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27 de outubro de 2022

Um outro olhar sobre a guerra

 




JACQUES BAUD, TUDO QUE A MÍDIA DIZ SOBRE A UCRÂNIA É PROPAGANDA.


Jacques Baud diz: “Todas as informações que temos sobre a Ucrânia, posso dizer que todas, 100% das informações que aparecem na grande mídia, vêm da propaganda ucraniana. Com isso quero dizer os números, o número de feridos, mortes, incidentes, simplesmente”.

Baud identifica essencialmente três áreas temáticas onde a reportagem ocidental erra o alvo porque se posiciona unilateralmente a favor da Ucrânia:

Primeiro, o Ocidente fala (e escreve) formalmente sobre o uso de armas nucleares russas – enquanto Putin nunca ameaçou usar armas nucleares. O chefe do Kremlin simplesmente ameaçou usar “todos os sistemas de armas à nossa disposição” se “a integridade territorial de nosso país fosse ameaçada”. De acordo com Baud, estes são principalmente mísseis hipersônicos e mísseis multi-cabeça, mas não ogivas nucleares.

Além disso, a Rússia aplica uma política de "não usar primeiro" em relação ao uso de armas nucleares, ao contrário dos Estados Unidos: o presidente dos EUA, Biden, se afastou este ano de tal política de "não usar primeiro". Washington, portanto, mantém a porta aberta para um ataque nuclear. Mesmo o aliado mais próximo dos Estados Unidos, a Grã-Bretanha, reafirmou repetidamente a possibilidade de um primeiro ataque nuclear – a nova primeira-ministra Liz Truss apontou isso expressamente às vésperas de assumir o cargo: “Estou pronto para fazê-lo”.

Em segundo lugar, ao contrário do que está acontecendo na realidade, não é a Rússia que está sabotando possíveis negociações de paz e uma solução negociada. O fato é que, desde o início da guerra, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha conseguiram repetidamente frustrar um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia. Já em março, ou seja, logo após o início da guerra, a grande mídia ocidental se fez de surda às observações de Putin de que a Ucrânia e a Rússia eram "muito, muito próximas uma da outra. 'um acordo de paz'. A Ucrânia teria então sido pressionada pelos Estados Unidos e pelo Ocidente a recusar um compromisso com a Rússia. Baud lembra a esse respeito que houve três tentativas de paz entre a Rússia e a Ucrânia até agora, todas cortadas pela raiz pelo Ocidente.

A primeira tentativa ocorreu em 25 de fevereiro, um dia após o início da guerra. Segundo Baud, o presidente ucraniano Zelensky foi chamado à ordem pela UE, porque um "pacote de ajuda" de 450 milhões de euros para armas já havia sido implementado. Segundo Baud, a situação foi semelhante durante uma segunda tentativa em março. Também neste caso, carregamentos de armas ocidentais – desta vez no valor de 500 milhões – estavam a caminho. O então primeiro-ministro britânico Boris Johnson fez uma viagem especial a Kyiv para pressionar o presidente ucraniano Zelensky e impedir um acordo de paz.

Em uma terceira tentativa, o presidente turco Erdogan queria intermediar um acordo de paz. Depois de visitar Kyiv “inesperadamente”, Johnson deixou claro em uma entrevista coletiva em Kyiv: “Sem negociações com os russos. Temos que lutar. Não há espaço para negociações com os russos”.
Terceiro, de acordo com Baud, a Ucrânia é cinicamente usada pelo Ocidente. Do ponto de vista do Ocidente, a guerra na Ucrânia visa apenas deixar a Rússia de joelhos e sangrá-la economicamente. "Na realidade, ninguém se importa com [a Ucrânia]", disse Baud. É sobretudo explorado para os interesses estratégicos dos Estados Unidos. Ao fazê-lo, os Estados Unidos e o Ocidente calcularam mal. Porque “o objetivo inicial era de fato provocar a Rússia para poder destruir sua economia por meio de sanções”.


Mas as sanções foram, entretanto, reduzidas a nada. Inicialmente, pensava-se que a Rússia entraria em colapso rapidamente sob essas sanções, diz Baud. Mas contra todas as probabilidades, a Rússia não entrou em colapso e continua a lutar.

Fonte:https://zuerst.de/2022/10/22/zuerst-hintergrund-schweizer-geheimdienstler-jacques-baud-so-luegt-der-westen-im-ukrainekrieg/

Via euro-synergies.hautefort.com



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