Linha de separação


31 de julho de 2019

Coisas que eles (não) dizem - 14


Quem havia de dizer?! Desde há meses que se realizam conversações de paz entre os EUA e os Talibans para terminar com 18 anos de guerra. Mais uma guerra que os EUA não ganharam apesar de inúmeros bombardeamentos, sacrifícios e mortes entre a população civil, um país levado ao caos. que se tornou o maior produtor de heroína.
Eis evidenciada a farsa dos direitos humanos e democracia defendida pelo imperialismo.
Um recente relatório da ONU refere que as forças governamentais e da coligação dos EUA matam mais civis que os Talibans. Os EUA perderam ali muitos dos seus militares, mortos ou feridos, outros regressam afetados com depressões de stress traumático. Quanto à despesa isso pouco importa aos EUA já que ela é está à conta dos países que têm o dólar EUA como moeda internacional de referência. O euro é apenas subsidiário do dólar tal como o yen do Japão.
Porém as conversações começam com os EUA em desvantagem já que os Talibans controlam mais de metade do território afegão e os EUA não conseguiram senão impor governos altamente corruptos, incompetentes, incapazes de dar um mínimo de estabilidade e condições de vida ao povo afegão. Esta a obra dos “combatentes da liberdade” como forram qualificados em Washington.
 
Não esqueçamos que tudo isto foi iniciado nos anos 70 com a intervenção direta da Arábia Saudita e Paquistão para derrubar o governo progressista, que iniciava transformações socialistas, na sequência do derrube do sistema feudal existente.
Um outro caso mostra a insanidade do imperialismo EUA e seus vassalos, colocando o mundo em situações de pré-guerra iminente. Dado que a China ignora as sanções contra o Irão e continua a adquirir-lhe petróleo, os EUA decidiram aplicar sanções extra à China.
 
No Brasil de Bolsonaro que tem como programa transformar o país numa colónia dos EUA, dois navios iranianos carregados com cereais, foram deixados à deriva tendo-lhes sido recusado o reabastecimento de combustível, a partir de uma ordem direta da Administração dos EUA. O Irão fez saber que não serão retomadas importações do Brasil (trigo, milho, soja, carne) no valor de 2 mil milhões dólares por ano até os navios serem reabastecidos. (1)
 
Entretanto democratas e republicanos aprovaram na Câmara dos Representantes o orçamento militar para os próximos dois anos: 1,48 milhões de milhões de dólares, 724 mil milhões por ano, mais que todas as restantes despesas governamentais limitadas a 650 mil milhões por ano. (2)

O complexo militar industrial capturarou o que restava de democracia nos EUA, porém mesmo com aqueles valores exorbitantes não conseguiram vencer no Afeganistão, na Síria, no Iémen (guerra por procuração da Arábia Saudita) apenas conseguem disseminar sofrimento e caos por todo o lado com a cumplicidade da UE/NATO e do jornalismo submetido aos interesses da oligarquia.

2 . http://www.informationclearinghouse.info/52001.htm

 







