A Ucrânia é mais uma aposta errada da UE, pela qual pagamos caro. Gordon Hahn, investigador especializado na política da Rússia e Euroásia, autor de vários livros e artigos, dá-nos um olhar para além das narrativas da UE/NATO.
À beira do colapso militar, a instabilidade política irá intensificar-se na Ucrânia. A queda de centros industriais nas zonas ocupadas pela Rússia deixam a economia, a sociedade e o regime político sem soluções. A estratégia ocidental de expansão da NATO para a Ucrânia leva o país a uma ruína.
Na oposição a Zelensky houve aproximação entre o ex-comandante das forças armadas general Zaluzhniy e o ex-presidente Poroshenko. Ambos foram investigados por suposta traição pelos promotores de Zelenskiy e pela polícia secreta, SBU, e alvo de ataques políticos. O chefe do grupo parlamentar do partido "Servos do Povo" de Zelenskiy, Arakhamiya, que provavelmente será substituído, é uma das poucas figuras ucranianas a reconhecer que a Ucrânia tinha chegado a um acordo de paz com a Rússia em março de 2022, encerrando a guerra rapidamente, mas que o Ocidente afundou o acordo, instando Kiev a lutar. Apoiou o processo de paz de Trump, tem contactos com o oligarca russo Roman Abramovich, ligado ao Kremlin e bons laços com os republicanos nos Estados Unidos.