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24 de maio de 2019

Coisas que eles(não) dizem - 8

Um pouco de “zoologia política”. A coluna vertebral sustém o corpo (neste caso de ideias) e protege o encéfalo (neste caso onde residem princípios políticos e valores éticos). Assim quando ouvimos, por exemplo o ministro Augusto Santos Silva (ASS) debitar sobre direitos humanos (DH) como quem repete matérias copiadas aos colegas, compreendemos que pertence à classe dos invertebrados políticos.
O grave é que de estas práticas alimentam a extrema-direita de trogloditas políticos como o sr. Nuno Melo que, sem argumentos, usa a retórica do sr. ASS sobre DH para a provocação e arruaça política atacando as propostas consistentes de João Ferreira e escondendo os reais objetivos políticos do CDS.
Tão preocupado com DH na Venezuela e no Irão, se mostra a UE e o bom aluno sr. ASS, que vamos lembrar algo do que eles não querem que se saiba.
Na Colômbia, mais de 6 milhões de pessoas são refugiados internos e externos, pelo menos 240 000 camponeses e ativistas de direitos humanos foram massacrados, muitos foram queimados por grupos paramilitares financiados pelos EUA, atrocidades que prosseguem apesar do acordo assinado em novembro de 2016. http://www.informationclearinghouse.info/51540.htm

Nas Honduras a vaga de emigrantes submetidos a ameaças e condições subhumanas na fronteira dos EUA, reflete a miséria e as perseguições que o golpe de Estado patrocinado pelos EUA e apoiado pela UE.
Os EUA defendem o apoio dos EUA à Arábia Saudita no Iêmen "no melhor interesse da América". Iêmen haverá mais de 230 mil mortos até o final de 2019, segundo relatório da ONU. (https://thehill.com/policy/transportation/441117-pompeo-defends-us-support-for-saudis-in-yemen-as-in-americas-best-interest)
As atrocidades de Israel contra os Palestinianos são inenarráveis e diárias, transformando Gaza num campo de concentração.
Dos 49 governos catalogados como ditaduras os Estados Unidos apoiam e fornecem ajuda militar a 36, isto é, apoia mais de 73% das ditaduras nol mundo (Truthout, 2017).
Em 31 de janeiro Idriss Jazairy, relator especial da ONU, afirmou estar particularmente preocupado ao ouvir que as sanções visam mudar o governo venezuelano. "O uso de sanções por poderes externos para derrubar um governo eleito violam todas as normas do direito internacional.” https://www.rt.com/news/458638-un-expert-usa-sanctions-venezuela/
A lista de DH que o sr. ASS e a UE e os media fazem por escamotear é longa, do Afeganistão á Líbia e ao Sudão do Sul. Mas aos vassalos só importa o que o império dita, repetindo juntamente com arruaceiros políticos as calúnias que a CE adotou para apoiar Guidó, um lacaio de uma potência estrangeira não se importa de mergulhar o seu país num banho de sangue.
Nos media imagens de 2014 da violência da direita nas ruas na Venezuela passaram repetidamente como se fossem atuais, apoiando o que em França mostram como criminoso.
Maduro obteve 6.248.864 votos nas eleições presidenciais de 2018, 67.84% dos votos. Nem só uma prova de fraude nas eleições ou ditadura na Venezuela foi apresentada.Guaidó eleito no Estado de Vargas teve 97 492 votos, 26, 01% do total. Na ONU de 193 países apenas 54 países reconheceram o golpista Guaidó como presidente interino.

 

22 de maio de 2019

Trump ,China


Tucídides, Trump y la guerra con China
E
ntre flotas con portaviones y aranceles de castigo, la administración Trump amenaza a China. Quiere doblegar su poderío económico y frenar su influencia creciente en asuntos internacionales. La República Popular China ya es considerada adversario por el complejo militar-industrial de Estados Unidos y los principales medios de información de ese país repiten a coro el mensaje.

A arrogancia do Império

A Guerra Económica contra a Venezuela Jose A. Lourenço
Nos últimos tempos são raros os dias em que a situação na Venezuela não é tema de abertura dos telejornais, com direito até à presença de enviados especiais que de Caracas ou de cidades brasileiras e colombianas na fronteira com aquele país, nos relatam a sua visão da situação que ali se vive e nos mostram imagens de populações que dizem em fuga.
Sempre, mas sempre, o governo venezuelano é apresentado como o culpado da situação difícil que o povo deste país tem vivido nos últimos anos e a oposição conservadora e reaccionária agora dirigida por Juan Gaidó, com o apoio empenhado dos EUA, como a solução para a grave crise económica e social que o país tem vivido.
Ao assistir a toda esta campanha global, nas redes sociais, nas televisões, nas rádios e nos jornais contra o governo legítimo da Venezuela, lembrei-me de reler um livro que em boa hora a editora Antígona reeditou em Abril de 2017, chama-se “As Veias Abertas da América Latina” e foi seu autor Eduardo Galeano.  
Diria que os antecedentes daquilo a que temos assistido na Venezuela desde 1999 quando Hugo Chaves chegou ao poder, após eleições democráticas e, após a sua morte em 2013, com a eleição de Nicolas Maduro, estão lá todos ou quase todos.

Os “presstitutos” desviam os olhos do relatório da ONU sobre a Venezuela, (2ª parte)