25 de julho de 2019

Coisas que eles (não) dizem - 13

Um documento militar chinês acusa os EUA de degradarem a segurança global na busca da "superioridade absoluta", adotando “políticas unilaterais” e provocarem a concorrência armamentista entre as principais potências mundiais. Pequim concentra-se agora em ter um exército de "classe mundial".
Pequim acredita que os EUA procuram “inovações tecnológicas e institucionais em busca da superioridade militar absoluta”. Especialistas militares dos EUA insistem em que os EUA devem desenvolver "novas formas de guerra" ou arriscar "derrotar" a Rússia e a China.
Isto mostra que a classe dirigente dos EUA se divide não entre democratas e republicanos, mas entre os que querem a guerra o mais breve possível - e fazem por isso - e os que defendem o uso de métodos a mais longo prazo, de conspiração, ingerência, corrupção de dirigentes, propaganda hostil, sanções, etc., que deram origem às “revoluções de veludo”, ao fim da URSS e países socialistas europeus e á criação países caóticos e disfuncionais em todos os continentes. Claro que estas estratégias apenas diferem em questões de planeamento. O objetivo é idêntico: guerra e caos mundial, para instaurar a chamada "democracia liberal" isto é, o capitalismo monopolista transnacional.
A China ressente-se da recente venda massiva de armas dos EUA a Taiwan, onde "forças separatistas" representam “a mais grave ameaça imediata à paz e estabilidade” na área. Pequim "não prometerá renunciar ao uso da força" ao lidar com a ilha e "derrotará resolutamente qualquer um que tente separar Taiwan da China", adverte.
O documento chinês reconhece que o Exército de Libertação do Povo "ainda está muito atrás das principais forças armadas do mundo" e corre o risco de ser apanhado de surpresa devido a uma "crescente lacuna nos avanços tecnológicos militares". Para lidar com isto, a China irá atualizar as suas forças procurando transforma-las progressivamente em "forças de classe mundial”.
O caso muda de figura quando se considera o potencial militar conjunto da China com a Rússia. Embora documentos dos EUA mostrem a China como o adversário número um. O Pentágono adverte que Pequim - juntamente com a Rússia - está prestes a derrotar os EUA no ciberespaço, defesa aérea e tecnologia militar, propondo que os EUA gastem mais dinheiro nas forças armadas. (ver https://www.rt.com/news/464931-china-white-paper-us/)
Entretanto, bombardeiros russos e chineses fazem a sua primeira patrulha conjunta na região da Ásia-Pacífico (https://www.rt.com/news/464871-video-china-russia-bombers/)

Sobre as novas armas russas ver: “A perda da supremacia militar e a miopia do planeamento estratégico dos EUA, um livro de Andrei Martyanov (1ª e 2ª partes)

 

22 de julho de 2019

Coisas que eles (não ) dizem (12)

No passado dia 28 de junho realizou-se uma reunião em Viena, entre a França, Reino Unido, Alemanha, Rússia, China e Irão. Desde maio de 2018, quando os EUA se retiraram do acordo nuclear com o Irão, que esta reunião era pretendida. Os media dominantes  ignoraram-na totalmente ou quase. Por muito que finjam atacar Trump, veiculam todas as provocações e falsas notícias dos extremistas neoconservadores que o rodeiam, verdadeiros fautores da instabilidade global e de guerras.

A reunião realizou-se sob a ameaça dos EUA contra qualquer entidade que negoceie com o Irão. Brian Hook, representante especial dos EUA para o Irão, disse então aos participantes da UE/NATO: "Vocês devem escolher entre Washington e Teerão".

O resultado da reunião de Viena pode ser considerado uma vitória para a Rússia, a China e o Irão, pelo anúncio da ativação imediata do mecanismo europeu INSTEX, que visa contornar as sanções dos EUA,

O INSTEX é uma ferramenta baseada no euro que permite ao Irão vender o seu petróleo para países da UE em troca de bens (apenas produtos alimentares e médicos) que o Irão compre; o saldo dessas operações torna-se crédito bancário.

Embora o Irão pretendesse garantir a compra de cerca de 500 mil barris por dia, os países da UE/NATO representados ofereceram cerca de 250 mil barris por dia.

A China anunciou a sua intenção de se juntar à INSTEX, para cobrir o pagamento das suas compras de petróleo iraniano, retomando a compra de 650 000 barris por dia, correspondendo a quase um terço das vendas diárias de petróleo iraniano. A China venderá um equivalente de bens da sua própria produção.

Os russos anunciaram que também serão parceiros da INSTEX, embora já tenham criado empresas offshore, protegidas por um decreto presidencial contra sanções, para comprar e revender petróleo iraniano como contribuição a proteção do acordo.


por Nasser Kandil

 

 

