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31 de julho de 2021

Bolsonaro e o seu apoio à extrema direita europeia e mundial

 

Lutz Graf von Krosigk en el muelle en 1949 en Nuremberg. 
Condenado a 10 años de prisión, se le concedió una amnistía y fue puesto en libertad en 1951. 
Foto: Robert Kempner (Museo del Holocausto de EE. UU.)

Sem ser comunicado por nenhum canal oficial da agenda presidencial, o Bolsonaro recebeu von Storch em reunião que foi divulgada após a deputada da Alternativa por Alemanha (AfD), partido de extrema direita alemão, divulgar o encontro em suas redes sociais. .

A congressista disse estar "impressionada" com Bolsonaro e conversou com ele sobre a situação nos dois países. Publicando o encontro com o presidente brasileiro, von Storch criticou o movimento anti-racista Black Lives Matter e LGBTIQ e disse que o Brasil poderia ser um "parceiro estratégico" da Alemanha

¿Quién es Beatrix von Storch?

Neta de Lutz Graf von Krosigk, ministro das finanças no governo de Adolf Hitler, e Nikolaus von Oldenburg, membro do Partido Nazista e SA (força paramilitar de Hitler), von Storch é formada em direito e trabalhou no campo antes de ingressar na política partidária. Também fez parte da Friedrich A. von Hayek Society da Alemanha, grupo que defende as ideias do economista que foi um dos precursores do neoliberalismo.

“O Brasil é a ponta de lança da articulação da extrema direita internacional. Não é a Hungria, dado o peso que o país tem no mundo, por ser um país europeu da periferia, um país sem a importância geopolítica do Brasil ”, analisa o professor da UFABC.

Maringoni acredita que o encontro expôs o papel do presidente na geopolítica mundial. “O Bolsonaro passa a ser o principal articulador da extrema direita mundial. Não existe outro chefe de Estado, em nenhum outro país do mundo, em que a extrema direita tenha o peso que tem no Brasil ”, afirma o professor da UFABC.

Israel é um Estado das direitas , com cada vez mais tendências fascistas

Lembrar que Israel sempre votou a favor do Apartheid e contra o levantamento do bloqueio a Cuba


Thomas Vescovi é um investigador independente em história contemporânea. Ele acaba de publicar, na editora La Découverte, L'échec d'une utopie: une histoire des gauches en Israel (O fracasso de uma utopia: uma história da esquerda em Israel). Falamos com ele sobre a situação política em Israel. Esta conversa ocorreu antes da nova e violenta agressão colonial contra os palestinos.

 No título do meu livro, quando digo "o fracasso de uma utopia", é porque, sem fazer um juízo de valor, suponho que as pessoas acreditavam sinceramente que seriam capazes de formar um estado para os judeus com base, digamos,de esquerda. E no livro seguimos a trajetória desse projeto e tentamos entender como, ao longo da história, as coisas se desviaram e tomaram um rumo completamente diferente do que alguns pensaram e que  alguns haviam originalmente imaginado. E acontece que esse projeto sionista de esquerda, que tinha uma vocação emancipatória para os judeus vítimas do anti-semitismo, era, no entanto, um projeto fundamentalmente colonial. 

Jerusalém é um caso exemplar. É um local onde a colonização continua, e é cada vez mais, contestada. Hoje, ainda temos quase 40% de palestinos na aglomeração de Jerusalém, área em que a colonização é muito violenta, com despejos, desapropriações, etc. E porque essa presença palestina ainda está lá, vemos o desenvolvimento de grupos de extrema direita que agitam, atacam o povo palestino, etc. Eles enfrentam uma população que fica lá, que não quer ir embora e que também luta pelos seus direitos...

Existe algum futuro para uma esquerda não sionista em Israel sem os palestinos de Israel?

