerra, têm de responder pelos seus atos.” Ora aqui está algo que se devia aplicar a eles próprios.
Escrevia John Pilger em odiário.info. Logo no início da guerra em Março de 2011, os Estados Unidos e seus aliados apoiaram a formação de esquadrões da morte, bem como a invasão do território da Síria por brigadas terroristas.
Uma reportagem publicada pelo Der Spiegel relatava as atrocidades cometidas na cidade síria de Homs confirmando um processo sectário de assassínios em massa e mortes extrajudiciais, ou seja assassínios, comparável com o conduzido pelos esquadrões da morte no Iraque, patrocinados pelos Estados Unidos, supervisionados pelas forças especiais aliadas, bem como por empresas particulares de segurança - em contrato com a OTAN e o Pentágono.
No verão de 2012, responsáveis franceses e alemães davam seis meses para a queda de el-Assad…era apenas uma questão de tempo. Em dezembro felicitavam-se pela tomada de Alepo, pelos “rebeldes”/terroristas. Dizia o "socialista" Laurent Fabius: “o fim aproxima-se para Bachar al-Assad.
As preocupações com direitos humanos só chegaram quando o governo sírio e aliados derrotou a intervenção estrangeira. As ações criminosas dos protegidos da NATO foram totalmente escamoteadas.
Em maio de 2013 uma missão de inquérito sobre a Síria (16 pessoas de 8 países) visitou o Líbano e a Síria a convite do Mussalaha Reconciliation Movement, tendo concluído que na Síria se tratava de uma guerra de uma guerra por procuração e que se cessasse toda a interferência exterior permitindo aos sírios o direito à autodeterminação a paz seria alcançada e os seus problemas resolvidos.
Na realidade, isto era impossível: o ocidente fabricava movimentos de oposição. Os jihadistas sauditas e do Qatar eram financiados, armados e apoiados com logística, espalhando o terror num país antes reconhecido como pacífico, multicultural e tolerante.. Crianças de uma aldeia perto da fronteira descreviam então (2014) os ataques, roubo, violência e até mesmo os assassinatos cometidos pelos rebeldes anti-Assad. (Andre Vlrchk)
No Conselho de Segurança da ONU o projeto de resolução francês disfarçava o facto de que a crise humanitária em Alepo foi provocada artificialmente, quando em agosto e setembro os militantes recusaram deixar os comboios humanitários passarem e ameaçaram abrir fogo contra eles, tal como aconteceu recentemente. Ao mesmo tempo, ignorava que o processo político estar a ser sabotado exatamente pela oposição que o ocidente defende e justifica de todas as formas possíveis.
Perante a intervenção da representante dos EUA (Samantha Power) o representante russo  respondia-lhe dizendo que ela não era a Madre Teresa de Calcutá, mas representava um pais com um longo registo de violações.

18 de dezembro de 2016

A grande Europa dos Valores

Hollande e Moscovici dizem que não estão de acordo ,  que o povo Grego não pode ficar toda a vida sujeito a medidas de austeridade.
 Como a proximidade das eleições fazem mudar as posições destes figurantes que em relação à mesma Grécia tiveram no passado uma posição vergonhosa .
O governo grego tomou duas medidas de efeitos Orçamentais limitados mas  de inegável justiça social e que foram aprovadas inclusivé com os votos da direita : reposição do 13 mês para os mais carenciados e redução do iva para as ilhas mais pejadas de refugiados .
Como isto fere a sacrossanta austeridade o ministro das finanças alemão em nome do seu governo retirou a sua apovação à limitadíssima reestruturação da dívida grega que está assim suspensa , mas agora com os protestos do governo francês ! O "alivio " assim  chamado à  renegociação da divida Grega ficou suspenso.
Grande solidariedade europeia ... depois queixem -se dos populismos...

A Dona Maria Luis & Albuquerque


Passos calou-se e ofertou o microfone à Maria Luís.
Esta no seu habitual descaramento serviu-se da fórmula pseudo reverente e afirmou : permito-me discordar do Sr Presidente da Republica , mas a Banca não vai bem .
A ex ministra dos Swaps , que de conluio com Portas , Passos e governador do Banco de Portugal , para o governo não assumir responsabilidades deixou implodir o BES ,  ficando como solução o estropiado Novo Banco ; a ex ministra que arrastou as negociações do Banif durante dois anos e  a resolução para depois das eleições deixando ao novo governo a resolução em poucos dias..., a ex ministra que ignorou os avisos sobre a Caixa Geral de Depósitos como denunciou recentemente o Tribunal de Contas.. e com o PSD tudo tem feito para desestabilizar este banco  na sua senha privatizadora, a ex ministra que deixou uma pesada factura aos contribuintes portugueses a pagar durante muitos anos ; a exministra permite-se afirmar que a Banca vai mal... Pudera !
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A desinformação mais descarada e o Bloco

A generalidade da imprensa portuguesa tem feito eco das noticias veiculadas pelas grandes agências e grandes centrais de informação anglosaxónicas e francófonas ao serviço das classes dominantes e do imperialismo
Há dias uma jornalista do PÚBLICO no seu proselitismo afirmava que nos chamados rebeldes da Síria  só haveria uns 16 % de Djadistas. Chegava - lhe ler esta semana o El Pais para ver que o excesso de desinformação mata a mentira mesmo a mais repetida .
O Bloco procurando sarfar a onda da comunicação social apresentou  na A. R. um voto beato  que objectivamente serve o imperialismo e que foi votado pelo CDS, PSD e PS. Uma vergonha de oportunismo destemperado.
Já  tinha feito  o mesmo no Parlamento Europeu aquando a invasão da Líbia . Depois andou em campanha eleitoral a desdizer-se ...
Quando o posicionamento de um partido é ditado pela agenda mediática e pela direcção do vento que nesta sopra , o oportunismo torna-se regra .