Grandes objectivos , opções estratégicas

ELEIÇÕES LEGISLAIVAS 06OUT19
APRESENTAÇÃO PROGRAMA ELEITORAL PCP 2019
AGOSTINHO LOPES

0.Saudações
Antes de dar a palavra ao C. JS, SG do PCP para apresentar os grandes objectivos, opções estratégicas, eixos centrais e principais medidas do Programa Eleitoral do PCP, alguma contextualização. 
1.A ENVOLVENTE POLÍTICO-MEDIÁTICA
Estávamos em 2015 a caminho de eleições. A grande novidade da época era o Relatório do PS “Uma Década para Portugal” de Centeno, base do Programa do PS. Uma verdadeira “comoção” percorria a comunicação social. A Coligação PSD/CDS, poucos dias antes tinha apresentado o seu programa/cenário eleitoral na Assembleia da República, disfarçado de PEC/PNR! (Aliás a Coligação exigiu que a credibilidade, a consistência económica, do Relatório PS fosse examinada pela UTAO e CFP!)
As iniciativas foram transformadas pelos medias no selo de garantia da “credibilidade económica” dos programas eleitorais. Sim senhor! Isto trabalho sério. Não as fraudes costumeiras das promessas eleitorais! Uma nova era tinha sido aberta nas eleições portuguesas! 
Tinha sido interessante, que ao chegarmos ao fim da Legislatura esses partidos fizessem contas de comparar! E se não eles, que pelo menos os arautos mediáticos da «credibilidade», comparassem cenários, programas e resultados!
Mas comparemos nós o Relatório e o Impacto Financeiro do Programa Eleitoral do PS (19AGO15) com as perpectivas do PE 2019/2023 de Abril passado.

A religião neoliberal

Economia mundial
A religião neoliberal

Carlos Carvalhas


As «crises cíclicas», as «crises financeiras», os elevadíssimos recursos saídos dos Orçamentos de Estado para salvar bancos, banqueiros e grandes accionistas, a acentuação das desigualdades, a polarização da riqueza e a redução de direitos e do poder aquisitivo dos trabalhadores, têm levado ao descrédito políticos e economistas e as políticas neoliberais por estes seguidas.
Rebatizadas de políticas de austeridade, as políticas neoliberais tiveram por efeito uma elevada concentração e centralização de capitais e a sua aplicação em plena recessão agravou a crise com quedas brutais do produto, a intensificação da exploração, o aumento do desemprego e da emigração, com dolorosas situações sociais.
O resultado da «contra-revolução conservadora» iniciada por Margaret Thatcher e Ronald Reagan, designadamente no campo da teoria económica, é trágico.
No entanto, os dominantes, depois do susto da crise 2007/09, procuraram de novo retomar a ofensiva, fazendo do charlatanismo económico uma ciência e procuram que esta seja a base do ensino universitário. Escudam-se em modelos abstractos e classificam de «ciência» económica o culto de um qualquer modelo matemático apesar de serem contrariados pela prova dos factos.
Em vez de formação procura-se a deformação, criando um corpo de defensores de uma «Teoria Económica» que sirva os dominantes e lhes salvaguarde os privilégios.

19 de julho de 2019

EUA - um caldeirão em ebulição

A propósito do declínio dos EUA
Jorge Cadima

Nos EUA avoluma-se uma crise profunda, cujos efeitos se estendem a todos os campos -
económico, financeiro, social, político, militar, sanitário e mesmo demográfico. As suas raízes
residem na crise sistémica do capitalismo, mas também no declínio relativo dos EUA face a
outras potências, na insustentabilidade da sua situação financeira e na brutalidade da sua
dominação de classe.
Os mecanismos com que a classe dirigente norte-americana tem procurado enfrentar o seu
declínio não apenas não o inverteram, como contribuíram para acentuar esse declínio. Trump
expressa essa crise. ‘Tornar de novo grande a América’ é uma ilusão que não reflecte a
realidade mundial em mudança. Mas o perigo de que tudo termine numa aventura catastrófica
é enorme.

Um país em crise
Os EUA são um caldeirão em ebulição. A ofensiva de classe das últimas décadas traduziu-se

numa baixa acentuada dos níveis de vida de grande parte da população trabalhadora. Tornou-
se frequente que, mesmo trabalhadores com duplo emprego, mal consigam sobreviver (1).

