Projecto de Programa Eleitoral do PS
O PS apresentou hoje as linhas
gerais do seu projecto de Programa Eleitoral.
Para o PS o país enfrenta hoje 3
grandes desafios:
1.
Aumentar o rendimento disponível das famílias;
2.
Melhorar o financiamento das empresas;
3.
Promover o emprego combatendo a precariedade.
Para o PS o seu programa
eleitoral vai assentar em cinco grandes pilares:
1.
As pessoas;
2.
O investimento;
3.
A inovação;
4.
A coesão do país;
5.
Portugal Global.
Estes 5 pilares do seu programa
eleitoral assentam por sua vez em 21 causas-chave, para resolver 21 problemas:
1. Defender
o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e promover a saúde pública, nomeadamente com
a abertura de 100 Unidades de Saúde Familiares (USF), nos próximos 4 anos;
2. Combater
o insucesso escolar
3. Investir
na educação de adultos e na formação ao longo da vida;
4. Promover
um ensino superior diversificado e de qualidade para um mundo global;
5. Reagir
ao desafio demográfico;
6. Uma
nova geração de políticas de habitação;
7. Promover
a qualidade de vida;
8. Mar:
uma aposta de futuro;
9. Afirmar
o interior como centralidade no mercado ibérico;
10. Preservar
o ambiente;
11. Valorizar
a actividade agrícola e o espaço rural;
12. Liderar a transição energética;
13. Investir
na Cultura, democratizar o acesso;
14. Reforçar
o investimento em ciência e tecnologia, democratizando a inovação;
15. Prioridade
à inovação e internacionalização das empresas;
16. Garantir
a sustentabilidade da Segurança Social;
17. Melhorar
a justiça fiscal;
18. Combater
a pobreza;
19. Construir
uma sociedade mais igual;
20. Promover
a língua portuguesa e a cidadania lusófona;
21. Continuar
Portugal nas Comunidades Portuguesas
O documento que suporta a
apresentação que hoje foi feita do projecto de Programa Eleitoral tem 134
páginas e cuja leitura não pode ser feita naturalmente de um momento para o
outro.
Ressalta desde logo da leitura
das 21 causas-chave, não haver uma referência ao problema gravíssimo do
desemprego em Portugal, não haver uma referência ao problema da dívida pública
e do peso do serviço da dívida pública na despesa pública, não haver uma
referência aos cortes salariais que os trabalhadores e pensionistas sofreram
nos últimos anos, nem à
privatização da TAP contra a qual o PS se insurgiu.
Um exercício rápido de procura de
algumas palavras-chave muito referidas nos últimos tempos nomeadamente pelo
próprio PS, tendo levado mesmo à subscrição por parte de alguns dos seus
dirigentes de alguns manifestos defendendo a reestruturação da dívida pública
portuguesa, permite-nos dizer o seguinte.
As palavras: dívida pública,
juros da dívida pública, tratado orçamental, renegociação da dívida pública,
reestruturação da dívida pública, dívida externa, privatização da TAP, moeda
única, investimento público, aumento salarial, congelamento salarial,
ajustamento salarial, salário mínimo nacional ou remuneração mínima mensal
garantida, salários da administração pública, carreiras da administração
pública, desemprego jovem, não aparecem uma vez se quer referidas neste longo
projecto de programa eleitoral. Sobre estas matérias o PS não tem nada a dizer
no seu programa, o que não deixa de ser muito significativo. Sobre aquilo que
fala é tudo muito vago, muito pela rama.
20 de Maio 2015
José Alberto Lourenço (CAE)
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