16 de dezembro de 2016

Alepo - a hipocrisia na UE não tem limites? (I)

A tomada de Alepo pelas forças Sírias representa uma severa derrota para a NATO, a juntar-se a outras. A capacidade desta organização para criar estados falhados (como a Ucrânia, etc.) é impressionante. Ressabiados com a derrota, a propaganda oficial exibe uma vergonhosa campanha de calúnias nos noticiários.  A manipulação de imagens e deturpação dos factos torna-se um insulto à inteligência crítica de quem vê (para os que a têm). Está na linha das provas que Colin Powell apresentou na ONU contra o Iraque.
A Merkel apareceu com o seu rafeiro Hollande pela trela, a proclamar a necessidade de intervenção em Alepo em nome dos “direitos humanos”. Vamos então recordar algo sobre esses direitos de que o imperialismo só se lembra quando está a perder.
A decisão de fazer a guerra à Síria foi tomada por George W Bush numa reunião em Camp David em 15.setembro.2001. Em 2004 a Síria era acusada pelos EUA de possuir armas de destruição maciça (que falta de imaginação!). Em 2005 o assassinato do político libanês Rafik Hariri foi atribuído a ordens de el-Assad e criado um tribunal excecional para o julgar. O caso não avançou perante a evidência da falsidade das acusações.
Em 2006 os EUA criaram o Syria Democracy Program para financiar grupos de oposição pró-ocidental. Em 2007 Israel atacou a Síria. Em 2008 numa reunião do Grupo de Bilderberg foram expostas as vantagens económicas, políticas e militares duma intervenção da NATO na Síria.
Grupos extremistas religiosos financiados pela Arábia Saudita, Qatar e outros, foram criados na Síria, constituindo a base para os grupos armados. Negroponte e Ford (agentes da CIA, currículo na Nicarágua e Iraque) são encarregados de organizar o cenário para aniquilar a resistência Síria usando a Al-Qaeda.
Em 2011 sob a égide da França foi criado o Conselho Nacional Sírio para derrubar el Assad. Na Conferência de Genebra de 30.junho. 2012 a Síria aceita o plano de 6 pontos e uma missão de observadores internacionais. Inútil, o fornecimento de armas, cobertura política e mediática, financiamento, apoio logístico aos bandos armados estava em curso, com o pretexto de instaurar “reformas democráticas”. A paz só poderia ser obtida derrubando Bachar-el-Assad.
Em novembro de 2011, face à campanha de calúnias, a freira Mère Agnes-Mariam de la Croix impressionada com as barbaridades cometidas pelos ditos “rebeldes”, convida cerca de 50 pessoas,  com o apoio da sua Igreja (e acordo do governo Sírio) jornalistas da imprensa católica principalmente, porém apenas 15 aparecem. Do que viram nada transpirou, exceto um ou outro texto em sites alternativos. Nem o Vaticano perante os crimes contra cristãos, expulsão de suas casas, destruição de Igrejas pelos “rebeldes” tomou qualquer posição a não ser raros e inócuos apelos.
Em 4.agosto.2012 o New York Times retratava-se da posição anterior (algo que creio lhe passou depressa) e escrevia que reportagens anteriores afirmavam que o exército Sírio massacrava os cidadãos de Homs,. Não era senão uma mentira que foi repetida nos media. Citava pelo contrário violências cometidas contra população indefesa pelos “rebeldes”. http://www.legrandsoir.info/l-avenir-de-la-syrie-liberee-nettoyage-ethnique-religieux-et-genocide-countercurrents.html
(dados recolhidos principalmente em textos de Thierry Meyssan em voltairenet.org, também John Pilger em odiário.info)

15 de dezembro de 2016

A Teodora do sobe e desce !



Conselho das Finanças Públicas porque não extingui-lo?
Teodora Cardoso é a Presidente do Conselho das Finanças Públicas e o rosto visível desta entidade administrativa pretensamente independente criada em Maio de 2011, com a troika a chegar a Portugal, por entendimento do PSD, CDS e PS.
Dizem os seus estatutos que este Conselho tem por missão proceder a uma avaliação independente sobre a consistência, cumprimento e sustentabilidade da política orçamental, promovendo ao mesmo tempo a sua transparência, de modo a contribuir para a qualidade da democracia e das decisões de política económica e para o reforço da credibilidade financeira do Estado.
Com a criação desta entidade PS, PSD e CDS pretenderam transmitir aos portugueses a ideia de que a partir de agora teríamos um conjunto de pessoas independentes que avaliariam de forma isenta as medidas de política económica e orçamental, tomadas pelo Governo e julgariam por nós a qualidade dessas políticas.
Ao seja Teodora Cardoso e o seu Conselho das Finanças Públicas seriam o garante de que a política orçamental prosseguida a partir da criação desta entidade passaria a ser avaliada por critérios exclusivamente técnicos. A partir de então os portugueses poderiam dormir descansados porque a política, essa actividade menor e desprestigiante, seria definitivamente afastada das medidas orçamentais prosseguidas.
Havia contudo nisto um único senão, essa política orçamental teria que respeitar o tratado orçamental e os limites do défice, da dívida e da inflação que ele nos impõe. Mas isso, poderíamos todos continuar a dormir descansados, porque não era política, eram critérios científicos criados para melhorar a qualidade de vida dos europeus e em particular dos portugueses.
Foi assim enquanto a direita governou 4 anos e meio e destruiu direitos dos trabalhadores, das famílias, dos reformados e pensionistas, enquanto reduziu salários e pensões, enquanto destruiu centenas de milhares de empregos, enquanto obrigou mais de meio milhão de portugueses a procurar no estrangeiro o emprego que aqui lhes era negado.
Agora que com o novo governo se criaram condições para se colocar um travão no aprofundamento destas políticas e se iniciou um processo de reversão dos direitos roubados pelo anterior governo, aí temos novamente Teodora Cardoso a guardiã do tratado orçamental, a colocar todas as reservas em relação às medidas de política orçamental previstas e aos seus resultados.
Definitivamente cinco anos depois da criação deste órgão, cujo funcionamento custou ao erário público cerca de 13 milhões de euros e cuja utilidade pública tem sido nula, tanto mais que existe já uma Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), que como o próprio nome indica tem dado no âmbito da Assembleia da República, aos diferentes grupos parlamentares o apoio técnico de que necessitam, a pergunta que aqui deixo é a seguinte: Porque razão não se extingue o Conselho das Finanças Públicas?
  
