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4 de abril de 2025

Balburdia no oeste

 O novo xerife do oeste, o sr. Trump faz ameaças, dispara para todos os lados, mas não atinge nenhum dos alvos. Só cria confusão, nem os seus delegados da NATO tão submissos ao anterior xerife lhe obedecem. O espantoso é que dispara em todas as direções mas protege o maior bandido Nethanyau, como aliás também outros figurões. Nisto é seguido mesmo pelos que o contestam. Até o moleque de Kiev falta ao respeito ao xerife. Diz que sim, depois nega tudo, como com o acordo dos minerais que aceitou para depois recusar.

A confusão aumenta com tarifas aduaneiras que Trump quer aplicar ao mundo inteiro. É a consagração do fim do neoliberalismo e da ilusão económica do império. Os mais prejudicados são os presumíveis aliados, revelando as suas fragilidades. A desorientação é total, e de nada serve palavreado sem conteúdos concretos.

O problema agrava-se porque a única coisa boa que o novo xerife se propunha, manter boas relações com um grande fazendeiro fora da sua jurisdição, o sr. Putin, odiado pelos seguidores do anterior xerife e movendo contra ele os capangas (vulgo nazifascistas). Donos de lojas como o sr. Starmer e o Macron, que só diziam o que o anterior xerife autorizava, contestam o xerife atual e querem passar a ser xerifes de uma parte do oeste. 

Starmer e Mcron sabem que sem Trump, nada podem contra o Putin. Mas isso não lhes diminui a prosápia: caiem no ridículo, mas são gente perigosa porque irresponsável. The Telegraph cita autoridades militares britânicas que consideram os planos de Starmer de enviar forças de paz para a Ucrânia como “teatro político”. Peter Hitchens no Daily Mail, considera Starmer um lunático desequilibrado empurrando-nos para uma guerra nuclear. O belicista Starmer precisa entender que enviar tropas para a Ucrânia, nos envolveria numa guerra com a Rússia.

Como entre os seus amigos poucos estão dispostos a segui-lo, propõe uma “coligação dos dispostos”, que contará também com Macron, o alemão Merz e uns quantos sem dimensão económica ou militar, mas atacados de paranoia de serem invadidos por Putin. Exemplo do desvario que reina no oeste é alemã Annabela Baerbock: "A Rússia deve concordar com um cessar-fogo sem quaisquer condições. Não há necessidade de ser enganado por Putin nas negociações em curso."

Macron, que nem consegue um governo estável, gerando votos de desconfiança sucessivos, tem o país endividado em 110% do PIB, a caminho do dobro das "regras" do euro, e em estagnação económica, compete no ridículo e belicismo com Starmer.

Fazem reuniões e grandíluquos discursos, mas o moleque designado para dar cabo de Putin, apenas recebe promessas, algumas armas e dinheiro, porque tanto os "dispostos" como os "não dispostos" não podem mais.

O "marshal" deste oeste, Rutte, SG da NATO, anda baralhado: tanto diz que sim a Trump como apoia o contrário, dá a ideia que o objetivo é não ficar calado: "Se alguém acha que pode escapar atacando a Polónia ou qualquer outro aliado, enfrentará todo o poder da NATO. Nossa resposta será devastadora. Isso deve ficar absolutamente claro para Putin. 

Em que se baseia para falar numa ameaça contra a Polónia? Ou pretende-se alimentar um clima de pânico para que as pessoas se submetam ao belicismo, através de técnicas de propaganda para intimidar o público com a ameaça de Putin. 

Os "dispostos" só esperam uma pequena justificação para enviarem tropas para a Ucrânia. Tudo será aproveitado, se necessário fabricando falsas notícias ou provocações, para desencadear uma escalada e encorajar Trump a apoiá-los invocando obrigações da NATO. No seu desespero, os globalistas do mundo unipolar aceitam uma Guerra Mundial como forma de refazer a ordem global a seu contento.

A única coisa evidente neste despautério, é a balbúrdia criada. Trump quer anexar territórios de aliados (Gronelândia, Canadá, Canal do Panamá). Aplicar tarifas alfandegárias aos aliados, que fazem intensa propaganda contra ele e dizem retaliar. Ameaça aplicar tarifas a quem não lhe obedeça (por ex. países que comprem petróleo venezuelano). "Se vocês desobedecerem às nossas ordens, não poderão fazer negócios nos EUA".

Ameaça o Irão: "se não fechar um novo acordo nuclear, haverá bombardeios… como nunca viram antes”. Isto é não perceber o potencial humano e militar do Irão nem as consequências para a economia deste oeste, dado que o Irão tem potencial para bloquear as principais rotas de petróleo, como o Estreito de Ormuz e Bab al-Mandeb, fazendo os preços do petróleo e GNL, subirem mais de 50%. Isto quando apesar dos bombardeamentos os Houthis não foram controlados.

Para aumentar a confusão, pelos vistos na balbúrdia a que o oeste chegou cada um trata de si: Coreia do Sul, China e Japão realizaram seu primeiro diálogo económico em cinco anos, enquanto se preparam para as tarifas de Trump, concordando em "trabalhar em conjunto para manter negociações abrangentes" sobre um acordo para promover o "comércio regional e global".

Fonte - A Ukraine Watch

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