Eu ainda iria mais longe, dizendo que não há futuro para a esquerda em Israel em sua pluralidade se ela não se voltar mais para os palestinos de Israel. Se voltarmos um ano, durante as eleições legislativas de março de 2020, a Lista Unificada que reunia os palestinos de Israel era a expressão de uma nova estratégia: essa lista, liderada pelo comunista Ayman Odeh, tentava explicar à população palestina Israel que a estratégia do passado de participar da política se declarar anti-sionista e rejeitar qualquer negociação governamental com a esquerda, inclusive a sionista, havia sido superada, não havia trazido nada, e que por isso era importante considerar que a esquerda sendo uma minoria israelense judia progressista, era possível contemplar alianças com ela; embora com condições a serem definidas e com um programa claro. Acontece que essa estratégia, independentemente do que você pense, subestimou um fator essencial: dentro da própria centro-esquerda israelense, onde você se declara sionista, as contradições são muito fortes quando se trata de aliar-se aos palestinos.

https://vientosur.info/entrevista-a-thomas-vescovi-israel-es-un-estado-de-derechas-con-cada-vez-mas-tendencias-fascistas/


Por que é que a Alemanha venceu e a Itália perdeu

 A Chanceler alemã Merkel – escreve Alberto Negri (il manifesto, 23 de Julho) – resistiu à pressão de três administrações norte-americanas – Obama, Trump e Biden – para que cancelasse o North Stream 2, o gasoduto que flanqueia o North Stream inaugurado há dez anos, duplicando o fornecimento de gás russo à Alemanha.

Em vez disso, “o South Stream, o gasoduto Eni-Gazprom, fracassou”. 

Conclui correctamente Negri , que Merkel “ganhou a partida que nós perdemos”. Surge então imediamente a pergunta: Porque é que a Alemanha ganhou e a Itália perdeu?

O título do Washington Post é significativo: “Os EUA e a Alemanha chegam a um acordo sobre gasoduto russo, pondo fim ao conflito entre aliados”. O acordo, assinado pelo Presidente Biden com a Chanceler Merkel, foi e é fortemente oposto por um grupo bipartidário no Congresso, liderado pelo Senador Republicano J. Risch, que propõe uma lei contra o “perigoso projecto russo”.

Portanto, o acordo é, de facto, uma “trégua” (como o define Negri). Foi a razão pela qual a Administração Biden decidiu pôr fim à “discórdia” que azedava as relações com a Alemanha, um importante aliado da NATO. No entanto, a Alemanha teve de pagar “dividendos” ao patrão USA, comprometendo-se – tal como solicitado pela Secretária de Estado, Victoria Nuland – a “proteger a Ucrânia” (de facto, já parte da NATO) com um fundo de investimento de um bilião  de dólares para compensá-la pela redução de receitas, dado que os gasodutos gémeos North Stream passam através do Mar Báltico, contornando o seu território. Como contrapartida, a Alemanha tem, pelo menos por agora, permissão USA para importar 55 biliões de metros cúbicos/ano de gás natural da Rússia.

O gasoduto é gerido pelo consórcio internacional Nord Stream AG, constituído por cinco empresas: Gazprom da Rússia, Wintershall e Pegi/E.On da Alemanha, Nederland’s Gasunie dos Países Baixos e Engie da França. A Alemanha tornou-se assim o centro de energia para a distribuição do gás russo através da rede europeia.

A Itália poderia ter desempenhado o mesmo papel com o gasoduto South Stream. O projecto nasceu em 2006, durante o governo Prodi II, com um acordo entre a Eni e a Gazprom. O gasoduto atravessaria o Mar Negro (em águas territoriais russas, búlgaras e turcas) e continuaria por terra através da Bulgária, Sérvia, Hungria, Eslovénia e Itália até Tarvisio (Udine). A partir daí, o gás seria distribuído através da rede europeia.

A construção do gasoduto começou em 2012. Em Março de 2014, Saipem (Eni) adjudicava um contrato inicial de 2 biliões de euros para a construção da secção submarina. Mas, entretanto, quando o putsch da Praça Maidan precipitava a crise ucraniana, a Administração Obama, em concertação com a Comissão Europeia, moveu-se para afundar o South Stream. Em Junho de 2014, chegava a Sófia uma delegação do Senado dos EUA, chefiada por John McCain, e transmitiu as ordens de Washington ao governo búlgaro. Este último anunciou imediatamente o bloqueio dos trabalhos do South Stream, no qual a Gazprom já tinha investido 4,5 biliões de dólares. Desta forma, a Itália perdeu não só contratos no valor de biliões de euros, mas também a possibilidade de ter no seu território o centro de distribuição do gás russo na Europa, o que teria gerado receitas significativas e o aumento de postos de trabalho.

