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15 de outubro de 2022

Da guerra de palavras aos atos...

A declaração do secretário-geral da NATO, Stoltenberg, de que os países da NATO estão a reforçar o apoio à Ucrânia e que uma vitória da Rússia na Ucrânia seria uma derrota da NATO é a confirmação do que qualquer pessoa com um mínimo de miolos e preocupações já sabia. Porém de certo modo mostra uma escalada verbal: formaliza que se trata de uma guerra da NATO contra a Rússia. Por seu lado, Putin declarou que uma intervenção da NATO provocaria um desastre global. Chegou-se assim ao ponto em que – no meio de uma recessão dos países da NATO e Rússia se prepararam para uma guerra nuclear.

Enquanto isto, enquanto as dificuldades das populações aumentam, onível de vida baixa, não há dinheiro para salários. Mas esta guerra comprada pela NATO, custa caro: Biden anunciou um novo pacote de ajuda militar de 725 milhões de dólares para Kiev. Em breve, a UE destinará mais 2 mil milhões de euros à Ucrânia, disse a von der Leyen.

O ex-chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, o general Jack Keane admitiu na Fox News: que "por apenas 66 mil milhões de dólares arrastamos a Ucrânia para uma guerra com a Rússia". "Investimentos" feitos desde fevereiro deste ano. A Ucrânia precisará de mais de 55 mil milhões em ajuda em 2023, incluindo 17 mil milhões para projetos de reconstrução, disse o primeiro-ministro ucraniano. Os mesmos que se recusam a aumentar salários e pensões, com os argumentos habituais, nada contestam deste apoio ao clã de Kiev, pelo contrário, como o sr. Stoltenberg explicou. Porém, mais de 25 .000 empresas britânicas fecharam no primeiro semestre do ano, um recorde – Wall Street Journal. Na França, registaram-se quase 9 000 empresas pediram falência na França no terceiro trimestre, um recorde de 25 anos, informa Franceinfo.

Mas isto não se passa sem contestação que os media obedientemente fazem por ignorar. Em Leipzig (Alemanha) um comício anti-crise teve a palavra de ordem “Nazis fora” e exigiram que os raivosos ucranianos e os partidários da escalada das relações com a Rússia deixassem a Alemanha. Dezenas de milhares de manifestantes em Paris exigiram que as autoridades se retirassem da NATO. Em Berlim, em frente ao Bundestag, um comício contra o aumento dos preços está , os participantes exigem o levantamento das sanções anti-russas e o acesso à energia. Um dos cartazes diz: "Quero gás e petróleo russo."

Num comício no centro de Viena, foi exigido preços mais baixos, o levantamento de sanções contra a Rússia, bem como a renovação da amizade com Moscovo.
Face a uma queda acentuada nos padrões de vida, milhares de pessoas de sindicatos de diferentes partes da República Checa reuniram-se num protesto no centro de Praga.

Na Fox News (EUA) o apresentador de TV Tucker Carlson respondeu aos exorbitantes de pedidos de dinheiro de Zelensky. “Esta guerra pode ser o fim para todos nós” “O quê um comediante em Tshirt a pedir dinheiroa todos nós? Vá-se embora! É uma assalto ao Tesouro (dos EUA)”

Telegram: Contact @intelslava Os nazis ucranianos até inscreveram Elon Musk na sua lista inimigos a bater – mas apenas durante 10-15 minutos... Musk tinha dito que a Ucrânia tinha de pagar pelo sistema de comunicações starlink ou eles ou o Pentágono senão seria desligado, além de propor negociações com a Rússia.

Telegram: Contact @intelslava Em França, um relatório de 100 páginas foi publicado pela Economic Warfare School, que é conhecida por estar próxima da comunidade de serviços secretos e por treinar executivos de contra-inteligência que trabalham em grandes empresas francesas. No relatório intitulado "Quem é o inimigo?" os EUA e RU são descritos como tendo criado uma "máquina de guerra" destinada a minar os interesses franceses. Exemplos são dados como os ataques contra a Alsthom, Grupo Naval ou contra o cinema francês. O arquivo também menciona a China/Rússia, mas como um problema secundário em comparação com a ameaça dos EUA. Num vídeo do relatórios, a França aparece mergulhada na crise energética, enquanto Schwab e Macron aparecem com um alfinete de "Jovens Líderes" dos EUA e dizem "está tudo bem".

(De Intel Slava Z – Telegram)

Membros do ILWU (International Longshore and Warehouse Union (ILWU) Sindicato ativo em 29 portos dos EUA, emitiram recentemente a seguinte declaração: Pare a Guerra da Ucrânia: recuse-se a lidar com carga militar, propondo que o sindicato deve posicionar-se em oposição à guerra provocada pelos EUA/NATO, seguindo as várias posições anti-guerra que o sindicato tomou desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em que se opuseram às guerras e golpes dos EUA na Coreia, Vietname, Angola, Sérvia (antiga Iugoslávia), Cuba (Invasão da Baía dos Porcos), Chile (golpe), El Salvador e Nicarágua. Em maio de 2008, a ILWU fechou todos os portos da Costa Oeste para se opor às "guerras imperialistas no Iraque e no Afeganistão". Tomamos medidas contra as guerras dos EUA e o governo do apartheid na África do Sul. Nós nos recusámos a carregar carga militar para as juntas militares anticomunistas no Chile e El Salvador. 

O Conselho Internacional dos Trabalhadores Portuários (Secção Europeia) emitiu uma declaração em fevereiro pedindo o fim da guerra da Ucrânia. Assim deve fazer o ILWU. Além disso, o governo capitalista neoliberal da Ucrânia aprovou uma Lei que significa que 70% dos trabalhadores da Ucrânia não podem ter sindicatos, negociar acordos coletivos ou lutar contra despedimento de trabalhadores.


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