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25 de julho de 2019

Coisas que eles (não) dizem - 13

Um documento militar chinês acusa os EUA de degradarem a segurança global na busca da "superioridade absoluta", adotando “políticas unilaterais” e provocarem a concorrência armamentista entre as principais potências mundiais. Pequim concentra-se agora em ter um exército de "classe mundial".
Pequim acredita que os EUA procuram “inovações tecnológicas e institucionais em busca da superioridade militar absoluta”. Especialistas militares dos EUA insistem em que os EUA devem desenvolver "novas formas de guerra" ou arriscar "derrotar" a Rússia e a China.
Isto mostra que a classe dirigente dos EUA se divide não entre democratas e republicanos, mas entre os que querem a guerra o mais breve possível - e fazem por isso - e os que defendem o uso de métodos a mais longo prazo, de conspiração, ingerência, corrupção de dirigentes, propaganda hostil, sanções, etc., que deram origem às “revoluções de veludo”, ao fim da URSS e países socialistas europeus e á criação países caóticos e disfuncionais em todos os continentes. Claro que estas estratégias apenas diferem em questões de planeamento. O objetivo é idêntico: guerra e caos mundial, para instaurar a chamada "democracia liberal" isto é, o capitalismo monopolista transnacional.
A China ressente-se da recente venda massiva de armas dos EUA a Taiwan, onde "forças separatistas" representam “a mais grave ameaça imediata à paz e estabilidade” na área. Pequim "não prometerá renunciar ao uso da força" ao lidar com a ilha e "derrotará resolutamente qualquer um que tente separar Taiwan da China", adverte.
O documento chinês reconhece que o Exército de Libertação do Povo "ainda está muito atrás das principais forças armadas do mundo" e corre o risco de ser apanhado de surpresa devido a uma "crescente lacuna nos avanços tecnológicos militares". Para lidar com isto, a China irá atualizar as suas forças procurando transforma-las progressivamente em "forças de classe mundial”.
O caso muda de figura quando se considera o potencial militar conjunto da China com a Rússia. Embora documentos dos EUA mostrem a China como o adversário número um. O Pentágono adverte que Pequim - juntamente com a Rússia - está prestes a derrotar os EUA no ciberespaço, defesa aérea e tecnologia militar, propondo que os EUA gastem mais dinheiro nas forças armadas. (ver https://www.rt.com/news/464931-china-white-paper-us/)
Entretanto, bombardeiros russos e chineses fazem a sua primeira patrulha conjunta na região da Ásia-Pacífico (https://www.rt.com/news/464871-video-china-russia-bombers/)

Sobre as novas armas russas ver: “A perda da supremacia militar e a miopia do planeamento estratégico dos EUA, um livro de Andrei Martyanov (1ª e 2ª partes)

 

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