A nível científico o assunto não é claro.
Estudos e propaganda pagos pelos interessados no negócio – estes defensores do
ambiente não prescindem de altas taxas de lucro – não faltam. Curiosamente, como
em tudo o que possa prejudicar negócios, o contraditório está proscrito.
Um documentário Odisseia sobre um cruzeiro à
Groenlândia mostrou algo sobre o tema. A guia em determinado momento junto a um
lago, exclama admirada: “O lago está gelado, estamos em junho e nunca o vi
assim nesta altura”. Pouco depois visita-se um glaciar e é referido que em 1850
estava a 15 km do mar, estando naquela altura do ano a 35km. Houve portanto um
degelo. Contudo, mais adiante o comandante – experiente naquelas paragens -
informa que seria impossível o navio fazer a rota prevista pois o fiorde estava
obstruído com gelo mais adiante.
Parece podermos concluir que o gelo diminuiu
nuns locais mas aumentou noutros. Note-se que os viquingues no século X
chamaram aquele território de “Terra verde”, O clima devia ser temperado e não
glacial ártico. A colonização – foi dito – teria atingido cerca de 200 000
pessoas, porém no século XV já tinham abandonado os locais. Refira-se que se
tivessem encontrado o mar com tantos icebergs e gelo como o navio do
documentário, não teriam lá chegado.
A questão do nível dos mares é também
referida como causada pelas alterações climáticas. No entanto, no tempo dos
romanos o Tejo penetrava muito mais pela sua Olissipo. As ruínas de Milreu
(Olhão) estão a 10 km do mar, porém são visíveis argolas para amarração de
barcos de grande porte da época. Há representações que mostram os Jerónimos
junto às águas do Tejo e a Torre de Belém dentro do rio.
Aliás não deixa de ser suspeito que
indivíduos tão preocupados com o ambiente não refiram as emissões de carbono
causadas pela globalização em que alimentos e outros bens são transportados de
avião - como se ufanava o dono do Pingo Doce contrapondo-os aos produtos
nacionais.
Por essa Europa circulam milhares de camiões
TIR em nome do “comércio livre”, com bens que podiam ser produzidos localmente.
Não satisfeitos – sem se importarem com as emissões de carbono – querem mais
“comércio livre”, a ditadura das transnacionais, entre continentes. Como dizia
a Máxime Vivas: “quanto mais comércio livre mais fome”.
É suspeito que estrénuos defensores do
combate às emissões de carbono se calem perante a degradação do ambiente que as
transnacionais produzem:
- Destruição das florestas - que são o mais
eficaz meio de reduzir carbono na atmosfera - provocado pela agricultura e pecuária
industrializadas e intensivas.
- Pegada ecológica que certas fontes de
produção de energia dita limpa representam. etc.
E sobretudo por que não se critica e ataca a
sociedade de consumo que o “way of life” dos EUA representa: 5% da população
mundial, 25% da poluição ambiental e consumo de recursos. Também neste campo Cuba é um exemplo de
índice de desenvolvimento humano e ambiental.
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