Prosseguindo com o essencial do texto de Paul Craig Roberts (1),
“Uma solução política é bloqueada porque “certos países [os EUA] não querem uma solução pacífica para o conflito venezuelano e preferem prolongar o sofrimento do povo daquele país, com a expectativa de que a situação alcance o limiar de um crise humanitária e provocar uma intervenção militar para impor uma mudança de regime.” (Do relatório de Alfred Maurice de Zayas, enviado pela ONU à Venezuela)
O ataque de Washington à Venezuela violando a lei internacional estabelecida. “Os princípios de não intervenção e não ingerência nos assuntos internos dos Estados soberanos pertencem ao direito internacional consuetudinário e foram reafirmados nas resoluções da Assembleia Geral, designadamente 2625 (XXV) e 3314 (XXIX), e na Declaração de Viena de 1993 e Programa de Ação. O artigo 32 da Carta de Direitos e Deveres Económicos dos Estados, adotada pela Assembleia Geral em 1974, estipula que nenhum Estado pode usar ou encorajar o uso de medidas económicas, políticas ou de qualquer outro tipo para coagir outro Estado a fim de obter subordinação do exercício de seus direitos soberanos.”
O artigo 19 do Capítulo 4 da Carta da OEA estipula que “Nenhum Estado ou grupo de Estados tem o direito de intervir, direta ou indiretamente, por qualquer motivo, nos assuntos internos ou externos de qualquer outro Estado. O princípio anterior proíbe não apenas a força armada, mas também qualquer outra forma de interferência ou tentativa de ameaça contra a personalidade do Estado ou contra seus elementos políticos, económicos e culturais ”.
Zayas relata que uma atmosfera de intimidação acompanhou a missão, tentando pressioná-lo em uma matriz predeterminada. Ele recebeu cartas de ONGs financiadas pelos americanos pedindo-lhe para não prosseguir por conta própria, ditando-lhe o relatório que ele deveria escrever. Antes de sua chegada à Venezuela, uma campanha de propaganda foi lançada contra ele no Facebook e no Twitter, questionando sua integridade e acusando-o de parcialidade.
Como as sanções e as manipulações cambiais de Washington constituem crimes geopolíticos, Zayas pergunta que reparações são devidas às vítimas de sanções. Ele recomenda que o Tribunal Penal Internacional investigue as medidas coercivas de Washington que podem causar a morte por desnutrição, falta de remédios e equipamentos médicos.
“Apesar de ter sido o primeiro elemento oficial da ONU a visitar e informar sobre a Venezuela em 21 anos, Zayas disse que sua pesquisa sobre as causas da crise económica do país tem sido amplamente ignorada pela ONU e pelos media.
Ele acredita que seu relatório foi ignorado porque vai contra a narrativa popular de que a Venezuela precisa de uma mudança de regime. A Venezuela possui as maiores reservas de petróleo do mundo e uma abundância de outros recursos naturais, incluindo ouro, bauxite e coltan. Mas sob o governo de Maduro eles não estão acessíveis às corporações americanas e transnacionais.

 

As mentiras e ocultações sobre " a construção da Europa "

Philipe de Villiers escreveu um livro sobre a construção da Europa em que revela documentos escondidos e factos ocultados á opinião publica.
Como o livro está a fazer mossas um grupo de académicos franceses alinhados com a Comissão europeia publicou uma carta aberta de contestação no le Monde hoje jornal Macroniano procurando desvalorizar ar revelações com o truque de que eram conhecidas . Vale a pena ler a resposta do autor e o livro  J’ai tiré sur le fil du mensonge et tout est venu (Fayard, 416 p., 23 euros), dans lequel il revient sur les origines de la construction européenne.

La réponse de Philippe de Villiers aux historiens
« Un collectif d’universitaires a publié dans Le Monde daté du 28 mars une tribune en riposte à mon dernier livre, J’ai tiré sur le fil du mensonge et tout est venu. Il le qualifie de « complotiste », tout en expliquant que les pièces inédites que je publie seraient bien connues, et m’attaque pour des propos que je n’ai pas tenus. Ce faisant, il reprend la ligne de la note officielle que vient de diffuser la Commission européenne contre mon livre. Où est donc passé le professeur libre d’esprit et de plume ? Où se cache-t-il, parmi les titulaires des 500 chaires Jean Monnet, 1 500 séminaires et autres modules subventionnés, celui dont les travaux ne reflètent pas la position de Bruxelles ? Sans soutien institutionnel, une idéologie ne tient pas. J’affirme, moi, que les crises multiples, la montée d’un climat insurrectionnel et la désunion européenne d’aujourd’hui sont le résultat d’un déni historique.
On m’invente d’abord des propos. Je n’ai ainsi jamais écrit que la construction européenne serait d’inspiration nazie. Je dis que le choix de faire l’Europe par l’intégration plutôt que par la coopération était celui exigé par le département d’Etat américain. Il fut porté avec conviction par trois personnalités – Monnet, Schuman et Hallstein – qui avaient pour points communs de haïr De Gaulle, de vouloir une Europe postnationale et atlantiste et de s’être diversement compromis avant 1945.
De même, je n’ai jamais dit que Hallstein avait eu sa carte au parti nazi. J’affirme en revanche qu’il a bien volontairement et précocement adhéré à la Ligue nazie des enseignants et à la Fédération des juristes nazis. Il a collaboré avec le ministre Hans Frank à la nazification juridique, au rapprochement avec le droit fasciste et aux bases d’un Reich européen. Enfin, et contrairement à la plupart de ses collègues, il fut choisi comme officier instructeur en national-socialisme, sorte de commissaire politique dans la Wehrmacht. Où sont-ils, les indignés ? Pourquoi a-t-il été sélectionné pour être « rééduqué » à Fort Gettyen 1945, être nommé recteur à Francfort en 1946, négocier les traités puis présider la Commission ?
Les cosignataires expliquent ensuite que mon livre n’apporte, à leurs yeux, rien de nouveau. Pour ma part, j’ignorais que certains articles des traités de Paris et de Rome avaient été rédigés à l’ambassade des Etats-Unis à Paris. J’ignorais que le choix des présidents de la Communauté européenne du charbon et de l’acier (CECA), d’Euratom et de la Communauté économique européenne (CEE) était validé à Washington. J’ignorais que c’est une agence américaine qui servit de modèle à la Haute Autorité devenue la Commission, ou que la méthode Monnet des « petits pas » avait été inventée par l’école fonctionnaliste américaine.
J’ignorais qu’un autre récit des origines de l’intégration européenne se nichait dans une vingtaine de boîtes d’archives conservées en Californie, dans le Missouri et en Suisse. J’ignorais que la Fondation Ford faisait autre chose que de la philanthropie et qu’il existât un American Committee for United Europe ouvertement dirigé par les patrons de la CIA, finançant diverses opérations en Europe jusqu’en 1960. J’ignorais que les Mémoires de Monnet n’étaient pas de Monnet et résultaient d’une commande d’outre-Atlantique.
J’ignorais que M. Schuman, contrairement à de très nombreux Lorrains, dont ceux de ma propre famille, s’était toujours trompé de camp, en 1914 comme en 1940. J’ignorais que Jean Monnet avait été d’abord un banquier d’affaires, sauvé de plusieurs faillites par ses amis de Wall Street, ou qu’il s’était marié à Moscou au moment des purges staliniennes. J’ignorais qu’il avait tenté d’empêcher l’appel du 18 juin à la BBC et recommandé, dans une note au conseiller de Roosevelt, en 1943, de « détruire De Gaulle ». J’ignorais que deux de ses collaborateurs avaient trouvé la panoplie sémantique de la supranationalité à Uriage, sous Vichy. J’ignorais décidément tout ce qu’une historiographie officielle avait oublié de nous dire.
Enfin, on me dit que le contexte de la guerre froide justifierait tout. Non, la lutte anticommuniste n’impliquait nullement de se soumettre à une puissance étrangère, quelle qu’elle fût. De Gaulle était anticommuniste et œuvra toute sa vie pour une Europe européenne, et non pas américaine, selon la devise « amis, alliés et non alignés ». Pourquoi Monnet et Schuman recevaient-ils, eux, des versements américains tenus secrets si la cause était noble ? Pourquoi y a-t-il eu des contreparties, des rapports d’activité ?
Il s’agissait d’effacer toute trace de souveraineté en Europe, pour en faire un pur marché ouvert à la surproduction américaine, non plus gouverné mais administré par une Commission supranationale. Les tentatives de création d’une Europe européenne furent torpillées, du plan Fouchet, en 1962, à la Confédération européenne de Mitterrand, en 1991. Objectif atteint : l’Europe est un nain politique, économique et stratégique, une simple escale vers Globalia.
Personne jusqu’ici ne m’a contredit sur le fond. Ce n’est pas le rêve européen qui aurait mal tourné, mais un vice constitutif qui déploie ses effets. Oui, entre la nation et l’empire, le choix de la nation eût été plus sage. Entre l’équilibre et l’hégémonie, il faut préférer l’équilibre. Ce n’était pas le cas de ces pères fondateurs qui façonnèrent l’Europe selon leur conception saint-simonienne, mercantiliste et globaliste. Le mythe d’une « Europe européenne » soi-disant bâtie contre le retour du Mal, que l’on a vendu à chaque génération depuis soixante ans pour saborder les frontières et les souverainetés, relève, lui, du conspirationnisme.
Je comprends que beaucoup voient l’idéal et la certitude de toute une vie universitaire ou militante s’effriter devant les faits et documents que je publie. Ce livre ferme un cycle d’enseignement idéologique. Il est la réponse aux gardiens d’un temple qui se fissure de toutes parts. A ce Moloch sans corps, sans âme, sans racines et sans postérité, j’oppose l’urgence de l’Europe véritable, celle des nations et de la civilisation européennes. L’Europe véritable exige la vérité. »

