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15 de julho de 2021

A corrida nuclear acelera

"Nota : os defensores do ambiente , os ditos ambientalistas , os tolerancia zero , sobre isto nada dizem . Marionetes da grande comunicação social e oportunistas eleitoralistas. Para aqui há plano B?"

Manlio Dinucci


 A bomba atómica já não é a arma que permitiu os EUA forçar o Japão a render-se a eles em vez de fazê-lo à URSS. É agora uma arma comum que não tem valor supremo, a não ser que o seu lançamento seja decidido no segundo que o antecede. Os cenários estão, portanto, a mudar. A qualidade prevalece sobre a quantidade

Na base de Redzikowo, na Polónia, começaram os trabalhos para a instalação do sistema Aegis Ashore, com uma despesa superior a 180 milhões de dólares. Será a segunda base de mísseis USA, na Europa, depois da de Deveselu, na Roménia, ter ficado operacional em 2015. A função oficial destas bases é proteger, com o "escudo" de mísseis interceptores SM-3, as forças USA na Europa e as dos aliados europeus da NATO contra as "ameaças actuais e as emergentes de mísseis balísticos vindos de fora da área euro-atlântica". Às duas instalações terrestres adicionam-se quatro navios equipados com o mesmo sistema Aegis, que, destacados pela Marinha USA na base espanhola da Rota, atravessam o Mediterrâneo, o Mar Negro e o Mar Báltico. A Marinha dos EUA tem cerca de 120 contra-torpedeiros e cruzadores armados com este sistema de mísseis.

Tanto os navios como as instalações terrestres do Aegis estão equipadas com lançadores verticais Lockheed Martin’s Mk 41: tubos verticais (no corpo do navio ou num bunker subterrâneo) a partir dos quais são lançados os mísseis. A própria Lockheed Martin, ao ilustrar as suas características técnicas, documenta que pode lançar mísseis para todas as missões: antimísseis, antiaéreos, anti-navegação, anti-submarinos e de ataque contra alvos terrestres. Cada tubo de lançamento é adaptável a qualquer míssil, incluindo os "mísseis de ataque de longo alcance", como o míssil de cruzeiro Tomahawk. Também podem estar armados com uma ogiva nuclear. Portanto, é impossível saber quais os mísseis que se encontram efectivamente nos lançadores verticais na base Aegis Ashore, na Roménia, e que serão instalados na base da Polónia. Nem que mísseis se encontram a bordo dos navios que navegam nos limites das águas territoriais russas. Não podendo verificar, Moscovo parte do princípio que também existem mísseis de ataque nuclear. O mesmo cenário ocorre na Ásia Oriental, onde navios de guerra da Sétima Frota Aegis estão a navegar no Mar do Sul da China. Os principais aliados dos EUA na região - Japão, Coreia do Sul, Austrália - também têm navios equipados com o sistema Aegis dos EUA.

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