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31 de janeiro de 2017

No canal público , uma grande Santa

Na RDP esta manha Helena Garrido  na sua habitual superficialidade afirmou que o aumento das taxas de juro se devia ao facto dos mercados não acreditarem que o país possa pagar a dívida  , que o governo criou desconfiança nos mercados ao repor rapidamente os salários e as reformas....
Grande profundidade de analise.
Mas então se é assim , se há essa desconfiança toda , como é que se explica que na última ida de Portugal ao mercado para se financiar, num empréstimo a dez anos a procura tenha sido várias vezes superior à oferta?
Se houvesse essa desconfiança   o mercado ficava deserto !
Há desconfiança ou especulação aproveitando as "Bocas "do Presidente do Eurogrupo e do presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade ? E sobre isto Helena Garrido não mostrou nenhuma indignação . Deve achar normal .
Os especuladores aproveitam o menor ritmo de compra de dívida pública do BCE e a aprovação e estímulo  dado pelas declarações dos paus mandados do ministro das finanças da Alemanha que quer mostrar que não há alternativa à sua política para ganharem e muito à custa do País
Helena Garrido no canal público , objectivamente , deu o seu apoio às declarações do Eurogrupo e parece estar de acordo com os especuladores . Grande Santa !
Carlos Carvalhas

27 de janeiro de 2017

O golpe

As taxas de juro no mercado secundário têm aumentado para Portugal em valores superiores aos aumentos verificados para a Itália , Espanha , França .
A direita rejubila , Passos acha natural e a RTP , como habitualmente , dá todo o destaque com Rodrigues dos Santos a sublinhar em gráfico a subida .
Estão outra vez a lançar a campanha do golpe a partir das declarações do presidente do Euro grupo que é um pau mandado do intratável ministro das finanças do governo alemão .
As declarações destes dois são em boa parte responsáveis pela nova especulação dos mercados  sobre a nossa economia .
Esperam , assim , já que o BCE não tirou o tapete ao nosso país através da agência de notação DBRS , fazê-lo indirectamente pela da pressão dos mercados sobre esta agência e o BCE.
A manobra é clara e a direita portuguesa acompanha.
Não há uma palavra de condenação de Passos , Cristas , Portas , Maria Luís às declarações irresponsáveis do Presidente do Euro grupo . Pelo contrário vê-se um contentamento mal disfarçado.
O país que se lixe!
 No entanto todos sabem que o País diminuiu o défice e conseguiu um  muito elevado saldo primário pelo que as razões da nova especulação são em boa parte artificiais e políticas
Esta nova versão do golpe à brasileira , cínico , premeditado e de pantufas  que pretende pôr fim a uma experiência que os tenores do neoliberalismo consideram intolerável , mostra como o país está manietado por ter perdido a sua soberania monetária . 
Neste quadro e sabendo-se que os bancos não têm falta de liquidez interrogamos-nos por que  razão o Estado não se financia mais no mercado interno . 
Para o ministro das finanças alemão uma lição à Grécia e a Portugal seria útil para o seu partido nas eleições de Outubro.
Perante tudo isto os beatos do euro e do europeísmo estão num silêncio inaudível por contraponto ao  "dito silêncio ensurdecedor" que já não se pode ler , nem ouvir.! 
Será que continuam com a ladainha da Europa dos valores , da solidariedade , da igualdade no progresso e tutti quanti ?
C. Carvalhas


26 de janeiro de 2017

A História e as estórias

A HISTÓRIA TEM COSTAS LARGAS…
O programa «proteccionista» de Trump, está a produzir notáveis mistificações. No comentário mediático o «proteccionismo» de Trump é a nova ameaça global depois do terrorismo…
E para esconjurar o «proteccionismo» vale tudo, até a invocação da história! A história terá demonstrado, segundo esses liberais, que o «livre comércio», ao contrário do «proteccionismo» (amarrado por essa gente ao «nacionalismo») sempre correspondeu a períodos de crescimento económico, de melhoria das condições de vida dos povos e nações! O «laissez faire, laissez passer» dos mercantilistas de Colbert e herdeiros, como chave da felicidade humana e paz no mundo!
A complexidade e diversidade da evolução económica do mundo, não permitem tal simplismo. Bem pelo contrário.
Paul Bairoch, Professor de História Económica da Universidade de Genebra, no ensaio «Mitos e Paradoxos da História Económica» (publicado em Portugal em 2001), põe a nu essa simplista abordagem histórica e desmonta os mitos económicos em torno do «livre comércio» versus «proteccionismo».
Mas não é apenas a história. A realidade económica recente e presente é elucidativa da imensa fraude propalada pelos defensores do «livre comércio».
O «livre comércio» foi sempre a expressão da vantajosa relação de forças (económica, política, militar) dos países mais poderosos, impondo os seus interesses aos países mais pobres, mais frágeis, menos desenvolvidos. Impondo o livre comércio, quase sempre à força, aos países do chamado Terceiro Mundo (e especialmente aos que foram colónias), com graves consequências na sua industrialização e desenvolvimento económico.
O uso pelas potências capitalistas e imperialistas da defesa do «proteccionismo» ou do «livre comércio» sempre foi de geometria variável. A tónica, em cada conjuntura histórica, é a que lhes dá jeito… Isto é, a que nesse momento defende os interesses dos seus capitalistas, das suas classes dominantes…
No quadro da aguda crise do capitalismo, e das suas consequências económicas, sociais, políticas, no mundo e principais potências capitalistas, assistimos agora a um questionar da tónica da «liberalização» por sectores do grande capital. E por políticos de direita e extrema-direita, que cavalgam os descontentamentos sociais, produzindo Trump, Le Pen e etc., e coisas como BREXIT. (Que é também um xeque (vamos ver se não é, mate) ao mercado único (liberalização do comércio intra-europeu).
E assim aparece o «proteccionismo» de Trump, nuns EUA que foram sempre muito liberais na imposição a outros das suas mercadorias e capitais, mas que nunca deixaram de proteger devidamente as suas fronteiras económicas. O «Buy American Act», o «Small Business Act», as multas e retaliações para as empresas multinacionais dos seus aliados da Europa, não são figuras de retórica… Ou como se Obama não tivesse começado a levantar «muros económicos» com o Tratado Transpacífico (TPP) (excluindo a China de uma zona de livre comércio), com o confronto militar no mar da China meridional (uma rota comercial estratégica para a China) e mesmo restrições crescentes no interior dos EUA a investimentos chineses.
Agostinho Lopes

