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15 de dezembro de 2014

Deixar a economia funcionar – dizem eles

Foi este o argumento que um deputado do PSD apresentou perante as intervenções de Bruno Dias (PCP) e Mariana Mortágua (BE), acerca da venda da PT e a privatização da TAP. Quanto ao PS enrolou-se em considerações sobre o “extremismo ideológico” do governo. Parece que a única coisa que o divide do PSD-CDS é o “extremismo”, face à “moderação” ideológica do PS… bem patente nos PEC e no “memorando” com a troika.
“Deixar a economia funcionar” significa que os senhores do grande capital podem fazer o que querem, como querem, quando querem e onde querem.
“Deixar a economia funcionar” é mais uma monumental mistificação desta direita/extrema-direita no governo. A tese do não interferir nas empresas privadas, usada para à socapa estar ao lado do grande capital predador (privatizações e PPP) e especulador (finança, ex. BES, BPN, BPP, BANIF, etc.) é uma mentira baseada na “eficiência do mercado livre” difundida pelo fanatismo neoliberal, comparável ao obscurantismo medieval.
Mas esta “não interferência” é negada sempre que se trata de salvar a finança especuladora e corrupta, pela retirada de direitos sociais e a imposição de regras anti laborais. Liberdade, sim, mas só para os mais ricos...Os outros que se lixem, "aguentem"...
Os adeptos do “mercado livre”, os partidos da troika nacional, PS – PSD – CDS, não se chocam com o acervo de regras autoritárias, imposições, determinações, dos agentes burocráticos que enxameiam por Bruxelas e Frankfurt que interferem em tudo na vida económica e social dos povos sempre contra a soberania e os interesses dos trabalhadores.
A pseudo concorrência “livre e não falseada” da UE que aquelas instituições impõem  com processos de vigilância e punição (Tratado Orçamental) sobre os Estados nacionais destinam-se a manter vivos os dogmas que reforçam de forma desmedida o poder capitalista.
As estratégias da UE levaram e levam a uma partilha dos rendimentos em que os mais poderosos beneficiam de vantagens que se vão constantemente reforçando em detrimento de outros.
Como dizia a ministra das finanças, do alto do seu fanatismo neoliberal, respondendo ao acréscimo de pobreza no país devido às suas políticas: o que há são poucos ricos em Portugal. Devia acrescentar que poucos ou muitos, cada vez há mais e põem com toda a "liberdade" no estrangeiro o dinheiro que exploram à força de trabalho no país.
Aguardamos anciosamente qual é a forma "inteligente" de dar a volta a isto, de que o PS fala...ou será que apenas anda à procura de uma forma "inteligente" de dar a volta aos mesmos de sempre, para serem mais uma vez enganados nas eleições?
 

 

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