       

11 de dezembro de 2016

Alterações climáticas

Uma série dinamarquesa da RTP-2, “A fraude”, mostra como as energias renováveis servem para grandes negociatas, corrupção e vigarice, tudo à custa do dinheiro público, energia mais cara, mas elevados lucros para as elites capitalistas, á conta de deter as alterações climáticas.
A nível científico o assunto não é claro. Estudos e propaganda pagos pelos interessados no negócio – estes defensores do ambiente não prescindem de altas taxas de lucro – não faltam. Curiosamente, como em tudo o que possa prejudicar negócios, o contraditório está proscrito.
Um documentário Odisseia sobre um cruzeiro à Groenlândia mostrou algo sobre o tema. A guia em determinado momento junto a um lago, exclama admirada: “O lago está gelado, estamos em junho e nunca o vi assim nesta altura”. Pouco depois visita-se um glaciar e é referido que em 1850 estava a 15 km do mar, estando naquela altura do ano a 35km. Houve portanto um degelo. Contudo, mais adiante o comandante – experiente naquelas paragens - informa que seria impossível o navio fazer a rota prevista pois o fiorde estava obstruído com gelo mais adiante.
Parece podermos concluir que o gelo diminuiu nuns locais mas aumentou noutros. Note-se que os viquingues no século X chamaram aquele território de “Terra verde”, O clima devia ser temperado e não glacial ártico. A colonização – foi dito – teria atingido cerca de 200 000 pessoas, porém no século XV já tinham abandonado os locais. Refira-se que se tivessem encontrado o mar com tantos icebergs e gelo como o navio do documentário, não teriam lá chegado.
A questão do nível dos mares é também referida como causada pelas alterações climáticas. No entanto, no tempo dos romanos o Tejo penetrava muito mais pela sua Olissipo. As ruínas de Milreu (Olhão) estão a 10 km do mar, porém são visíveis argolas para amarração de barcos de grande porte da época. Há representações que mostram os Jerónimos junto às águas do Tejo e a Torre de Belém dentro do rio.
Aliás não deixa de ser suspeito que indivíduos tão preocupados com o ambiente não refiram as emissões de carbono causadas pela globalização em que alimentos e outros bens são transportados de avião - como se ufanava o dono do Pingo Doce contrapondo-os aos produtos nacionais.
Por essa Europa circulam milhares de camiões TIR em nome do “comércio livre”, com bens que podiam ser produzidos localmente. Não satisfeitos – sem se importarem com as emissões de carbono – querem mais “comércio livre”, a ditadura das transnacionais, entre continentes.  Como dizia a Máxime Vivas: “quanto mais comércio livre mais fome”.
É suspeito que estrénuos defensores do combate às emissões de carbono se calem perante a degradação do ambiente que as transnacionais produzem:
- Destruição das florestas - que são o mais eficaz meio de reduzir carbono na atmosfera -  provocado pela agricultura e pecuária industrializadas e intensivas.
- Pegada ecológica que certas fontes de produção de energia dita limpa representam. etc.
E sobretudo por que não se critica e ataca a sociedade de consumo que o “way of life” dos EUA representa: 5% da população mundial, 25% da poluição ambiental e consumo de recursos. Também neste campo Cuba é um exemplo de índice de desenvolvimento humano e ambiental.

5 de dezembro de 2016

Loucura ...!



LOUCURA OU POPULISMO?
É verdadeiramente ilustrativo do comentário político que temos a leitura dos comentários à eleição do abominável homem do capital Trump. Com poucas excepções.
Não sabemos o que mais admirar, se o confusionismo político, o preconceito ideológico, o simplismo redutor, o reacionarismo militante. Mas compreende-se o desnorte e o dislate. Como pode ter acontecido tal, na tal “grande democracia”, com tanta democracia, que até se vê obrigada a “exportá-la”, nem que seja á bala…E é também uma confissão não assumida da perturbação que causa ver que as políticas que defenderam e defendem tenham produzido tal “anormalidade” política.
Começa por ser admirável a dificuldade em fazer uma leitura simples e rigorosa dos nºs da eleição. Coisas simples como o facto de H Clinton “a rainha do caos” ter tido mais votos! O abominável ter menos votos que os anteriores candidatos republicanos, etc Como nada se diz sobre um sistema eleitoral que produz tais distorções! Um sistema onde o dinheiro dos candidatos continua a ser decisivo! Onde a abstenção ronda os 50% – o que não parece ser problema para os comentadores, desde que seja nos EUA! Um sistema, onde os media, fazem aquilo a que pudemos assistir (1) (É claro, que pôr agora o sistema em causa, significa também o questionamento de anteriores eleições e a natureza democrática do sistema!)