25 de janeiro de 2017

Anatomia de um Nobel da Paz

Durante os 8 anos de mandato de Obama, a divida pública dos EUA passou de 11 para 20 milhões de milhões de dólares (aumento de 1 250 mil milhões por ano, 3 mil milhões /dia!). Tal deveu-se à sua política de defender os interesses da finança e do grande capital e às guerras.
As desigualdades aumentaram, os salários reais baixaram, o aumento da riqueza nacional foi absorvido em mais de 90% pelo 1% mais rico. Os serviços públicos e sociais degradaram-se. Mais de 46 milhões de cidadãos – a maioria negros e hispânicos – encontram-se abaixo do limite de pobreza; 2 milhões de presos. Se as estatísticas de emprego mantivessem os critérios dos anos 80, o desemprego atingiria uns 21%. (Paul C. Roberts) O seguro médico pago pelo Estado aos privados (redigido per representantes das seguradoras e farmacêuticas) tinha uma franquia de 6 500 dólares por família em 2015.
No campo militar a ação deste Nobel da Paz foi um desastre prosseguindo as guerras anteriores, fomentando outras na Líbia e na Síria. No Iraque a pseudo retirada foi um fiasco. Obama os gastos militares atingiram em média 653,6 mil milhões de dólares ano, mais 18,7 mil milhões que George W Bush. As despesas da Rússia são 10% destas.
As forças militares dos EUA, estão presentes em 138 países, em comparação com 60 quando Obama tomou posse. Com Obama os EUA e aliados deitaram 100 000 bombas e mísseis, em sete países, contra os 70 000 em cinco países por Bush.
A utilização de drones aumentou 10 vezes, atingindo toda a espécie de alvos e vítimas civis. Foram recrutadas e treinadas forças mercenárias para combaterem na Líbia e Síria, e esquadrões da morte para abaterem no Iraque alvos políticos “incómodos”. O total de mortes infligidas desde o 11 de setembro, em guerras terá atingido 2 milhões de pessoas.
O bombardeamento norte-americano na nova campanha no Iraque e na Síria, desde 2014 é muito mais pesado que antes com 65 730 ataques de bombas e mísseis em 2,5 anos. O Iraque, golpeado com 74 000 bombas e mísseis, foi desde 2014 golpeado com 41 000, incluindo no atual cerco e bombardeio de Mossul.
A China e a Rússia encontram-se cercadas por centenas de bases militares dos EUA. Além disto, é evidente o apoio às agressões de Israel ao povo palestiniano e dos crimes da Arábia Saudita contra o povo do Iémen.
Obama nomeou para a CIA, chefias militares e governo conhecidos “falcões” como a secretária de Estado Hillary Clinton e a embaixadora na ONU Samantha Power. Tudo isto tem contudo uma coerência interna: a General Dynamics (grande fabricante de armamento pesado, submarinos, navios de guerra) financiou a carreira política de Barack Obama.
Entretanto permanecem presos em Guantánamo – os que ainda não foram enviados para prisões secretas em países aliados (ou vassalos). O relatório sobre o programa de tortura da CIA permanece secreto (apenas divulgado um resumo de 500 pág. de um texto de 6 700). 

24 de janeiro de 2017

Os farsantes


Em certas datas do ano , comentadores , partidos da direita e outros benfeitores costumam-se lembrar dos  " mais desfavorecidos !
O Natal é a data mais solene para estas declarações ou então quando sai alguma estatística a revelar nova nova concentração da riqueza . É preciso tomar medidas , costumam dizer nessa altura...Depois volta tudo à mesma . E quando é preciso tomar medidas como agora no caso do modesto aumento do salário mínimo , os Duques do Expresso , os Camilos Lourenços do Negócios e restante companhia , lá vem com os cálculos , mais do que discutíveis dos ganhos de produtividade e da perda de competitividade - esquecendo-se  sempre do Euro , dos custos energéticos , do relativo pouco peso dos salários na formação dos custos das empresas exportadoras embora tenham agora à disposição uma nova "Matriz - in put aout put " , para actualizar os cálculos !
A TSU é necessária , são precisas medidas compensatórias dizem. Chegam a falar das micro  empresas  que são empresas familiares... Vale tudo para que continue a concentração da riqueza e o definhamento do mercado interno causa principal das dificuldades das pequenas e médias empresas e principal obstáculo ao investimento referido nos inquéritos de opinião referido pelos empresários .
A economia é vista por estes merceeiros apenas pelo interesse das grandes empresas e designadamente as exportadoras que são as que sustentam  directa ou indirectamente-publicidade-a imprensa onde escrevem.
Mas eles sabem que se houvesse uma mera actualização , tendo em conta o índice de preços , desde 1974, o salário mínimo deveria estar acima dos 620 euros para não perder poder de compra , e sabem também que não têm dados fiáveis para fazerem esses cálculos sobre a evolução da produtividade aparente do trabalho desde essa data.
Sabem também que em 2016 o salário mínimo mensal em Portugal tendo em conta os subsídios  era em Portugal de 618 ,3 euros e em paridades de poder de compra de764,1. , quando , por exemplo ,era na Grécia respectivamente de 683,8 e de 819,9 e aqui na vizinha Espanha de 764,4 e de 847, 9 euros .
Depois fazem se espantados pela concentração da riqueza e declaram que a economia portuguesa não  pode assentar nos baixos salários . Farsantes


