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27 de julho de 2016

Capitalismo popular


"Portugal dedica-se a duas bizarrias informativas quase sem paralelo no mundo inteiro. A primeira: as televisões e as rádios generalistas acompanham o sobe e desce diário da bolsa, o célebre PSI 20, apesar de já quase não existir capitalismo popular, de o mercado ser um forte depressor nacional e de este ser um indicador absolutamente epidérmico. A segunda bizarria: seguindo uma dieta parecida, todos os meses as notícias enchem-se com a chamada execução orçamental, isto é, com o relatório de impostos cobrados e despesas feitas pelo Estado..." André Macedo no D . N. de 26/7-
A vigarice do chamado capitalismo popular foi retomado em Portugal com grande campanha  publicitária e ideológica para justificar e favorecer as privatizações.
O director do Diário de Noticias pode sem grande esforço verificar quem foram  na altura os protagonistas e prosélitos do dito capitalismo popular a nível do governo , instituições - alguns recentemente homenageados-, comentadores , entrevistadores e entrevistadoras e o  que disseram os comunistas , designadamente Álvaro Cunhal.
A distribuição de acções por trabalhadores e pequenos aforradores foi a cenoura para encontrarem algum apoio na opinião pública .Como na altura afirmámos não passaria muito tempo em que aqueles , na lógica do peixe grande  comer o pequeno, seriam residuais e sem significado. 
Pois é caro André Macedo o " capitalismo popular " já " quase não existe " como nunca existiu...e a bizarria do sob e desce do PSI 20 data dessa altura . Reveja a SIC de Balsemão. E olhe se a banca não tivesse sido privatizada não teríamos o Totta Santander , nem os casos Espírito Santo , BCP...
Uma das consequências de toda esta vigarice  repito , a mostrar também que as políticas ditas de austeridade são no essencial políticas de concentração da riqueza estão nas noticias de hoje 27 :
Milionários portugueses mais ricos em 2015 Notícias ao Minuto (liberação de imprensa)

Expresso

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