21 de maio de 2019

China


"Panda Bonds: Portugal diversifica dívida pública com ajuda chinesa

Portugal vai emitir dívida em moeda chinesa na próxima semana. Será o primeiro país da Zona Euro a fazê-lo, o que para os analistas passa não só pela diversificação das fontes de financiamento da República mas também pela aproximação à China."
Neg





Panela de Barro

Quando os EUA eram a panela de ferro das tecnologias de informação impingiam o livre mercado e o desarmamento alfandegário com grande apoio de académicos e outros pacóvios
 Agora que são panela de barro inventam a espionagem para protegerem as suas empresas ...ao declararem guerra à Huawei !


Plano B
Huawei’s chipmaking arm said it had turned its “Plan Bs into Plan As overnight” a day after the Trump administration raised the prospect of a US ban on export of parts and components to the Chinese telecoms group.

Monsanto- GlYphosate herbicidas

MONSANTO ORDERED TO PAY $2 BILLION TO CANCER VICTIMS

 
| RESIST!
After less than two full days of deliberations, a California jury ordered Monsanto to pay just over $2 billion in punitive and compensatory damages to a married couple who both developed non-Hodgkin lymphoma they say was caused by their many years of using Roundup products.

20 de maio de 2019

Os “presstitutos” desviam os olhos do relatório da ONU sobre a Venezuela, (1ª parte)

Eis o essencial de um texto de Paul Craig Roberts (1)

“Não acham que é algo suspeito que os media orquestrem falsas notícias sobre "crise humanitária" na Venezuela, mas ignorem totalmente verdadeira crises humanitárias no Iémen e em Gaza?
Não acham que é realmente suspeito que o relatório do perito, Alfred Maurice de Zayas, enviado pela ONU à Venezuela para avaliar a situação, não tenha merecido nenhum interesse dos media ocidentais ou dos governos?
Não acham que vai além do aceitável, Washington roubar 21 mil milhões de dólares do dinheiro da Venezuela, impor sanções num esforço para desestabilizar o país e colocar o governo venezuelano de joelhos, culpar o socialismo venezuelano (essencialmente a nacionalização da companhia petrolífera) por gerar "fome para o povo".
Quanto à alegada crise humanitária na Venezuela, Zayas tdiz o seguinte:

