Escrevia John Pilger em odiário.info. Logo no início da guerra em Março de 2011, os Estados Unidos e seus aliados apoiaram a formação de esquadrões da morte, bem como a invasão do território da Síria por brigadas terroristas.
Uma reportagem publicada pelo Der Spiegel relatava as atrocidades cometidas na cidade síria de Homs confirmando um processo sectário de assassínios em massa e mortes extrajudiciais, ou seja assassínios, comparável com o conduzido pelos esquadrões da morte no Iraque, patrocinados pelos Estados Unidos, supervisionados pelas forças especiais aliadas, bem como por empresas particulares de segurança - em contrato com a OTAN e o Pentágono.
No verão de 2012, responsáveis franceses e alemães
davam seis meses para a queda de el-Assad…era apenas uma questão de tempo. Em
dezembro felicitavam-se pela tomada de Alepo, pelos “rebeldes”/terroristas.
Dizia o "socialista" Laurent Fabius: “o fim aproxima-se para Bachar al-Assad.
As preocupações com direitos humanos só chegaram quando
o governo sírio e aliados derrotou a intervenção estrangeira. As ações
criminosas dos protegidos da NATO foram totalmente escamoteadas.
Em maio de 2013 uma missão de inquérito sobre a Síria
(16 pessoas de 8 países) visitou o Líbano e a Síria a convite do Mussalaha Reconciliation Movement, tendo
concluído que na Síria se tratava de uma guerra de uma guerra por procuração e
que se cessasse toda a interferência exterior permitindo aos sírios o direito à
autodeterminação a paz seria alcançada e os seus problemas resolvidos.
Na realidade, isto era impossível: o ocidente
fabricava movimentos de oposição. Os jihadistas sauditas e do Qatar eram
financiados, armados e apoiados com logística, espalhando o terror num país
antes reconhecido como pacífico, multicultural e tolerante.. Crianças de uma
aldeia perto da fronteira descreviam então (2014) os ataques, roubo, violência
e até mesmo os assassinatos cometidos pelos rebeldes anti-Assad. (Andre Vlrchk)
No Conselho de Segurança da ONU o projeto de
resolução francês disfarçava o facto de que a crise humanitária em Alepo foi
provocada artificialmente, quando em agosto e setembro os militantes recusaram
deixar os comboios humanitários passarem e ameaçaram abrir fogo contra eles, tal como aconteceu recentemente. Ao mesmo tempo, ignorava que o processo político estar a ser
sabotado exatamente pela oposição que o ocidente defende e justifica de todas
as formas possíveis.
Perante a intervenção da representante dos
EUA (Samantha Power) o representante russo
respondia-lhe dizendo que ela não era a Madre Teresa de Calcutá, mas
representava um pais com um longo registo de violações.
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