A Merkel apareceu com o seu rafeiro
Hollande pela trela, a proclamar a necessidade de intervenção em Alepo em nome dos
“direitos humanos”. Vamos então recordar algo sobre esses direitos de que o
imperialismo só se lembra quando está a perder.
A decisão de fazer a guerra à
Síria foi tomada por George W Bush numa reunião em Camp David em 15.setembro.2001 .
Em 2004 a
Síria era acusada pelos EUA de possuir armas de destruição maciça (que falta de
imaginação!). Em 2005 o assassinato do político libanês Rafik Hariri foi atribuído
a ordens de el-Assad e criado um tribunal excecional para o julgar. O caso não
avançou perante a evidência da falsidade das acusações.
Em 2006 os EUA criaram o Syria Democracy Program para financiar grupos
de oposição pró-ocidental. Em 2007 Israel atacou a Síria. Em 2008 numa reunião do
Grupo de Bilderberg foram expostas as vantagens económicas, políticas e
militares duma intervenção da NATO na Síria.
Grupos extremistas religiosos financiados pela Arábia
Saudita, Qatar e outros, foram criados na Síria, constituindo a base para os
grupos armados. Negroponte e Ford (agentes da CIA, currículo na Nicarágua e
Iraque) são encarregados de organizar o cenário para aniquilar a resistência
Síria usando a Al-Qaeda.
Em 2011 sob a égide da França foi
criado o Conselho Nacional Sírio para derrubar el Assad. Na Conferência de
Genebra de 30.junho. 2012 a Síria aceita o plano de 6 pontos e uma missão de
observadores internacionais. Inútil, o fornecimento de armas, cobertura política e mediática, financiamento,
apoio logístico aos bandos armados estava em
curso, com o pretexto de instaurar “reformas democráticas”. A paz só poderia
ser obtida derrubando Bachar-el-Assad.
Em novembro de 2011, face à campanha de calúnias, a
freira Mère Agnes-Mariam de la
Croix impressionada com as barbaridades cometidas pelos ditos “rebeldes”, convida cerca
de 50 pessoas, com o apoio da sua Igreja (e acordo do governo Sírio) jornalistas da imprensa católica principalmente, porém apenas 15
aparecem. Do que viram nada
transpirou, exceto um ou outro texto em sites alternativos. Nem o Vaticano perante
os crimes contra cristãos, expulsão de suas casas, destruição de Igrejas pelos “rebeldes” tomou
qualquer posição a não ser raros e inócuos apelos.
Em 4.agosto.2012 o New York Times retratava-se da posição anterior (algo
que creio lhe passou depressa) e escrevia que reportagens anteriores afirmavam que o exército Sírio
massacrava os cidadãos de Homs,. Não era senão uma mentira que foi repetida nos
media. Citava pelo contrário violências cometidas contra população indefesa
pelos “rebeldes”. http://www.legrandsoir.info/l-avenir-de-la-syrie-liberee-nettoyage-ethnique-religieux-et-genocide-countercurrents.html
(dados
recolhidos principalmente em textos de Thierry Meyssan em
voltairenet.org, também John Pilger em odiário.info)
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