As mistificações de classe


PÚBLICA/PRIVADA
A propósito da CGD e do Novo Banco (NB) reacendeu-se a diatribe contra a “maldade” congénita da gestão pública versus a “bondade” intrínseca da gestão privada.
A gente percebe a coisa. Depois do desastre calamitoso da gestão privada da banca privada, da gestão privada de grandes empresas privadas há que defender a dama. Há que justificar, porquê, os conhecidos “contribuintes portugueses”, tiveram e têm de contribuir para esse peditório privado. E não foi apenas na banca. Os ditos processos especiais de revitalização (PER) estão cheios de prejuízos públicos! Naturalmente, continuando a diabolizar a gestão pública ou o que consideram ser gestão pública…para assim absolver a gestão privada.
Camilo Lourenço (CL), repete a tese de outros: o problema não foi da gestão privada, não senhor! Foi das privatizações terem sido feitas a portugueses sem dinheiro, que tiveram de se endividar para adquirir as empresas a privatizar! Ah se tivesse sido a “verdadeiros capitalistas, mesmo que estrangeiros”, “muito provavelmente”, outro galo cantaria! Há pai que é cego…então as que estavam na mão de estrangeiros como a PT? Então o que aconteceu por esse mundo fora, incluindo na Europa, a começar na Alemanha e acabar na Itália? E as que não tinham resultado de privatizações, como o BPN?  
Miguel Sousa Tavares (que se tivesse um pouquinho de pudor ficava pelo anticomunismo e não falaria destas coisas!), declara, que o Governo de Passos Coelho “deveria ter ajudado a salvar o banco”, isto é o BES, dando ordens à CGD para que “subscrevesse 700 mil” dos “dois mil milhões de recapitalização” tentada, já em desespero de causa, por Ricardo Salgado. E, face às propostas de “nacionalização” do NB, pergunta: “Onde é que a gestão pública provou ser alternativa – no Banif, na Caixa, no Novo Banco?”. Extraordinário! Então o Banif tinha uma gestão pública? E no NB, mesmo sem qualquer avaliação positiva da gestão nomeada pelo Governo PSD/CDS, o problema foi da gestão ou do enorme buraco herdado do BES?!
Esta gente recusa pensar o que poderá ser uma “gestão pública”! Para CL o problema é que se deixou que “a gestão de um banco público (CGD) obedecesse a critérios políticos”! Então quais são os critérios que devem presidir, vindos de uma tutela pública?! Critérios privados? O problema é que essa gestão, de pública só tem o nome, porque sucessivas administrações, sempre concretizaram uma gestão com critérios privados, exactamente idêntica às dos bancos privados, de onde aliás vinham os gestores que as compunham! Idêntica nas apostas bolsistas (Berardo/BCP) e imobiliárias (centros comerciais, Vale do Lobo, etc)! Idêntica nos fretes ao grande capital (La Seda, Pescanova, CIMPOR, etc). Idêntica nas aventuras da internacionalização (banca em Espanha e PPP em AE de Espanha e Grécia)! Idêntica na subestimação e desvalorização das PME e sectores produtivos nacionais! E é de facto notável, mas compreensível, que MST, que invectiva a gestão pública da CGD, quisesse que ela se enterrasse mais, fazendo outro enorme frete ao Grupo Espirito Santo!         

Mas, a CGD, apesar da má gestão, contribuiu para os cofres do Estado, entre 2004/2014 com 3,5 mil milhões de euros. É uma pequena, mas substancial diferença…entre gestão pública e privada!
Agostinho Lopes .

23 de janeiro de 2017

Os 100 anos da Revolução de Outubro vão ser comemorados na Rússia

A Rússia vai organizar uma série de eventos para comemorar o 100º aniversário da Revolução de Outubro. Para este efeito foi decidido pelo Presidente Putin que o Ministério da Cultura, o das Regiões, a Sociedade Histórica Russa criem uma comissão para preparar e realizar eventos dedicados aquela data. Foi também recomendado que as autoridades regionais e municipais, vários movimentos públicos e ONG participem na execução deste plano.

O líder do Comité do Senado para Defesa e Segurança, Viktor Ozerov, disse ser de esperar que franjas da oposição usem o 100º aniversário da Revolução de Outubro como um meio de propaganda para dividir a sociedade russa.

O que eles dizem

Na revista Expresso desta semana-21 de janeiro - Manuela Ferreira Leite afirma que " Estudos realizados  sobre a sustentabilidade da dívida em diferentes países têm constituído a prova mais evidente de que a dívida pública na maioria dos casos não é , na prática sustentável "
Manuela Ferreira Leite não fala em Portugal ,mas está implícito. 
Mas sendo assim fica-se à espera de Godot ? Não se toma nenhuma iniciativa ?

Outra opinião sobre o BREXIT

Theresa May et le Brexit

Madame Theresa May a donc annoncé son plan pour mettre en œuvre ce que l’on appelle le « Brexit », soit la séparation entre le Royaume-Uni et l’Union européenne. Elle a choisi, en définitive ce que l’on appelle la solution « dure » ou le « hard Brexit », c’est à dire la rupture avec le marché unique.

« Brexit means Brexit » : un divorce est un divorce

Cette option se comprend si l’on considère ce que le « marché unique » est devenu : tout à la fois un monstre de complexité, avec des réglementations de plus en plus tatillonnes mais aussi un instrument qui empêche les pays de l’Union européenne de défendre leurs propres intérêts. La délégation de pouvoir dont jouissent tant la Commission de Bruxelles que les diverses institutions européennes, dont il faut ici rappeler que aucunes n’est élues, conduisent à imposer des règles au-delà de ce qui peut s’avérer nécessaire pour l’économie d’un pays particulier. Le marché unique est ainsi devenu un rouleau compresseur qui prétend éliminer les différences entre des économies qui, pourtant, s’avèrent différentes. En fait, la marché unique a même entraîné un accroissement de ces divergences entre les économies de l’UE, ce que j’ai appelé, dans différents textes le processus « d’euro-divergence »[1].

