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7 de abril de 2015

A globalização da guerra e os silêncios da “ciática” comunicação social controlada

O Médio Oriente está no caos. Quem se recordo de ouvir os comentadores do costume perorarem sobre a “democracia ” que iria ser instituída pelos EUA. Como “não há amor como o primeiro” os EUA e toda a reação europeia (em que os PS participam por omissão ou como parte ativa no caso do PSF…) voltam a aliar-se à Al-Qaeda ou sucedâneos. Criada para destruir o regime progressista do Afeganistão, ei-los aliados na Líbia, na Síria, no Iraque, agora no Iémen. Mais um “intervenção humanitária” com matanças que os SS nazis não desdenhariam.
Na Síria, no norte, a cidade sunita de Idlib está cercada pelas milícias ligadas ao Al-Qaeda. usam armas americanas, incluindo mísseis TOW contra o exército sírio e as forças populares que defendem a sua cidade e as suas terras. Um dos comandantes do Al-Qaeda em Idleb é Abdullah al Mouhaisni referido como xeque Saudita. No sul, a cidade de Bosra al Cham acabou de cair nas mãos de jihadistas da Al-Qaeda. O ocidente intensifica a entrega de armas à Al-Qaeda.
No Iêmen, a Arábia Saudita atacou com os seus bombardeiros a resistência contra o ditador Daesh. Daesh massacrou quase 200 xiitas num ataque a mesquitas sexta-feira passada, enquanto no terreno a Al-Qaeda massacra sem piedade a população e luta contra os rebeldes do Iêmen. (1)
Como escreve Andre Vltchek (2)  “No Oriente Médio a terra está cansada; chora de exaustão, marcada pelas guerras. Pontilhada com poços de petróleo e carcaças de veículos blindados. Há corpos por toda parte; enterrados, reduzidos a pó, mas ainda presentes nas mentes dos sobreviventes. Existem milhões de cadáveres, dezenas de milhões de vítimas, em sua maneira a gritar em silêncio, recusando-se a descansar em paz, apontando seus dedos acusadores.”
O imperialismo ocidental orquestrou golpes de estado, voltou irmãos contra irmãos, bombardeou civis, invadiu quando todos os outros meios para atingir as metas hegemônicas tinham falhado. O resultado é atroz: uma das mais avançadas civilizações da terra  no passado, foi convertida num espaço dos mais retrógrados.
Perante o terrorismo genuíno a ONU não é encontrada. De vez em quando, manifesta 'preocupação' e às vezes até mesmo "condena" os agressores. Mas nunca tem sanções ou embargos impostos contra Israel, os Estados Unidos ou mesmo a Arábia Saudita. Entende-se que o Ocidente e seus aliados estão "acima de leis". Até nos campos de refugiados os sírios são discriminados: somente aqueles que expressam seu ódio a Al - Assad foram autorizados a permanecer.(2)
Na Líbia os pobres é como se não existissem, ninguém fala deles. Os defensores da intervenção humanitária devem estar satisfeitos, agora que a Líbia completou sua “metamorfose democrática e humanitária” de um país que tinha o mais alto nível de vida da África, para um espaço sem fé nem lei de fanatismo religioso e confrontos sangrentos. Uma Líbia imersa no caos, guerra civil e diktats ocidentais; terreno fértil para o jihadismo. (3)
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