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5 de maio de 2014

UCRÂNIA: Acontece o que tinha de acontecer…

- E tinha de acontecer, pois a agressão faz parte das leis gerais do imperialismo, da sua “genética”. Na Ucrânia o fascismo iniciou uma nova guerra, mas o povo ucraniano vencerá: o fascismo será derrotado.
- O FMI concedeu um empréstimo ao governo de Kiev, que permite garantir os pagamentos à Gazprom, em contrapartida além das habituais condições de domínio financeiro, económico e social, impõe aos golpistas que tomem o controlo de todo o país. Foi um incentivo expresso à agressão.
- Horas depois do massacre de Odessa por grupos fascistas que gritavam: “glória à Ucrânia” e “morte aos inimigos”, Obama declarava que o governo ucraniano tem todo o direito de impor a lei e a ordem no seu território”. Até a expressão é já de si fascista.
- Entretanto o ouro do Banco Central voou para NY. Foi das primeiras medidas dos golpistas. Percebe-se. O golpe foi financiado pelos EUA e pela Alemanha (Fundação Adenauer) com mercenários preparados na Polónia. As “democracias” instauraram em Kiev um governo em que um terço dos ministros são nazis assumidos.
- Em relação ao período soviético em meados dos anos 90 o PIB/hab era 60% inferior. Em 2013, continuava 25% inferior. O capitalismo fez o país recuar até às décadas do pós-guerra e encaminha-o agora para a guerra civil, se não for pior.
- A manipulação informativa atinge,como no caso da Síria, níveis  repugnantemente escandalosos . O jornalismo independente está remetido para a informação alternativa na internet. As estações de TV repetem, todas por igual, as mesmas imagens e textos que as centrais de desinformação enviam, sem qualquer alteração ou comentário adicional.
- A informação é falseada ou evasiva, com entrevistas programadas e imagens manipuladas. Os agressores são postos no papel de vítimas e defensores da legalidade. Os conflitos são atribuídos a “milícias pró-russas”, o terrorismo fascista antes qualificado como revolta popular e democrática é agora crismado como “defensores da Ucrânia”.
- A UE e NATO que à força impuseram o separatismo do Kosovo, para o entregar ao crime organizado e instalar uma megabase dos EUA, a UE que defende à revelia dos povos o “federalismo”, considera ilegítimo o referendo na Crimeia e quer impedir pela força que o povo ucraniano se decida por um Estado federal.
- Os EUA estão na senda da decadência do Império Romano. Guerras sucessivas, sem soluções políticas, esgotamento económico e enriquecimento da oligarquia usurária.
- Os EUA não conseguiram alcançar nenhum dos objetivos propostos. No Médio Oriente a situação é cada vez mais instável. A Líbia deixou de ser um Estado. O Iraque está nas mãos do terrorismo. No Afeganistão a guerra está perdida, na Síria a derrota dos "rebeldes" é evidente.
- Na Ucrânia a UE, empurrada pela extrema-direita dos EUA, está a comprar um conflito que lhe vai sair caro em termos económicos e políticos, dando força ao fascismo, soprado do outro lado do Atlântico.
- Perante tudo isto os partidos socialistas/sociais-democratas vão entoando loas ao “ideal europeu”, enquanto comungam do neoliberalismo. Fecham os olhos por oportunismo e decadência ideológica às agressões. Seguem o “paradigma” da sra. Ana Gomes que dizia ser contra a guerra do Iraque, mas que não tinha dúvidasque lá existiam “armas de destruição maciça”.
A UE, pelo menos desde a “queda do muro de Berlim”, não é um espaço de democracia e paz. Caminha agora para um protofascismo, conduzido por uma mega burocracia, ao serviço da finança.
- E ainda há quem diga que fora da UE não há alternativa. E qual a alternativa com esta UE? Quem tem dúvidas pergunte à Noruega, à Islândia, ou à Dinamarca e Suécia fora do euro…

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