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20 de maio de 2019

Os “presstitutos” desviam os olhos do relatório da ONU sobre a Venezuela, (1ª parte)

Eis o essencial de um texto de Paul Craig Roberts (1)

“Não acham que é algo suspeito que os media orquestrem falsas notícias sobre "crise humanitária" na Venezuela, mas ignorem totalmente verdadeira crises humanitárias no Iémen e em Gaza?
Não acham que é realmente suspeito que o relatório do perito, Alfred Maurice de Zayas, enviado pela ONU à Venezuela para avaliar a situação, não tenha merecido nenhum interesse dos media ocidentais ou dos governos?
Não acham que vai além do aceitável, Washington roubar 21 mil milhões de dólares do dinheiro da Venezuela, impor sanções num esforço para desestabilizar o país e colocar o governo venezuelano de joelhos, culpar o socialismo venezuelano (essencialmente a nacionalização da companhia petrolífera) por gerar "fome para o povo".
Quanto à alegada crise humanitária na Venezuela, Zayas tdiz o seguinte:



“Os relatórios de dezembro de 2017 e março de 2018 da FAO listam as crises alimentares em 37 países. A República Bolivariana da Venezuela não está entre eles."
“Em 2017, a República Bolivariana da Venezuela solicitou ajuda médica do Fundo Global de Combate à SIDA, Tuberculose e Malária, o pedido foi rejeitado, porque a Venezuela “ainda é um país de alto rendimento e, como tal, não é elegível'”.
“A “crise” na Venezuela “não pode ser comparada com as crises humanitárias em Gaza, Iémen, Líbia, Síria, Iraque, Haiti, Mali, República Centro-Africana, Sudão do Sul, Somália ou Mianmar, entre outros”.
A fim de desacreditar governos selecionados, as falhas no campo dos direitos humanos são maximizados de modo a tornar o seu derrube pela violência aceitável. Direitos humanos tornaram-se uma arma contra nações rivais.
No parágrafo 37 de seu relatório, Zayas diz: “As sanções económicas e os bloqueios modernos são comparáveis ​​aos cercos medievais de cidades com a intenção de forçá-los a renderem-se. As sanções do século XXI tentam trazer não apenas uma cidade, mas colocar países soberanos de joelhos.”
Uma diferença, talvez, é que as sanções do século XXI são acompanhadas pela manipulação da opinião pública através de "notícias falsas", relações públicas agressivas e uma retórica de direitos humanos falsos, para dar a impressão de que um "objetivo" de defesa de direitos humanos justifica o uso de expedientes criminosos.
“Existe uma ordem mundial jurídica horizontal regida pela Carta das Nações Unidas e princípios de igualdade soberana, mas também uma ordem mundial vertical que reflete a hierarquia de um sistema geopolítico que liga Estados dominantes ao resto do mundo de acordo com as forças armadas e poder económico. Este último, o sistema geopolítico gera crimes geopolíticos, em total impunidade”.
O relatório expressa preocupação com o nível de desinformação que envolve a narrativa sobre a Venezuela. “Uma inquietante campanha dos media procura forçar os observadores a uma visão preconcebida de que existe uma “crise humanitária” na República Bolivariana da Venezuela. Um perito independente deve ter cuidado com os excessos de linguagem, tendo em mente que "crise humanitária" é um termo que pode ser usado como pretexto para uma intervenção militar ". (continua)

2 comentários:

Anónimo disse...

Muito interessante

Anónimo disse...

Merecia maior divulgação