18 de julho de 2019

Fake news

Fake News e manipulação
Fernando Correia
Jornalista.
As Fake News (FN) estão na moda. É um bom tema para discutir e, principalmente, aprofundar.
Mas, em si próprias, as notícias falsas estão longe de constituir o elemento mais importante
para nos guiar no combate por uma informação verdadeiramente comprometida no
aprofundamento da democracia em todas as suas vertentes. O conceito recentemente
vulgarizado pela União Europeia de desinformação não se afigura suficientemente operacional
para nos ajudar neste combate, que para alguns parece ser coisa nova, contra uma outra
realidade: a manipulação da informação. Uma realidade indissociável de contextos
económicos, políticos, sociais e ideológicos que não podem ser ignorados, sob pena de o
combate ser apenas de faz de conta.
Neste século e na sociedade capitalista em que nos inserimos, falar do panorama mediático, e
particularmente das FN, leva-nos a ter como referência os Estados Unidos. País onde não são
apenas, só por si, os grandes monopólios da informação que dominam os media e condicionam
e influenciam a opinião pública nacional e também a dos países ocidentais e de grande parte
do chamado Terceiro Mundo. E a situação não é de agora. Nos anos 80 do século passado
funcionavam mais de duas dezenas de organismos estatais vocacionados para essa tarefa.

14 de julho de 2019

A Farsa das Relações com a Rússia

Manlio Dinucci relata a viagem de Vladimir Putin a Roma. Não há nada de novo em comparação com as outras viagens nos países da União Europeia, salvo a grande diferença retórica do governo de Giuseppe Conte: ele apresenta-se como um “soberanista,” se bem que obedeça aos desejos da NATO, como fazem os outros.
O estado das relações entre a Itália e a Rússia é “excelente”: afirmou o Primeiro Ministro Conte, ao receber em Roma, o Presidente Putin. A mensagem é reconfortante, na verdade, soporífera em relação à opinião pública. Limitamo-nos, fundamentalmente, ao estado das relações económicas.
A Rússia, onde funcionam 500 empresas italianas, é o quinto mercado extra-europeu para as nossas exportações e fornece 35% da procura italiana de gás natural. O intercâmbio - Putin especifica - foi de 27 biliões de dólares em 2018, mas em 2013 chegou a 54 biliões. Portanto, reduziu para metade o que Conte designa como a “deterioração das relações entre a Rússia e a União Europeia, que conduziu às sanções europeias” (decididas, na realidade, em Washington).

Capoulas auto apelidado D. Dinis , Cristas & CAP - desastre pinhal Leiria & floresta

D.DINIS II, O REFORMADOR
Agostinho Lopes
Não adianta. Tudo como dantes Quartel-General em Abrantes na floresta portuguesa. Oxalá o tempo deste Junho fresco se mantenha por muitos e bons anos e meses. Assim poderemos continuar a dizer, como dissemos depois dos Incêndios Florestais de 2003 e 2005, que tudo corria bem. Que a área ardida em cada ano não chegava aos 100 mil hectares fixados na Estratégia Nacional das Florestas. Que graças às medidas de vários governos o problema estava resolvido. E fundamentalmente graças ao muito papel/legislação do Diário da República produzido. Infelizmente a tragédia estava aqui ao pé da porta, à nossa espera. Pedrogão em 17 de Junho e Beiras a 15 de Outubro. Ainda nos dói e vai doer-nos outra vez na alma. Oxalá o diabo seja cego, surdo e mudo. Oxalá todas as previsões de aves de agouro falhem desta vez. Mas quem acreditar, deve rezar.
É difícil não denunciar a fraude de quem quase resume a resolução do problema à aplicação a todo o país de uma coisa a que chamam «cadastro simplificado». Instrumento que irá permitir que uma Empresa Pública Florestal faça a gestão das áreas ditas abandonadas e/ou sem dono e livrar do fogo do inferno a floresta portuguesa. Que tal «cadastro simplificado» vai permitir «um programa de médio e longo prazo de gestão florestal» (1). E diz isto, quem é responsável pelos milhares de hectares de floresta pública ardida. Como aconteceu nesse fatídico ano no Pinhal de Leiria. Responsável por milhares de hectares de floresta baldia, onde era cogestor, queimada. Quem, passado um ano da experiência piloto do tal «cadastro» em dez concelhos, atingiu «50% dos 600 mil prédios existentes» (1)! Agora «iremos ter, dentro de quatro anos o país cadastrado» (1). Isto é, vai resolver em 4 anos em mais de 200 concelhos! Triste sina, mas é um facto que o Diário da República não impede nem combate fogos! 
A focagem absoluta no «cadastro simplificado» e «terras abandonadas» é pura manobra de diversão. Não se dá um passinho, mesmo de passarinho, para resolver o problema dos preços da matéria lenhosa. Bem pelo contrário, chumbam-se as iniciativas mais simples para iniciar essa abordagem nuclear. E, sem preços da madeira, não há e não haverá nunca gestão activa. Mas pode ser que agora tudo se resolva com a substituição da área de pinheiros e eucaliptos por painéis solares, peça de grande impacto ambiental, da «transição energética» do ministro do Ambiente. Solução radical: quando tivermos toda a floresta substituída por painéis solares haverá outros incêndios, mas florestais não! É claro que os ditos «sumidouros de carbono», «fábricas de tratamento» do CO2/função clorofilina, também desaparecerão… Mas isso é preciso para alguma coisa, se atingirmos as ditas metas de renováveis fixadas pela UE?!? Não se avança no investimento que o próprio secretário de Estado das Florestas reconhece que «É preciso investir muito mais na floresta». Não se concretiza o necessário reforço dos recursos humanos, apesar de tudo o que foi decidido e orçamentado em OE. Vamos nas 322 equipas de sapadores florestais. Mas não devíamos estar a chegar às 500? E os guardas florestais? Qual é a área de fogo controlado executada? Tem alguma coisa a ver com as metas o que os próprios serviços oficiais avançaram? E as faixas primárias de gestão de combustível? Depois dos PROF (Planos Regionais de Ordenamento Florestal) com anos de atraso (e sem revisão actualizada das «metas da composição da floresta»), só agora (Junho) chegou o Inventário Florestal. Com quatro anos de atraso e sem ter em conta as áreas ardidas de 2017 e 2018! Em carta à Assembleia da República, na entrega do Relatório 1º Semestre de 2019, o Observatório Técnico Independente, escreve que não «foi disponibilizada qualquer informação quanto ao Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais», pelo que o não pode analisar (alínea e) do artº 2º da Lei 56/2018)! Percebem-se bem as razões da recusa do Governo a prestar contas rigorosas do trabalho feito, em matéria de prevenção e ordenamento florestais, na Assembleia da República. E mais não se acrescenta ao rol, para que a angústia não se espalhe.
Oxalá chova muito…

