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18 de junho de 2015

A boa gestão…”bidelbergiana”

No Eixo do Mal (SIC Not.14-06-2015) a “bidelbergiana” Sra. D. Clara Ferreira Alves, afirmou que os casos da TAP, PT, BES, ANA, etc. mostram a incapacidade dos portugueses serem bons gestores. Por ex. a ANA tinha num ano após a privatização aumentado os lucros em 50%!
Diga-se que a ANA desde a privatização aumentou 5 (cinco!) vezes as tarifas aeroportuárias. Como dizia o outro: assim também eu… A frase não passa de uma aleivosia. A ANA dava lucro ao Estado e portanto ao país, antes de ser privatizada para franceses que aumentaram tarifas e tratam de levar os lucros para o exterior, o que não incomoda nada o ministro cervejeiro das taxinhas. Bons gestores, pudera!
À falta de melhor, arranja-se agora uma teoria racista dos portugueses “maus gestores”. Entregue-se tudo a estrangeiros que tão bem sabem destruir empresas como a Sorefame, a Sepsa, a Cimpor, etc., etc.. E, talvez, para demonstrar “cientificamente” a teoria dos “maus gestores” se regresse às teses do sr. Gobineau, ou mesmo do sr. Rosenberg, e se vá medir os crânios dos portuguese e ver se são braqui ou dolicocéfalos, como são configuradas as meninges e, já agora, o prognatismo…
A TAP, as empresas de transportes não dão prejuízos de exploração, mas sim financeiros e no caso da TAP do ruinoso negócio do Brasil. Tudo isto se sabe e se mente para uma opinião pública mantida desinformada e sob o stress do “não há dinheiro”, enquanto a riqueza criada no país vai para as mãos de uns poucos, que têm acrescidos benefícios fiscais e é transferida para o estrangeiro.
Não, o problema não são os portugueses, maus gestores. O problema são os governos do PS, PSD, mais o apêndice do CDS, promoveram a degradação de tudo o que era público, para venderam ao desbarato, criando um sistema parasitário, rentista.
A banca nacionalizada teve um papel importante na dinamização económica e apoio às PME, isto apesar da sabotagem que se começou a fazer sentir com a política de direita. Na indústria, a nacionalizações proporcionaram profundos processos de reorganização e investimento. As empresas públicas industriais e energéticas ao serem privatizadas eram empresas muito diferentes das que tinham sido nacionalizadas, muito mais valorizadas.
Quando á frente das empresas nacionalizadas e serviços públicos estive gente progressista, seriamente empenhada no projeto constitucional, expandiram-se, deram lucro. Nem um caso a reação pode apontar de incompetência ou corrupção. A política de direita sim, mostrou ser lesiva do interesse público, incompetente ou corrupta (as PPP e concessões, os SWAP!).
Enfim, a frase citada é mais uma das pretensas facécias de uma pequena ou média burguesia, alienada no seu labirinto de contradições, para defender a sua querida oligarquia, que lhe “dá o pão”, na expressão estúpida do “competente” administrador da Lusoponte e então ministro (do contrato ruinoso com a Lusoponte!) Ferreira do Amaral.
Ver: A nacionalização da Banca em Portugal, Carlos Gomes, Ed. UNICEP, 2011
 Desde a nacionalização da indústria e energia em 1975 até aos dias de hoje, Fernando Sequeira Avante, 26 de abril 2015

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