19 de maio de 2019

À atenção do Honoris Causa João Duque


O DEBATE QUE NÃO SE FAZ . Agostinho Lopes
Sempre que chegam as eleições para o PE, é um choradinho que arrepia as almas. Não se debate a Europa. A Eu… ro… pa! A visão para a Europa. O que vai ser da Europa… «Por favor digam-nos já o que querem sobre a Europa». (1) Não deixem para «após a contagem dos votos». Diz-nos o inefável João Duque. O grande distribuidor de Honoris Causa a tudo quanto foi/é gestor de excelência, de Salgado a Bava, passando pelo Mexia (o Berardo parece que se safou), está muito preocupado com o debate eleitoral. Digam lá: tudo na mesma, como manda a Alemanha, ou ao lado dos «extremistas», a desintegrar «a coesão económica financeira e social da mesma»? Querem o «reforço da economia de mercado» ou a «diabolização dos mercados, como transpiram os extremistas»?
Coitados. Têm que pedir explicações ao Pacheco Pereira. Há uns pormenores, mas onde estão as diferenças substanciais, entre os programas europeus de PS, PSD e CDS? Como diferenças, se estão de acordo com o federalismo (o Melo diz que não, mas como pode inventar tal quem assume o máximo de federalismo que é o monetário, da Zona Euro?). Como, se estão de acordo, todos, com o militarismo, com o exército europeu e o aumento astronómico para despesas militares da União Europeia à custa dos fundos de coesão! Como, se são todos adeptos do euro? Do Pacto de Estabilidade ao Tratado Orçamental, do Semestre Europeu à Governação Económica. Como pode ser diferente o que é igual? Peninhas sempre se podem colocar no chapéu, mas… para disfarçar!
E se estão de acordo no fundamental sobre a União Europeia, que baptizam de Europa, como podem inventar um debate de diferenças? De confronto eleitoral? Assim sendo, têm de se virar para os trocos. A cara e a idade dos deputados. Os rankings. Quem apanha mais plástico nas praias?! As suas cumplicidades com os interesses dos grupos nacionais do PE, maioritários dos seus grupos parlamentares. Então o PSD e o CDS, que estão no mesmo Grupo, onde convivem alegremente com várias extremas-direitas, muito têm que inventar. Mas o mais que conseguem é uma cacofonia concertante europeia.
Deve ser por isso que algumas estações televisivas, preocupadas com a iliteracia comunitária dos portugueses, arranjam uns explicadores para depois dos debates explicarem aos telespectadores o que se passou. Quem ganhou? Quem perdeu? Quem engrolou? Sim. O povo tem dificuldades e uns explicadores sem preconceitos político-ideológicos nem contaminações partidárias, explicam os trejeitos, as dicções, os sorrisos, as caras fechadas, e tudo fica claríssimo para os eleitores!
Mas atenção: não desiludam o Prof. João Duque! Não façam das eleições europeias «uma avaliação do Governo». Mesmo se ele se contradiz a si próprio, e em todos os itens do seu «roteiro para a economia», que aconselha aos candidatos, sinalize como termo de comparação o que cá, diz que se faz. Notável. Esclareçam Srs. candidatos: «investimento público (…) com base em critérios de preconceito político como por cá se vem fazendo em relação às PPP no sector da saúde ou na educação, sim ou não? Mais despesa na UE para o consumo «(como faz por cá o governo)», sim ou não? Mais «impostos europeus sobre os cidadãos (como se faz em Portugal)», sim ou não? Como se vê nos sublinhados, questões que nada têm a ver, com o que por cá se passa! O melhor leva um honoris causa!     
(1)Todas as citações são do texto «Afinal o que querem?», de João Duque, no Expresso, 27ABR19

18 de maio de 2019

A ocupação da Palestina

António Rodriguez

https://www.middleeasteye.net/opinion/israelthe-deal-century-simply-us-blessing-its-mass-theft-land-and-cantonisation
EE.UU. consagra el robo israelí de tierras palestinas y la creación de guetos para los palestinos

Middle East Eye

Os vigaristas Institucionalizados

O FMI tutelado pelos EUA onde pululam  famosos economistas da estirpe de Vítor Gaspar recomenda ao governo aquilo que o bloco central das negociatas (BCN) deseja mas só diz baixinho:a revisão das carreiras da função pública.
 Revisão das carreiras para quê?
 Claro, para dar mais direitos , para que mais trabalhadores da função pública possam chegar ao fim da carreira depois de uma vida de trabalho... Uns humoristas.
Portugal perde continuamente competitividade com o Euro , por isso os dominantes pressionam para que os direitos e os salários de quem trabalha sejam comprimidos , até por que ,em primeiro lugar, estão os interesses agiotas dos Bancos credores
"O Fundo Monetário Internacional (FMI) recomenda ao Governo que vá ainda mais longe na consolidação orçamental: nos próximos dois anos, Mário Centeno deveria fazer um esforço orçamental adicional de dois mil milhões de euros. Além disso, é preciso rever as carreiras dos funcionários públicos, avisa o Fundo, num comunicado publicado esta sexta-feira, pela missão que esteve em Lisboa, para a avaliação anual ao abrigo do Artigo IV."

17 de maio de 2019

As eleições para o PE com a UE na via do colapso

Como é típico nos períodos de crise política, os apaniguados do sistema agitam-se em promessas e boas intenções, quando nada fizeram antes, ou atacam-se uns aos outros na ânsia de se colocarem ao serviço das cúpulas dirigentes, neste caso da UE, como salvadores do sistema.

Mas a UE colapsa. Em praticamente todos os países da UE há protestos contra as políticas de austeridade permanente a favor de uma oligarquia financeira predadora, corrupta, rentista, manifestações que a comunicação social esconde ou desvaloriza.
Indiferença e hostilidade perante o que é a UE é o que sondagens e a taxa de abstenção evidenciam.
Movimentos contra a burocracia federalista da UE cresceram e tornaram-se governo em vários países. São a extrema-direita levada ao poder (embora o neoliberalismo vigente seja também um neofascismo) onde o que já tinha sido esquerda faltou aos seus compromissos. Recordemos o “eurocomunismo” (?!) e os profetas que agoiravam o “caixote do lixo da História” para quem não o seguisse. Eis os resultados.
 
A UE necessita de relações pacíficas nas suas fronteiras, porém alinhou em todas as manobras de agressão e sanções, visando garantir a supremacia do dólar e o domínio imperialista sobre as fontes de matérias primas.
A Rússia, a Venezuela, Cuba, o Irão, a Síria, a Líbia, o Sudão, o Iémen, a Jugoslávia, etc., nunca constituíram qualquer ameaça aos países da UE. Quanto a direitos humanos, se fossem sinceros olhariam primeiro para os aliados como a Arábia Saudita, Israel, Colômbia, etc., ou para os próprios EUA ou a França da repressão aos “coletes amarelos”.

Os “europeístas” queriam a política externa a “uma só voz” e assim a têm: a política externa da UE é a ditada pela NATO (no essencial também a interna) e pelos vistos sentem felizes e de boa consciência caluniando a Rússia, a Venezuela, o Irão, etc.
Mas as sanções prejudicam em absoluto os países da UE, especialmente os economicamente mais frágeis, como Portugal que teria todo o interesse em manter e desenvolver as relações designadamente com a Venezuela.

