Diga-se que a ANA desde a privatização aumentou 5 (cinco!)
vezes as tarifas aeroportuárias. Como dizia o outro: assim também eu… A frase
não passa de uma aleivosia. A ANA dava lucro ao Estado e portanto ao país,
antes de ser privatizada para franceses que aumentaram tarifas e tratam de
levar os lucros para o exterior, o que não incomoda nada o ministro cervejeiro
das taxinhas. Bons gestores, pudera!
À falta de melhor, arranja-se agora uma teoria racista dos
portugueses “maus gestores”. Entregue-se tudo a estrangeiros que tão bem sabem
destruir empresas como a Sorefame, a Sepsa, a Cimpor, etc., etc.. E, talvez,
para demonstrar “cientificamente” a teoria dos “maus gestores” se regresse às teses
do sr. Gobineau, ou mesmo do sr. Rosenberg, e se vá medir os crânios dos
portuguese e ver se são braqui ou dolicocéfalos, como são configuradas as
meninges e, já agora, o prognatismo…
A TAP, as empresas de transportes não dão prejuízos de
exploração, mas sim financeiros e no caso da TAP do ruinoso negócio do Brasil.
Tudo isto se sabe e se mente para uma opinião pública mantida desinformada e
sob o stress do “não há dinheiro”, enquanto a riqueza criada no país vai para
as mãos de uns poucos, que têm acrescidos benefícios fiscais e é transferida
para o estrangeiro.
Não, o problema não são os portugueses, maus gestores. O problema
são os governos do PS, PSD, mais o apêndice do CDS, promoveram a degradação de
tudo o que era público, para venderam ao desbarato, criando um sistema
parasitário, rentista.
A banca
nacionalizada teve um papel importante na dinamização económica e apoio às PME,
isto apesar da sabotagem que se começou a fazer sentir com a política de
direita. Na indústria, a nacionalizações proporcionaram profundos processos de
reorganização e investimento. As empresas públicas industriais e energéticas ao
serem privatizadas eram empresas muito diferentes das que tinham sido
nacionalizadas, muito mais valorizadas.
Quando á frente das empresas nacionalizadas e serviços
públicos estive gente progressista, seriamente empenhada no projeto
constitucional, expandiram-se, deram lucro. Nem um caso a reação pode apontar de
incompetência ou corrupção. A política de direita sim, mostrou ser lesiva do
interesse público, incompetente ou corrupta (as PPP e concessões, os SWAP!).
Enfim, a frase citada é mais uma das pretensas facécias de
uma pequena ou média burguesia, alienada no seu labirinto de contradições, para defender a sua querida oligarquia, que lhe
“dá o pão”, na expressão estúpida do “competente” administrador da Lusoponte e então
ministro (do contrato ruinoso com a Lusoponte!) Ferreira do Amaral.
Ver: A
nacionalização da Banca em Portugal, Carlos Gomes, Ed. UNICEP, 2011
Desde a nacionalização da indústria e energia
em 1975 até aos dias de hoje, Fernando Sequeira Avante, 26 de abril 2015
Sem comentários:
Enviar um comentário