Zelensky na versão fotográfica adoptada para glorificar o “pantomineiro de Kiev”, limpar o seu passado e o erigir como expoente máximo de defensor do regime democrático e dos direitos humanos.
Deixo-vos um resumo (..não autorizado..) de um artigo do Eduardo Vasco no portal Outras Palavras
“Quando
Zelensky subiu ao poder, a ditadura já estava consolidada. Os partidos
de oposição, como o Partido das Regiões (o maior do país até o golpe) e o
Partido Comunista (o segundo maior) não podiam se organizar livremente
nem participar das eleições.
Os
cidadãos do Donbass que se recusavam a reconhecer o novo regime já eram
considerados oficialmente terroristas e os que caíam prisioneiros eram
torturados e mortos. Alexander Kharitonov foi preso. Lyubov Korsakova
teve de fugir para a Rússia, onde mesmo assim foi vítima de um atentado.
Conversei com os dois em 2022.
Cerca de 15 mil pessoas morreram devido à agressão de Kiev desde 2014.
Os
batalhões neonazis, como o Azov, Aidar e Tornado, além de organizações
de extrema-direita como o Praviy Sektor e o Svoboda, atuavam livremente e
foram até incorporados ao Estado ucraniano – ao exército e à política
oficial, com membros no parlamento. Enquanto isso, a oposição foi
absolutamente exterminada.
Em 2021, três grandes canais de TV opositores (112 Ukraina, NewsOne e ZIK) foram fechados.
A censura afetou também as emissoras de rádio e TV, jornais impressos, sites e redes sociais, incluindo canais de Youtube.
A censura é “digna dos piores regimes autoritários”, denunciou em 2023 a Federação Europeia de Jornalistas.
A
maior comunidade religiosa do país, a Igreja Ortodoxa Ucraniana, foi
posta na ilegalidade pelo parlamento em outubro do ano passado.
Hoje,
na Ucrânia, além do Partido das Regiões e do Partido Comunista, estão
na ilegalidade o Partido Socialista, o Partido Socialista Progressista
(de Kharitonov e Korsakova), a União de Forças de Esquerda, os
Socialistas, Bloco de Oposição, Justiça e Desenvolvimento, Estado, OURS e
o Bloco de Vladimir Saldo, entre outros. O SBU (a polícia política
ucraniana) justifica os banimentos acusando esses partidos de terem
“executado atividades anti-ucranianas, promovido a guerra e criado
ameaças reais à soberania e à integridade territorial da Ucrânia”.
Numerosos opositores ao regime e à guerra estão presos, como o pacifista
Bogdan Syrotiuk e os irmãos comunistas Mikhail e Alexander Kononovich.
Apesar
de todas essas medidas ditatoriais, da censura, da perseguição e prisão
de opositores, da ilegalização de partidos políticos e de entidades
religiosas e do predomínio de forças abertamente nazistas, a Ucrânia é
considerada uma democracia pelos dirigentes europeus e meios de
comunicação social do Ocidente.
Todas essas
evidentes violações às liberdades democráticas têm sido ocultadas ou, no
máximo, minimizadas ao longo dos últimos dez anos”.
1 comentário:
Este homem levará a Ukrania á democracia, abaixo os ditadores
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