Sectores estratégicos




Os Sectores Estratégicos da nossa Economia


A Constituição da República Portuguesa (CRP) estabelece no nº3 do seu artigo 86º: «que a lei pode definir sectores básicos nos quais seja vedada a actividade às empresas privadas e a outras entidades da mesma natureza».
Essa definição de sectores básicos passou a partir da 3ª revisão constitucional de 1992 a ser uma simples faculdade, que os sucessivos governos nunca sentiram necessidade de utilizar.
A lei da delimitação dos sectores aprovada em 1977, tendo definido as actividades e os sectores básicos da nossa economia, fê-lo não para que eles fossem defendidos, mas para a partir daí se iniciar um longo ataque às nacionalizações, que culminaria em 1990 com a aprovação da lei quadro das privatizações no seguimento da 2ª revisão constitucional.
O conceito de sectores básicos da economia, foi sendo esvaziado ao longo dos anos 80, à medida que o processo contra-revolucionário foi avançando.
No interesse da reconstituição e restauração dos grupos monopolistas nacionais, liquidados pelo 25 de Abril e pelas nacionalizações, não era de esperar outra coisa.
Desde 1989 iniciou-se um longo período de privatizações que permitiram ao Estado arrecadar de receitas, a preços correntes, cerca de 40 mil milhões de euros, 21% do PIB de 2016.
As sucessivas privatizações fizeram com que os interesses privados nacionais ou estrangeiros sejam hoje dominantes e os interesses estratégicos dos portugueses estejam hoje nas suas mãos: da banca, aos seguros, ao sector energético, às telecomunicações, ao sector dos cimentos, ao sector químico, ao sector siderúrgico, ao sector dos transportes públicos rodoviários e ao sector dos transportes aéreos.
As privatizações foram e são uma das pedras angulares da política de direita que tem presidido às práticas políticas de sucessivos governos do PS, PSD e CDS/PP nas últimas décadas, sempre acompanhadas pela liberalização dos mercados e a desregulamentação dos mecanismos de orientação e direcção económica.
A aplicação de todas estas políticas conduziram o país ao triste estado em que se encontra hoje: um país mais desigual, injusto e dependente.

Comentários ao Congresso

Foi visível o incómodo dos comentadores. De facto, como disse Jerónimo de Sousa, “até nos Congressos os partidos não são todos iguais”. Os comentadores, especialistas em discutir sobre pessoas, em fazer glosas sobre as intrigas de bastidores, sobre quem vai fazer de mestre de sala dos interesses oligárquicos, ficam como que perdidos. Porém torna-se indisfarçável a sua mediocridade. É que no campo das ideias, discutir pessoas é o argumento dos medíocres.
Sente-se o ressentimento face à situação dos partidos da direita, dos quais mais ou menos sinuosamente sempre defenderam as opções. Que angústia verem os jovens assumindo os exemplos dos mais velhos e proclamando o marxismo-leninismo como a sua ideologia e base da sua militância.
Para o tal "caixote do lixo da história" caminha a social-democracia que se submeteu ao neoliberalismo. Também partidos que foram atrás dos cantos de sereia da social-democracia e “europeísmo” se tornaram irrelevantes social e politicamente, incapazes de apresentar alternativas mobilizadoras. Bem dizia Álvaro Cunhal: desconfiemos é dos elogios dos inimigos de classe (cito de cor).
O PSD tenta disfarçar a má figura que faz assumindo uma ridícula postura de extrema-esquerda: com o apoio ao governo PS, o PCP estaria a negar-se! Pelos vistos a “disfuncionalidade cognitiva” (pela qual fizeram uma birra de extrema-direita na AR) não era temporária!
A comunicação social lá teve que apresentar algo sobre o congresso. Nada comparado com outros partidos, até o BE teve mais destaque e divulgação de conteúdos. Caro, agora não havia questões pessoais…
O importante foi escondido, banalizado: “não trouxe surpresas”. Para os que erraram em tudo o que previram ou defenderam, não está mal! Claro que ignoraram a realidade das lutas travadas, da juventude militante, da determinação e confiança.
Não há dúvida têm razões para estar ressabiados. E a desorientada bidelbergiana, Clara F. Alves, sem saber que volta há de dar à sua política de direita, acha que se o PCP tivesse maioria de votos, já “não lhe achávamos tanta graça”. Graça?!
A “superior” inteligência dos comentadores tratou de escamotear dados que deviam ser divulgados para que o povo fizesse as suas escolhas em consciência: Apenas alguns exemplos:
- Com as privatizações o Estado arrecadou 40 mil milhões de euros, porém só entre 2014 e 2014 as empresas privatizadas no PSI 20 tiveram de lucro 44 mil milhões. (José Lourenço).
- Entre 2000 e 2014 a banca distribuiu de dividendos 8,5 mil milhões de euros mas as imparidades atingiram 16 mil milhões (Miguel Tiago)
- Entre 1996 e julho de 2016 o que saiu do país em juros, lucros e dividendos, foi superior em 82 mil milhões de euros ao montante líquido de tudo o que recebemos da UE. (Carlos Carvalhas)
- Desde a entrada no euro o crescimento económico médio foi nulo. (idem)
- (medida fundamental) A passagem para o direito português dos diversos contratos de dívida, permitindo o pagamento dos juros em escudos. (idem).
Será que a comunicação social controlada se tornou numa outra "casa dos segredos"?

1 de dezembro de 2016

Gabriel Garcia Maequez

Leitura para a " esquerda do sofá "



