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13 de novembro de 2015

O Descaramento do PSD e do CDS


A estimativa do INE mostra claramente que as importações em volume continuam a ser maiores que as exportações , no entanto o deputado porta voz do PSD continuou tal como o faz Portas a falar mentirosamente , no motor das exportações . Desde a entrada da Troika até julho deste ano a  queda do PIB foi de 5,5% . Apesar de partirmos de um ponto muito baixo , apesar do preço do petróleo e da desvalorização do Euro a economia portuguesa não sai da cepa torta...





Nota sobre a estimativa rápida do PIB do 3º trimestre de 2015

De acordo com o INE, o PIB estagnou no 3º trimestre em relação ao 2º trimestre com uma variação 0,0% e cresceu 1,4% comparativamente com o 3º trimestre do ano anterior.
Ao mesmo tempo na zona euro esse crescimento em cadeia foi de 0,3% e em termos homólogos de 1,6%.
Com a informação agora disponibilizada pelo INE é possível afirmar que com grande probabilidade Portugal não irá crescer em 2015 mais do que 1,4%, ritmo de crescimento inferior ao previsto pelo governo demitido (1,6%), pelo Banco de Portugal (1,7%), pela Comissão Europeia (1,7%), pelo Fundo Monetário Internacional (1,6%) e pela OCDE (1,7%).
Para a evolução registada no PIB no 3º trimestre e em termos homólogos contribuiu positivamente a procura interna, apesar da desaceleração do investimento e do consumo privado e contribuiu negativamente a chamada procura externa líquida, devido a um crescimento em volume das importações superior ao das exportações.
O que estes resultados agora divulgados mostram foi que a nossa economia no 3º trimestre do ano e ao contrário do que o governo demitido PSD/CDS em plena campanha eleitoral afirmava, não se encontra em fase de franco crescimento, mas antes em fase de desaceleração e estagnação. A mentira tem sempre perna curta e não foi preciso muito tempo para que a realidade se sobrepusesse a ela.
Além do mais não podemos ignorar que a evolução positiva registada no PIB desde o 2º semestre de 2014, beneficia muito fortemente da queda do preço das matérias-primas e em particular da redução em mais de 40% do preço do barril de petróleo brent. Se assim não fosse a economia portuguesa permaneceria estagnada neste período ou quanto muito teria um crescimento dito rastejante (entre 0 e 1%).
O grande desafio que se vai colocar ao novo governo de iniciativa do PS será sem duvida interromper as políticas de austeridade, de empobrecimento, de cortes nos direitos laborais e sociais, de concentração de riqueza, de venda das principais empresas ao sector privado e a aposta na devolução de salários e pensões aos trabalhadores e ao povo, na reposição dos direitos laborais, na luta contra a precariedade, no relançamento do investimento na educação, na saúde, na cultura e na ciência. Uma aposta numa nova estratégia económica assente no crescimento e no emprego, no aumento do rendimento das famílias e no investimento público e privado.
CAE, 13 de Novembrode 2015
José Alberto Lourenço

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