Porque é que a Itália perdeu tudo isto? Porque o governo Renzi (em funções de 2014 a 2016) e o Parlamento aceitaram de cabeça baixa, a imposição de Washington.

A Alemanha de Merkel, pelo contrário, opôs-se a essa exigência. Iniciou-se, então, a “discussão entre aliados” que forçou Washington a aceitar a duplicação do North Stream, mantendo ao mesmo tempo a pretensão USA de decidir de que países a Europa pode ou não pode importar gás natural. Será que um governo italiano ousaria abrir hostilidades com Washington para defender os nossos interesses nacionais? O facto é que a Itália perdeu não só o gasoduto, como também abdicou da sua soberania.

Manlio Dinucci


Terceira dose de vacina

 


30 de julho de 2021

Alterações climáticas, descarbonização e consumos – 2

 No texto anterior vimos a necessidade de com vistas à descarbonização eliminar diversas produções industriais, meios de transporte, agricultura intensiva, consumo de carne. Por exemplo, haveria que encarar o fecho de refinarias de petróleo, petroquímicas (plásticos e adubos), etc.

Os efeitos económicos e sociais da descarbonização no emprego e no modo de vida não estão minimamente avaliados e divulgados. Pelo contrário, a publicidade e os apelos a consumos não essenciais são constantes.

O transporte marítimo e aéreo é crucial para a globalização neoliberal. Como se encara a necessária soberania alimentar, reduzindo consumos trazidos de milhares de quilómetros? Da construção de edifícios sem cimento. Do comércio em grande escala, do turismo, etc.?

Por exemplo, nos EUA as emissões de CO2 por habitante são de 16,4 ton; na China 6,9 ton, ou seja para os EUA atingirem o nível do “maior poluidor mundial” teriam de reduzir as suas emissões uns 60%, alterando completamente o seu modo de vida, mesmo considerando os 50 milhões de pobres...

Nos países capitalistas ricos devido à desindustrialização o consumo de energia elétrica se mantivesse relativamente estável, porém os produtos são produzidos e importados de outros países geralmente muito distantes. Além disto o consumo de energia foi transferido para consumos não essenciais como a exuberância de centros comerciais, etc.

Para além de alarido inconsequente não se veem soluções políticas, económicas e técnicas, para implementar a neutralidade carbónica, não existindo nenhum planeamento definido e a ser posto em prática, além de dinheiro para distribuir aos capitalistas para fazerem “reconversões”.

Não está determinada a energia elétrica necessária para a substituição da frota automóvel para carros elétricos. Porém, as viaturas elétricas são também ambientalmente destrutivas, quer pela extração de matérias-primas necessárias, quer pelo seu processamento. A fabricação de baterias de lítio requer uma ampla variedade de metais, muitos dos quais existem na natureza em concentrações muito baixas. A reciclagem destas baterias é difícil e mesmo mais cara que novos materiais.

A reconversão para viaturas elétricas vai (ou iria…) implicar a fabricação de muitas centenas de milhões de carros e respetivas baterias nas próximas décadas cujo preço está artificialmente reduzido devido aos apoios estatais. A regulação automática do mercado não funciona...

Que quantidade de energia elétrica vai ser necessária no futuro para substituir outras formas designadamente de combustíveis fósseis? Apontam-se metas de CO2 mas como se chega lá permanece nebuloso. Que planeamento além de metas que nada significam se não forem suportadas por programas identificando o quê, quem, como e quando.

Também acerca da descarbonização nada se ouve contra as emissões associadas à corrida aos armamentos, bases militares, manobras, esquadras navais, aviação, conflitos e agressões militares. Nem contra a globalização neoliberal e a desflorestação pelas transnacionais da agricultura intensiva.