22 de janeiro de 2017

Uma opinião sobre a economia de Trump


Que esperar De Trump ?
Uma economia protecionista favorável às grandes empresas americanas

« Le fascisme devrait plutôt être appelé corporatisme, puisqu’il s’agit en fait de l’intégration des pouvoirs de l’État et des pouvoirs du marché. » Benito Mussolini (1883-1945), politicien italien, journaliste et chef du Parti national fasciste. (Citation en anglais : Mats Erik Olshammar, Dragon Flame, 2008, p. 253; citation en français : « Benito Mussolini, Doctrine, Institutions, 1933.)
« Le fascisme vraiment dangereux est celui qui veut faire aux États-Unis de façon américaine ce que Hitler a fait en Allemagne de façon prussienne. Le fasciste américain préférerait éviter la violence. Il procède en empoisonnant les chaînes d’information au public. Le défi pour le fasciste n’est jamais de savoir comment présenter la vérité au public, mais plutôt comment exploiter le bulletin de nouvelles pour tromper le public et l’amener à accorder plus d’argent et de pouvoir au fasciste et à son groupe. » Henry A. Wallace (1888-1965), politicien américain, 33e vice-président des États-Unis, 1941-1945. (Citation en anglais : « The Danger of American Fascism », The New York Times, 9 avril 1944, et « Democracy Reborn », 1944, p. 259; citation en français : « Vivre sous le fascisme », Tribune libre unitarienne, vol. 7, no 2, 2011.)
« Le démagogue : celui qui prêche des doctrines qu’il sait être fausses à des gens qu’il sait être des idiots. » H. L. Mencken (1880-1956), journaliste et essayiste américain. (Citation en anglais : « Minority Report », 1956, p. 207; citation en français : Wikiliberal, démagogie.) 
« Avec toute la somme de travail qui l’attend, le Congrès doit-il vraiment considérer l’affaiblissement des pouvoirs du Défenseur indépendant de l’éthique, aussi injuste que cela puisse paraître, sa priorité numéro un? Concentrez-vous sur la réforme fiscale, le système de santé ou d’autres choses bien plus importantes! » Donald Trump (1946- ), le 3 janvier 2017, après que les républicains de la Chambre des représentants ont voté à 119 contre 74 en faveur du placement du Bureau d’éthique du Congrès indépendant sous le contrôle de la Chambre des représentants (nota : ils ont fait marche arrière à la suite de la critique de M. Trump).
*       *       *
Le candidat à la présidence Donald Trump a donné espoir à bien des Américains lorsqu’il a reproché à ses adversaires politiques leurs liens étroits avec Wall Street et, surtout, lorsqu’il a promis qu’il allait « assécher le marais » à Washington D.C. Il pourrait bien remplir cette dernière promesse, mais il devra composer avec les républicains de la Chambre pour ce qui est de cette question centrale. Le candidat Trump a suscité aussi bien des espoirs lorsqu’il a promis de mettre fin aux guerres coûteuses à l’étranger et de se concentrer plutôt sur la manière d’empêcher la délocalisation des emplois, de créer plus d’emplois pour la classe moyenne au pays et d’éviter que cette dernière s’amenuise encore plus aux USA.
Il ne fait aucun doute que le cabinet qu’il a assemblé est formé de personnes bien intentionnées et capables. Il est normal aussi qu’un nouveau président s’entoure de partisans loyaux et de gens avec qui il se sent à l’aise idéologiquement et personnellement. Soyons justes. Peu de progressistes et d’universitaires ont appuyé Donald Trump aux élections de novembre 2016. Cependant, du moins sur papier, on peut dire que le cabinet de Trump semble être plus à droite que lui-même ne l’est.
N’empêche que l’administration Trump sera probablement la plus favorable aux grandes sociétés et aux mieux nantis de l’histoire des USA. C’est quelque peu ironique, car pendant la campagne présidentielle de 2016, M. Trump dominait dans les villes pauvres et économiquement défavorisées, tandis que Mme Clinton comptait sur l’appui des villes et des comtés plus riches.
La vue d’ensemble qui semble se dessiner est celle d’un gouvernement des USA qui convient à un complexe industriel, financier et militaire replié sur soi, formé en grande partie de milliardaires et de financiers de Wall Street (Ross, Mnuchin, Cohn, Clayton, etc.), de va‑t‑en‑guerre notoires (Mattis, Flynn, etc.) et de sionistes avérés (Bolton, Friedman, Greenblatt, etc.). Il s’agit toutefois d’un gouvernement corporatiste hostile aux grandes multinationales américaines (GM, Coca-Cola, etc.), à la réglementation économique et à la mondialisation de l’économie en général.
Compte tenu de sa composition, il y a une réelle possibilité que l’arrivée de l’administration Trump, qui privilégie le marché intérieur, marque le début d’une nouvelle ère des barons voleurs se caractérisant par un capitalisme de laissez-faire à l’intérieur des USA, quelque peu similaire à celle qui a conduit, en réaction, à l’adoption de la Sherman Anti-Trust Act en 1890. Si c’est le cas, l’histoire pourrait se répéter. Seul l’avenir le dira.

21 de janeiro de 2017

Os projectos económicos de Trump

        Uma opinião :

Les projets économiques du Président Trump

Ce vendredi 20 janvier, M. Donald Trump est donc entré en fonction comme 45ème Président des Etats-Unis. Il a prononcé un discours d’investiture qui était très attendu pour les différentes précisions qu’il devait apporter sur son programme. Au-delà des manifestations tant de joie que de colère que cette inauguration du nouveau Président a immanquablement provoquer, un certain nombre d’interrogations se pose. Dès avant son investiture, Donald Trump a commencé à dévoiler son programme économique. En choisissant d’inciter certaines entreprises, en particulier dans le secteur automobile, à revenir sur le territoire des Etats-Unis, il a donné une première image de ce que pourrait être sa présidence. Il a bien montré quels seront ses futurs adversaires, les grandes puissances mercantilistes comme la Chine ou l’Allemagne, mais aussi – dans une moindre mesure – le Mexique et le Canada.
La question des réductions fiscales
Il s’est engagé tant sur des réductions d’impôts que sur un programme de relance budgétaire. De ce point de vue, son programme économique apparaît peu différent de celui de Ronald Reagan quand il fut élu en 1980. Mais, la situation économique des Etats-Unis n’est plus celle des années 1980. Une extrapolation du « reaganisme » n’est donc pas possible. La structure fiscale des Etats-Unis est aujourd’hui extraordinairement inégalitaire. Les plus riches, ceux que l’on appelle les « 1% » de la population, concentrent aujourd’hui encore une grande partie des la richesse, qu’elle soit produite ou accumulée, et concentrent aussi une part décisive des exemptions fiscales. L’enjeu du programme de Donald Trump est donc clair. Si Donald Trump se décidait en faveur d’exemptions favorisant la classe moyenne, ce serait, pour le coup, une véritable révolution. Les différents projets sur lesquels il a communiqué, et en particulier la taxe sur le chiffre d’affaires produits aux Etats-Unis, dans un pays qui ne connaît pas la TVA, pourraient changer significativement la situation fiscale.

