Desde o fim da URSS a
Ucrânia passou de 51,4 a 45 milhões de habitantes. Emigração, baixa natalidade,
aumento da mortalidade por desmantelamento dos serviços de saúde. Pobreza,
subalimentação são hoje uma realidade. O salário médio é cerca de 325 dólares mensais.
Estes problemas agravaram-se
com o conflito gerado à volta da assinatura de um tratado de livre comércio com
a UE e aplicação de medidas propostas pelo FMI, cujas consequências seriam
desastrosas para a indústria da Ucrânia (sobretudo no leste) obrigadas a fechar
ou serem reestruturadas-desmanteladas pelas multinacionais.
Além da importação massiva
de produtos ocidentais, as exportações iriam encontrar enormes obstáculos
devido à imposição de normas da UE.
Existe também a questão da base russa de
Sebastopol que a Rússia não permitiria que aí fosse instalada uma base da NATO.
A imprensa europeia usa um maniqueísmo parcial
ignorando a realidade do país. Os jornalistas ocidentais entrevistam os que
dizem o que os governos ocidentais querem ouvir. É a mentira por omissão. Oculta-se
o fenómeno neofascista e neonazi do partido “Svoboda”, oriundo da região onde
se manifestou o colaboracionismo com os nazis e mesmo participando nas SS, a Galícia,
junto à Polónia.
O jornalismo
ocidental esconde a violência neonazi, as agressões antissemitas, os ataques a
administrações regionais, faz passar esta gente por democratas e nacionalistas.
O partido Oudar, que se qualifica democrático e das reformas, abertamente apoiado
pela Alemanha, é dirigido por um antigo boxeur, e os seus quadros receberam
formação na fundação Adenauer.
As verdadeiras
reformas são um radical e desumano programa neoliberal de verdadeiro terrorismo
social foram divulgadas na WikiLeaks a partir duma conversa entre o embaixador
dos EUA e um elemento do Oudar (antigo ministro das finanças).
O PC
ucraniano faz apelos à razão e recolheu mais de 3 milhões de assinaturas para a
realização de um referendo para decidir se a Ucrânia devia realizar um tratado
com a UE ou uma união aduaneira com a Rússia.
Presentemente é a Alemanha apoiada por políticos
dos EUA que conduz o processo de conspiração anti Ucrânia, com o objetivo
traçado pelos EUA nos anos 90 para fazer cair o país no campo da NATO.
A
irresponsável conspiração em curso pode levar ao desmembramento da Ucrânia. Por
exemplo o parlamento da Crimeia já decidiu que não permanecerá numa Ucrânia
fascista e a sua população manifestou maioritariamente o desejo de se integrar
na Rússia.
1 - Ukraine : « La très grande majorité des
Ukrainiens ne veut pas de cette nouvelle guerre civile »Jean-Marie Chauvier (jornalista e ensaísta belga)
http://www.legrandsoir.info/ukraine-la-tres-grande-majorite-des-ukrainiens-ne-veut-pas-de-cette-nouvelle-guerre-civile.html
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