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6 de setembro de 2017

Os “Estados rebeldes”

A representante dos EUA no Conselho de Segurança da ONU disse que a Coreia do Norte era um “Estado rebelde”. O que quer que isto queira dizer… Mas rebelde a quê e a quem? Às resoluções da ONU? Mas aí os Estados mais rebeldes são Israel (tem o record de não cumprimento de resoluções da ONU e violações da lei internacional) seguindo-se os próprios EUA, por exemplo: resoluções relativamente ao bloquei a Cuba, apoio a abusos na resolução em relação à Líbia, ataque à Jugoslávia, mentiras sobre o Iraque Síria, etc.
Quantos países atacou a RPDC? Nenhum. Apenas tem reclamado insistentemente um tratado de paz, recusado para por fim a mais de 50 anos de tensão na Coreia. A versão é que a Coreia do Norte invadiu o Sul. Falso e ridículo. Havia apenas um pais desde o tempo histórico. Com a derrota dos japoneses a resistência contra o invasor assumiu-se (como em França e outros países da Europa) como legítimos representantes do povo coreano. Contra isto os EUA instalaram no sul um governo de colaboracionistas dos japoneses e fascistas que iniciaram de imediato a repressão contra os patriotas. Foi nesta circunstância que a resistência interveio.
Estão hoje comprovados massacres efetuados na altura e durante a guerra desencadeada pela intervenção direta dos EUA, quer por paramilitares fascistas, tropas sul-coreanas e pelas dos EUA (ver http://resistir.info/coreia/historia_da_guerra_da_coreia.html).
Desde o fim da 2ª Guerra Mundial os EUA envolveram-se em guerras em dezenas de países. Segundo respeitados historiadores como William Blum terão feito um número de vitimas mortais estimado em 20 milhões. Desde há mais de duas décadas que os EUA estão em guerra permanente. (http://www.informationclearinghouse.info/47730.htm)
O resultado destas guerras, com todos os argumentos de “democracia” e “direitos humanos” são bombardeamentos e inenarráveis sofrimentos, criando o caos nas nações, largas zonas dominadas pelo terrorismo ou pelas máfias. Um mundo cada vez mais inseguro e uma dramática corrida aos armamentos. Note-se que na mesma altura que a CN testava um foguetão, também a China fez um lançamento, e o Irão testava armamento mais sofisticado, com silêncio total dos media…
Recordemos que a 2ª Guerra Mundial se iniciou com argumentos da propaganda nazi idênticos aos atuais contra a Rússia ou a CN. Toda a propaganda nazi repetia que os polacos tinham iniciado a guerra com ataques à Alemanha. Hitler declarava em 1 de setembro de 1939 que fora obrigado a pegar em armas para defender o Império (Reich). Tendo de iniciar operações militares contra os ataques hostis da Polónia.
Segundo a técnica habitual da propaganda nazi, tudo foi feito então para preparar a opinião pública alemã e internacional que os polacos haviam sido os agressores e não as vítimas. “Nunca houve uma agressão mais deliberadamente e mais cuidadosamente organizada que a agressão alemã contra a Polónia” (Neville Hendersen, embaixador britânico em Berlim, na altura).
Os nazis, recusaram todas as insistentes tentativas de negociação com a Polónia, quase que implorado, por parte da França e do Reino Unido. Contra isto a Alemanha argumentava com as “provocações da Polónia”.
Para se ver claro basta verificar quem  recusa negociações,  que a representante dos EUA considerou "um insulto" face às "provocações" da CN.

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