18 de janeiro de 2017

A PM britânica defende e define o Brexit

O Brexit é apenas uma inevitabilidade decorrente de razões que vêm do seu passado: desde há séculos os britânicos não permitem que uma potência se torne absolutamente hegemónica na Europa. As declarações da PM Theresa May, foram duras de ouvir pela burocracia que gere a UE – a mais radical estrutura neoliberal a nível mundial. Como não gostaram de ouvir, os media trataram de escamotear ou distorcer.
Disse TM que o resultado do referendo não foi uma decisão de retirar-se do mundo, porque a história e a cultura na Grã-Bretanha é profundamente internacionalista, com amigos íntimos e familiares em todo o mundo.
Os britânicos esperam que o governo que lhes preste contas muito diretamente e instituições supranacionais tão fortes como as criadas pela UE são inquietantes em relação à sua história, sua política, seu modo de vida.
A GB sai da UE, mas não da Europa. A GB independente, autónoma, global procura uma parceria nova e igual entre e os nossos amigos e aliados na UE. A GB vai deixar a UE sem procurar conservar pedaços de adesão. Fará a negociação certa para a GB: numa negociação dá-se e recebe-se fazendo compromissos. Assim segundo TM:
- O corpo de legislação comunitária será mantido. Porém, o Parlamento britânico poderá decidir sobre alterações após exame e debate parlamentar. O acordo final com a UE será objeto de votação em ambas Câmaras, antes de entrar em vigor.
- Construir uma GB mais forte, significa tomar o controle de nossos próprios assuntos. Retomar o controlo sobre as nossas leis e pôr fim à jurisdição do Tribunal Europeu de Justiça: as leis serão interpretadas pelos juízes e tribunais da GB e não no Luxemburgo.
- Iremos controlar o número de pessoas provenientes da UE para a Grã-Bretanha.
- A GB não pretende estar no Mercado Único, o que significaria aceitar as suas regras sem ter voto nas mesmas. Em vez disso, procurará um novo acordo de comércio livre com a UE.
- A GB continuará a cooperar com os parceiros europeus em áreas importantes tais como a criminalidade, terrorismo e relações exteriores. Isto não quer dizer que fique de alguma forma com estatuto transitório ou presos para sempre em algum tipo de purgatório político.
- Se a GB fosse excluída do acesso ao Mercado Único estaria livre para alterar a base do seu modelo econômico.
A PM por fim cita o valor dos investimentos e das exportações da UE para a GB. Criar barreiras à GB só para a punir.  poria em risco milhões de pessoas em toda a UE, tornando-os mais pobres.
“Uma das razões que a democracia da Grã-Bretanha tem sido um sucesso durante tantos anos é a força da nossa identidade como  nação, o respeito que mostramos uns aos outros como concidadãos.A importância que atribuímos às nossas instituições significa que quando é realizada uma votação, todos respeitamos o resultado”.
Ora aqui está algo que a ditadura da UE se recusa a aceitar: que o voto popular possa contrariar os seus desígnios, as suas “recomendações” e “advertências”.

15 de janeiro de 2017

Argumento idelógico contra interesse do País

 Passos Coelho esta tarde na Covilhã afirmou estar contra a nacionalização do novo Banco.
Com que argumento ? O país já tem um banco Público não precisa de mais . Grande explicação !
Para Passos é preferível vender o Banco ao desbarato ou vende-lo aos bocados , com graves consequências para a economia nacional e para os contribuintes do que encarar a perspectiva da nacionalização . 
O único argumento apresentado : argumento ideológico .
Um dos principais responsáveis pelo pela solução dada ao BES e ao novo Banco continua a colocar à frente dos interesses do país , os interesses de grupo partidário e de classe .


13 de janeiro de 2017

Sobre o NOVO BANCO

Deixou-se chegar o Novo Banco (banco limpo) a um estado tal que mesmo a direita é obrigada a dizer que todas as soluções têm custos elevados e o PS, pela voz de João Galamba, a descrever a nacionalização como a opção "que menos penaliza os contribuintes".


A primeira questão a levantar é: porque é que se deixou chegar o Novo Banco a essa situação? O regulador, o ex-primeiro-Ministro, a ex-Ministra das Finanças e o vendedor encartado pelo Banco de Portugal, Sérgio Monteiro, não são responsáveis? E as responsabilidades são só políticas? Passos e Portas são inimputáveis .O regulador não tem vergonha? Não se demite? Quem se deve estar a rir é Vítor Bento!


A segunda questão é que o caso do Novo Banco é mais um exemplo claro, e que exemplo, que evidencia:


a) o esbulho feito ao património público com as privatizações e a elevadíssima perda de valor que se tem verificado para o País;


b) o mito da superioridade da gestão privada;


c) que a banca comercial que cria moeda - bem público - nas mãos dos privados serve sobretudo os interesses dos seus, do seu grupo, e só por coincidência a economia e o interessa nacional;


d) a forte campanha dissimulada pela banca concorrente no sentido de a solução vir a ser a da liquidação.


A terceira questão para chamar a atenção do que, como a RTP, afirmam que Bruxelas não aceitará a nacionalização, citando fonte anónima - ao que se chegou - ou aos sofistas que afirmam que o caso do Monte de Paschi é diferente, que seria bom que fossem mais sérios e objectivos. O BCE já depois de estar em vigor o "bail in" deixou que o Monte de Paschi fosse capitalizado com substanciais dinheiros públicos e de forma pouco decorosa baixou há pouco o rácio de solvabilidade do Deutshe Bank para lhe permitir distribuir dividendos aos accionistas e bónus aos gestores.


Em relação a Bruxelas, o que é necessário é que o governo e, em particular, Centeno, tenham firmeza e conjuguem a pressão política dos diversos órgãos de soberania.

Por último, dizer aos que defendem a nacionalização e, em particular ao PS, que aqui chegados "a nacionalização é, de facto, a solução que menos penaliza os contribuintes" desde que esta não seja para nacionalizar os prejuízos para depois privatizar os lucros. Olhem para os lucros e dividendos que todos os anos saem para o estrangeiro. Se nunca fizeram as contas, talvez seja a altura de as fazerem.
Depoimento para o "I"
Carlos Carvalhas.