> Registando com enorme indignação o que a poderosa máquina de propaganda imperialista consegue instilar até inesperadamente em muita gente, alguma que muito se tem indignado com Trump mas que, chegado o momento, não se distinguem de Trump. Nada de novo a oeste! Também nada de novo muita gente de esquerda perdida nos seus labirintos e sem encontrarem o fio de ariadne que os salvaria do minotauro e já sem sequer saber como fabricar as asas de Ícaro. Que poderia escrever sobre FIdel? Que música estou a ouvir por Fidel? Texto,  de Gabriel Garcia Marquez bem como a música de Dvorak aqui ficam. Manuel Augusto Araújo
>
> FIDEL
>
> A sua devoção pela palavra. O seu poder de sedução. Vai buscar os problemas onde estão. O Ímpeto e a inspiração são próprios do seu estilo. Os livros reflectem muito bem a amplitude dos seus gostos. Deixou de fumar para ter a autoridade moral para combater o tabagismo. Gosta de preparar as receitas de cozinha com uma espécie de fervor científico. Mantém-se em excelentes condições físicas com várias horas de ginástica diária e natação frequente. Paciência invencível. Disciplina férrea. A força da imaginação arrasta-o até ao imprevisto. Tão importante como aprender a trabalhar é aprender a descansar.
>
> Fatigado de conversar, descansa conversando. Escreve bem e gosta de fazê-lo. O maior estímulo da sua vida é a emoção do risco. A tribuna de improvisador parece ser o seu meio ecológico perfeito.
> Começa sempre com uma voz inaudível, com um rumo incerto, mas aproveita qualquer assunto para ir ganhando terreno, palmo a palmo, até que uma espécie de grande vaga se apodera da audiência. É a inspiração: o estado de graça irresistível e deslumbrante, que só o negam aqueles que não tiveram a glória do viver. É anti-dogmático por excelência. José Martí é o seu autor de cabeceira e teve o talento de incorporar o seu ideário à corrente sanguínea de uma revolução marxista.
> Na essência do seu pensamento poderia estar a certeza de que para fazer trabalho de massas é fundamental ocupar-se dos indivíduos.
> Isto poderia explicar a sua confiança absoluta no contacto directo.
> Tem uma linguagem, para cada ocasião e um modo distinto de persuasão para cada interlocutor. Sabe situar-se ao nível de cada um e a sua informação casta e variada permite-lhe mover-se com facilidade em qualquer meio. Uma coisa é segura: esteja onde esteja, como esteja e com quem esteja, Fidel Castro está ali para ganhar.
> A sua atitude perante a derrota, ainda que seja nos actos mínimos da vida quotidiana, parece obedecer a uma lógica privada: nem sequer a admitem e não tem um minuto de sossego enquanto não consegue inverter os termos e convertê-la numa vitória.
> Ninguém consegue ser mais obsessivo quando se propôs chegar ao fundo de qualquer coisa. Não há projecto colossal e milimétrico, em que ele não se empenhe de uma forma apaixonada.
> E em especial se tem que defrontar-se com a adversidade. Nunca como então parece com melhor disposição, Alguém que acredita conhecê-lo bem, disse-lhe: as coisas devem andar muito mal, porque você está esfusiante.
> Insistir e aprofundar as coisas é uma das suas formas de trabalhar. Exemplo: o assunto da dívida externa da América Latina, apareceu pela primeira vez nas suas conversas há alguns anos, e foi desenvolvendo-se, ramificando-se, aprofundando-se. A primeira coisa que disse, como uma simples conclusão aritmética, era que a dívida era impagável. Depois apareceram as medidas escalonadas: As repercussões das dívida na economia dos países, o seu impacto politico e social, a sua influência decisiva nas relações internacionais, a sua importância providencial para uma politica unitária da América Latina... até chegar a uma visão totalizadora, a que expôs numa reunião internacional convocada para o efeito e que o tempo se encarregou de demonstrar.
> A sua mais rara virtude de politico é essa capacidade de vislumbrar a evoluções dos factos até às suas consequências remotas... no entanto, não exerce esta faculdade por revelações, mas como resultado de um raciocínio árduo e tenaz. O seu auxiliar supremo é a memória que usa até ao abuso em conversas privadas com raciocínios espantosos e operações aritméticas de uma rapidez incrível.
> Tudo isto, requer o auxílio de uma informação incessante e bem mastigada e digerida. A sua tarefa de acumulação informativa começa desde o momento em que acorda. Pequena almoça com mais de 200 páginas de notícias de todo o mundo. Durante o dia, fazem-lhe chegar informações urgentes, calcula que cada dia tem que ler 50 documentos, a esses têm que se somar as informações dos serviços oficiais e as conversas com os seus visitantes e tudo aquilo que possa despertar o interesse da sua curiosidade infinita.
> As respostas têm de ser exactas, pois é capaz de descobrir a mais pequena contradição numa frase casual. Outra fonte vital de informação são os livros. É um leitor voraz. Ninguém consegue explicar como tem tempo nem qual é o método que utiliza para ler tanto e com tanta rapidez, ainda que ele insista que não tem nenhum talento especial para isso.
> Muitas vezes levou um livro de madrugada e na manhã seguinte comenta-o. Lê inglês mas não o fala.
> Prefere ler castelhano e a qualquer hora está disposto a ler o mais pequeno papel que lhe caia nas mãos.
> É um leitor habitual de assuntos económicos e históricos. É um bom leitor de literatura que segue com atenção.
> Tem o costume de interrogar os seus visitantes. Perguntas sucessivas até descobrir o porquê do porquê do porquê.
> Quando um visitante da América Latina lhe deu um dado apressado sobre o consumo de arroz dos seus compatriotas, ele fez os seus cálculos mentais e disse-lhe: que estranho, quer dizer que cada um come quatro libras de arroz por dia.
> Uma das suas tácticas é perguntar coisas que sabe para confirmar os seus dados. E em alguns casos para medir o calibre do seu interlocutor e tratá-lo em consequência.
> Não perde ocasião para informar-se. Durante a guerra de Angola descreveu uma batalha com tantos pormenores e minúcia, numa recepção oficial, que foi difícil convencer o diplomata europeu de que Fidel Castro não tinha participado nela.
> O relato que fez da captura e assassinato do Che, o que fez do assalto do quartel da Moneda e da morte de Salvador Allende ou o que disse dos estragos do ciclone Flora, davam grandes reportagens faladas.
> A sua visão da América Latina e do seu futuro, é a mesma de Bolívar e de Martí, uma comunidade integral e autónoma, capaz de mover o destino do mundo. O pais do qual sabe mais depois de Cuba, os Estados Unidos. Conhece a fundo as características da sua gente, as suas estruturas de poder, as segundas intenções dos seus governo, e segundas intenções dos seus governos, e isto ajudou-o a contornas a tormenta incessante do bloqueio.
> Numa entrevista de várias horas, detém-se em cada assunto, quando se aventura em temas menos conhecidos, nunca descuida a precisão, consciente que uma só palavra mal usada pode causar estragos irreparáveis. Jamais recusou responder a nenhuma pergunta, por mais provocadora que seja, nem perdeu nunca a paciência. Sobre os que escamoteiam a verdade para não lhe causar mais preocupações que as que tem: descobre-o. A um funcionário que o fez, disse-lhe: Ocultam-me verdades para não me preocupar, mas no fim, quando descobrir, morrerei pelo choque de enfrentar tantas verdades que me deixaram de dizer. As mais graves, no entanto, são as verdades lhe ocultam para encobrir erros e deficiências, pois ao lado dos enormes sucessos que sustentam a revolução – as conquistas politicas, científicas, desportivas e culturais – há uma enorme incompetência burocrática monstruosa que afecta toda a vida diária e em especial a felicidade doméstica.
> Quando fala com a gente da rua, as conversas ganham expressividade e a franqueza crua dos afectos reais. Chamam-no: Fidel. Rodeiam-no sem riscos, tratam-no por tu, discutem, contradizem-no, protestam, como num canal de transmissão imediata por de onde circulam a verdade aos borbotões. É então que se descobre o ser humano insólito, que o resplendor da sua própria imagem não deixa conhecer: um homem de costumes austeros e ilusões insaciáveis, com uma educação formal à antiga, de palavras cautelosas e ténues e incapaz de conceber nenhuma ideia que não seja descomunal.
> Sonha que os “seus” cientistas encontrem o remédio final contra o cancro e criou uma politica externa de potencia mundial, numa ilha 84 vezes mais pequena que o seu inimigo principal.
> Tem a convicção que a conquista mais do ser humano é a boa formação da sua consciência e que os estímulos morais, mais do que os estímulos materiais, são capazes de mudar o mundo e empurrar a história.
> Ouvi-o nas suas escassas horas de meditação à vida, evocar as coisas que poderia ter feito de outra maneira para ganhar mais tempo de vida. Ao vê-lo muito aborrecido pelo peso de tantos destinos de pessoas, perguntei-lhe o que quisera fazer neste mundo, respondeu-me de imediato: parar num local qualquer.
>
> Gabriel Garcia Marquez in Rebellion