  1. Capoulas Santos, Público, 04JUL19

13 de julho de 2019

Contornar o império do dólar

A new report by the American Foundation for Defense of Democracies (FDD) says the US’ geopolitical adversaries are deploying blockchain technology to help avoid sanctions and counter US financial power.
According to the FDD, with the increase of adoption of cryptocurrencies around the world, efforts are underway to build new systems for transferring value that work outside of conventional banking infrastructure.
Governments in Russia, China, Iran, and Venezuela are experimenting with the technology that underpins the crypto market, said the report. They are prioritizing blockchain technology as a “key component of their efforts to counter US financial power.

9 de julho de 2019

Atenção ao Deutsche Bank


De novo e mais uma vez a banca
Deutsche Bank : un risque de type Lehman Brothers 

On ne prête pas assez attention à ce qui se passe en Europe et en Allemagne au plan bancaire. Il y a à la fois de la complaisance et de l'ignorance.

Il n'y a pas d'analyste spécialiste du secteur bancaire dans les médias, le sujet est trop complexe.

En ce qui concerne la crise Deutsche Bank (DB), certains professionnels de la City n'hésitent pas à parler d'un risque de type Lehman Brothers – dont l'effondrement avait précipité la crise de 2008 – car des très gros clients internationaux retirent leurs fonds et leur activité de la DB.


 
Une vilaine chaîne cumulative peut s'enclencher : en effet, le leverage [endettement destiné à faire jouer l'effet de levier, NDLR] de la DB est encore colossal si on tient compte du fait que les dérivés équivalent à une forme de leverage. La capacité bilantielle de la DB est en chute libre, ce qui se ressent sur tous les marchés.

Un sujet tabou

La banque, les banques, c'est un sujet barré, tabou, pour des raisons de budgets publicitaire également... et aussi parce que les groupes de médias ne tiendraient pas sans les appuis bancaires qui vont jusqu'au soutien abusif.

Je suis persuadé qu'Emmanuel Macron, qui n'est pas stupide et a des amis banquiers bien placés, sait tout cela.