RUI RIO

Rui rio disse que defendia a nacionalização temporária do " Novo Banco " .  Só temporária!
Nacionalizar definitivamente cruzes canhoto !
Temporária para depois privatizar os lucros ....
Mas o temporário  pode ser definitivo  tal como o definitivo pode ser temporário. Depende da correlação de forças.
Rui rio também se espanta pelo facto de não ter sido ainda deduzida nenhuma acusação !
Rui rio não saberá que em todos estes escândalos bancários os implicados são figuras gradas do PSD , do Cavaquismo , do bloco central das negociatas ?  "Too PSD to Jail "

Sobre o NOVO BANCO

Depoiamento para o "I":

" Deixou-se chegar o Novo Banco (banco dito limpo) a um estado tal que mesmo a direita é obrigada a dizer que todas as soluções têm custos elevados e o PS, pela voz de João Galamba, a descrever a nacionalização como a opção "que menos penaliza os contribuintes".

A primeira questão a levantar é: porque é que se deixou chegar o Novo Banco a essa situação? O regulador, o ex-primeiro-Ministro, a ex-Ministra das Finanças e o vendedor encartado pelo Banco de Portugal, Sérgio Monteiro, não são responsáveis? E as responsabilidades são só políticas? Passos e Portas são inimputáveis ? O regulador não tem vergonha? Não se demite? Quem se deve estar a rir é Vitor Bento!

A segunda questão é que o caso do Novo Banco é mais um exemplo claro, e que exemplo, que evidencia:

a) o esbulho feito ao património público com as privatizações e a elevadíssima perda de valor que se tem verificado para o País;

b) o mito da superioridade da gestão privada;

c) que a banca comercial que cria moeda - bem público - nas mãos dos privados serve sobretudo os interesses dos seus, do seu grupo, e só por coincidência a economia e o interessa nacional;

d) a forte campanha dissimulada pela banca concorrente no sentido de a solução vir a ser a da liquidação.

A terceira questão para chamar a atenção do que, como a RTP, afirmam que Bruxelas não aceitará a nacionalização, citando fonte anónima - ao que se chegou - ou aos sofistas que afirmam que o caso do Monte de Paschi é diferente, que seria bom que fossem mais sérios e objectivos. O BCE já depois de estar em vigor o "bail in" deixou que o Monte de Paschi fosse capitalizado com substanciais dinheiros públicos e de forma pouco decorosa baixou há pouco o rácio de solvabilidade do Deutshe Bank para lhe permitir distribuir dividendos aos accionistas e bónus aos gestores.

Em relação a Bruxelas, o que é necessário é que o governo e, em particular, Centeno, tenham firmeza e conjuguem a pressão política dos diversos órgãos de soberania.

Por último, dizer aos que defendem a nacionalização e, em particular ao PS, que aqui chegados "a nacionalização é, de facto, a solução que menos penaliza os contribuintes" desde que esta não seja para nacionalizar os prejuízos para depois privatizar os lucros. Olhem para os lucros e dividendos que todos os anos saiem para o estrangeiro. Se nunca fizeram as contas, talvez seja a altura de as fazerem." Carlos Carvalhas

PS e Bloco enfiam o barrete

Ontem na Assembleia da Republica no debate sobre o "Novo Banco " tanto o PSD como o CDS não só fugiram como bons camaleões a assumirem as suas responsabilidades pelo estado a que chegou o ex BES como , sabendo que a melhor defesa é o ataque , acusaram o PS e o Bloco de com a nacionalização irem repetir a desgraça do BPN.
 E sobre isto o PS e o Bloco ficaram calados , enfiaram o barrete não lhes perguntando qual foi a atitude e a votação do PSD e do CDS no caso BPN , se não foram eles os maiores defensores da nacionalização como se pode ler nas actas da A.R. e nos artigos de opinião publicados na época 
Defenderam a nacionalização e votaram a favor. Quem esteve contra foi o PCP .
Com esta habilidade , PSD e CDS sabendo que a nacionalização tem custos para o contribuinte , prepara-se para amanhã  imputar a responsabilidade desses custos , no caso da nacionalização se verificar  , ao PS , PCP e Bloco , como se todas as soluções não tivessem custos e como se eles não fossem os maiores responsáveis pela situação a que se chegou.
 Se o sistema de justiça não fosse uma justiça de classe   esses senhores e regulador estariam a contas com a justiça !
Também curiosamente PSD e CDS não disseram se eram a favor da venda  ao fundo abutre tal como preconiza o Sérgio Monteiro , o ex- braço direito e esquerdo da Maria Luis para as privatizações

12 de janeiro de 2017

O Moralista Sousa Tavares

Ele há compadres e enteados?
Na sua página de opinião do Expresso semanal do dia 7 de Janeiro o jornalista Miguel Sousa Tavares dois anos e meio depois da queda do Grupo Espírito Santo (GES) e do seu Banco, vem procurar vender a ideia de que “ o Banco Espírito Santo (BES) era um bom Banco, o melhor a trabalhar com as empresas e o mais conceituado lá fora, que foi contaminado pela sua promíscua e ruinosa relação com o Grupo BES”.  
O tal bom Banco, vá lá saber-se porquê digo eu, de acordo com Miguel Sousa Tavares “ precisava na altura de dois mil milhões de euros de recapitalização e pediu que a Caixa subscrevesse 700 mil para que isso funcionasse como factor de confiança, para o mercado subscrever o restante”. Uns trocos apenas, aplicados numa boa causa e que fariam com que certamente o jornalista deixa-se de destilar tanto ódio em relação ao banco público.
Tirando o enorme lapso, que para Miguel Sousa Tavares é certamente uma coisa menor, de se confundir 700 mil euros com 700 milhões de euros, que foi efectivamente o pedido de subscrição do empréstimo obrigacionista feito à Caixa Geral de Depósitos, uma coisa de somenos importância para um escriba desta qualidade (de 700 mil para 700 milhões basta multiplicar por mil), o que é ainda espantoso neste pequeno naco de prosa, é a ideia que se pretende cimentar de que o BES era um bom Banco, o melhor a trabalhar com as empresas e o mais conceituado lá fora.
É espantoso como depois de todas as falcatruas que já foram conhecidas realizadas por Ricardo Salgado e pelos diversos elementos da sua equipa no Grupo e no Banco, alguém como Miguel Sousa Tavares procure ainda proceder à lavagem da sua imagem. Um Banco que revelou práticas ilegais de utilização de paraísos fiscais para fugas aos impostos e pagamentos não declarados, financiamentos indevidos intragrupo e de familiares, concessão de crédito sem avaliação de risco, circularização de dívida e capital, falsificação de activos e passivos, manipulação de produtos financeiros, imparidades injustificadas. Um Banco que literalmente enganou milhares de depositantes vendendo-lhes gato por lebre e fazendo com milhares de portugueses vissem espumar-se num ápice as poupanças de uma vida e procurem agora na justiça reaver parte delas.
Com todas estas evidências, procurei afincadamente encontrar as justificações para esta visão tão cor-de-rosa do Banco Espírito Santo e do seu leader incontestado, eis senão quando me lembrei que da mesma forma que o aforismo popular diz que “não pode haver filhos e enteados”, também neste caso com Miguel Sousa Tavares e Ricardo Salgado se pode dizer que “compadres não podem ser enteados”.
CAE, 11 de Janeiro de 2017