Pobreza, estagnação, mentiras, corrupção, decadência política, económica e social é o que a UE tem para oferecer, tudo isto mascarado com a propaganda dos “europeístas” tão confusa como inútil, limitando-se a semear ilusões  Se houvesse informação isenta há muito que o esclarecimento estava feito sobre a UE, incapaz de resolver qualquer dos seus problemas, a não ser dar mais dinheiro à finança.
 
Como disse Ortega y Gasset: “a burocracia é fautora de guerra civil”. A UE vive uma guerra civil, não militar, social. E por muito que os “europeístas” apregoem democracia, paz e direitos humanos, tudo isto se esgota na submissão ao imperialismo e à finança.
A soberania de cada Estado, subvertida por Tratados aprovados à revelia dos cidadãos, é um inimigo que os “europeístas” querem abater. Mas sem soberania não há nem nunca houve democracia.
“A UE não é a Europa”, como escreveu no seu livro João Ferreira. Os povos europeus têm de se libertar das cúpulas burocráticas da UE, criando um espaço de cooperação, paz e respeito pelas soberanias, entre si e com os vizinhos. É este o significado que pode ter a luta eleitoral para o PE: um esforço de esclarecimento contra os dogmas do federalismo e do neoliberalismo.

 

14 de maio de 2019

Coisas que eles (não) dizem - 7

O terrorismo mediático contra a Venezuela prossegue. Podiam não ser a favor do chavismo, ao menos podiam dizer a verdade. Mas não, toda a mentira, distorção e falsificação dos factos é exposta como verdade de factos únicos e exclusivos.

A jornalista norte-americana Anya Parampil, que esteve um mês na Venezuela, disse: “A oposição não tem apoio popular. Juan Guaidó provou mais uma vez, que só irá para o poder em cima de um tanque dos EUA.” Trata-se de “mais outra guerra por petróleo. Trump disse - e foi aplaudido pelo povo americano - que o Iraque tinha sido um erro, mas agora ele está disposto a fazer isso de novo.”
Os media mentem sobre o que está a acontecer na Venezuela, disse comparando a tentativa de golpe de Guaidó a um cenário em que Hillary Clinton recusando-se a aceitar a eleição de Trump, reunisse 24 soldados para tentar tomar a Casa Branca à força. (https://www.youtube.com/watch?v=_lCerJncxpk)”
A oligarquia local apenas pode governar alguns bairros do este de Caracas e parece estar muito distante de comandar um processo de mudança política nacional. A oposição está debilitada nas suas lideranças e dividida, perseguida judicialmente, escondida. Pelo contrário, o chavismo está mais forte, elementos críticos e dissidentes podem acabar por se tornar coesos em torno de Maduro.” https://www.rebelion.org/noticia.php?id=255529
A recente declaração de Guaidó, num comício em Caracas no sábado, aparentemente tentando elevar o ânimo de seus partidários é uma confissão de derrota. ao dizer que tinha dado instruções “ao nosso embaixador Carlos Vecchio para se reunir imediatamente com o Comando Sul (do Pentágono) para estabelecer um relacionamento direto." “Nós dissemos desde o início que usaremos todos os recursos à nossa disposição para gerar pressão."
 
Guaidó não reunia mais que entre 1 500 e 2000 pessoas segundo a AFP, ao contrário de comícios anteriores, que reuniram milhares de pessoas, não se realizando qualquer desfile ou manifestação pelas ruas de Caracas. (https://www.rt.com/news/459089-guaido-direct-cooperation-us-pentagon/) 
 

Ao fim de todo o tempo e das mais diversas tentativas e provocações, Guaidó não encontra apoio nem nas instituições venezuelanas nem na Constituição. Perdendo apoio na Venezuela, o golpe vive sobretudo das sanções, das ameaças militares externas e do terrorismo mediático.
A tentativa de gerar conflitos armados com a participação de alguns traidores militares falhou. Seria a justificação para a intervenção de tropas de Colômbia, EUA e outros países.
Como disse Anya Parampil, Guaidó só chegaria ao poder sobre um tanque dos EUA. 


A comparação com a guerra civil de Espanha não nos parece descabida. A rebelião fascista, permitiu à Alemanha e Itália intervirem diretamente com armas e homens no conflito, sem o que Franco teria sido derrotado, enquanto os outros países permaneciam como convinha neutros. Pagaram-no caro: foi o prelúdio da 2ª Guerra Mundial.
 
Na UE a estúpida propaganda pró Guaidó, mostra que a cúpula burocrática e oligárquica é incapaz de prever as consequências de uma agressão á Venezuela, que iria reforçar a força dos imperialistas em Washington levando-os à confrontação “final” com a Rússia e a China através do Irão, da Coreia do Norte ou de provocações na Europa do Leste.

 

 

 

13 de maio de 2019

EUA a locomotiva das despesas militares

Manlio Dinuci
A despesa militar mundial – segundo as estimativas publicadas pelo SIPRI [1], em 29 de Abril - ultrapassaram os 1.800 biliões de dólares, em 2018, com um aumento em termos reais de 76% em relação a 1998. De acordo com esta estimativa, a cada minuto gasta-se cerca de 3,5 milhões de dólares em armas e exércitos em todo o mundo. Em primeiro lugar estão os Estados Unidos com uma despesa, em 2018, de 649 biliões. Este número representa o orçamento do Pentágono, incluindo operações militares no estrangeiro, mas não a totalidade da despesa militar dos EUA.
De facto, juntam-se outros elementos de carácter militar. 
- O Departamento dos Assuntos dos Veteranos, que é responsável pelo pessoal militar aposentado, teve um orçamento de 180 biliões de dólares, em 2018. 
- A comunidade dos Serviços Secretos, composta de 17 agências (entre as quais a mais famosa é a CIA), declara um orçamento de 81,5 biliões, que, no entanto, é só a ponta do iceberg dos gastos reais para operações secretas.  
- O Departamento de Segurança Interna gastou 70 biliões em 2018, sobretudo para “proteger, com o serviço secreto, a nossa infraestrutura financeira e os nossos dirigentes mais destacados”. 
- O Departamento de Energia gastou 14 biliões, correspondendo a metade de seu orçamento, para manter e modernizar o arsenal nuclear.
Tendo em conta estes e outros assuntos, a despesa militar dos EUA, em 2018, chega a cerca de 1 trilião de dólares. Como despesa per capita, é equivalente a 3.000 (três mil) dólares por habitante dos Estados Unidos.