Deutsche Bank, le plus grand prêteur en Allemagne, le géant des dérivés mondiaux, a annoncé un ambitieux plan de restructuration. Un de plus. Il devrait coûter 7,4 milliards d'euros.

La Deutsche Bank va quitter le métier des actions, réduire considérablement la banque d'investissement. C'est une sorte de liquidation douce ! Environ 74 milliards d'euros d'actifs pondérés en fonction du risque seront logés dans une banque pourrie, une structure de défaisance, a déclaré le prêteur.

Et dire que les Allemands se moquaient des Italiens, se permettaient de leur donner des leçons et de poser des exigences !
notes de Bruno B

7 de julho de 2019

O dólar a UE e o Irão

Goodbye Dollar, It Was Nice Knowing You!

Philip Giraldi

https://www.translatetheweb.com/?from=en&to=fr&dl=en&rr=HE&a=https%3a%2f%2fwww.strategic-culture.org%2fnews%2f2019%2f07%2f04%2fgoodbye-dollar-it-was-nice-knowing-you%2f

Over the past two years, the White House has initiated trade disputes, insulted allies and enemies alike, and withdrawn from or refused to ratify multinational treaties and agreements. It has also expanded the reach of its unilaterally imposed rules, forcing other nations to abide by its demands or face economic sanctions. While the stated Trump Administration intention has been to enter into new arrangements more favorable to the United States, the end result has been quite different, creating a broad consensus within the international community that Washington is unstable, not a reliable partner and cannot be trusted. 

6 de julho de 2019

Que UE ?

De quoi sera fait demain

Ce qui devait arriver arriva ! Le commissaire européen Pierre Moscovici a annoncé la décision de la Commission à propos de l’Italie : « une procédure pour déficit excessif au titre de la dette n’est plus justifiée à ce stade ». Elle doit encore être formellement validée par l’Eurogroupe le 9 juillet. Et Matteo Salvini a immédiatement repris ses forfanteries : « j’en étais sûr, maintenant je proposerai au gouvernement d’accélérer sur le budget de l’an prochain. »
La Commission ne s’est toutefois donnée qu’un faible répit, se contentant de transmettre l’épineux dossier à l’équipe qui va succéder à sa tête. La décision est repoussée à l’automne, lors de l’examen du budget 2020, que le gouvernement italien s’est engagé à tenir dans les clous contre toute vraisemblance. Ses marges de manœuvre sont des plus réduites, la croissance ne montre aucun signe de rebond, plusieurs signaux indiquant que le PIB s’est une nouvelle fois contracté au deuxième trimestre, tandis que la Banque d’Italie estime la croissance 2020 à 0,7 % seulement. Et Matteo Salvini promet pour l’an prochain une baisse des impôts à hauteur de 15 milliards d’euros…
Le gouvernement italien ne pourra pas rééditer le réajustement budgétaire qu’il a réalisé en catimini pour l’atterrissage de cette année, s’étant par ailleurs engagé auprès de Bruxelles à une hausse de la TVA correspondant à 23 milliards d’euros en 2020, tout en promettant aux Italiens que celle-ci ne serait jamais mise en œuvre. Comment résorber ce grand écart ?

Não foi "apesar de " , Sr primeiro ministro , mas precisamente pelo que mencionou ..

"Eu diria mesmo que a redução do défice aconteceu apesar de tudo aquilo que fizemos, de recuperação de pensões, de recuperações de salários, de melhoria do investimento nos serviços públicos, de melhoria do investimento na construção do nosso futuro, seja na Segurança Social, seja no investimento, na Educação, Investigação e Desenvolvimento"disse este sábado António Costa
E podia acrescentar , a redução do défice aconteceu apesar de Centeno e com verdade podia ainda dizer , aconteceu porque fui a reboque de partidos à minha esquerda designadamente o PCP. 
O alargamento do mercado interno dinamizou a economia e proporcionou muito mais receitas do que o governo PS esperava .  A redução do défice aconteceu , ao contrário do que o primeiro ministro disse porque houve a reposição de rendimentos e estaríamos  hoje em melhores condições se em vez de o governo ter ido além do exigido por Bruxelas o investimento produtivo tivesse crescido significativamente.