Se falamos de descarbonização o que conta são as emissões globais. Então como vão desenvolver-se os países pobres? Como vão dispor de energia barata e acessível? Note-se que as medidas do FMI para estes países levaram à monocultura e destruição de florestas – que reciclam o CO2 - para produzir óleo de palma, soja, pastagens para gado, com vistas à exportação pelas transnacionais e penetração de produtos dos países ricos.

Afirma Andrei Martyanov: Os evangelistas “verdes” parece não entenderem que os telemóveis não crescem nas árvores, que o mundo opera baseado em energia, máquinas, produção real, física básica e engenharia. Necessita de gigantescos recursos de extração mineira, enormes navios metálicos, redes elétricas, etc.

A “democracia liberal” e o seu modelo consumista da “liberdade de escolha – a nível mundial para muito poucos - com que atrai as populações para os mecanismos da exploração capitalista, é de facto um sistema que condena o planeta e o futuro da humanidade.

É duvidoso que a humanidade possa mudar o clima, mas pode mudar o sistema que destrói o planeta. E isto ultrapassa em muito a descarbonização: trata-se dos recursos limitados do planeta e da sua conservação. Problemas, agravados pelo neoliberalismo e o capitalismo monopolista transnacional que não podem ser resolvidos com as políticas que lhe deram origem. As soluções podem ser superando os destrutivos processos capitalistas: o socialismo, a via da paz e do fim do imperialismo. Só assim a Humanidade concretizará as necessárias soluções sociais e ambientais.


29 de julho de 2021

Viva a pandemia

 

A Pfizer agora diminui a eficácia de sua vacina após solicitar uma terceira dose

1-A decisão pela terceira dose é da farmacêutica norte-americana e não foi corroborada pela OMS. Apostar em uma dose adicional poderia ampliar ainda mais o fosso entre países ricos e pobres no processo de imunização, já que os 50 estados de menor renda só conseguiram colocar a vacinação completa para 1,1% de sua população. 

A farmacêutica divulgou um relatório preliminar na sexta-feira para reforçar sua tese para uma vacina adicional.
Os dados do relatório sugerem que a eficácia da vacina diminuiria em 6% a cada dois meses. Além disso, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, garantiu em declarações à  CNBC  que a eficácia das duas doses cairia 84% após meio ano após a injeção....

2-farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, que desenvolveu uma das vacinas contra a covid-19, obteve um lucro líquido de 3144 milhões de dólares (2592 milhões de euros) em 2020, mais 159% do que no ano anterior.

Em comunicado enviado esta quinta-feira à Bolsa de Valores de Londres, a empresa informou que o seu lucro antes de impostos foi de 3.916 milhões de dólares (3228 milhões de euros), um aumento de 152% face ao ano anterior.

3- Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, registou uma subida de 78,9% dos lucros para 186 milhões de euros num primeiro semestre que classificou de “promissor”.

4 A mui cientifica EMA ainda não aprovou a vacina russa e continua a desconhecer as vacinas chinesas, Está à espera do ultimo relatório do do conhecido homem de ciência e investigador laureado J. Biden !!!

28 de julho de 2021

Alterações climáticas, descarbonização e consumos - 1

Uma das principais bandeiras da suposta superioridade do capitalismo, com que seduziu e seduz multidões para as quais consumir representaria liberdade. O que finalmente encontram foi insegurança nas suas vidas, instabilidade pessoal e social, marginalidade.

Nos países capitalistas ricos o consumo foi publicitado como uma marca de superioridade e uma montra contra o socialismo. Um desejo de consumir transformando as pessoas de cidadãos em “consumidores”, objetivo do fascizante “fim das ideologias”. Um consumo que porém tinha e tem como contrapartida exploração, fome e opressão nos países dominados noutras partes do mundo.

