A Rússia concluiu com
Cuba a anulação de 90% da dívida deste país que ascendia a 32 mil milhões de
dólares. Os restantes 10% serão investidos em Cuba. Serguei Lavrov, ministro
dos negócios estrangeiros russo declara que os investimentos serão os mais
eficazes possíveis. (1) Heresia: só os “mercados” são eficazes! Resta saber
para quem.
Além disto, a Rússia
tem vindo a apoiar referendos na Ucrânia,
quando na UE estão proibidos para decidir sobre os tratados da sua
“governança”. Também promove conferências para a “desdolarização” do mundo,
sendo o seu comércio com outros países, ex-repúblicas soviéticas, China, Irão
feitas nas moedas nacionais. Esquece o que aconteceu ao Iraque e à Líbia ao
decidirem por esta via…
A Rússia comporta-se, pois, como o que os EUA
classificam como “um Estado pária”.
Os EUA defendem a liberdade e os direitos humanos (dos
seus capitalistas…) com apoio de nazis e terroristas, na Síria, Ucrânia,
Venezuela, como foi na Líbia, paramilitares na Colômbia, etc.
Agora, em Cuba foram presos quatro “combatentes pela
liberdade” (dos capitalistas que lhes pagam…) com a comprovada intenção de
preparar atentados. O governo cubano acusou também três residentes em Miami de
serem os organizadores dos atentados. (2)
Com nota refira-se que nada disto, mas
rigorosamente nada disto, passa na prolixa comunicação social aqui ou por essa
UE – já lá vai o tempo. Refira-se a forma como foram tratadas as manifestações e violências
conduzidas por mercenários nazis em Kiev: violações dos direitos humanos
pelo governo. Agora o massacre de Odessa, levado a efeito por mercenários da
Blackwater, nazis organizados na “Guarda Nacional”, enquadrados por agentes da
CIA, foi minimizado, e levado à conta de conflito entre “nacionalistas” (os
neonazis) e “separatistas” ”(sindicalistas e outras pessoas que ao que parece
recolhiam assinaturas para um referendo para uma Ucrânia federal). Não
deixa de ser irónico, que atualmente na Europa, Putine seja o único líder a
condenar o crescimento do fascismo. (3)
No
“Guardian”, John Pilger escreve que os EUA empurram a UE para uma guerra com a
Rússia. O Frankfurter Allgemeine ao
que parece faz-lhes a vontade escrevendo que a Rússia tem em curso uma “guerra
não declarada”. (3)