4 de julho de 2019

Sionistas no golpe de 26 de junho contra a Venezuela

https://www.youtube.com/watch?v=YMH1FQDHQ0M
El vicepresidente del Partido Socialista Unido de #Venezuela #PSUV, Diosdado Cabello, amplía este 26 de junio de 2019 en su programa "Con el Mazo Dando" las explicaciones sobre las denuncias hechas horas antes por Jorge Rodríguez y por el propio Presidente Nicolás Maduro-

https://www.youtube.com/watch?v=ODSmn-8s2PU

Mercenarios israelíes tendrían la encomienda de asesinar a Maduro

Ver este vídeo que a comunicação social portuguesa servil ao império silência.

O porquê do tabu sobre a reestruturação da dívida publica

Dans ces conditions, on comprend le tabou attaché à la restructuration de la dette publique, la privée étant superbement ignorée sauf chez ceux, dans des cercles trop réservés, qui alertent sur sa taille grandissante. Pas question de restructurer une dette utilisée pour étayer le système financier qui pourrait s’en écrouler ! 
                                                  *****
L’idée que les taux obligataires bas sont durables s’est installée sans plus de réflexion, comme bien d’autres nouveautés. Bizarrement, elle coexiste avec la vieille frayeur de l’hyperinflation, ne voulant pas voir que l’inflation n’a pas disparue mais qu’elle s’est déportée sur le prix des actifs financiers.
Ce comportement du marché obligataire est pourtant remarquable, allant à l’encontre des idées reçues de la politique budgétaire de la zone euro qui stipule que les ratios d’endettement sont trop élevés et que l’endettement doit être réduit. Les taux devraient monter quand ce n’est pas le cas, mais on ne l’observe pas, tout au contraire. Quelle en est donc la raison ?
Les faits sont là. Tous les rendements de la zone euro sont en baisse, même ceux de la Grèce n’y échappent pas. Et celui des obligations italiennes chute, le spread (l’écart) avec le Bund allemand (le taux à 10 ans) étant inférieur à 200 points. Pour ne pas parler des rendements négatifs de ces derniers, ainsi que des titres français. Nous sommes devant une indéniable tendance de fond.

Mercosur

El comercio, entonces, es y se pretende libre para los ricos, para las transnacionales, para los inversores. No es libre para los pobres. Una gigantesca nube de pigmeos desorganizados no puede competir razonablemente con un escuadrón de gigantes entrenados y provistos de la mejor tecnología e inagotables recursos, aunque buena parte de estos recursos hayan sido capturados a los propios pigmeos.
TLC con Mercosur: Cuatro mil millones de euros al año gana la UE
Este subjetivo título es para ilustrar una realidad que resume el objetivo de las negociaciones de la Mercosur-UE: a pocas semanas de que la Comisión Europea en funciones acabe su mandato,

A Amazónia e Bolsonaro

A falta de compromisso do governo de Jair Bolsonaro com o meio ambiente está expressa nos números do desmatamento na Amazônia. No acumulado de 2019, o Brasil viu uma redução de aproximadamente 1,5 vez o território da cidade de São Paulo: 2.273,6 km². Este é o pior registo desde 2016
O governo de Jair Bolsonaro, que representa interesses dos grandes agrários e tem pouco compromisso com o meio ambiente, tem sido responsável por um avanço sem precedentes do desmatamento na Amazônia. É o que aponta reportagem de Johanns Eller, publicada nesta terça-feira no jornal O Globo.
"O desmatamento na Amazônia aumentou, em junho, quase 60% em relação ao mesmo mês em 2018. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a floresta perdeu, no mês passado, 762,3 km² de mata nativa, o equivalente a duas vezes a área de Belo Horizonte ", aponta o texto. "No mesmo período, em junho de 2018, o desmatamento havia sido de 488,4 km². No acumulado de 2019, o Brasil viu uma redução de aproximadamente 1,5 vez o território da cidade de São Paulo: 2.273,6 km². 

