- O FMI concedeu um empréstimo ao governo de Kiev, que
permite garantir os pagamentos à Gazprom, em contrapartida além das habituais
condições de domínio financeiro, económico e social, impõe aos golpistas que tomem
o controlo de todo o país. Foi um incentivo expresso à agressão.
- Horas depois do massacre de Odessa por grupos fascistas
que gritavam: “glória à Ucrânia” e “morte aos inimigos”, Obama declarava que o
governo ucraniano tem todo o direito de impor a lei e a ordem no seu
território”. Até a expressão é já de si fascista.
- Entretanto o ouro do Banco Central voou para NY. Foi das
primeiras medidas dos golpistas. Percebe-se. O golpe foi financiado pelos EUA e
pela Alemanha (Fundação Adenauer) com mercenários preparados na Polónia. As “democracias”
instauraram em Kiev um governo em que um terço dos ministros são nazis
assumidos.
- Em relação ao período soviético em meados dos anos 90 o
PIB/hab era 60% inferior. Em 2013, continuava 25% inferior. O capitalismo fez o
país recuar até às décadas do pós-guerra e encaminha-o agora para a guerra
civil, se não for pior.
- A manipulação informativa atinge,como no caso da Síria, níveis repugnantemente
escandalosos . O jornalismo independente está remetido
para a informação alternativa na internet. As estações de TV repetem, todas por
igual, as mesmas imagens e textos que as centrais de desinformação enviam, sem qualquer
alteração ou comentário adicional.
- A informação é falseada ou evasiva, com entrevistas programadas
e imagens manipuladas. Os agressores são postos no papel de vítimas e defensores da
legalidade. Os conflitos são atribuídos a “milícias pró-russas”, o terrorismo
fascista antes qualificado como revolta popular e democrática é agora crismado
como “defensores da Ucrânia”.
- A UE e NATO que à força impuseram o separatismo do Kosovo,
para o entregar ao crime organizado e instalar uma megabase dos EUA, a UE que
defende à revelia dos povos o “federalismo”, considera ilegítimo o referendo na
Crimeia e quer impedir pela força que o povo ucraniano se decida por um Estado federal.
- Os EUA estão na senda da decadência do Império Romano. Guerras
sucessivas, sem soluções políticas, esgotamento económico e enriquecimento da
oligarquia usurária.
- Os EUA não conseguiram alcançar nenhum dos objetivos
propostos. No Médio Oriente a situação é cada vez mais instável. A Líbia deixou
de ser um Estado. O Iraque está nas mãos do terrorismo. No Afeganistão a guerra
está perdida, na Síria a derrota dos "rebeldes" é evidente.
- Na Ucrânia a UE, empurrada pela extrema-direita dos EUA,
está a comprar um conflito que lhe vai sair caro em termos económicos e
políticos, dando força ao fascismo, soprado do outro lado do Atlântico.
- Perante tudo isto os partidos socialistas/sociais-democratas
vão entoando loas ao “ideal europeu”, enquanto comungam do neoliberalismo.
Fecham os olhos por oportunismo e decadência ideológica às agressões. Seguem o “paradigma” da
sra. Ana Gomes que dizia ser contra a guerra do Iraque, mas que não tinha dúvidasque lá existiam
“armas de destruição maciça”.
A UE, pelo menos desde a “queda do muro de Berlim”, não é um
espaço de democracia e paz. Caminha agora para um protofascismo, conduzido por
uma mega burocracia, ao serviço da finança.
- E ainda há quem diga que fora da UE não há alternativa. E
qual a alternativa com esta UE? Quem tem dúvidas pergunte à Noruega, à
Islândia, ou à Dinamarca e Suécia fora do euro…
Sem comentários:
Enviar um comentário