As Medidas contra a Venezuela

Javier Alexandre Roa

INTRODUCCIÓN

Los gobiernos de los presidentes Barack Obama y Donald Trump han trabajado intensamente para debilitar y derrocar al gobierno del presidente Nicolás Maduro utilizando todas las herramientas posibles, desde la tergiversación y manipulación de las leyes a través de los organismos internacionales, el desgaste económico a partir de sanciones para bloquear el comercio internacional del país, hasta la guerra sucia indirecta evidenciado en la contratación de paramilitares, infiltración de armas, creación de falsos expedientes, una fuerte campaña de propaganda negativa en los medios masivos de comunicación contra el gobierno y los reiterados intentos de asesinar al mandatario venezolano.
La conspiración de Estados Unidos y de los factores internos contra el proceso político bolivariano comenzó en el primer período del presidente Hugo Chávez. Pudieron ejecutar un golpe de Estado en el año 2002, realizar un paro petrolero y otros intentos de fuerza para derrocar al gobierno.
El complot ha sido continuo y ha redoblado sus malas intenciones en contra del presidente Nicolás Maduro desde que asumió su primer mandato en el año 2013.
¿Acaso Estados Unidos está utilizando a Venezuela como un laboratorio para experimentar con sus métodos coercitivos, para luego, utilizarlos contra otros gobiernos que no obedezcan a sus intereses?
Algunos analistas y expertos militares han llamado a esta persecución y hostigamiento contra el proceso político de Venezuela, "guerra de baja intensidad", donde se mezclan gran cantidad de elementos y hechos que se suceden paralelamente para desestabilizar, causar caos, descontento, debilitamiento y angustia psicológica entre los venezolanos.
Para ello utilizan combinadamente la propaganda en los medios de comunicación, el bloqueo y las sanciones comerciales y financieras, el chantaje a través de los organismos internacionales o los medios políticos para el soborno y la agresión.
El presidente Nicolás Maduro es quizás, dentro de la historia contemporánea, la figura presidencial más asediada y atacada.
A los enemigos no les ha sobrado herramientas para intentar derrocar su gobierno o asesinarlo. Desde el año 2015 (año que la oposición venezolana ganó las elecciones parlamentarias con amplia mayoría), apartando las brutales manifestaciones en Venezuela realizadas por la oposición en el año 2014, han quemado personas por "parecer" chavistas, por su color de piel, modo de vestir o por provenir de zonas populares.
Al menos, ocho hechos fundamentales de conspiración internacional (sin sumar la expulsión de Venezuela en el año 2017 de Mercosur) han buscado el derrocamiento del gobierno, destruir el proyecto político Bolivariano o debilitar las bases del Estado Venezolano.

CRONOLOGÍA DE LAS MEDIDAS COERCITIVAS UNILATERALES CONTRA VENEZUELA

1. El 9 de marzo de 2015, el presidente de Estados Unidos, Barack Obama, (ampliando las sanciones emitidas por el Congreso de Estados Unidos del 10 de diciembre de 2014), firmó una orden ejecutiva en la que declaró a Venezuela como una "amenaza inusual y extraordinaria a la seguridad nacional y política exterior de Estados Unidos". En consecuencia, ordenó sanciones económicas y coercitivas contra el alto gobierno y en lo progresivo contra el conjunto del país.

12 de maio de 2019

Adeus Kilograma

Kilogramme, seconde, mètre, ampère ou kelvin… Le nouveau Système international d'unités, entièrement refondu, prend effet le 20 mai. Il s'arrime aux constantes fondamentales de la physique.


Après cent trente ans de bons et loyaux services, le « grand K » s'apprête à prendre sa retraite. Lundi prochain, ce cylindre de platine iridié conservé depuis 1889 sous une triple cloche de verre au pavillon de Breteuil, dans le parc de Saint-Cloud, va cesser d'être la référence ultime et universelle du kilogramme.
C'était le dernier étalon matériel qu'incluait encore le  Système international d'unités (SI) , cet ensemble de sept unités de base - mètre, kilogramme, seconde, ampère, kelvin, candela (unité de l'intensité lumineuse) et mole (unité de la quantité de matière) - à partir desquelles se déduisent toutes les autres unités de mesure : newton, joule, watt, hertz, coulomb, lumen…

Tremoços

167mil euros mensais , pensão de Jardim Gonçalves.
O que é isto comparado com a pensão media de um trabalhador? Tremoços ou amendoins !
O BCP não quer pagar os 167 mil euros mensais definidos, mas apenas aquilo que refere o artigo 402º do Código das Sociedades Comerciais: nenhum ex-administrador pode receber mais do que o valor mais alto pago aos administradores em funções. Miguel Maya, o presidente executivo da instituição, recebeu em 2018 587 mil euros anuais, em termos brutos, que, dividindo por 14 meses, resulta em menos de 42 mil euros.

42 mil euros mensais !...uma miséria...Coitado do Jardim
Andámos e andamos todos a trabalhar para a banca , isto e , para os banqueiros e grandes accionistas ...São as delicias da privatização da banca ...

11 de maio de 2019

Estrategia económica

Vladimir Kvint et le concept de stratégie économique, par Jacques Sapir

Vladimir Kvint a publié un ouvrage important sur la théorie et la pratique de l’action stratégique dans le marché globalisé[1]. Kvint est un économiste mais aussi un stratège, qui a fait une brillante carrière dans trois pays, en Union soviétique tout d’abord, où il fut élu membre de l’Académie des Sciences en 1982, aux Etats-Unis ensuite, puis en Russie où il enseigne à l’Ecole d’Economie de Moscou et ou depuis 2007, il est directeur du département de la stratégie financière de cette école dans le cadre de l’Université d’Etat Lomonossov. Il est aussi président de l’Académie internationale des marchés émergents.

