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26 de dezembro de 2016

Alepo e a decadência moral dos media

A França e a Alemanha que choram os seus mortos em ataques terroristas, viram os seus media e governantes derramarem lágrimas – de raiva? – pela derrota na Síria das seitas que assassinaram os seus cidadãos.
Os media falsearam informações da ONU para promoverem calúnias. Veicularam informações como sendo da ONU, a afirmar que civis, incluindo mulheres e crianças, tinam sido mortas pelas forças sírias ao entrarem em casas do leste de Alepo. Ora, o departamento de Direitos Humanos da ONU apenas referiu que “fontes” e “relatórios” o tinham a firmado – sem indicar nem as fontes nem os alegados relatórios. http://www.informationclearinghouse.info/46028.htm
No entanto, desde o inicio da guerra que havia relatos de entidades independentes dos grandes media e potências envolvidas, que testemunhavam terríveis assassinatos e terror cometidos por jihadistas que inclusivamente matavam médicos e destruíam hospitais.  (http://dissidentvoice.org/2013/05/fact-finding-mission-concludes-proxy)
Estes relatos foram escamoteados pelos media. Porém sabia-se em 2012: “Após um ano de propaganda contra a Síria e mentiras, fragmentos da verdade começam a ser revelados O país está a lutar contra um pesadelo de limpeza étnica, religiosa e massacres. http://www.legrandsoir.info/l-avenir-de-la-syrie-liberee-nettoyage-ethnique-religieux-et-genocide-countercurrents.html
Mentiram vergonhosamente sobre a evacuação de Alepo suspensa (tal como já tinha acontecido em agosto) pela recusa dos jihadistas. Tal como de se servirem da população como escudo humano. Outra vergonha foi ignorarem uma conferência da missão da ONU na Síria, com a participação da jornalista independente Eva Bartlett, que prestou os seguintes esclarecimentos: não havia nenhuma organização internacional no terreno em Alepo. As notícias eram veiculadas a partir de Londres pelo “Observatório dos Direitos Humanos na Síria”, gerida por um antigo militar britânico (foi dito o nome) financiado pelos EUA. Mentem quando dizem que o governo ataca civis, quando os civis que saem de Alepo dizem o contrário. http://www.informationclearinghouse.info/46018.htm
E perante isto indignava-se o Sr. Daniel Oliveira (a tal “esquerda” de que os media gostam) (Eixo do Mal 17/12) por a Síria ser “entregue a dois criminosos” (el-Assad e Putin). Note-se que a Rússia só se envolveu no conflito ao fim de quatro anos, enquanto os governos ocidentais alimentavam desde o início os grupos extremistas armados. E fê-lo a pedido das autoridades legítimas do país apenas quando surgiu uma ameaça real da Síria ter o mesmo destino do Iraque ou da Líbia, reforçando decisivamente o Estado Islâmico.
Pelos vistos a lista dos democratas do sr. DO inclui os que prosseguem a agenda de Kissinger, assim definida : "temos de nos livrar de Allende, ou perderemos a nossa credibilidade no resto do mundo”. Desde 1945, 69 países sofreram invasões, governos foram derrubados, movimentos populares suprimidos, populações bombardeadas, economias destruídas” (John Pilger). O destino de el-Assad seria o mesmo de Kadhafi, S. Hussein, dirigentes progressistas do Afeganistão, etc., de Lmumba a Allende.
Assad, não poderia aguentar-se não tivesse o apoio da maioria do seu povo. Após a tomada de Alepo disse (parafraseando De Gaulle na libertação da Paris): “Alepo ultrajada, Alepo atormentada, mas Alepo libertada! Libertada pelo seu povo, porque é a Síria que luta. A Síria eterna”. https://www.legrandsoir.info/malgre-le-terrorisme-et-ses-allies-alep-martyrisee-alep-outragee-mais-alep-liberee.html

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