Luís Spulveda

Leituras para a " esquerda do sofá "

Luís Sepúlveda  FIDEL...
(No dia da morte de Fidel Castro) Blog Jardim das Delícias




   La noticia llega con las primeras luces del día, tal vez con la misma intensa luminosidad del amanecer que vieron los tripulantes del "Gramma" en la costa de la isla antes de desembarcar y empezar la gesta que inauguró la dignidad latinoamericana.
En las pupilas de ese grupo de hombres y mujeres que tocaron la arena blanca de Cuba, iba también la luz de los caídos en el asalto al cuartel Moncada y, por eso, el brazalete con la leyenda"26 de Julio" era la gran identidad de aquellos que, como más tarde escribiría un argentino al que llamaban simplemente Che, daban el paso a la condición superior del insurgente, del rebelde, del militante, y se convertían en Guerrilleros.
La dignidad latinoamericana se inauguró de verde olivo y con olor a cordita, a pólvora, al sudor de las marchas selva adentro, a la fatiga combatiente que, lejos de cansar, entregaba más ánimo a la vocación justiciera de los guerrilleros, de los combatientes de Fidel, de "los barbudos" vestidos con retazos, armados de machetes zafreros y de las armas arrebatadas al enemigo en cada combate.
Los combatientes de Sierra Maestra, los guajiros, estudiantes y poetas, paso a paso, tiro a tiro, enseñaron a Latinoamérica que la estrella de Comandante Guerrillero era el distintivo del primero en el fragor de la lucha, del que combatía en primera fila, del que sembraba ejemplo y confianza en un destino superior.
Y mientras los guerrilleros del "26 de Julio" avanzaban por las sierras y las selvas, en todo el continente latinoamericano, desde el río Bravo hasta la Tierra del Fuego, los humildes alzaban sus banderas de harapos, "porque ahora la historia tendrá que contar con los pobres de América".
Hoy es un día de recogimiento revolucionario. Hoy es el día del dolor de aquellos que se atrevieron a dar el paso imprescindible, a romper con la existencia dócil y sumisa , y se unieron al camino sin retorno de la lucha revolucionaria.
¡Hasta la Victoria Siempre, Fidel! ¡Hasta la Victoria Siempre, Comandante Guerrillero! 

30 de novembro de 2016

Leituras para os democratas de sofá

Rafael Correia
"...Sur le continent qui connaît les pires inégalités de la planète, tu nous as laissé le seul pays avec zéro dénutrition, avec l’espérance de vie la plus élevée, avec une scolarisation de cent pour cent, sans aucun enfant vivant à la rue (applaudissements).

Évaluer le succès ou l’échec du modèle économique cubain en faisant abstraction d’un blocus criminel de plus de cinquante ans, c’est de l’hypocrisie pure et simple ! (Applaudissements.) N’importe quel pays capitaliste d’Amérique latine en butte à un blocus semblable s’effondrerait en quelques mois."
"...Pour évaluer son système politique, il faut comprendre que Cuba a subi une guerre permanente. Dès le début de la Révolution, il existe une Cuba du Nord, là-bas à Miami, guettant en permanence la Cuba du Sud, celle qui est libre, digne, souveraine, majoritaire sur la terre nourricière, non en des terres étrangères (applaudissements). Ils n’ont pas envahi Cuba parce qu’ils savent qu’ils ne pourront pas vaincre tout un peuple (applaudissements).
Ici, sur cette île merveilleuse, on a érigé des murailles, mais non de celles qu’érigent les empires : des murailles de dignité, de respect, de solidarité ! "