Vladimir Kvint
Cet ouvrage pose donc la question de savoir comment une action stratégique peut être conçue et mise en œuvre dans l’économie du XXIème siècle. C’est une ambition considérable. Kvint a donc produit un livre important, que ce soit sur le plan théorique ou sur celui descriptif. Cet ouvrage de 520 pages est donc très riche et compte de très nombreuses références qui sont souvent d’une grande richesse. On peut le lire comme une analyse des grands problèmes que pose aujourd’hui l’existence d’un marché globalisé. Mais, on peut le lire aussi comme un essai sur l’action économique. C’est cette lecture, plus théorique, que l’on revendique ici. Non que les parties plus appliquées de l’ouvrage soient négligeables. Bien au contraire ; elles imposeraient une réflexion sur la notion de « marché globalisé », sur l’interconnexion, réalisée ou pas, entre les différentes économies, sur les dynamiques internationales que l’on peut aujourd’hui déduire de l’évolution économique internationale. Il se fait que je prépare une nouvelle édition de mon ouvrage de 2011, qui devrait paraître en décembre 2019[2]. J’y renvoie le lecteur. Mais, pour importantes que soient ces parties, elles me semblent moins fondamentales que les parties plus proprement théoriques. C’est pourquoi cette recension va donc s’y consacrer.

Un ouvrage ambitieux
L’ambition de l’ouvrage est considérable, on l’a dit. En effet Vladimir Kvint s’oppose frontalement à tous ceux qui expliquent que dans une économie globalisée les règles et les normes s’imposent et les dirigeants ne peuvent que réagir aux conséquences de ces règles et normes. Ce qui avait fait émerger le phénomène de la mondialisation et l’avait constitué en « fait social » généralisé était un double mouvement. Il y avait à la fois la combinaison, et l’intrication, des flux de marchandises et des flux financiers ET le développement d’une forme de gouvernement (ou de gouvernance) où l’économique semblait l’emporter sur le politique, les entreprises sur les Etats, les normes et les règles sur la politique. Sur ce point, nous ne pouvons que constater une reprise en mains par les Etats de ces flux, un retour victorieux du politique. Ce mouvement s’appelle le retour de la souveraineté des Etats. Or, la souveraineté est indispensable à la démocratie[3]. Nous avons des exemples d’Etats qui sont souverains mais qui ne sont pas démocratiques, mais nulle part on a vu un Etat qui était démocratique mais n’était pas souverain. Être souverain, c’est avant tout avoir la capacité de décider[4], ce que Carl Schmitt exprime aussi dans la forme « Est souverain celui qui décide de la situation exceptionnelle »[5]. Sur cette question de la souveraineté il ne faudra donc pas hésiter à se confronter, et pour cela à lire, à Carl Schmitt[6] si l’on veut espérer avoir une intelligence du futur. Car, la question du rapport de la décision politique aux règles et aux normes, et donc la question de la délimitation de l’espace régi par la politique et de celui régi par la technique, est bien constitutive du débat sur la souveraineté[7].
Vladimir Kvint se prononce pour une description de l’univers économique comme traversé des projets antagoniques, comme un espace de rapports de force, mais aussi des spécificités des actions et des acteurs. C’est un espace « rugueux » et non un espace lisse, comme les économistes néoclassiques le rêvent. Ces économistes enferment en réalité l’économie dans le commerce et dans l’échange. L’économie s’apparente alors à la terre et non à la mer[8].

10 de maio de 2019

A justiça social de um banco privado !

BCP paga 12,58 milhões aos trabalhadores e 30 milhões aos acionistas

O conselho de administração do BCP validou a proposta de pagamento de dividendo de 0,2 cêntimos por ação. Aos trabalhadores, também por conta de distribuição de resultados, será pago um prémio de 12,58 milhões.Ora aqui está uma proporção equilibrada e justa !!!


Coisas que eles (não) dizem - 6

A UE e o direito internacional

Na UE as decisões dos EUA sobrepõem-se ao direito internacional. A intoxicação das consciências pelos media é feita nesta conformidade.
A Carta da ONU ou Resoluções da sua Assembleia Geral, não pertencem aos “valores” da UE subordinados aos interesses do imperialismo e da finança.
A UE adotou comportamentos da pirataria de corsários roubando valores financeiros pertencentes à Venezuela (por ex. 1,5 mil milhões de euros no Novo Banco, de um total de 25 mil milhões de euros nos EUA e UE) enquanto derramam lágrimas de crocodilo pelas dificuldades do povo venezuelano. Sanções são aplicadas, aplicando a Cuba, Venezuela, Síria, Coreia do Norte, Rússia, por não se subordinarem ao imperialismo e suas transnacionais. Contudo, a UE nada diz ou faz relativamente à Arábia Saudita e a Israel que cometem crimes de guerra respetivamente no Iémen e na Palestina. Isto para além, das guerras de agressão que a UE moveu e move noutros países.
Os princípios básicos do direito internacional foram definidos na Carta das Nações Unidas, criada com “o objetivo de proporcionar condições de estabilidade e bem-estar, necessárias às relações pacíficas e amistosas entre as Nações, baseadas no respeito do princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos e na “igualdade soberana de todos os seus membros”. Lá se estipula que:
“Os membros da Organização deverão resolver as suas controvérsias internacionais por meios pacíficos, de modo a que a paz e a segurança internacionais, bem como a justiça, não sejam ameaçadas (Art. 2.3), e que “os membros deverão abster-se nas suas relações internacionais de recorrer à ameaça ou ao uso da força, quer seja contra a integridade territorial ou a independência política de um Estado, quer seja de qualquer outro modo incompatível com os objetivos das Nações Unidas”.
A Resolução da AG da ONU 36/103 de 9 de dezembro de 1981. determinou que:
"1. Nenhum Estado tem o direito de intervir, direta ou indiretamente, por qualquer motivo, nos assuntos internos ou externos de outro Estado. Consequentemente, não só a intervenção armada, mas também qualquer outra forma de interferência ou ameaça dirigida contra a personalidade de um Estado ou contra os seus elementos políticos, económicos e culturais, são condenados.
2. Nenhum Estado poderá aplicar ou encorajar o uso de medidas económicas, políticas ou outras medidas para obrigar outro Estado a condicionar o exercício de seus direitos soberanos ou a obter dele quaisquer benefícios de qualquer natureza. Todos os Estados devem também abster-se de organizar, assistir, fomentar, financiar, incentivar ou tolerar atividades armadas subversivas ou terroristas destinadas a mudar violentamente o regime de outro Estado, bem como intervir nas lutas internas de outro Estado.
Veja-se também a Resolução 2131 da AG da ONU de 21/12/1965 que logo a abrir estipula: "Todos os povos têm um direito inalienável à plena liberdade, ao exercício da sua soberania e à integridade de seu território nacional, e de determinar livremente seu estatuto político e livremente procurar o seu desenvolvimento económico, social e cultural".
A que “comunidade internacional” pertence afinal a UE, quando dos 197 Estados reconhecidos pela ONU, apenas 34 reconheceram o fantoche Guaidó?