José Alberto Lourenço (CAE)

11 de janeiro de 2017

Um pensamento denso e profundo


Daniel Bessa na sua coluna , no ultimo Expresso , afirma :"Portugal cresceu razoavelmente nos 15 anos que antecederam o final do secXX  E não cresceu mais , cansou-se , talvez por ter crescido mal ; ou o mundo mudou e nós não nos adaptámos "
Será que não lhe ocorreu que foi precisamente em 2000 que entrámos para a moeda única que começou a circular em pleno a partir de 2002 ? O tal milagroso Euro que nos iria pôr a salvo da especulação sobre o financiamento da nossa economia ...Guterres , Vítor Constâncio , Daniel Bessa ...dixit
Mas houve quem dissesse que não , que eram "ilusões e fantasias "
Quem tinha razão ? A prova dos nove está feita...
C. Carvalhas

10 de janeiro de 2017

Direitos Humanos em Cuba e nos EUA (2)

Cuba é constantemente estigmatizada sobre a questão dos direitos humanos, porém uma comparação dos relatos da Amnistia Internacional pulveriza a narrativa dos media..
A população prisional atinge nos EUA 2, 2 milhões de pessoas, mais de 80.000 mantidos em condições de privação física e exclusão social, segundo a AI. Em 2015 foram executadas 28 pessoas, incluindo um homem de 74 anos e uma mulher; 3 000 pessoas "estavam em situação de condenadas à  morte." Um deficiente mental, Warren Hill, foi também executado – o que torna a sua execução anticonstitucional.
Em Cuba a AI não relata, designadamente, casos de violação dos direitos dos refugiados e migrantes (França, EUA), tratamento desumano (França, EUA), atos de violência e maus-tratos cometidos por forças de segurança (França, EUA), discriminação contra minorias (França, EUA), discriminação contra transgéneros (França, EUA) impunidade para autoridades responsáveis por crimes (EUA), desaparecimento forçado (Estados Unidos), tortura e outros maus-tratos cruéis, desumanos e degradantes (EUA), brutalidade policial (EUA), homicídios cometidos pelas forças da ordem (EUA), pessoas privadas de alimentos, água potável e assistência médica (EUA) violação repetida dos direitos das mulheres de minorias e privação de serviços básicos (EUA), ataques contra o direito das mulheres de dispor livremente do seu corpo (EUA), prisioneiros em condições de privação física e exclusão social, (EUA).
À luz desta comparação, é difícil para os EUA (ou a França, diz Serge Lamrani) atuarem como promotores de justiça sobre questões de direitos humanos em Cuba. A comparação dos diferentes relatórios da AI mostra que Cuba tem um currículo bem melhor que o seu principal detrator, os EUA. Nem a França, nem os Estados Unidos, têm autoridade moral para se erigirem em juízes.
É importante lembrar que os relatórios da AI não abordam questões econômicas e sociais, direitos humanos fundamentais - tais como o acesso à comida, habitação, segurança, educação, saúde, cultura, desporto, lazer, áreas em que Cuba se destaca em todas as organizações das Nações Unidas relativamente ao seu sistema de proteção social, como o exemplo a seguir. Por exemplo, de acordo com a UNICEF, Cuba é o único país da América Latina e do Terceiro Mundo que conseguiu erradicar a desnutrição infantil. Isto apesar do criminoso boicote e sanções de que é vítima.
Os relatórios da AI contradizem o discurso ocidental sobre Cuba, que fornecem informação parcial, tendenciosa e sem qualquer perspetiva da situação cubana com o resto do mundo, os media ao invés de informar o público, induzem em erro, através da construção de uma imagem de Cuba que não coincide com a realidade.
Nota: Como dissemos na primeira parte: “Este texto é dedicado ao BE grande defensor dos direitos humanos – mas só nos países (os “regimes”) visados pela NATO, CIA e congéneres…”

 

A resposta aos pesadelos de um Ex- Candidato à Presidência da República

Carlos Carvalhas, no Público de 20 de Dezembro sob o título " O directório de uma só potência" escreveu um artigo de opinião sobre a Dívida e o Euro, os seus impactos no longo período de recessão e estagnação que vivemos desde 2002 e sobre a necessidade da nossa saída do Euro, referindo mesmo que a dissolução negociada do Euro seria a melhor solução para a Europa e Portugal.
Henrique Neto, actual "Consultor em Inteligência Estratégica",  candidato à Presidência da República nas últimas eleições Presidênciais e ex-Empresário da Industrria de Moldes não gostou e respondeu, fazendo Jus à sua actual condição, num outro artigo de opinião no Público de 28 de Dezembro.
Carlos Carvalhas, novamente no Público de 3 de Janeiro mostrou alguma compreensão em relação às preocupações mostradas por Henrique Neto e fez um enorme esforço para o tranquilizar.
Finalmente no blogue "Ladrões de Bicicletas" João Rodrigues coloca os pontos nos ii sobre este assunto.

