A caridadezinha, fórmula que seria degradante numa comunidade
socialmente evoluída, é apregoada como virtude e, como no tempo do fascismo,
faz-se o apelo de “os que podem aos que precisam”.
Este governo
pretende agora privatizar a caridade através das IPSS, transformando-a num negócio, uma espécie de PPP à custa da crescente
miséria. Nesta sociedade do empreendedorismo até com a miséria se pode fazer
negócio e ter lucro!
Tudo isto serve para mascarar a verdadeira caridade que andamos
a fazer á força. Se fizermos bem as contas quem tem beneficiado desta forma de
caridade a que os governos nos obrigam e escondem do comum dos cidadãos, têm
sido são os banqueiros, as Goldman Sachs, etc. Uma trupe de agiotas e
especuladores que colocam os rendimentos em paraísos fiscais.
Graças a esta caridade os multimilionários aumentaram em
Portugal em 28%, 10% destes “pobrezinhos” detêm 60% da riqueza nacional;
3 deles detêm mais de 1 000 milhões de dólares. Para isto, tal como referia Almeida
Garrett, o número de pobres passou de 2 milhões para 3 milhões desde 2011, os
desempregados de 700 mil para 1,4 milhões.
Como lembrança para 2015, deixo algumas canções que embora
conhecidas vale sempre a pena recordar.
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