Maj- General Carlos Branco
Dada a obsessão francesa e britânica com Odessa, e a sua vontade em repetir a Guerra da Crimeia, na minha opinião não estamos ainda livres de um confronto nuclear na Europa. Porém, ao que tudo indica, agora sem a participação dos americanos, o que torna tudo ainda mais perigoso.
"Quem,
na verdade, combatia com um braço preso atrás das costas, não eram os
ucranianos, como se tornou comum afirmar, mas sim os russos,
impossibilitados de atacar o olho da serpente localizada em Wiesbaden,
responsável pelos ataques ucranianos e protegida pela NATO. Uma resposta
russa a Wiesbaden significaria a guerra mundial. Foi com esta espada de
Dâmocles que vivemos durante mais de dois anos.
Entretanto,
os comentadores nacionais, imitando o que a propaganda internacional ia
propalando, apelidavam irresponsavelmente Putin de frouxo e medroso,
por recuar nas linhas vermelhas sucessivamente ultrapassadas, esquecendo
que “tantas vezes vai o cântaro à fonte, que um dia lá deixa a asa.”
Para eles, indiferentes ao perigo, na sua puerilidade e ignorância
apregoavam a necessidade de continuar a pressão sobre a Rússia, sem
terem a noção de quão perto se encontravam do abismo.
Estamos
em crer que outro dirigente russo talvez não tivesse a paciência
estratégica de Putin e não tivesse resistido a tamanhas provocações. Não
temos muitas dúvidas sobre qual seria a resposta dos EUA, se os russos
decidissem reciprocar o tratamento, colocando misseis “defensivos” em
Cuba ou na Venezuela.
Portanto,
não podemos deixar de assinalar a ligeireza, a insensatez, a falta de
preparação e a imprudência com que a Administração Biden lidou com este
assunto. Ainda teremos de perceber o quão perto estivemos da catástrofe,
a dimensão da irresponsabilidade das lideranças europeias, e o grau de
desonestidade do comentariado nacional.” Andaram mesmo a brincar às
guerras mundiais"
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