Sente-se o ressentimento face à
situação dos partidos da direita, dos quais mais ou menos sinuosamente sempre
defenderam as opções. Que angústia verem os jovens assumindo os exemplos dos
mais velhos e proclamando o marxismo-leninismo como a sua ideologia e base da sua militância.
Para o tal "caixote do lixo da
história" caminha a social-democracia que se submeteu ao neoliberalismo. Também
partidos que foram atrás dos cantos de sereia da social-democracia e
“europeísmo” se tornaram irrelevantes social e politicamente, incapazes de
apresentar alternativas mobilizadoras. Bem dizia Álvaro Cunhal: desconfiemos é
dos elogios dos inimigos de classe (cito de cor).
O PSD tenta disfarçar a má
figura que faz assumindo uma ridícula postura de extrema-esquerda: com o apoio
ao governo PS, o PCP estaria a negar-se! Pelos vistos a “disfuncionalidade
cognitiva” (pela qual fizeram uma birra de extrema-direita na AR) não era
temporária!
A comunicação social lá teve que
apresentar algo sobre o congresso. Nada comparado com outros partidos, até o BE
teve mais destaque e divulgação de conteúdos. Caro, agora não havia questões
pessoais…
O importante foi escondido,
banalizado: “não trouxe surpresas”. Para os que erraram em tudo o que previram
ou defenderam, não está mal! Claro que ignoraram a realidade das lutas
travadas, da juventude militante, da determinação e confiança.
Não há dúvida têm razões para
estar ressabiados. E a desorientada bidelbergiana, Clara F. Alves, sem saber que
volta há de dar à sua política de direita, acha que se o PCP tivesse maioria de
votos, já “não lhe achávamos tanta graça”. Graça?!
A “superior” inteligência dos
comentadores tratou de escamotear dados que deviam ser divulgados para que o
povo fizesse as suas escolhas em consciência: Apenas alguns exemplos:
- Com as privatizações o Estado
arrecadou 40 mil milhões de euros, porém só entre 2014 e 2014 as empresas
privatizadas no PSI 20 tiveram de lucro 44 mil milhões. (José Lourenço).
- Entre 2000 e 2014 a banca
distribuiu de dividendos 8,5 mil milhões de euros mas as imparidades atingiram
16 mil milhões (Miguel Tiago)
- Entre 1996 e julho de 2016 o
que saiu do país em juros, lucros e dividendos, foi superior em 82 mil milhões
de euros ao montante líquido de tudo o que recebemos da UE. (Carlos Carvalhas)
- Desde a entrada no euro o
crescimento económico médio foi nulo. (idem)
- (medida fundamental) A
passagem para o direito português dos diversos contratos de dívida, permitindo
o pagamento dos juros em escudos. (idem).
Será que a comunicação social controlada se tornou numa outra "casa dos segredos"?
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