A CE instaurou ações
junto do “Tribunal de Justiça da UE" por vários Estados não terem
apresentado os relatórios sobre o controlo dos navios sob bandeira, segundo a
Diretiva 2009/15 da CE. Portugal é um deles.
É mais uma da burocracia
da UE no seu melhor! No momento de profunda crise financeira, económica e
social, com a “Europa” em profunda estagnação, afundanço dos ativos
financeiros, aumento da pobreza, desemprego que oscila décimas em torno de
valores intoleráveis, os burocratas dedicam-se a fazer valer os seus poderes
pelas ameaças de procedimentos e sanções em questões secundárias.
Na realidade, usam os
poderes discricionários que partidos que voltaram as costas aos interesses
nacionais e populares lhes concederam. Mas isto é apenas um sintoma da
degradação do capitalismo.
Consta que Napoleão em
Moscovo perante o descalabro que atingia o exército face à perspectiva de
retirada por terras geladas e devastadas dedicou o seu tempo a redigir leis
para o Código Civil, que aliás formalizavam a liquidação de avanços da
Revolução Francesa… A UE aqui chegou.
Muitos devem estar
esquecidos (os media fazem por isso) das histórias que os “europeístas” PS,
PSD, CDS, mais os “radicais de esquerda” vendiam acerca dos países amigos,
eufemismo para a UE (a CEE) e a NATO (o “atlantismo”).
O maná dos “amigos” eram
as ajudas e os fundos que iriam por os portugueses a viver “à grande e à
francesa”. Pois, mas as ajudas e os fundos estruturais do capitalismo não
passam do “queijo na ratoeira” de que os burocratas se servem para impor a sua
agenda reaccionária, a favor da oligarquia.
Os fundos e ajudas dos
“países amigos” – vê-se a amizade que têm pela Grécia e Portugal, e os
comentários sobre os países do Sul – colocam os povos na situação das crianças
da história do Pinóquio, seduzidos com bolos e brincadeiras. Ele e outras
crianças foram assim levados para a “Terra dos Brinquedos” onde não havia
constrangimentos eram só facilidades e boa vida, porém foram por fim
transformados em animais de trabalho.
Pinóquio não ligou à
vozinha que lhes dizia que tudo aquilo acabaria em triste fim. Tal como em
Portugal os avisos do PCP se transformaram comunicação social numa inaudível
“vozinha” ante vozearia da propaganda “europeísta”. E podia ser esta “A
história da UE contada às crianças”…
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