Prof. Chems Eddine Chitour
(...)Argélia
Comme l’écrit l’intellectuel éclectique ancien haut fonctionnaire français,  libre de ses idées  : « Fidel Castro vient de partir dans l’autre monde, et déjà on entend la rumeur mensongère propagée par les calomniateurs de service. Les chacals de la presse bourgeoise tournent autour de sa dépouille avec gourmandise. Ceux qui couvrirent Hugo Chavez de leurs ordures sont là, décidés à repasser à table. Pas de doute. Ces journaleux à la solde de leurs maîtres, ces chiens  Un tyran, celui qui risqua sa vie dans la fleur de la jeunesse, balaya la dictature de Batista, restaura la souveraineté nationale, restitua sa fierté au peuple cubain, rendit la terre aux paysans, éradiqua la misère, fit taire le racisme, libéra la femme cubaine des chaînes du patriarcat, créa le meilleur système de santé du Tiers Monde, réduisit la mortalité infantile dans des proportions inconnues dans le reste de l’Amérique latine, élimina l’analphabétisme, offrit l’éducation à tous, et résista victorieusement avec son peuple à l’agression impérialiste ? Ces affabulateurs vous le diront parce que le castrisme incarne tout ce qu’ils détestent. L’amour de la liberté, l’exigence avec soi-même, la fierté de n’obéir à personne, l’éthique révolutionnaire alliée au sens du réel, l’élan généreux qui triomphe de l’indifférence, la solidarité sans faille à l’intérieur comme à l’extérieur, le patriotisme qui n’éloigne pas de l’internationalisme, au contraire, mais en rapproche. Tout cela, c’est le castrisme. Un illustre combattant de la libération africaine en savait quelque chose » (2).
(...)S’agissant du niveau de vie malgré la crise, malgré  la mondialisation inhumaine, malgré l’embargo  l’Indice de développement humain de Cuba est de 0,78 l’un des meilleurs au monde. Il a cru de 10 points  de 0,68 en 2000 à 0,78  (2014 : 62 place) 





Hace tiempo que a buena parte de la izquierda ha preferido reemplazar el análisis sesudo por el prejuicio, o en el mejor de los casos, el “sentido común”. Se ha creado uno cultura izquierdista que exige pureza, “delicadeza”, “lenguaje políticamente correcto”, reproducción fiel del discurso “profético” de tal o cual referente revolucionario, sin pensar siquiera el contexto histórico desde donde fueron enunciados. Entre consignas y lenguajes se ha dejado de intervenir de forma real y efectiva en la sociedad para transformarla; “intervenciones” las hay, casi siempre desde una zona de confort, desde el clásico cafetín, charlas vanidosas, ciclos de cine, e incluso manifestaciones que levantan el ánimo temporalmente. Aquella voluntad y entrega que caracterizó a los revolucionarios de los siglos XIX y XX se ha esfumado, queda el recuerdo trágico de “lo que algún día fuimos y ya no seremos”. Perdida la vocación revolucionaria, el aspecto histórico de la revolución ha sido reemplazado por la inmediatez, las exigencias morales, las micro sociedades alternativas, el “fluir y el soltar”, cínicos cómplices del enemigo (el capitalismo) que dicen combatir.
La muerte de Fidel convocó a toda esa izquierda contrarrevolucionaria para compartir similares, y en algunos casos las mismas, vivas y condenas que el imperialismo, el fascismo, la derecha mundial levantó en signo de victoria contra el revolucionario cubano. Críticas y contradicciones siempre existirán en cualquier proceso, no existe el ideal puro, tampoco el escenario revolucionario perfecto, la realidad está allí, desafiante e imperfecta a nuestro gusto, independientemente de nuestras opiniones e intereses.
Aquellos Fideles, Ernestos, Camilos y muchos otros más, desde 1952 a 1959 recordaron a los revolucionarios del mundo que el enemigo no era invencible, podía ser derrotado por la fuerza organizada del pueblo. La Revolución Cubana fue una luz que se extendió por Asia, África, Oriente Medio, Europa y América, miles de hombres y mujeres vieron en ella una esperanza, embarcándose en procesos revolucionarios de diversa índole. Cercada y atacada constantemente por el imperialismo, Cuba se convirtió en una isla desafiante al sistema dominante, no una consigna, una realidad.
Las revoluciones no aparecen de la nada, se organizan, no las protagonizan sujetos “especiales”, sino hombres y mujeres de a pie. La historia reconocerá a aquellas personas que simbolizan un proceso por sus características particulares; liderazgo, visión, fortaleza, etc. Reducir un suceso histórico a la voluntad y limitaciones de un sujeto es una estupidez, estos son tan solo los “depositarios simbólicos” y muchas veces el “alimento espiritual” de los pueblos. El caso de Fidel, sin duda sobredimensionado por esa aparente necesidad humana de lo trascendental, es emblemático; líder reconocido de un pueblo solidario y digno, quizá como pocos en el mundo ahora, que una vez muerto se dispone a nacer una y otra vez en la sociedad cubana.(...)
Carlos Pazmiño (Quito, 1987) se define como marxista libertario. Es comunicador y sociólogo, estudioso del anarquismo y anarcosindicalismo en Ecuador, la cuestión kurda y Oriente Medio, procesos de violencia política, acción colectiva y teorías del Estado. Colabora con diferentes medios dentro y fuera del país, es miembro del Centro de estudios “Patricio Ycaza” (CEPY).

A desinformação da informação vigente

A agenda mediática segue escrupulosamente o que é ditado centrais da desinformação.. Nos media tudo o que pode desagradar aos planos imperialistas é ocultado ou deturpado. Paul Criag Roberts afirma: “eles só dizem mentiras” e classifica-os como os “pressistutos”. Vejamos alguns exemplos do que é escondido.

