Existem paralelos entre as Waffen-SS e a formação nazista ucraniana Azov. O Azov começou como um gangue de desordeiros violentos em Kharkov, misturavam mitos nórdicos e ideologia nazista. Oligarcas tornaram-se seus patrocinadores devendo em troca resolverem seus "conflitos comerciais". Criaram depois um organização juvenil e rede internacional.
Em 2014, depois dos EUA fomentaram o golpe contra o governo eleito da Ucrânia, o fascismo evidenciou-se. O primeiro-ministro Yatsenyuk, escolhido por Victoria Nuland, do Departamento de Estado, referiu-se aos falantes de russo no leste da Ucrânia que se opunham como "sub-humanos" tal como os nazis. Em dezembro de 2014, a própria BBC (!) alertava sobre a crescente ameaça nazista na Ucrânia.
Os ultranacionalistas dedicaram-se à guerra brutal travada no leste do país contra separatistas apoiados pela Rússia. Alcançaram um certo nível de aceitação, embora a maioria dos ucranianos não conheça as suas verdadeiras crenças. A organização extremista Patriotas da Ucrânia, vê judeus, russos e outras minorias como "sub-humanos", pedindo uma cruzada branca e cristã contra eles. Ostentam três símbolos nazis: uma garra de lobo modificada, um sol negro e o título "Brigada Negra", usado pelas Waffen SS. Azov é apenas um dos cerca de 50 grupos de voluntários que lutam no leste, embora a maioria não siga a ideologia dos Azov.
O ministro do Interior, Arsen Avakov, e seu vice, Anton Gerashchenko, apoiaram ativamente a candidatura ao parlamento de Andriy Biletsky, comandante do Azov e dos Patriotas da Ucrânia. Vadim Troyan, outro alto funcionário do Azov, foi recentemente nomeado chefe de polícia da região de Kiev. Estes extremistas vão-se infiltrando nos diversos departamentos de polícia do país. Os media permanecem silenciosos sobre este assunto.
A CIA começou em 2015, a treinar secretamente grupos paramilitares ucranianos, forças de operações especiais e funcionários de inteligência, numa instalação não revelada no sul dos Estados Unidos. Armas dos EUA foram entregues à milícia, oficiais militares da NATO e dos EUA foram fotografados com eles.
O Los Angeles Times, afirmou que a CIA apoiou os insurgentes ucranianos, devendo aprender com esses erros. Uma nova insurreição nazista na Europa Oriental é uma péssima ideia. Grupos fascistas de todo o mundo se juntariam. Em poucos anos, isso pode levar ao terror nazista em muitos países europeus. Realmente não aprendemos nada com a guerra na Síria e a campanha do ISIS?
Enquanto isso, os media que anteriormente condenavam as unidades nazistas na Ucrânia começaram a encobri-las. Recentemente, o New York Times, mudou a sua linguagem quando fala sobre o batalhão fascista ucraniano Azov. Contudo, na UE em particular o que antes foi chamado de "uma organização paramilitar neonazi ucraniana", e o FBI disse estar associada à ideologia neonazi, foi depois rotulada como "extrema-direita" antes de se tornar uma "unidade normal das forças armadas ucranianas". Enquanto propagandeavam as unidades nazistas, os media não apontaram os perigos de seu crescimento.
Durante a guerra, Azov cresceu através do recrutamento ativo passando a "Batalhão Azov. Depois de perder em Mariupol uma unidade do tamanho de uma brigada passou Regimento Azov. Apesar disto, tal como as Waffen-SS, continuaram a crescer e atingiram o tamanho de um corpo de exército. Em 15 de abril, a Brigada Azov, com várias outras unidades da Guarda Nacional, anunciou a criação do 1º Corpo "Azov" da Guarda Nacional Ucraniana.
Tiveram os recursos para comemorar seu novo estatuto num vídeo de propaganda. Outra unidade Azov, a 3ª Brigada, faz parte do exército regular ucraniano, reestruturada no 3º Corpo do Exército, liderada por Andriy Biletsky, fundador da brigada e do movimento Azov.
Os dois corpos Azov a maior formação armada neonazista do mundo, continuam a crescer por meio de suas próprias estruturas de recrutamento e organizações juvenis, bem como absorvendo outras unidades "nacionalistas".
Essas forças serão um grave perigo para a Europa. Um exército fortemente nazificado na fronteira da UE irá voltar-se contra os países europeus por tê-los "apunhalado pelas costas" assim que a guerra terminar. A Ucrânia é a verdadeira ameaça à segurança da Europa, não a Rússia.
A tentativa de assassinato do então candidato presidencial Donald Trump deu um primeiro vislumbre da reação dos nazistas sobre a Ucrânia. Routh, um ferrenho defensor dos fascistas na Ucrânia, velho demais para lutar, tentou contratar mercenários estrangeiros para lutarem do lado fascista na Ucrânia. Obviamente atacou Trump porque prometeu o fim da guerra na Ucrânia. Outros incidentes desse tipo na Europa, provavelmente se seguirão.
Nota - Este texto, vem a propósito do matraquear do sr. Tavares, que acha que devemos apoiar a Ucrânia, que a UE é importante para combater os projetos imperiais de Putin, Trump, XI Ginping e que devemos avançar na comunidade europeia de defesa. Ah! Afinal o imperialismo nunca existiu antes daqueles. Como é comovente a visão trotskista do mundo...
Fonte: Le développement des unités ukrainiennes Azov suit la voie de la Waffen-SS
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