 

 

8 de maio de 2019

Os direitos humanos do Império

http://cepr.net/images/stories/reports/venezuela-sanctions-2019-04.pdf

Les sanctions économiques en tant que punition collective : le cas du Venezuela (Center for Economic and Policy Research)



Note du Traducteur : voici la traduction (partielle) du rapport du CEPR. Les lecteurs sont invités à consulter l’original pour les notes, références et sources mentionnées.
Sommaire
Cet article examine certains des impacts les plus importants des sanctions économiques imposées au Venezuela par le gouvernement américain depuis août 2017. Il constate que la plupart des conséquences de ces sanctions n’ont pas été ressenties par le gouvernement, mais par la population civile

Vão roubar para outro lado

Não chega o  que têm ganho com as escandalosas comissões ?
Não chega o que ganharam e continuam a ganhar com os beneficios fiscais , com as ajudas do Estado e do BCE via contribuintes portugueses?
Para que servem ? Para especularem , distribuir chorudos dividendos aos grandes accionistas e dar fabulosos ordenados aos gestores .
O que está a fazer a Caixa nesta reunião ? A dar cobertura a mais uma espoliação ?

"Banqueiros defendem que multibanco deve ser pago"

"Os presidentes do BCP, BPI, Caixa Geral de Depósitos e Novo Banco consideram que as caixas automáticas estão a prestar um serviço e que, por isso, a sua utilização deve ser paga."Quem presta um serviço são os utentes que se levantassem o dinheiro aos balcões criavam o caos ... Quantos trabalhadores seriam necessários. Pela calada andam a encher o país da ATMs pagos e agora querem passar ao assalto à luz do dia.O regresso da Banca ao sector publico com gestores ao serviço da economia e do povo é uma necessidade objectiva

7 de maio de 2019

Santander

50 milhões os ganhos do S. Totta com a dívida publica !
 Benditas as privatizações !
 Bendito BCE
"O Santander Totta obteve um lucro de 137 milhões entre janeiro e março deste ano, o que representa uma melhoria de 5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. "
Quanto destes lucros ficam em Portugal ? 
Ainda segundo a Administração " os resultados de operações financeiras alcançaram os 50 milhões de euros ", o que, segundo o banco , traduz a "gestão das carteiras de dívida pública". 

6 de maio de 2019

Coisas que elas (não) dizem - 5

Depois de mais um golpe falhado na Venezuela, o fantoche Guaidó, obedecendo à voz do dono, prossegue as suas pantominas - a tragicomédia venezuelana - voltadas sobretudo para exibição nas televisões da “comunidade internacional” (NATO e Cia.)
Durante semanas, a mando do império, os media controlados, propagaram as habituais mentiras de caos e indignação. Quem visitava o país via o contrário apesar das dificuldades criadas pelas sanções dos países da NATO.
Alfred de Zayas, ex-especialista em direitos humanos e direito da ONU, criticou duramente as reportagens sobre a Venezuela: "Estamos mergulhados num oceano de mentiras" “Quando fui à Venezuela, estava predeterminado a encontrar uma crise humanitária". “Eu andei pelas ruas, falei com pessoas de todos os tipos, e esse não foi o caso. Isso significa que eu fui manipulado, eu menti e arrependo-me disso. (https://thegrayzone.com/2019/03/20/un-human-rights-expert-blasts-manipulation-on-venezuela-we-are-swimming-in-an-ocean-of-lies/amp/)
Nos EUA, responsáveis como Mike Pompeo, John Bolton, Elliott Abrams davam para breve a "mudança de regime" em Caracas garantindo que altos funcionários e comandos militares venezuelanos tinham deixado de apoiar Maduro. A "mudança de regime" estava marcada para terça-feira, 30 de abril.
Os media controlados repetiam-no exaustivamente. O mais que conseguiram foram duas dúzias de desertores militares e libertar Leopoldo Lopez, um líder da oposição, em prisão domiciliar, após comutação dos 13 anos de prisão a que fora condenado pelo seu papel em mortes durante protestos contra o governo de 2014. Quanto à mobilização “popular” foi de algumas centenas. (http://www.informationclearinghouse.info/51540.htm)
Aliás, em 30 de março, Guaidó decidiu, isto é, os seus patrões mandaram-no, entrar no bairro operário El Valle em Caracas. Mas este fantoche é desprezado pelo povo, tendo que ser protegido pelas forças de segurança do governo legal que tenta derrubar! https://twitter.com/MaxBlumenthal/status/1112131499464294400
O fracassos da conspiração oligárquica dos EUA/UE teve outra derrota. Pretendiam um financiamento do FMI de 10 mil milhões de dólares para a conspiração (a dívida dos EUA, de mais 22 milhões de milhões de dólares, já pesa nas decisões).
Porém, não conseguiram maioria no comité executivo do FMI para reconhecer Juan Guaidó como "presidente interino" da Venezuela. Nem no FMI, Guaidó conseguiu ser reconhecido apesar dos esforços dos EUA! (https://orinocotribune.com/back-to-the-us-imf-directive-does-not-recognize-juan-guaido)
Alguém viu isto nos media nacionais?! .
A conspiração prossegue com ameaças de a ação militar direta dos EUA, (a Rússia veio novamente dizer que isso conduziria a uma catástrofe) sanções e canhestras tentativas de desestabilização de Guaidó apostado em instaurar um fascismo e tornar o seu país numa colónia. Guaidó é um individuo ao nível do simbólico Quisling - nome do norueguês que ficou para a História por ter chefiado em nome dos nazis o governo da Noruega entre 1940 e 1945, após a ocupação pela Alemanha.
Não esqueçamos o papel da UE em tudo isto. Estão bem à vista os “valores” e a democracia que defendem.