Mais um exemplo da democracia e dos “valores” dos “europeístas”. Liberais e social-democratas sempre impediram o debate sobre o acordo de comércio livre entre a UE e o Canadá, cujo dossier está entregue à comissão do comércio. Por fim, foi decidido no PE  em 17 de novembro, negar a outras comissões, como agricultura, ambiente, democracia, consumo, o direito de analisar o acordo e estar em condições de fazer propostas de revisão. https://www.legrandsoir.info/avis-de-regression-generale.html 
O insuspeito Soros diz que a desintegração da UE é irreversível. Entretanto movimentos pela saída  crescem na Holanda, na Finlândia, em França, também na Itália. É lamentável que estas posições sejam tomadas pela extrema-direita antineoliberal  enquanto a esquerda, mostra incapacidade de mobilização popular em torno destes temas. https://www.rt.com/news/348449-eu-disintegration-irreversible-soros/
 
 Na Síria os jihadistas afundam-se militarmente e o Egito entra na luta ao lado da Síria. Há apenas algumas semanas uma delegação militar egípcia foi à Síria para discutir a sua participação em coordenação com o  comando sírio e russo. Aviões e helicópteros egípcios estariam já no aeroporto sírio de Hama. https://www.legrandsoir.info/syrie-les-fronts-djihadistes-s-effondrent-l-egypte-entre-dans-la-lutte.html
A China aumenta a sua ajuda militar à Síria. Até agora a China tem operado na Síria, ao lado de Rússia e Irão de forma "discreta" mas vai aumentar os esforços do combate ao terrorismo. Foram realizadas reuniões em Damasco com o chefe da Comissão Militar Central da China. A NATO não tem hipóteses para se opor a estes aliados e a Rússia coloca-se numa posição mais forte nas negociações com os EUA. https://www.rt.com/news/356161-china-syria-military-training/ 
 
Questão do mar da China. Face ás ameaças e planos de intervenção dos EUA a agência noticiosa estatal responde dizendo que a longa lista de intervenções dos EUA mostra como correm mal e levam países ao caos como na Síria, Iraque e Líbia. Acrescenta que países fora da região só podem causar mais problemas na disputa, Um comandante militar chinês declara que “exibir músculos militares só terá o efeito contrário”. https://www.rt.com/news/352288-south-china-sea-us-intervention/ 
A China exibe um avião de caça de longo alcance, o J-20 é invisível aos radares e equipado com mísseis ar-ar. https://www.rt.com/news/364947-china-fighter-jet-airshow/ 
A China cria o supercomputador mais rápido do mundo sem depender de hardware dos EUA.  A China tornou-se o país com mais supercomputadores: 167, contra 165 dos EUA. Outros países vêm muito distantes: Japão em 3º lugar com 29. https://www.rt.com/news/347620-china-supercomputer-sunway-taihulight/

 

29 de novembro de 2016

Trump está bem acompanhado

Balsemão toma devia nota

Daniel de Oiveira diz  no Expresso diàrio que é anti Castrista- está no seu direito- e afirma que Fidel é um pouco menos corrupto do que Fulgêncio Baptista .
Talvez fosse mais verdadeiro afirmar-se anti - Castrista e anti -comunista ,  sempre fazia companhia à Clara Ferreira Alves e ambos a D Trump .

Hoje no telejornal a RTP ,  estação pública , afirmou  pala voz de J. Rodrigues dos Santos que Cuba declarou 9 dias de luto pela morte do Ditador.
A Embaixada Americana também deve ter tomado nota .
Enfim ," mortos vivos " como diria F Lordon

Aos democratas de sofá

Aos democratas de sofá :

Só o bloqueio dos EUA custou a Cuba $ 753.67 billion- americanos - dados apresentados na ONU e não contestados .

Quantas estradas  , casas , hospitais... seriam construidos com tal verba que os EUA se recusam a pagar ? E aquele montante não inclui as múltiplas agressões e sabotagens feitas à economia de Cuba pela CIA e os seus capangas !
Fidel cometeu muito erros dizem os democratas de sofá que tanto enfeitam a democracia burguesa e a plutocracia americana que elegeu Trump
 Como já alguém disse : " se eu tivesse sido alvo de centenas de tentativas de assassinato juro que também os cometeria ".




24 de novembro de 2016

O que eles dizem

        Descaramento
1) " Todos nos lembramos do cortejo dos cinco maiores banqueiros portugueses (Ricardo Salgado, Fernando Ulrich, Nuno Amado, Faria de Oliveira e Carlos Santos Ferreira) a irem ao Ministério das Finanças e depois à TVI exigir ao então ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, para pedir ajuda internacional. Todos nos lembramos como o santo e a senha da altura era o da insustentável dívida pública portuguesa por erros de gestão do Governo de José Sócrates. Todos nos lembramos das sucessivas reafirmações de que a banca estava sólida por parte do Banco de Portugal e do governador Carlos Costa. Todos nos lembramos dos testes de stress aos bancos conduzidos pela Autoridade Bancária Europeia – e como os bancos nacionais passaram sempre esses testes. E depois disso BPI, BCP, CGD e Banif tiveram de recorrer à linha de crédito de 12 mil milhões acordada com a troika. E depois disso o BES implodiu – e agora o Banif também. E depois disso só o BPI pagou até agora tudo o que lhe foi emprestado. E antes disso já o BPN e o BPP tinham implodido. E a Caixa vai ter de fazer um aumento de capital. E o Montepio é uma preocupação. " Nicolau santos Expresso

Ontem ouvimos Carlos Costa a denominar-se de bombeiro e a chamar pirómanos  do passado aos banqueiros que chegou  a designar , numa audiência ,   "a nata de Portugal ." ...

Os bombardeamentos humanitários 

2) " 80% dos refugiados vêm das três guerras falhadas do Ocidente " Enrico Letta Ex Pm de Itália .

As queridas privatizações 

 3)  " Uma boa privatização...que agora está a ser paga " titulava o Sol a 13 de novembro a propósito da privatização da ANA vendida por Passos e Maria Luis com foguetes à VINCI que agora recupera o seu investimento com sucessivos aumentos de preços das taxas aeroportuárias. "Desde a privatização já houve nove aumentos. A TAP paga mais 78%  do que antes da privatização..."