Agora o mundo toma consciência das alterações climáticas e a doutrina oficial do sistema é a “descarbonização”. Não vamos abordar esta temática que nos parece distorcida nas suas premissas. (ver A descarbonização e os seus alibis)

Um estudo no Reino Unido aborda a redução das emissões de gases de efeito estufa, pois é o que cientistas do clima (alguns…) dizem e o que os manifestantes pedem. Mas o que isto envolve? De facto, em tanto ruído sobre a “descarbonização” nada se diz sobre o que teria de ser realizado em termos de consumo. No essencial fica-se pelas viaturas elétricas, como parte da destruição criadora que o capital necessita periodicamente. Por exemplo, a Tesla (viaturas elétricas) teve de lucro perto de 1 000 milhões de dólares.

1 - Em primeiro lugar não voar e não embarcar. Embora existam ideias sobre aviões elétricos, eles não estarão a operar em escalas comerciais dentro de 30 anos. Isto significa que o transporte aéreo tem de se reduzir drasticamente. E em consequência também as viagens e o turismo terá de passar a ser local.

2 – Viagens e deslocações. Haverá que usar comboios e transportes públicos – se os houver, disponibilidade que parece muito complicada de concretizar. Quanto ao automóvel privado, as grandes potências não são compatíveis com o objetivo da “descarbonização” e a escolha terá de ser de viaturas elétricas. Como se também não constituíssem um problema ambiental.

3 - Quanto ao transporte marítimo, atualmente não há nenhum grande navio mercante elétrico ou nuclear, porém o “comércio livre” depende fortemente do transporte marítimo para alimentos e produtos importados. Navios de cruzeiro, barcos de pesca, barcos de recreio a motor (em particular os iates de luxo) também são grandes emissores de CO2. Que alternativas estão previstas?

4 - Alimentos. Também teremos de deixar de comer carne bovina (os famosos hamburgers...) e de outros ruminantes que libertam metano na sua digestão - e adotar dietas mais vegetarianas. Note-se que do ponto de vista do efeito de estufa o metano tem um um potencial 60 vezes superior ao do CO2. Terão também de ser reduzidos ou eliminados os alimentos processados e congelados dadas as necessidades em energia elétrica. Os alimentos deverão portanto ser de origem local, reduzindo as distâncias entre local de produção e local de consumo, que atualmente exige milhares de quilómetros de grandes veículos, navios, mesmo aviões. Não será admissível alimentos transportados por via aérea.

5 – Agricultura. A agricultura industrial é responsável pela destruição de florestas para pastagens, soja, óleo de palma. A adubação intensiva liberta óxido nitroso com potencial de efeito de estufa quase 300 vezes superior ao CO2.

6 – Cimento. Fazer cimento liberta emissões, atualmente não há opções alternativas disponíveis em escala industrial.

7 - Siderurgia: Todas as formas existentes de produção em alto-forno não são compatíveis com emissões zero. Tanto os fornos elétricos, como as indústrias metalúrgicas são altamente consumidoras de energia.

8 - Sector mineiro e fornecimento de materiais. Será necessário uma transição rápida nos materiais usados e uma redução significativa na procura da maioria dos minérios agora utilizados. Não há neste momento alternativas compatíveis nem com a descarbonização. O uso de plásticos ou de madeiras não pode ser considerado, pelo que a redução destes consumos tem de ser muito significativa.

9 - Veículos rodoviários: a transição para os carros elétricos está em andamento. Porém não está garantida a eletricidade necessária para abastecer uma frota equivalente à atualmente em uso.

10 - Indústrias de combustíveis fósseis (carvão, gás e petróleo) terão (ou teriam…) de se encaminhar para o fecho nas próximas três dezenas de anos.

11 - Habitações. Para além dos tipos de arquitetura e materiais a utilizar de modo a conservar a energia e isolar do ambiente externo, os aparelhos de condicionado, aquecimento, etc., têm de ser usados o menos tempo possível e as pessoas usarem roupas mais quentes no inverno. O que fazer nos edifícios menos recentes?

12 - A produção e consumo de eletricidade sem emitir gases de efeito de estufa é um sector muito nebuloso. Como garantir disponibilidade permanente de energia elétrica e que consumos industriais, de serviços e domésticos, podem ser satisfeitos com energias ditas “verdes”?