O Mercado dos lugares na UE

Mercato des dirigeants de l’UE: à la fin, c’est l’Allemagne qui gagne

Alors que le Parlement a élu mercredi le social-démocrate italien David-Maria Sassoli à sa tête, les dirigeants européens ont fini par s’entendre sur des noms pour diriger l’UE dans les années à venir. Principale surprise d'un casting sans grande cohérence : la ministre de la défense allemande, proposée à la tête de la Commission.
Une ministre allemande sur le déclin, une ex-ministre française sous Nicolas Sarkozy reconnue coupable pour « négligence » dans l’affaire Tapie, ou encore un ancien premier ministre belge qui a pactisé avec l’extrême droite avant de se faire éjecter du pouvoir en décembre dernier

2 de julho de 2019

Tartufos dos direitos humanos

Os media dominantes colaboram no processo de diabolização de tudo e todos que se oponham ao domínio das transacionais e da finança globalizada. Os direitos humanos tornaram-se neste processo uma retórica instrumental visando “mudanças de regime”.

Conspirações coordenadas por serviços secretos e lubrificadas com milhares de milhões de dólares fomentam “mudanças de regime” que trazem aos povos retrocessos civilizacionais, caos, destruição, morte. Dirigentes progressistas foram substituídos por criminosos e cleptocratas.

Substituíram Lumumba por Mobuto; Sukarno por Suharto; Allende por Pinochet; Arbenz por Castillo Armas; Sandino por Somoza; Silas Suazo por Banzer; Kassem por Saddam Hussein; Mossadeg pela ditadura de Reza Palevi; Ali-Butto (pai) por Zia-ul-Haq; João Goulart pela ditadura dos generais; Isabel Perón por Vilela; Barack Karmal pelos caos no Afeganistão; Kadhafi pelo caos na Líbia, Zelaya por Michellety (Honduras), Dilma e Lula por Bolsonaro, etc.,etc.

Em 1963 a CIA elaborou um manual de tortura, chamado “Kubark Counterintelligence Interrogation. Outro manual foi emitido 1983, o “Human Resource Exploitation Training Manual” descrevendo métodos a serem usados pelos EUA na guerra contra forças democráticas e patrióticas na América Latina. (1)
Os direitos humanos são mera retórica instrumental para os adeptos das “intervenções humanitárias”, o objetivo é que, como na Líbia e no Iraque, .apesar do caos o petróleo continue a jorrar para as transnacionais. É o que pretendem fazer na Venezuela, no Irão, se preparavam na Síria.
John Perkins, Ollie Richardson, Mário Dinnucci (2) descreveram estes processos de intervencionismo e agressão, que a propaganda mascarou com mentiras como na Jugoslávia, Iraque, Síria, Líbia. Como se vê atualmente em relação à Venezuela, Irão, Rússia, enquanto se escondem os crimes no Iémen e na Palestina e apoiam os nazi-fascistas de Kiev.
Moliére em “O Tartufo” descreveu exatamente o espírito e modo de proceder desta gente.

1 - https://en.wikipedia.org/wiki/U.S._Army_and_CIA_interrogation_manuals e The CIA Document of Human Manipulation: Kubark Counterintelligence Interrogation Manual, released by the Freedom of Information Act.
2 - Autores disponíveis por exemplo em https://resistir.info/

O Capitalismo contra o Mundo


Em francês:

https://www.translatetheweb.com/?from=en&to=fr&dl=en&rr=UC&a=https%3a%2f%2fcountercurrents.org%2f2019%2f06%2fcapitalism-vs-the-world

Em Inglês:
Capitalism vs. The World
By James Rothenberg
The love of money is a sin…the root of all evil.
    • Judeo-Christian biblical tradition –
O believers Do not devour one another’s wealth by evil means except through trading by mutual consent.
    • Islamic tradition –
Sharing wealth is a divine duty, but wealth gained and spent for one’s behalf is evil.
    • Hindu tradition –
Is our toleration of the dominating global capitalist system the greatest work-around in recorded history?
work-around (noun): a plan or method to circumvent a problem without eliminating it – Merriam-Webster

Test cases for our survival:

June 30, 2019 "Information Clearing House" -  The global climate has recently been getting warmer, forewarning more frequent and severe storms, threatening many life forms, coastal habitations, resources, and food production.
The warming we see is but a tiny picture of an ever changing big whole, with a history of reversals.
Global wealth inequality has created an underclass of billions, forewarning social and political unrest, threatening rebellions and wars.