7 de janeiro de 2017

Direitos Humanos em Cuba e nos EUA (I)

Agora que “bons espíritos” se inquietaram por o PR (como é da praxe) ter enviado saudação pelo Dia Nacional de Cuba vale a pena falar dos direitos humanos. Mas este texto é também dedicado ao BE grande defensor dos direitos humanos – mas só nos países (os “regimes”) visados pela NATO, CIA, etc.
Cuba tem sido sistematicamente acusada de perpetrar violações maciças dos direitos fundamentais de seus concidadãos. As acusações nunca são confirmadas (1) e o ponto de vista das autoridades cubanas é simplesmente ignorado. A Amnistia Internacional publica anualmente um relatório sobre os direitos humanos a nível mundial. Serge Lamrani fez a comparação entre o que o Relatório afirma sobre Cuba e sobre os EUA (2)
Relativamente a Cuba a AI afirma que “as liberdades de expressão, associação e circulação continuam a estar sujeitas a restrições draconianas" "vários milhares de casos de assédio contra críticos do regime, detenções e prisões arbitrárias foram relatadas". Apontam-se que "defensores dos direitos humanos e jornalistas" sofrem "detenção de curto prazo" até "nove horas". No ano de 2015 são referidas 8.600 pessoas, com base nos dados da “Comissão cubana de direitos humanos e reconciliação nacional”. Por exemplo foram presos "três ativistas que tentaram abordar o Papa para falar sobre direitos humanos".
A AI denuncia designadamente que os opositores sofrem “atos de repúdio” (manifestações alegadamente organizadas pelos apoiantes do "regime"), que a justiça não é independente, que as autoridades controlam a internet.
Porém a AI não assinala nenhum caso de violência física por parte das autoridades contra os adversários ou cidadãos, ou de casos de maus-tratos, tortura, desaparecimento, ou homicídio cometido pelas forças de segurança e não enumera nenhum preso político.
Quanto aos EUA, que ditam ao mundo o que é e não é democracia a AI denuncia a impunidade das autoridades: nenhuma medida foi tomada para acabar com a impunidade dos responsáveis por violações sistemáticas dos direitos humanos cometidas sob o programa de detenções secretas da CIA, "a maioria, ou mesmo todos esses prisioneiros foram submetidos a condições de desaparecimento e detenção forçadas ou métodos de interrogatório que violaram a proibição da tortura e outros tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes".
Persistem detenções arbitrárias e em "Guantánamo prisioneiros ainda estão privados de seus direitos fundamentais. "No final do ano, 107 homens estavam detidos em Guantánamo; a maioria ser ter tido acusação ou julgamento”. Há centenas de homicídios cometidos pelas polícias. Terão sido mortas “entre 458 e mais de 1 000 pessoas” em 2015. Esta avaliação resulta de limitações de acesso aos dados.
A AI condena violências contra emigrantes, designadamente contra mais de 35 000 crianças. Muitas famílias "foram detidas em instalações onde foram privadas de comida e água potável, não tinham acesso a advogado ou cuidados médicos eventualmente exigidos por seu estado".
Nas prisões as minorias sexuais são sujeitas a sevícias; os Ameríndios e Afroamericanos estão em muitos casos privados de cuidados básicos de saúde, etc. (a concluir)

5 de janeiro de 2017

Grande manif

O preço dos combustíveis  em Portugal provocou fortes protestos de uma multidão , numa bomba de gasolina .
Segundo o Público de hoje a dirigente do CDS chamou a comunicação social a uma bomba de gasolina para exigir o fim do adicional sobre os combustíveis . Na fotografia vê-se Cristas sozinha com a sua mala Luís Viton ao lado do seu carro topo de gama  e com cara séria ! 
Para completar a foto  só lhe faltou levar o relógio de Cuco do Paulo Portas , o tal que assinalou a reconquista da nossa independência .
O ridículo não mata os demagogos , nem as tias de Cascais ...

Citação

No DN de hoje um comentador encartado escreve sobre factores de crescimento  e avança com esta luminosa sentença 
" (...)  Não dispomos de legislação laboral flexível e competitiva "
Daniel Proença de Carvalho

Uma nova esperança

Os que espumaram de raiva por a DBRS não ter baixado o rating a Portugal  estão com uma nova esperança : que o BCE mude as suas políticas de " medidas não convencionais
No "Negócios de hoje " com o título : " A "Geringonça " resiste a um abanão externo ? " , um comentador escrevia eufórico : " ...do nada as taxas de juro deram um salto , encostando nos 3,9 %.
Tudo por que a inflação alemã chegou a 1,7 % ( esperava-se 1,4 ) renovando o receio de um travão à política do BCE ".
 Grandes patriotas.!

4 de janeiro de 2017

Obama

(...) Cachée dans les plis de l’autorisation de la dépense militaire 2017, signée par le président, se trouve la loi pour « contrecarrer la désinformation et propagande étrangères », attribuées en particulier à Russie et Chine, laquelle confère d’ultérieurs pouvoirs à la tentaculaire communauté de renseignement, formée de 17 agences fédérales. Grâce aussi à une allocation de 19 milliards de dollars pour la « cyber-sécurité », elles peuvent faire taire n’importe quelle source de « fausses nouvelles », sur jugement incontestable d’un « Centre » ad hoc, assisté par des analystes, journalistes et autres « experts » recrutés à l’étranger. Ainsi devient réalité l’orwellien « Ministère de la Vérité » qui, préannonce le président du parlement européen Martin Shultz, devrait être aussi institué par l’Ue.
Sortent aussi potentialisées par l’administration Obama les forces spéciales, qui ont étendu leurs opérations secrètes de 75 pays en 2010 à 135 en 2015.
Dans ses actes conclusifs l’administration Obama a rappelé le 15 décembre son soutien à Kiev, dont elle arme et entraîne les forces, bataillons néo-nazis compris, pour combattre les Russes d’Ukraine.
Et le 20 décembre, en fonction anti-russe, le Pentagone a décidé la fourniture à la Pologne de missiles de croisière à longue portée, avec capacités pénétrantes anti-bunker, armables aussi de têtes nucléaires.
Du démocrate Barack Obama, Prix Nobel de la paix, reste à la postérité l’ultime message sur l’Etat de l’Union :
« L’Amérique est la plus forte nation sur la Terre. Nous dépensons pour le militaire plus que ne dépensent ensemble les huit nations suivantes. Nos troupes constituent la meilleure force combattante dans l’histoire du monde ».
 Manlio Dinucci
 Il Manifesto