Na Síria, no
norte, a cidade sunita de Idlib está cercada pelas milícias ligadas ao Al-Qaeda.
usam armas americanas, incluindo mísseis TOW contra o exército sírio e as
forças populares que defendem a sua cidade e as suas terras. Um dos comandantes do
Al-Qaeda em Idleb é Abdullah al Mouhaisni referido como xeque
Saudita. No sul, a cidade de Bosra al Cham acabou de cair nas mãos de jihadistas
da Al-Qaeda. O ocidente intensifica a entrega de armas à Al-Qaeda.
No Iêmen, a Arábia Saudita atacou com os seus bombardeiros a
resistência contra o ditador Daesh. Daesh massacrou quase 200 xiitas num ataque
a mesquitas sexta-feira passada, enquanto no terreno a Al-Qaeda massacra sem
piedade a população e luta contra os rebeldes do Iêmen. (1)
Como escreve Andre Vltchek (2) “No Oriente Médio a terra está cansada; chora
de exaustão, marcada pelas guerras. Pontilhada com poços de petróleo e carcaças
de veículos blindados. Há corpos por toda parte; enterrados, reduzidos a pó,
mas ainda presentes nas mentes dos sobreviventes. Existem milhões de cadáveres,
dezenas de milhões de vítimas, em sua maneira a gritar em silêncio,
recusando-se a descansar em paz, apontando seus dedos acusadores.”
O
imperialismo ocidental orquestrou golpes de estado, voltou irmãos contra irmãos,
bombardeou civis, invadiu quando todos os outros meios para atingir as metas
hegemônicas tinham falhado. O resultado é atroz: uma das mais avançadas
civilizações da terra no passado, foi
convertida num espaço dos mais retrógrados.
Perante
o terrorismo genuíno a ONU não é encontrada. De vez em quando, manifesta
'preocupação' e às vezes até mesmo "condena" os agressores. Mas nunca
tem sanções ou embargos impostos contra Israel, os Estados Unidos ou mesmo a
Arábia Saudita. Entende-se que o Ocidente e seus aliados estão "acima de
leis". Até nos campos de refugiados os sírios são discriminados: somente
aqueles que expressam seu ódio a Al - Assad foram autorizados a permanecer.(2)
Na
Líbia os pobres é como se não existissem, ninguém fala deles. Os defensores da
intervenção humanitária devem estar satisfeitos, agora que a Líbia completou
sua “metamorfose democrática e humanitária” de um país que tinha o mais alto
nível de vida da África, para um espaço sem fé nem lei de fanatismo religioso e
confrontos sangrentos. Uma Líbia imersa no caos, guerra civil e diktats
ocidentais; terreno fértil para o jihadismo. (3)
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