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8 de fevereiro de 2014

Relatório da ONU sobre abusos sexuais de padres

Um Relatório da ONU, emitido pela Comissão para os Direitos das Crianças, pede ações imediatas do Vaticano contra os abusos sexuais sobre crianças. Considera que as políticas adotadas pelo Vaticano permitiram que padres abusassem sexualmente de milhares de crianças e ajudaram a esconder abusos largamente difundidos.
É pedido que todos os clérigos conhecidos ou suspeitos de abusos sobre crianças sejam imediatamente entregues às autoridades civis.
O relatório, considerado devastador, considera que as políticas e práticas do Vaticano conduziram à continuação dos abusos e impunidade dos perpetradores.
São também criticadas as políticas do Vaticano relativamente à homossexualidade, aborto e contraceção.
“Devido a um código de silêncio imposto a todos os membros do clero sob pena de excomunhão, casos de abusos sexuais sobre crianças dificilmente são relatados às autoridades nos países em que foram cometidos” – acrescenta o Relatório.
O Vaticano é também acusado de não tomar medidas para prevenir caos como o escândalo das lavandarias de Madalena na Irlanda em que raparigas eram mantidas em condições de trabalho forçado por freiras que incluíam “tratamento cruel e degradante” e “abusos físicos e sexuais”.
Em resposta ao relatório o Vaticano afirma estar decidido a proteger as crianças de abusos sexuais. Neste sentido o Papa criou uma comissão em dezembro último para lidar com estes casos.
Contudo a ONU afirma que nos arquivos do Vaticano existem dezenas de milhares de casos de crianças que devem ser entregues às autoridades, para que os culpados possam ser responsabilizados.Ver:
Vatican policies 'allowed priests to rape children' – UN
VATICAN CITY February 5, 2014 (AP) By NICOLE WINFIELD Associated Press 
 
Nota – O voto de castidade do clero secular (padres) só se tornou obrigatório já no final século XI com o papa Gregório VII. O papa declarou inválidos sacramentos por padres casados e excitou tumultos contra padres casados. No fundo da questão estava a herança de bens do clero que deixavam de reverter para a Igreja, mas para os filhos do padre.

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